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História Lorde Sasuke - Cabaré


Escrita por: Pequena-Uchiha

Notas do Autor


Só para avisar que eu também tive que fazer mudanças nos títulos de alguns capítulos por causa das regras e bons costumes.

Capítulo 9 - Cabaré


— Devíamos levá-la a um hospital ou coisa parecida. — aquela era a voz de Naruto.

O loiro e Neji conversavam sobre mim como se eu não estivesse bem ali sentada no banco de trás. — Estou ouvindo vocês. — cantarolo, me jogando entre o vão dos bancos dianteiros para ficar mais perto deles.  

Neji estava dirigindo, já que era ele quem sabia para onde estávamos indo exatamente. 

— Não, ela está bem, o efeito não deve durar muito. Sasuke não deu nenhuma droga pra ela. São remédios normais, ela sobreviverá. 

— Isso, eu estou bem, não preciso ir para um hospital. — tento convencer Naruto que mais parece uma criança birrenta com os braços cruzados na altura do peito. 

— Cara, pra onde você está levando a gente? — ele desconversa. Visivelmente irritado. 

— Calma ai minha loira, daqui a pouco a gente chega. — Neji estava leve, divertido. Era como se estivesse esperado a tarde inteira para alguém o resgatar daquele sofá. — Chegamos. — sua voz soa um tom mais alto, como se ele estivesse orgulhoso de si mesmo. 

— Filho de uma puta! Você não tem mãe não? — eu poderia facilmente fazer das palavras de Naruto as minhas. Porém, diferente dele, eu estava extremamente animada com aquilo. 

Uma coisa eu tinha que admitir, Neji era criativo. 

— Até parece que você nunca veio aqui. — saímos do carro e encaramos o estabelecimento à nossa frente. As letras neon davam um ar engraçado ao local. Pelo menos era isso que meu cérebro dopado achava. 

— Eu não quero dizer isso, mas trazer a Sakura aqui? — Naruto insiste, ainda indignado. 

— Sexy e inusitado. — Neji repete as palavras como um mantra. 

— Bingo. — completo.  

— Viu, ela gostou da ideia. — sinto um braço de Neji contornar meus ombros amigavelmente. 

— Ela não precisa disso. 

— Preciso sim!

— Sakura… Sasuke vai me matar. — Naruto sussurra a última parte num tom dramático, como se Sasuke fosse algum tipo de irmão mais velho nosso. 

— Se ele te encher o saco, fala com ele que a culpa é apenas dele que me drogou. 

— Ele não te drogou. — Naruto me corrige a contra gosto. — Você tomou os remédios em doses erradas. 

— Pra mim dá no mesmo. — dou de ombros. — Além disso, que mal tem a gente ir a uma boate de strip? Bom que eu aprendo a seduzir, a dançar, sei lá. 

— Sua justificativa é horrível, meu bem. — suas feições se contorcem, Naruto parecia tão desconfortável com a ideia de Neji que eu quase penso em desistir por causa dele. Porém meu cérebro claramente não está funcionando direito, porque a vontade de matar minha curiosidade praticamente sufoca minha compaixão perante o desconforto do meu amigo loiro. 

— Por que minha justificativa é tão horrível assim? — rio, feliz com a  música que já é audível mesmo daquela distância.  

Naruto estala a língua, eu nunca tinha o visto tão sem lugar quanto naquele momento: — Você não precisa “aprender a seduzir”. — ele usa as mesmas palavras que eu tinha escolhido momentos atrás. — Você já é bonita o suficiente. — sua mão coça a nuca sem jeito por causa do elogio. 

— Mas eu quero aprender uns truques. Qual o problema?

— Isso é loucura. — Naruto brada com o rosto acolhido pelas palmas de suas mãos. Quando seu olhar volta a me encarar, ele pede novamente para desistimos daquilo. — Vamos voltar para casa, por favor. 

Reviro os olhos por causa da sua insistência. Eu não ia desistir daquela maluquice. 

— Volte você! Vem Neji.

Sem mais delongas, puxo Neji comigo vendo Naruto apressar seus passos, provavelmente sem pretensão alguma de nos deixar sozinhos. 

— Boa noite senhor segurança! — cumprimento feliz o homem grande e mau encarado que vigia a entrada. Neji ri das palavras que uso. 

— Boa noite. — o olhar do segurança estava confuso.

— E aí, Jiraya? Como vai a família? — Neji saúda o segurança como se fossem melhores amigos. Tirando a parte de que estávamos prestes a entrar numa boate de strip, aquele lugar parecia legal. 

— Vai bem Neji, obrigado por perguntar.

