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História Love is a Losing Game - Capitulo II


Escrita por: personne

Notas do Autor


Pensei em guardar esse para amanhã, mas não resisti ahuahauhauh Enfim, obrigada a todos os leitores, espero que continuem gostando

Capítulo 2 - Capitulo II


Eu fiquei encarando aquele homem na minha frente, esquecendo o fato de que eu havia esfregado os olhos há pouco tempo e que deveria estar terrível, lembro-me de ter pensado naquele momento que o blazer preto sobre o blusão cinza que David usava parecia não condizer com o que eu costumava a ver na televisão, quando ele estava fardado com o uniforme do Chelsea.

- Oi, eu observei que estava sozinha na mesa e deduzi que a pessoa que você esperava não apareceu, somos dois, eu estava esperando uns caras do PSG para uma reunião, mas parece que deu algum problema no avião e achei que poderíamos ficar na mesma mesa.

O garçom novamente se aproximou da mesa e eu lembrei que o meu dinheiro não dava nem para o prato mais barato do cardápio e eu não tinha ideia do que fazer, era uma das situações mais desconfortáveis que eu havia passado até aquele momento, eu estava nervosa e meu rosto deveria naquele momento estampar uma expressão de poucos amigos.

- Já vai pedir senhorita? – disse ele de forma gentil e educada, com um sotaque francês claramente simulado, ele pareceu um tanto surpreso ao ver com quem eu estava sentada, isso só piorava as coisas, o que me faltava agora eram suposições maldosas sobre mim e um homem com o qual eu nem trocara palavras ainda.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, enquanto meus pensamentos se focavam no meu dinheiro insuficiente e no desconforto que eu sentia em estar ali, David sorriu de forma marota e olhou para mim, e por incrível que pareça, o sorriso daquele desconhecido me tranquilizou um pouco.

- Me traga esse vinho – disse mostrando no cardápio, o garçom tomou nota e partiu, eu voltei a ficar assustada ao ver o preço do tal vinho, nem que dividíssemos a despesas eu poderia pagar.

Ele voltou seus olhos castanhos para mim, mantendo o sorriso, eu não reagi, apenas fiquei olhando.

- Meu nome é David Luiz.

“Eu sei disso, meu noivo é Chelsea fanático e me obriga a assistir todos os jogos” – pensei ainda mantendo os olhos nele.

- Sou Zoey Linton – me pronunciei pela primeira vez, ele estendeu a mão para mim, e eu apertei a mão dele, então me lembrei do delineador em meu rosto e tratei de procurar em minha bolsa um espelho, assim que vi meu reflexo corei um pouco – Droga – disse baixo e olhei para meu inusitado companheiro – Eu vou ao banheiro ajeitar isso – apontei para meu rosto e levantei, caminhando o mais rápido que podia e sentindo os olhos dele em minhas costas.

Abri a porta do banheiro feminino e me olhei no enorme espelho que ocupava uma parede inteira, peguei a maquiagem em minha bolsa e comecei a ajeitar o estrago, arrumando o risco sobre o olho de forma que ficasse como era antes, verifiquei se estava tudo certo e voltei. Logo David Luiz entrou no meu campo de visão, ele bebia o vinho que havia pedido, o que me fez novamente pensar que aquilo contradizia a imagem que eu possuía dele. Sentei-me diante do ex-zagueiro do Chelsea e o encarei tentando parecer o mais simpática possível. Ele me serviu vinho, eu não recusei, apesar de saber que não tinha dinheiro para pagar, precisava que algo alcoólico.

Ficamos em silencio por alguns minutos, eu não sabia o que dizer, afinal, o que se diz para uma pessoa que você nunca viu na vida, que se senta em sua mesa, pede um vinho caríssimo e fica te olhando com um sorriso meigo?

- Você é brasileiro, não é? – perguntei sabendo a resposta, apenas para quebrar aquele silencio que já se tornara constrangedor.

- É – bebericou o vinho – Eu estou atrapalhando você? Se eu estou me desculpa.

- Não, tudo bem, eu estou bem, sua primeira dedução estava certa, eu tomei um bolo. – disse olhando para o menu fingindo escolher alguma coisa.

- Não consigo imaginar quem poderia deixar você esperando

“Hey, isso foi uma cantada?” – eu pensei.

Olhei ao redor, notando que eu parecia uma intrusa ali, aposto que era a única naquele lugar que tinha menos de cem libras no banco, um vestido de loja de departamento, e um emprego tão “conceitual” como o meu, suspirei e me apoiei em uma das mãos, desejando estar em casa, em baixo de minhas cobertas, com o computador no colo corrigindo textos e com uma caixa de bombons a mão.

- Você está bem? – Os olhos castanhos de David voltaram-se novamente para mim, e eu suspirei.

- Já disse que sim... Mas se quer ser agradável, me tira desse lugar terrível – respondi sem pensar muito, afinal, aquele lugar, aquelas pessoas, já começavam a me irritar.

Ele sorriu e terminou a taça de vinho, em seguida ergueu a mão e o garçom logo se aproximou, David pediu a conta e eu senti meu estomago gelar. Decidi fazer uma cena e dizer que havia esquecido o cartão de crédito, porém logo que fiz menção a abrir a bolsa ele me interrompeu.

- Eu pago.

Em um dia normal, eu jamais deixaria que um homem pagasse a conta para mim, se Greg estivesse lá, eu só o deixaria pagar pois mais cedo ele havia chamado o jantar de “presente de noivado”, porém minha situação não me deixava escolha, por isso não discuti.

Assim que David pagou o vinho exageradamente caro, eu e ele saímos do restaurante, eu me senti aliviada ao entrar em contato com o ar úmido de Londres.

-Pronto, estamos na rua – ele riu de forma discreta.

Eu sorri para ele, encolhendo-me para a garoa fina e gélida que agora voltava a cair.

Ficamos parados e eu estava prestes a me despedir meu celular tocou, e quando identifiquei o numero de Greg decidi não só ignorar, como me vingar dele tendo uma noite agradável.

- Você já foi a algum pub? – sorri como se o desafiasse.



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