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História LoveXHate - E me casei


Escrita por: Byunbibu

Notas do Autor


Cheguei, atrasada mas cheguei. Meu trabalho tá sugando minha alma e passei por um surto fodido pra recuperar, só piorando com a TPM, mas já passou e hoje vou tentar atualizar APGE e mais umas 3 fics <3
Relevem qualquer erro e me amem q

Capítulo 7 - E me casei


Acho que no primeiro momento meus olhos estavam tão focados em ChanYeol e em como ele estava bonito que esqueci de reparar a quantidade absurda de pessoas que estavam presentes ali. Tinha até um amigo de infância que estava vivendo na Tailândia conversando amigavelmente com outra pessoa que eu não me lembrava no altar. Acho que devem ser os padrinhos.

Ouvir aquela melodia clássica da marcha nupcial avisando minha entrada, despertou em mim algo que eu nem imaginava ter de fato: um coração ansioso. Ver todas aquelas pessoas olhando maravilhadas para o meu ser ao pisar no vasto tapete vermelho era como uma válvula de paixão, na qual apenas pareceu mais certa quando meus olhos se focaram, novamente, em ChanYeol.

Eu não nego que ele sempre foi lindo, mas ali, parecia estar mais bonito do que naturalmente era quando acordava de manhã com aquela carinha de sono fofa que só ele tem. Seu cabelo estava em um topete que valorizavam seus traços claramente tão felizes quanto os meus. Tinha um sorriso brilhante e seu terno estava tão alinhado que nem parecia ter sido comprado de última hora. Tudo estava extremamente bonito nele e esse vislumbre sobre sua beleza quase me fez esquecer que tinha que começar a andar para chegar até ele.

Esperei o ritmo da melodia entrar de acordo com a vontade dos meus pés e passei a caminhar lentamente, minhas mãos estava inquietas presas bem à frente da minha barriga em uma falha tentativa de esconder o voluminho que nosso filho fazia, mas era de fato irrelevante.

EU ESTAVA CASANDO, PORRA.

MEU FILHO.

MEU CASAMENTO.

MEU CHANYEOL.

FODA-SE O QUE VÃO FALAR.

Sorri mais largo ainda quando faltavam apenas alguns passos nos separando e ao contrário do que seguia as regras de beijar somente após os votos, ele me puxou pela cintura e selou meus lábios demoradamente, coisa que fez meu coração falhar algumas batidas e me deixar extremamente envergonhado com o alvoroço dos convidados.

- Você está lindo... – Seu sussurro me fez duvidar da capacidade dos meus lábios em sorrir mais largo ainda. Selei novamente seus lábios e me afastei mesmo sem querer.

- Você também está... – Sussurrei antes de me virar para o juiz de paz que nos encarava com um sorriso alegre, parecia estar vendo a melhor coisa do mundo.

- Estão prontos? – Indagou e eu e ChanYeol assentimos em silencio com a cabeça. Logo ele começou a falar sobre como a sociedade precisa aceitar que o amor é importante, que pessoas deveriam valorizar os votos de matrimonio, que o mundo sem o amor verdadeiro não era mundo. Todos necessitam ser amados, todos precisam de uma companhia fiel até o fim da vida e finalizou dizendo que eu e ChanYeol estávamos entrando na porcentagem de pessoas que não precisavam se preocupar com a solidão por tínhamos um ao outro.

Não queria chorar quando ele disse aquilo. Eu sempre fui muito solitário, desde a creche, sempre fui o nerd com óculos viciado em vídeo game e computadores enquanto os outros gostavam de brincar na rua, quando a adolescência chegou, eu não mudei meus gostos, preferia ficar criando métodos de hack para jogos que eu gostava e de criar sistemas para qualquer coisa que minha mente imaginava enquanto os outros garotos ficavam atrás de meninas para acalmar os hormônios. Então, saber que eu tinha alguém comigo que passou pela mesma coisa, me despertou um certo sentimento de paz, uma felicidade que não dava para medir.