— Então, cobra três aqui. — Neji pagou nossas entradas, uma vez que nem eu nem Naruto tínhamos um puto no bolso. Eu, inclusive, nem tinha bolso. Por conta de sair às pressas do apartamento, eu vestia uma mistura de legging, tênis velhos e uma blusa grande e larga. 

Quando finalmente entro no ambiente escuro, me sinto sendo apresentada a outro mundo completamente desconhecido. 

Maravilhada com tantas bundas e peitos de tamanhos diferentes, não posso deixar de notar nada. Era como se o remédio tivesse aberto minha mente de tal forma que aquela boate de tamanho médio mais parecia um parque de diversões.

— Gente essas meninas andam nuas? Olha a bunda daquela! — falo baixo, apontando sorrateiramente para uma mulher que passa pela gente vestida com um conjunto vermelho cheio de plumas. — Elas parecem tão reais, têm celulites e tudo.

Meu braço está fortemente agarrado ao de Naruto. Como se eu tivesse medo de me perder ali no meio, me mantenho rente ao loiro, que ainda parecia desanimado. 

— Homens não ligam muito pra isso Sakura. — Neji fala sério, e eu até penso em rebater aquela mentira deslavada, mas me distraio novamente com outra garota. Essa loira. 

Quando paramos de andar, Neji puxa uma cadeira para que eu sente numa mesa escura, perto de um palco pouco iluminado com uma barra vertical prateada bem no centro. Algumas delas devem saber dançar pole dance.

— Você já veio aqui, Naruto? — curiosa, ainda me mantenho mais perto do loiro. 

— Algumas vezes. — ele admite enquanto digita algo em seu celular. — Duas delas fui arrastado por Neji quando estava na bad por causa de uma garota…

Não posso deixar de me interessar pela sua história. — E quem era essa garota? 

— Ninguém, Sakura. Ninguém. — sem paciência, Naruto levanta levemente o quadril a fim de guardar o celular de novo no bolso. — Mas vir aqui não adiantou nada. Por isso que eu digo que você não precisa de vir aqui também. 

Dou de ombros ignorando a acidez de Naruto. — Eu acho que vemos as coisas de modos diferentes. Eu não tenho tesão nas garotas ali porque eu sei as condições delas para trabalhar num lugar como esse e tudo mais. Eu estou aqui mais pela curiosidade e para ver elas rodopiando nessas coisas de pole dance.

— Você gosta de pole dance? — Neji pergunta se inserindo na conversa. 

— Acho um máximo. Parece que elas têm super poderes. Eu não tenho força alguma no braço para fazer uma coisa dessas. — confesso rindo. 

— Hum, entendi. Mas por que então você quer “aprender a seduzir”? Não me diga que já conheceu um cara na faculdade? Você está de namorico, Sakura? 

Quem, pelos Deuses, fala “namorico”? Não consigo evitar de sorrir com a palavra escolhida por Neji. Mas meu silêncio e falta de resposta deixam o clima estranho. Tanto ele quanto Naruto continuam me olhando seriamente esperando alguma justificativa para eu incentivar aquela loucura de final de semana.

— Namorico? — desconverso consertando a voz dando um pigarro.  

— Você está gostando de alguém, Sakura? — Naruto insiste, olhando de mim para Neji do outro lado da mesa. Extremamente curiosos eu diria. 

— Não! — respondo sem graça, forçando uma risada nada natural. — Mas não custa nada aprender a rebolar, sei lá. É tão estranho assim o meu pedido? 

— É. 

— É. 

Os dois respondem ao mesmo tempo. 

Então, antes que os meninos insistam em me perguntar mais coisas da minha vida pessoal e amorosa, eu dou um gritinho desconsertado anunciando que o show ia começar.

— Naruto, você dirige na volta, combinado?

— Por quê?

— Porque hoje eu quero beber! Anko querida me traga uma cerveja, por favor?

— Neji, há quanto tempo! Já volto.

— O que foi? — Neji nos olhou com uma cara deslavada. Tentei ignorar o fato de que ele já sabia o nome das meninas que trabalhavam ali. 

Inacreditável. 

— Eu queria saber dançar igual aquela ali, a loirinha. — falo sem medir minhas palavras, apontando para um palco adjacente, uma vez que o show no palco principal ainda não havia começado. Só a iluminação havia sido ajustada. 

Esse era o maior problema dos remédios. Parecia que as palavras simplesmente pulavam da minha boca. 

Mesmo assim, eu preferia falar da minha inveja do rebolado da loira com peitos fartos do que deixar que os meninos continuassem a fazer perguntas pessoais sobre mim. O nome “Sasuke” pinicava em minha língua. A probabilidade de eu falar dele se eles insistissem em assuntos relacionados a homens era bem alta. 

