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História Love Against Ideals - One wrong right thing


Escrita por: UchihaAika

Notas do Autor


Oiii gente :3
Esse capítulo ficou meio curtinho, mas eu adorei escrever, é uma coisinha fofa, na minha humilde opinião <3
Eu queria dizer só que, não vai ficar completamente claro isso aqui, por isso já aviso que o pov do Naruto se passa no mesmo dia do capítulo passado, enquanto o do Sasuke passa um dia após esse.
É isso, boa leitura :3

Capítulo 13 - One wrong right thing


Fanfic / Fanfiction Love Against Ideals - One wrong right thing

Naruto

 

 

 

- Ela é estúpida, e a única pessoa que eu a vejo tratando bem sempre, independente das circunstâncias, é você. Aliás, você é uma pessoa? – Nix olhou-o com aqueles profundos olhos azuis, que contrastavam perfeitamente com as cores de seus pelos. Nada disse, como Naruto já esperava, mas continuou esperando que ele continuasse a falar. – É, você não é exatamente, mas é algo parecido.

Naruto correu os dedos por parte do pelo da tigresa, que mordeu alguma coisa qualquer que estava entre suas patas, uma pedra provavelmente.

A noite tinha recém fechado sobre eles, as estrelas estavam surgindo aos poucos, e Nix voltara de sua caçada alguns minutos antes de o sol se pôr. A tigresa sentou ao seu lado na grama verde do jardim, aproveitando o vento fresco de outono que batia naquele local, e apenas fez-lhe companhia, em seu silêncio habitual. Naruto então viu ali uma oportunidade de desabafar com Nix. Embora, logicamente falando, um tigre não fosse entender nada, aquela em especial muitas vezes mostrava parecer entender o que lhe era dito.

Os olhos azuis de Nix observavam-no fixamente, e Naruto sentiu-se intimidado, como se ela estivesse o culpando por alguma coisa.

- Eu sei que você está pensando que a culpa é minha, mas não é. E eu também sei que você deve estar querendo dizer que ela está passando por momentos difíceis, e isso torna tudo mais complicado para ela... Mas eu cansei de simplesmente aturar as irritações de Sakura. E é mais do que isso...

Naruto suspirou, lembrando do brilho que vira nos olhos verdes ao pronunciar o nome dele, brilho que jamais vira ao pronunciar “Naruto”, ou ao menos em se dirigir a ele. Quando ela dizia “Sasuke”, é que ficava perceptível, além do brilho nos olhos, a coloração diferente na maçã de suas bochechas, indicando um batimento mais acelerado de seu coração. Era aquele nome que fazia Sakura Haruno sentir calma, e não a simples presença de Naruto Uzumaki diante dela.

- Ela ama ele. Pode negar quantas vezes quiser, mas quando eu decidi querer perceber isso, eu percebi. Mas ela não pode... Quero dizer, não pode tanto diante do rei, quanto diante de si mesma. Seria traição aos seus princípios amar um Uchiha após ver sua família inteira ser morta por um deles, e ainda sim... Eu nunca entenderei Sakura, Nix. E você, entende? – Coçou a cabeça da tigresa, que soltou um suspiro pesado e olhou para o outro lado. – Também está irritada comigo, ou acha que estou falando besteiras? Ou quem sabe ache que eu esteja falando obviedades.

O silêncio de Nix permaneceu, e o incômodo no peito de Naruto também. Ele tinha crescido com a ideia de amar Sakura, assim como tinha crescido com a ideia de que nunca a teria, pois ela tornou-se inalcançável com o fim do reinado Haruno. Esperava tudo isso, sabendo que jamais a teria, no entanto, não esperava perde-la para outro, muito menos para Sasuke Uchiha. Aquilo tudo era novidade, surpreendente, mas quem sabe um aviso para que Naruto finalmente seguisse a própria vida.

- Talvez eu devesse ir ver meus pais... A última vez que os vi, foi quando Fugaku tornou-se rei.

Os pais de Naruto tinham aparecido na Terra de Reis três dias depois do recebimento do corvo que avisava o desejo dele em permanecer ao lado de Sakura. Lembrava-se das lágrimas nos olhos verde escuros de sua mãe, e do desapontamento nos olhos azuis de seu pai enquanto a abraçava de modo consolador... “O coração dela está partido”, lembrava de ouvir alguém dizer, e sentiu uma culpa indescritível queimar seu peito naquele dia... Mas eles não eram sua família. Ele não os conhecia como conhecia Sakura, Ino, Tsunade e Jiraiya, e era com estes que Naruto Uzumaki queria permanecer.