Eu ainda odeio a petulância dele, odeio o fato dele ser mais alto e ficar lindo visto da minha altura, odeio mais ainda como o corpo dele é bonito mesmo quando é um sedentário como eu, odeio como ele se preocupa comigo disfarçando com implicância, nossa, eu odeio demais, mais que tudo no mundo quando Oh SeHun aparece na nossa sala querendo levar ele para almoçar. Enfim, eu odeio ele com todas as minhas forças, mas esse ódio me faz bem de certa forma, tenho emoções fortes com ele e talvez um dia esse ódio todo seja motivo para eu o amar. Mas vamos deixar em segredo por enquanto, se ele souber do meu coração palpitando não vou poder mais fazer ameaças para comer queijo de graça todos os dias. E nem para ter a louça lavada depois do jantar.

- Agora, os votos. – Ri baixinho quando vi meus priminhos aparecerem todos engomadinhos em ternos que os deixavam completamente fofinhos, os três filhos da irmã do meu pai lado a lado, dois mais atrás carregando duas coroas de flores e o mais novinho na frente com as alianças em uma pétala de rosa.

ChanYeol se abaixou assim que eles chegaram perto, pegando a aliança relativamente menor entre as duas, segurando minha mão esquerda assim que se posicionou a minha frente.

- Acho que a uns três meses atrás eu não acreditaria se me dissessem que em um futuro bem próximo eu estaria me casando com o serzinho mais irritante do mundo, nem aceitaria o fato de que teremos um bebê, de que já somos uma família e que teremos que olhar muito na cara um do outro por causa desses dois laços. – Ri baixinho porque era realmente assim que eu pensava. – Mas olhar para nosso passado e em como estamos agora, me fez perceber que nossas implicâncias, nossas brincadeiras e cuidados disfarçados de ódio não passam de fato de uma vontade de permanecer juntos o tempo todo. Um disfarce para conseguir suprir uma carência que eu nem sabia ter. Graças aos seus pais, acho que vi, que mesmo você sendo um baixinho implicante, chato e viciado em comida congelada e queijo, você pode ser tudo o que eu sempre quis e precisei na minha vida chata de programador. Então, quero que aceite esse símbolo de metal como uma forma de aceitar que, talvez, sem você, meu mundo não tenha tanta graça e que quero continuar rindo e implicando com você para o resto da vida, só para te ver bicudinho, me chamando de Yoda idiota, mas que no final vai apenas me beijar e dizer que me ama.

Não nego, chorei, chorei, mas chorei com gosto, acho que se a maquiagem não fosse a prova d’água eu estaria parecendo um panda todo borrado. Até tentei pensar no que falaria nos meus votos, mas meus olhos úmidos fitando suas mãos deslizando a aliança em meu dedo, fez com que minha cabeça ficasse em branco de palavras, focada apenas no quanto aquela praga alta conseguia me irritar e me deixar tão feliz ao mesmo tempo.

Respirei fundo e sorri quando peguei a aliança que colocaria em seu dedo. Eu tinha aquela oportunidade de falar tudo o que sempre pensei dele apesar das birras, até mesmo meu pequeno segredo que fez com que esse ódio aumentasse logo na primeira vez que o vi no trabalho.

- Pode não se lembrar disso, mas eu não te conheci no trabalho. Você era como eu na época da escola infantil. Brincávamos de duelo de Yu Gi Oh nos bancos da quadra enquanto todos os garotos corriam, foram apenas algumas semanas antes de você mudar de escola e sumir de vez da minha vida. Você foi a única pessoa desde aquela época que não me achava um “bobão” por gostar de desenho japonês e vídeo game sempre. Meu ódio por você só floresceu por não se lembrar de mim quando voltamos a nos encontrar no trabalho, mas acho que não é por não ter se lembrado, talvez seja por desde sempre eu te ver como a companhia legal, apesar de irritante, que sou completamente dependente. E quero continuar a ser, mesmo que quando chegarmos no hotel você vai querer rir da minha cara, eu vou rir da sua, podemos sair no tapa, mas depois vamos nos beijar e transar a noite inteira porque somos esse tipo de pessoa. E quero continuar sendo até depois que nosso filho nasceu, porque, talvez, apenas talvez, eu não te odeie tanto assim.