E eu nem sabia muito o porquê disso.

Talvez ainda fosse efeito de sua exagerada bondade de ontem, misturado com aquele rosto fodidamente bonito.

— Hum... eu não gosto de loiras. — Naruto fingiu desinteresse, desviando o olhar quando a dançarina desabotoou o top que usava ficando nua da cintura pra cima. 

— Eu gosto. — Neji comentou mais para si mesmo do que para nós. Contei os copos e as doses na mesa e vi seis ao todo... Todos foram Neji que tomou. Eu estava tão torpe no meu próprio mundinho que nem tinha percebido que a tal Anko tinha passado em nossa mesa mais de uma vez. 

Depois do primeiro show principal eu estava empolgada. Quente. — Eu quero ir dançar! Quero aprender.

— Sakura fique quieta, por favor! 

— Chato. —  sopro em seu ouvido o ouvindo bufar em seguida. 

— Ah, que se dane! — a reação de Naruto surpreende tanto a mim quanto Neji. Sendo completamente insensato, ele mata o resto de bebida morna no copo de Neji. 

— Ei ei! Você não pode beber. Eu já estou alto, quem vai dirigir até em casa?

— Cala a boca, a culpa disso tudo é sua! — Naruto parece finalmente relaxar. Em seguida chama uma das meninas pedindo uma dose de tequila. 

Ele tinha realmente ligado o foda-se. 

#

Eu estava de castigo sentada na banqueta alta do bar. 

Em tese, a barwoman era minha babá, já que Neji e Naruto estavam bêbados na mesma mesa, completamente compenetrados nas meninas que iam e vinham dançando com suas roupas minúsculas e chamativas.

— Eu acho que Hinata gosta dele. 

— Do Naruto? O loiro feliz e simpático. 

— Sim. — confirmo sem empolgação nenhuma. Meu rosto acomodado na palma da minha mão. — Eu ficaria com Naruto. Mas não é dele que eu gosto.

Naquela altura do campeonato eu não tinha mais senso de ridículo. Inclusive, minha dignidade tinha deixado meu corpo no exato momento em que eu, ajudada por uma das dançarinas simpáticas, tive ajuda para subir no palco e fazer três passos sofríveis utilizando o poste do pole dance. 

Jiraya, o segurança amigo de Neji tinha feito o favor de me tirar de lá de cima, avisando que se isso voltasse a acontecer teria que nos expulsar da boate. 

Desde então eu me contentei em permanecer sentada ali, mais afastada enquanto resmungava sobre minha vida amorosa com Temari. O anjo loiro que me aconselhava como podia. 

— Por que você não pega ele e o outro cara? Como é o nome dele mesmo?

— O outro não me quer. — reclamo tomando um gole do copo de água com gelo que ela tinha me oferecido como “cortesia da casa”. 

Os meninos haviam avisado a ela que eu estava alterada por conta dos remédios.

— Pois faça querer.

— Temari, eu nem sei beijar direito! — confesso sussurrando por cima do balcão. — Eu tive um namorado minha vida toda, e por mais que tenhamos tido momentos quentes, eu nunca cheguei aos finalmente. Quer dizer, cheguei, mas foi conturbado, esquisito e eu não sei se devo contar isso como uma experiência completa. Talvez apenas um desvirginamento? Não sei. 

Sim, eu tinha feito uma nova 'melhor amiga' num clube de strip tease. Nossa conversa era interrompida quando alguns clientes flertavam com ela, mas ela era bastante atenciosa comigo e não dava muita bola pros marmanjos insistentes.

— Tem certeza que não quer uma bebida? — ela me oferece carinhosamente, ignorando completamente o aviso dado por Neji e Naruto. 

— Tenho. Eu tomei uma dose errada de um remédio e ainda estou meio dopada. Tenho medo de beber e piorar a situação.

— Por isso eu acho que você deve beber pelo menos uma dose. Na verdade eu te dou uma dose de tequila por conta da casa e te aconselho ainda a ir beijar o loirinho.

— Temari!

— “Temari” nada. Você parece aquelas adolescentes apaixonadas do colégio. “ai, ele não me quer” “ai, minha amiga gosta dele”. Foda-se! Se eu fosse você eu pegava os dois, comparava os beijos e ficava com o que fosse mais gostoso. — sua voz era maliciosa.

Baguncei meus cabelos desaprovando o plano maligno da loira.