- Naruto...? – A suave voz de Hinata ressoou, e Naruto olhou para trás para enxergá-la.

- Hinata! – Respondeu, embora sua empolgação não fosse toda a que gostaria.

- Me desculpe... Eu acabei ouvindo um pouco de sua conversa com Nix. – Estranhamente, Naruto não se sentiu incomodado com aquilo. Na verdade, sentiu alívio por Hinata, e não qualquer outra pessoa, ter escutado aquela conversa. Sorriu de canto, olhando para baixo.

- Tudo bem, não precisa se desculpar... É normal que você tenha escutado, afinal, que tipo de louco conversa com um tigre? – Naruto riu sem jeito, observando Hinata alisar a saia de seu vestido antes de sentar-se na grama a sua frente. Ela sorriu minimamente.

- Eu não estava errada quando supus que amava Sakura. – Ela comentou em um tom de voz tão baixo que parecia estar falando consigo mesma, enquanto o rosto mudava para uma cor mais quente. Mas Naruto a ouviu, compreendeu exatamente o que ela dissera.

- Era tão óbvio assim? – Perguntou, rindo nervosamente.

- Nem tanto, eu apenas supus... Mas não comentei eu... Eu imaginava que você sofreria com isso, e não achava um bom assunto, por esse motivo.

Hinata era tão doce quanto Naruto lembrava. Preocupada com o quanto aquele assunto poderia machuca-lo, mesmo sem conhece-lo direito, ficando corada enquanto falava sobre qualquer assunto, e sempre falando mansamente, com o cuidado de quem segurava um frágil coração pulsante na palma da mão e que, com qualquer movimento descuidado, poderia despedaça-lo.

- Já tinha percebido também que ela ama Sasuke, então?

- E-eu... Imaginei apenas, nunca cheguei a perceber exatamente.

- Tsc. Me pergunto se eu era o único idiota que não percebia.

- Eu pensava que soubesse. Que-quero dizer... Conhece tanto Sakura que, pelo fato de você não imaginar que ela fosse apaixonada por Sasuke, eu não acreditava que realmente fosse... Mas isso não vem ao caso. Você está como, Naruto?

A voz de Hinata estava, mais uma vez, carregada de um carinho que Naruto não conhecia. Não lembrava de alguma vez ouvir alguém usar aquele tom de voz com ele, demonstrando tanta preocupação em como se sentia. Por que ela parece se preocupar tanto comigo? Será que ela é assim com todas a pessoas? Se é, não entendo por que é tão retraída, todos deviam amá-la.

- Eu estou péssimo, de alguma forma. Não quero, e nem consigo demonstrar isso para você, porque você não precisa ver isso. Mas Sasuke é meu melhor amigo, e Sakura é a mulher que eu amo, e ela o ama. Ela ama o meu melhor amigo! – Não quis aprofundar, achou desnecessário. Mas da forma que Hinata o olhava, pôde pressupor que ela já sabia que não era apenas aquilo.

- Eu imagino o quanto deva ser difícil. – A Hyuuga olhou para o chão, e Naruto teve a impressão de ver um pequeno acúmulo de lagrimas sob a parte inferior de seus olhos. Mas não existiam motivos para que aquele acúmulo realmente estivesse ali, por isso Naruto apenas imaginou que fosse coisa de sua cabeça.

O silêncio que veio a seguir deixou Naruto inquieto. Ele precisava falar, sentia a necessidade de não apreciar o silêncio em momentos de irritação. Mais uma vez pensou ser sua imaginação, mas parecia que Hinata aguardava pela continuidade, como se ela soubesse que Naruto não tinha terminado de falar seus motivos.

- E também me pergunto... Me pergunto como a Sakura pode amar Sasuke? Ele é um Uchiha! Ele é do sangue daqueles que acabaram com a família dela! É errado, não é? – Somente então Naruto percebeu o que dizia, e preparou-se mentalmente para ser julgado por dizer tais coisas. Ele sabia que errado era ele julgá-la por aquele motivo estúpido, e uma garota tão correta como Hinata com certeza perceberia tal erro.

- Nunca se sabe se é errado, não é? – Ela sorriu, um sorriso que pareceu reluzir a luz da lua. – Mas uma coisa que eu acabei aprendendo é que... É que... Que nós não podemos escolher quando vamos amar ou não... Si-simplesmente acontece.

