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História Love is a Losing Game - Capitulo I


Escrita por: personne

Notas do Autor


Genteee eu sou nova aqui, e essa é minha primeira Fanfic neste estilo, bom, espero que gostem

Capítulo 1 - Capitulo I


“Hoje fui pela primeira vez em dois anos até o “paraíso”, você lembra que chamávamos assim, não é? Bom, sei que provavelmente voltou para o Brasil, e que está jogando as olimpíadas, as coisas vão bem, eu apenas queria dizer que nosso lugar permanece intacto” – Escrevi eu em um e-mail  usando meu celular, sem nem mesmo saber se ele ainda usava aquele endereço... Já fazia dois anos e o perfume parecia ainda percorrer por aquele ambiente,  era como se eu fosse sentir seus braços ao meu redor a qualquer momento, eu sentia tanta falta de David, nem mesmo o tempo o havia apagado de mim. Sentei em um canto do que outrora fora um lugar feliz, e ali comecei a chorar retomando tudo o que havia acontecido comigo.

...

                Eu morava em um subúrbio de Londres na época, tinha conseguido um emprego em uma editora pequena que publicava livros de autores novos, morava em um apartamento velho que parecia ter saído de um daqueles contos de Edgar Allan Poe, devido a seu aspecto sombrio e seu cheiro de cigarros misturado com mofo, mas sabia que aquela situação era temporária, pois eu iria me casar e logo meu noivo Greg e eu estaríamos morando em um lugar onde o assoalho não rangia a cada passo dado. Conheci Gregory na faculdade, ele terminava medicina e eu língua inglesa, o que posso dizer dele, é que nunca foi o tipo de homem romântico, era raro que ele me levasse para jantar, e seu pedido de casamento foi quase como se ele estivesse fechando um negócio, mas ainda assim aceitei, pois eu achava na época que era exatamente o que eu queria...  Em meados de dois mil e quatorze estávamos planejando a festa e a cerimônia, tudo aquilo de vestidos, madrinhas, lugar, decoração etc, deveriam faltar seis meses para o evento, e tudo começava a ganhar uma forma, isso me deixava feliz, a ideia de construir um futuro com alguém.

Há pessoas que não acreditam em destino, mas depois do que aconteceu comigo, nada me faz contestar aqueles que dizem que nossos caminhos já estão desenhados, penso em todas as coisas que mudaram minha vida, refaço mentalmente cada pequeno passo, cada escolha que fiz até chegar aquela noite de sexta-feira,  em que Greg havia me convidado  para jantar em um daqueles restaurantes caros em que as pessoas como eu vão apenas uma única vez na vida. O convite me deixou bastante animada, dada a natureza não romântica de meu noivo.

                Lembro-me de ter chegado em casa após entregar meu trabalho da semana no escritório e ter deixado sobre a mesa da cozinha o meu trabalho da próxima semana,  assim que minhas mãos ficaram livres, tirei meu sobretudo bege e o pendurei no cabide, a garoa que caia quando eu saíra de casa, agora já havia cessado, fiquei satisfeita com isso. Caminhei até meu quarto, um pouco mais adiante e olhei para mim mesma no espelho do roupeiro confirmando que minha situação estava terrível, olheiras fundas haviam se formado embaixo de meus olhos, resultado de uma noite revisando textos e corrigindo erros diante de um computador, os fios negros que caiam sobre meus ombros estavam quebradiços e enredados, eu realmente precisaria de horas para ficar a altura de um restaurante tão elegante.

                Tomei um banho quente e demorado, deixando que a água levasse toda minha tensão do dia, lavei meus cabelos esperando que houvesse alguma solução para eles, logo me enrolei em uma toalha e separei um dos meus poucos trajes social, um vestido preto, que combinei com um sapato da mesma cor, escovei os meus cabelos, e sem conseguir deixa-los realmente bons, acabei fazendo um coque em seguida fiz uma maquiagem adequada, que destacava meus olhos, e peguei um taxi, indo até o dito restaurante. Lembro-me que enquanto as luzes passavam pela janela do veiculo eu me sentia viva, e essa sensação só tornou-se maior quando The Cure começou a tocar na rádio, era minha banda favorita, havia embalado minha adolescência e por mais que as letras nem sempre fossem alegres como a melodia, estas canções sempre me passaram algo bom... Eu não via a hora de encontrar o Greg, não via a hora de compartilhar com ele a minha felicidade. Caminhei até a entrada, onde logo fui recebida pela recepcionista, senti um frio na barriga, como se estivesse indo a um primeiro encontro.

                - Tem reserva? – ela me perguntou de forma polida

                - Sim, está no nome de Gregory Taylor – sorri confiante em resposta.

Ela olhou para um tablet em seguida abriu um sorriso educado, e logo estava a caminho da mesa, que apesar de não ser a melhor do local, ainda assim era especial, pois eu passaria uma noite romântica, com o homem que eu ia me casar.

Nós havíamos marcado exatamente as oito horas, eu olhei no relógio e vi que já eram quase nove, pela terceira ou quarta vez o garçom passava em minha mesa para perguntar se eu pediria alguma coisa, eu sempre dava a mesma resposta “Vou esperar mais um pouco” eu já estava constrangida e minhas esperanças iam morrendo conforme os minutos passavam e Greg não aparecia, então liguei para ele, já havia perdido a conta de quantas vezes eu havia tentado falar, mas o celular estava sempre desligado, eu estava preocupada.

                Gregory era médico, trabalhava no KCH, e estava tentando conseguir uma vaga na equipe do St. Mary, mais uma vez a chamada havia caído na caixa postal, eu já não possuía mais esperança alguma de sua chegada, eu suspirei pesadamente e tentei ligar mais uma vez, uma ultima tentativa, e desta vez eu fiquei surpresa ao ser atendida.

                - Me desculpa querida, estou ocupado, apareceu uma emergência e eu... Eu preciso dar o máximo de mim para conseguir entrar para a equipe do St Mary, você sabe meu amor, eu ficarei de plantão essa noite, mas amanhã pela manhã eu apareço em sua casa.

                - Tudo bem – disse não conseguindo disfarçar a decepção na voz.

                - Recompenso você amanhã – ele disse e desligou, parecia apressado.

                Guardei meu celular na bolsa, coloquei a mão em minha testa e suspirei, meus olhos se encheram de lagrimas, mas eu não iria chorar ali, não com tantas pessoas ricas de testemunha. Minha magoa na era apenas pela falta de meu noivo, a verdade é que eu entendia o fato da ausência dele, Greg estava salvando vidas e lutando por nosso futuro, as minhas lágrimas queriam sair pois eu havia criado expectativa para aquela noite, e naquele momento me sentia decepcionada. Suspirei envergonhada pensando em como eu iria fazer para sair dali sem chamar a atenção de ninguém, tentei tomar coragem e sequei as lágrimas que teimaram em cair, esfreguei os olhos esquecendo que estava de delineador, então quando minha visão tomou foco novamente  notei que havia alguém em minha frente, e esse alguém não era o Greg.

                Ele tinha os cabelos cacheados, lembro-me que logo que vi aquela cabeleira diante de mim associei os fios loiros encaracolados com um arbusto, isso me fez rir, em seguida reparei no rosto, e então arqueei a sobrancelha, eu acho que sabia quem era aquele homem.


Notas Finais


Obrigada por ler... Até o próximo cap


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