Aquilo era loucura! Mesmo se eu beijasse Naruto, o que eu acho que não teria muita dificuldade, como eu conseguiria beijar Sasuke? A única forma que eu imaginava ser viável era se eu o amarrasse e ameaçasse a vida dos seus pais ou coisa parecida. 

Fora isso, acho que ele não me beijaria nem em um milhão de anos. 

— Ou. — ela parecia ter tido compaixão da minha confusão interna. — Ou você beija os dois e decide por aquele que realmente tocar seu coração e te deixar com borboletas no estômago. — ela revirou os olhos de maneira irônica. 

— Viu. Você pode ser fofa quando quer!  — falo rindo da cara que a loira durona tinha feito.

Amor parecia lhe dar alergia. 

— Ok. Mas nenhuma dessas opções podem ser tomadas sem antes você virar essa tequila.

 — E nenhuma delas desconsidera o beijo né?

 — Não, nenhuma. — ela tinha um sorriso bem mau no rosto, como se estivesse arquitetando um plano maligno.

Temari parecia uma daquelas vilãs que você acabava simpatizando mesmo sabendo que era má e capaz de fuder completamente com sua vida. 

— Mas eu não sei...

— Não me venha com essa que não sabe como beijar. O moreno eu não sei, mas o loiro. Vá até lá e cole seus lábios nos dele e coloque essa língua lá dentro. 

Fiquei pasma com sua descrição de como seria um beijo. Eu sabia que Temari estava tentando ser legal comigo, mas sua ideia era muito descabida - até para mim que estava completamente fora do meu juízo -.

— Agora beba a tequila e vá. —  sua voz tem um tom de injunção que parece me obrigar a virar o copinho.

A bebida amarga rasga minha garganta logo em seguida.

— Forte. — pondero seriamente sobre cuspir aquela merda de álcool ali mesmo.

— Eu sei. — companheira, Temari me oferece um pratinho branco com limão e sal.

— Então eu espero fazer o efeito? — chupo o limão salgado como se aquilo fosse o melhor sorvete da minha vida. 

— Não precisa, você já está “dopada” mesmo. Isso é só um efeito placebo. — ela fez aspas no ar sorrindo da minha desgraça pessoal. 

Talvez eu a tenha julgado mal. talvez ela não tivesse assim tanta empatia por mim e estivesse apenas querendo fuder com minha vida. Ela era engraçada. Parecia diferente de tudo ali dentro. Enquanto as meninas pareciam frágeis e submissas em seus trajes sexys, Temari parecia ser capaz de quebrar a cara de qualquer homem engraçadinho daquele local. 

— Acho melhor eu ir pra casa. — aquela definitivamente não era uma boa ideia. Principalmente levando em conta o quanto minha cabeça girava. 

— Você quem sabe. — ela dá de ombros, parecendo finalmente desistir de me incentivar naquilo tudo. — Mas eu ainda sou a favor de você tascar um beijo no loiro e em casa no moreno para depois compará-los. 

— Isso não está certo. —  torço o nariz ouvindo meu cérebro gritar que eu havia passado dos limites e que aquilo tudo era absurdo. 

— O mundo é injusto, querida Sakura, mas ele pode ser injusto ao seu favor pelo menos uma vez. Mais uma dose? — ela aponta para o copo com a garrafa ainda em mãos.

— Não. — nego sentindo um arrepio atravessar minha espinha. 

Onde eu tinha me metido? Alguém tinha que avisar a Jiraya que a companhia de Neji era mais segura do que a da tal Temari! Rio com minha comparação, finalmente me levantando e indo até onde os meninos ainda estavam. 

Me levanto não muito grata por ela ter me oferecido aquela dose de álcool.

O caminho do bar até a mesa dos meninos é comparado com o corredor da morte. 

Será que eu ia ter coragem para cometer tamanha ousadia? 

Estava ficando maluca morando naquela casa cheia de homens. Eu acho que eu me reprimi tanto, principalmente no último ano que meus hormônios estavam me torturando nas últimas semanas.

— Naruto. — o cutuco tentando chamar sua atenção.

— Espera ai Sakura, a Dama Fogosa vai começar seu show! — Naruto se referia a próxima dançarina.

Ignorando completamente sua falta de interesse em minha presença ali, seguro seu rosto em minhas mãos. Suas bochechas apertadas entre meus dedos de forma engraçada. 

— Você bebeu? Seu hálito...

Sem saber muito como continuar com aquilo, o beijo. 

#

— Eu te passei a dosagem certa. Eu não sou tão burro assim. — bom dia para você também, Lorde assassino.

Sasuke estava apenas com sua calça de moletom que ele usava para dormir. Ele não me pedia desculpas exatamente, mas tentava se justificar de alguma maneira. 