O rosto de Hinata ficou rubro, e Naruto sentiu alguma preocupação dentro de si. Será que ela está bem? Como na primeira vez em que a vira, levou a mão até sua testa. Estava quente, mesmo com o vento fresco que soprava, e ela pareceu ficar mais vermelha ainda naquele instante.

- Está bem, Hinata? – Perguntou. A respiração da Hyuuga parecia mais tensa, e devido ao longo momento sem resposta, Naruto pensou que ela estivesse em estado de choque. Mas com um movimento que, para toda a delicadeza de Hinata, pareceu brusco, ela tirou a mão dele de sua testa, e suspirou de modo mais discreto possível.

- Está tudo bem. – Respondeu. Naruto aproximou levemente as sobrancelhas, em sinal de dúvida. Ela é tão estranha..., pensou, mas acabou rindo.

- Você é engraçada. – Comentou, e Hinata riu junto com ele.

- Você é mais. – Replicou, e o Uzumaki, por um breve momento, enquanto ria de tudo aquilo, esqueceu de seus problemas. Quando percebeu o esquecimento, perguntou-se várias coisas que antes não perguntava. Notou o quanto Hinata o influenciava a sorrir e esquecer problemas toda a vez, e o modo como ela agia quando ele falava coisas sobre sua vida. Percebeu, em suma, que Hinata o fazia bem, tão bem quanto ninguém alguma vez tinha feito. No castelo do rei, todos estavam preocupados demais em julgar o que era certo ou errado, sempre com palavras duras e frias, que muitas vezes pareciam cortar a carne como uma navalha afiada. Hinata tinha palavras suaves como pétalas da grande cerejeira na entrada do castelo, que floresciam apenas uma vez no ano, e não estava preocupada em julgá-lo como certo ou errado, apenas em fazê-lo se sentir melhor.

- Obrigado. – Naruto disse, com um enorme sorriso. Hinata pareceu confusa em primeiro momento, observando seu sorriso, tentando entender por que exatamente ele agradecia. – Por me ajudar... Não por se preocupar em dizer se estou errado ou não, mas por apenas tentar fazer com que eu me sinta melhor.

Aos poucos, Hinata foi abrindo um sorriso. Os seus olhos estavam brilhando de maneira estranha, Naruto não sabia se eram lágrimas ou apenas luz de felicidade. Ela tinha olhos lindos.

- Se-sempre que precisar, estarei aqui. – Respondeu.

Naruto sentiu vontade de segurar a mão dela brevemente, mas ignorou aquilo. Que estupidez... Desde quando é normal sentir vontade de segurar a mão de alguém?

Hinata estendeu a mão lentamente, como se estivesse receosa, para tocar Nix. A tigresa percebeu o avanço, e por um tempo ficou apenas observando. Mas em alguns segundos, esticou o pescoço, e os finos dedos pálidos de Hinata tocaram o focinho dela, sendo lambidos logo depois. A Hyuuga riu, um som agradável e que Naruto gostaria de poder ouvir mais vezes. Acabou rindo também.

 

 

 

Sasuke

 

 

 

O tempo parecia passar sem ser notado, apenas porque ele precisava tomar uma atitude. Precisava ir até Sakura e leva-la para caminhar pelo castelo, ou quem sabe observar o pôr do sol, ou basicamente leva-la para respirar um ar diferente daquele de seu quarto.

Sasuke adoraria que fosse tão simples.

Havia mais coisas além daquilo, que não existiriam se ele não tivesse perdido o controle sobre si mesmo. Como explicaria o fato de ter beijado Sakura? Porque eu sinto algo por você que eu não sei o que é e me levou a fazer aquilo... Ah, ótimo, uma resposta muito esclarecedora.

A verdade era que ele não tinha ideia dos reais motivos por ter feito aquilo. Mas o que mais o assustava, era não ter ideia de qual seria a reação de Sakura diante daquilo. Ela podia escolher nunca mais dirigir a palavra para ele, e isso trazia uma sensação de desconforto tão grande, que ele perdia toda a coragem adquirida para ir até o quarto da ex princesa.

- Sasuke. – Ino chamou, aparecendo sabe-se lá de onde. Ela estava levemente agasalhada devido ao frio suave que era trazido pelo vento de outono. – Você ia falar com Sakura, não ia? Por que ainda não foi?

Sasuke suspirou, e desejou demasiadamente uma taça de vinho naquele momento.

- Eu vou, em breve.

- Em breve estará anoitecendo. O que foi que aconteceu? Parece até que está evitando Sakura.

- Não estou a evitando.

- Mas tem algo errado...