ChanYeol a princípio fez uma careta muito fofa de dúvida, mas logo pareceu que tocar no assunto fez sua lembrança florescer, e consequentemente abrir um sorriso lindo que abalou completamente minhas estruturas. Parei de ficar encarando feito uma besta apaixonada e deslizei a aliança por seu dedo, finalmente selando um acordo nupcial a força, mas que bem lá no fundo eu queria também.

O juiz que até estava encarando algo ao lado finalmente percebeu que terminamos e sorriu amarelo por ter se desligado, mas logo falou o que estávamos esperando desde que “nos declaramos”.

- Os noivos podem se beijar agora. – Ah, como eu amei essa frase.

Não demoramos nem meio segundo para quebrar a distância e iniciar um beijo verdadeiro e completamente entregue, meus lábios colados aos dele e nossos pequenos sorrisos fujões em meio aquilo tudo fez com que eu me sentisse em casa, no lugar que sempre tive de ficar. Talvez, eu realmente não o odeie tanto.

 

X

 

Retiro o que disse.

Eu realmente odeio ChanYeol.

Depois de cumprimentar os convidados e roubar um pouco da comida da festa, os amigos dele apareceram e o arrastaram para longe de mim. Me deixou sozinho com um prato de salgadinho, acompanhado dos amigos dos meus pais falando sobre o pênis do meu novo marido e me perguntando se ele era tão bom de cama quanto aparentava.

- Ele tá emburradinho porque o amor da vida dele está conversando com o colega de trabalho. Ele tem ciúmes. – Jaejoong realmente não tinha noção do cumulo do ridículo, onde já se viu, eu com ciúmes daquela vara seca e orelhuda.

- Estou com tanto ciúme que vou comer, olha. – Falei apenas para desconversar e fugir deles. Me levantei com as risadinhas assanhadas me acompanhando por onde eu ia. Ataquei toda a mesa de salgadinhos enquanto os outros fazia fila, estava com a boca cheia de empadinha quando senti um par de mãos grandes e firmes em minha cintura e logo um abraço quentinho que me deixaria todo molinho se eu não estivesse com raiva.

- O que você acha de fugir daqui e ir para o hotel logo? Tenho certeza que não vai querer transar comigo na nossa lua de mel quando vai ter a feira de queijo de Paris....

Era uma proposta tentadora, mas eu estava com raiva, com enjoo e só de falar de queijo eu queria vomitar até meus rins. Corri para o banheiro mais próximo dali, mas não cheguei a tempo por culpa de outra vara seca que enfiou na minha frente.

Outra vez me acabei de rir por ter vomitado em alguém e esse alguém consegue me deixar mais irritado do que ChanYeol simplesmente por existir.

- Você vomitou em mim. – Ah, sério? Quem mandou enfiar na frente de um grávido correndo?

Ri mais ainda com seu comentário e logo ChanYeol apareceu todo preocupado se eu estava bem, coisa que foi respondida quando viu que eu ria do desespero e nojo do melhor amigo dele bem a minha frente. Porém, a coisa ficou feia quando SeHun levantou a mão para me bater.

Sim, estava com o pulso vindo na direção do meu rosto, porém, não chegou a tempo de balançar um fiozinho do meu cabelo. A mão de ChanYeol impediu e quando olhei para o lado só pude deduzir uma coisa.

Vomitar em Oh SeHun estragou a minha festa de casamento, mas não deixou de ser o melhor dia da minha vida. 


Notas Finais


O que vocês acham que vai acontecer com Oh SeHun? Kkkkkkk vai apanhar muito? Vai sair com a cara esfolada? Vai ter trepadinha na feira de queijo de Paris com os dois em lua de mel na cidade da luz? Sexta no globo repórter n
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E criei ask de novo <3 http://ask.fm/BequiBubu


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