O que ele estava fazendo ali?

— Claro. — respondo estalando a língua. Eu não tinha dormido o suficiente, e acordar com a visão do peito desnudo de Sasuke não era uma das piores, mas era muito a se digerir logo assim pela manhã.

— Acho que a minha dose não é a mesma para você. Seu corpo é menor... Você está ouvindo o que eu estou falando?

— Não. O que aconteceu ontem?

— Você ficou dopada.

— Não. Naruto... Cadê ele? — pergunto confusa. Na minha cabeça, na noite passada, eu havia tascado um baita beijo enquanto ele esperava a próxima dançarina entrar no palco. 

— Já está sentindo saudades de mim assim de manhã? — o loiro entrou no meu campo de visão, vestido com uma samba canção ridícula, atravessando o quarto para se sentar na beirada da minha cama. — Ela disse ontem que tomou mais comprimidos do que você especificou. 

Sasuke resmunga coisas inteligíveis. Visivelmente puto comigo. — E eu me sentindo culpado. — ele começa a mexer em alguma coisa na minha escrivaninha. — Hinata comprou seus remédios, os que foram receitados. — ele separa os comprimidos ao mesmo tempo que anota os horários e quantidades com uma letra grande e bem feita. — Eu não tenho filho desse tamanho, não vou ficar fiscalizando a quantidade que você toma, mas por favor, não faça mais isso, Sakura. 

Seu pedido sai como uma súplica. Como quando você pede encarecidamente para que seu cachorro não mije mais no tapete da sala. 

Eu me sentia como um chiuaua indisciplinado. 

— Tudo bem, eu já entendi. — anuo sem graça, completamente envergonhada pelo dia anterior. 

— Acho bom. — o tom de voz de Sasuke é monótono. Sinto seu olhar cair sobre mim mais uma vez antes dele sair a passos duros do meu quarto. 

Quando ele finalmente sai, sinto o ar do cômodo até mais leve. 

— Preciso conversar com você. — volto minha atenção para Naruto. 

— O que foi? Eu disse pro Neji não te levar pra lá. Você está traumatizada?

— Não, não é isso. — os olhos azuis pareciam estar realmente preocupados comigo como se eu nunca tivesse visto peitos alheios ou algum filme com cena de sexo. — É que… A gente se beijou ontem?

— O quê? — Naruto não entendia o que eu estava dizendo para ele. Por conta do meu nervosismo, minha voz tinha saído extremamente baixa e esganiçada. 

— Eu te beijei?

— Eu não estou te entendendo, Sakura.

— Ela está perguntando se você a beijou ontem.

Taquei o travesseiro no imbecil do Sasuke que nos espiava encostado no batente da porta. 

Inconveniente.

— Idiota. Você não tinha ido embora?

— O Quê? Não!

— Não? — eu e o Sasuke perguntamos em uníssono.

Tentei ignorar sua presença ainda na porta, como se fosse uma espécie de velha fofoqueira.

— Não, você estava comigo e com o Neji, depois foi para o bar e quando voltou acabou apagando no meu colo. Te trouxemos pra casa. — Naruto ficou um pouco envergonhado e coçava sua cabeça de maneira desconfortável.

— Só isso?

— Só. — ele deu os ombros se levantando devagar da minha cama, visivelmente desconfortável pelo tópico abordado. — Quando você voltou do bar eu senti cheiro de álcool em seu hálito, mas depois de você pegar meu rosto em suas mãos, acabou apagando. Os remédios misturados com o que quer que você tenha bebido te derrubaram.

Ele explicou tomando rumo. 

Ao sair, fixo o olhar no andar do loiro. Eu tinha apagado? Então minha lembrança de eu o beijando era um sonho, fantasia criada por um cérebro dopado e  excesso de hormônios? Enquanto ele saia do meu quarto, eu sem querer ficoi vidrada em sua bunda.

— Ai. — recebo um golpe de travesseiro. Tinha esquecido que lorde Sasuke ainda nos observava.

— Tarada. — ele tinha um sorriso divertido no rosto.

Reviro os olhos tentando ignorar seu olhar julgador. Naruto tinha uma bunda bonitinha. Claro que secá-lo assim era imaturo de minha parte, mas foi um deslize. 

Quando ele se vira para finalmente tomar rumo, não me aguento e estico meu pescoço para observar seu caminhar.

Mas que caralhos estava acontecendo com meus hormônios?

Me próprio sufoco com meu travesseiro. Onde eu estava com a cabeça? Aquele beijo foi um sonho?

Graças aos Deuses!

 


Notas Finais




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