- Não tem nada de errado! Você pode, por favor, parar de ver problema em tudo? – Sasuke levantou do banco onde estava sentado, irritado com as desconfianças de Ino. Ninguém nem mesmo ela, devia saber do ocorrido daquela noite. – Estou indo, olha aqui. Vou buscar Sakura.

E saiu dali em passos pesados, sem esconder o descontentamento diante de tantas perguntas. Mas o que tornava tudo pior naquele instante, era que estava indo até Sakura. Já estava subindo os degraus cinzentos da torre, e nem mesmo sabia o que dizer, como explicar, como olhá-la e como reagir diante de alguma reação negativa. Sentia uma estranha sensação de que alguém segurava seu coração dentro da mão, e apertava um pouco mais após cada passo dado.

Quando ergueu os olhos, estava diante da porta do quarto dela, com a chave de ferro em mãos, pronto para destrancá-la. Mas continuava hesitando, sem saber como reagir quando a porta se abrisse e ele encontrasse a lagoa verde que eram os olhos de Sakura. Não obteve respostas sobre aquilo. No entanto, precisava abrir aquela porta e encará-la de uma vez, ou deixar o tempo passar até que a comitiva de Suna fosse embora e Sakura andasse livremente pelo castelo, o que seria pior.

Pôs a chave em seu lugar e girou, fazendo o menor barulho possível. Empurrou levemente a porta e ela se abriu, como um portal, trazendo o resto de luz que a janela ao fundo permitia, e revelando Sakura escorada no parapeito, com os longos fios róseos escorrendo por suas costas como cascata.

Sasuke fechou a porta atrás de si e trancou novamente, e quando olhou para a frente, Sakura o observava. Ela estava mais pálida que da última vez, e as olheiras estavam escurecidas, mas aquilo não alterava em nada o quanto ela era bonita. O Uchiha tentou compreender o que os olhos dela diziam, mas não foi possível. Eles estavam escondidos demais em algo que poderia ser chamado de tristeza. Ainda assim, enxergou o leve brilho que correu por eles quando o viu ali, e aquilo de certa forma quebrou parte da tensão que ainda estava alastrada por seu corpo.

- Sasuke... – Ela disse, em um tom que soou como um suspiro. Viu a cor voltar ao rosto dela brevemente, e também aos seus lábios avermelhados e doces. Tão doces...

- Sakura. – Ele sentiu uma necessidade de sentar, ou ao menos apoiar-se em algo, então foi até a cama dela e sentou-se na ponta do colchão. Sakura permaneceu em pé, observando cada movimento dele. Sasuke começou a planejar palavras, qualquer coisa que pudesse dizer para deixar tudo menos complicado.

- Eu queria me desculpar por aquela noite. – Disse, sem saber como continuar. Sakura sentou-se no canto inverso da cama, encostada na cabeceira, sem tirar os olhos do Uchiha.

- Desculpar?

- Sim. Eu não sei por que fiz aquilo, foi estupidamente impensado. – A Haruno olhou para baixo e mordeu levemente o lábio inferior, enquanto Sasuke tentava entender o que ela estava pensando sobre suas palavras. Será que ela está gostando de ouvir isso?

- Tudo bem. Eu também... E-eu também fiquei sem entender nada, afinal, nunca imaginei que você...

- Eu nunca tive a intenção de fazer aquilo. – E Sasuke percebeu que estava mentindo. – Foram impulsos estranhos, não vai mais acontecer.

Sakura balançou a cabeça positivamente, e pareceu engolir a saliva com mais dificuldade naquele momento, mas não olhava para ele nem um instante, como se não soubesse que Sasuke precisava ver seus olhos para entender, minimamente que fosse, o que ela estava pensando.

- Não vai mais... – Ela sussurrou.

- Não. – Sasuke respondeu.

- É melhor que não.

- Muito melhor.

E então, o silêncio alastrou-se como uma epidemia naquele cômodo. Sakura olhava cada vez mais para baixo, parecia querer esconder completamente seu rosto, e Sasuke... Ele não sabia mais o que fazer. Não tinha coragem nem mesmo de dizer para ela que, se quisesse, poderia ir caminhar pelo castelo, assistir ao pôr do sol como sempre fazia. Levantou lentamente da cama que possuía o perfume doce de Sakura e deu três passos lentos em direção à porta, logo quatro... Quando estava alcançando-a, ouviu a voz de Sakura, e alguns passos seus para mais perto dele... Melhor não vir...

- Sasuke... – A voz dela era como um sussurro, mas pareceu a ele estar um tanto chorosa. – Fique.

Ele queria perguntar por que ela pedia para ele ficar. Queria perguntar o que ela estava pensando e sentindo, se o beijo tinha sido realmente algo pelo que se desculpar.

Tinha consigo a vontade de estar perto do Sakura, e aquele vício no cheiro que estava impregnado no quarto dela, que era o cheiro dela, e apenas dela. Era errado tê-la beijado e estar sentindo uma grande vontade de fazer aquilo novamente, naquele instante. Era tão errado e tão tentador, Sasuke via-se em um impasse. Seu eu racional o puxava em direção à porta, enquanto todo o resto de seu corpo e consciência o puxava para ela, e apenas para ela... E ganhou.

Sasuke girou o corpo para encontrá-la atrás de si, questão de dois passos para alcançá-la, tocá-la, sentir seu perfume e beijar seus lábios doces e macios. Ele hesitou por um bom tempo, lutando com a racionalidade que gritava cada vez mais alto para que ele parasse, para que não prosseguisse com aquilo que podia custar sua vida, e pior, a vida dela também. Eu não devo. Devo apenas virar as costas e sair daqui, mas por que parece tão difícil?

Ele não respondeu a si mesmo, e também acabou ignorando sua consciência quando observou uma lágrima solitária traçar um lento percurso pela bochecha alva de Sakura. Soube o que fazer, deu os dois passos que faltavam e tomou-a em seus braços, ao mesmo tempo em que encostou seus lábios no dela, sentindo a textura macia deles, para depois aprofundar mais aquele contato com o auxílio dela. Era exatamente como ele lembrava, exatamente como ele queria, exatamente como ele estava viciado. A boca de Sakura mostrava para ele um mundo que não conhecia, com ajuda de sua pele, cheiro, e de tudo que a envolvia.

Quando o fôlego deixou de ser suficiente, Sasuke separou os lábios dos dela, mas permaneceu próximo, olhando no fundo daquela lagoa verde que eram seus olhos. Eles pareciam pulsar.

- Eu não quero ir. – Disse, em resposta ao seu pedido, e ela sorriu.

- É tudo o que eu queria ouvir. – Respondeu. Sasuke perguntou-se o que Sakura sentia. Não estava suficientemente claro para ele nem mesmo o que ele próprio sentia, na verdade. Mas agora, mais do que nunca, não queria sair dali.

- O que você está sentindo? – Perguntou Sakura, com a mão sobre o peito dele, como se tentasse medir seus batimentos cardíacos que, ele sabia, estavam acelerados.

- Eu não sei. – Respondeu, e Sakura riu.

- Para ser sincera, eu também não.

- Mas não importa. Eu só não quero parar. – E após falar isso, Sasuke a beijou novamente. Por um longo tempo, para sentir perfeitamente como era estar ao lado dela, para não se arrepender de ter feito algo tão errado. E cada vez mais tinha certeza que não se arrependeria, e que aquela não seria a última vez. Sasuke queria que Sakura fosse sua, e apenas sua. A questão é como.

- Quer ir ver o pôr do sol? – Perguntou, e percebeu Sakura confortando-se ainda mais em seus braços.

- Quero. – Respondeu. Sasuke a levou ao seu lado, sem tocá-la para que ninguém achasse estranho, até alcançar o local onde Sakura costumava sentar, no topo da colina, debaixo de uma árvore. As folhas da árvore já estavam secando e caindo, o ar estava completamente seco, mas o vento suavemente frio ainda soprava.

Ela sentou no chão, e ele sentou ao seu lado. Tocou suavemente a mão dela, para sentir a textura de sua pele, e ela sorriu, com os raios alaranjados do sol batendo em seu rosto e cabelos, deixando-a ainda mais bonita. Nix aproximou-se correndo, esfregou-se em Sakura, como se pedisse por carinho, e a rosada a abraçou.

- Senti sua falta. – Sussurrou. A tigresa olhou-a nos olhos, como se aquele contato bastasse para que Sakura soubesse que ela também sentira sua falta.

Nix deitou-se ao lado dela, colocando a cabeça sobre suas pernas, e Sasuke colocou a mão sobre a de Sakura novamente, pois gostava de sentir o calor da pele dela junto com a sua. Continuou a observá-la, observar o quanto ela era perfeita... E então teve certeza de que não estava errado. Sakura devia ser sua, tinha sido feita par isso. E embora fosse complicado, ele daria um jeito. Daria um jeito de fazer com que aceitassem a ela como a sua Princesa, com calma, cautela, e mais do que tudo, tempo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
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Até mais :*


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