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História L'ultimo Ballo - Nove


Escrita por: lutteando

Notas do Autor


>>Música do Capítulo: I Don't Wanna Live Forever – Zayn Malik & Taylor Swift<<

Capítulo 10 - Nove


Fanfic / Fanfiction L'ultimo Ballo - Nove

“Não compreendem que tudo ao meu redor me lembra dela, e que isso acaba com o meu coração a cada instante, a cada lembrança.”


5 MESES E MEIO DEPOIS
Oxford, Inglaterra
Agosto de 2018

Matteo Balsano

De: Matteo Balsano

Data: 10 de agosto de 2018

Para: Luna Valente

Assunto: Como você está?

“Como você está? É o que eu me pergunto todos os dias. Está bem? Continua distraída e caindo na pista como sempre? Ainda ama patinar e sentir o vento contra o seu rosto? Continua detestando matemática mais que tudo na vida? Milk shake de morango ainda é sua bebida favorita? Como vai o sonho de ser patinadora profissional? Há três meses eu cheguei em casa de uma aula extremamente cansativa de contabilidade básica e Gastón estava sentado no sofá conversando com a Nina por vídeo chamada, sentei junto a ele porque queria saber como você estava e o que fazia, então ela me contou a novidade, que você saiu da equipe do roller e está treinando como solista com um novo patinador. Não sabe a felicidade que eu senti naquele momento, você estava a poucos passos de realizar o seu maior sonho e eu fiquei extremamente orgulhoso, minha menina delivery está crescendo. Aah, eu estou ficando mais maduro, agora reconheço o quanto errei contigo, sempre soube, mas percebo que a gravidade de tudo é muito pior do que eu cheguei a imaginar, acho que morar sozinho me ajudou bastante nesse processo, agora tenho que ter responsabilidades que antes eu não tinha e mesmo dividindo o apartamento com Gastón, não é a mesma coisa de ter tudo pronto, como era na casa dos meus pais.

Sabe, eu espero que você não tenha mudado nada do seu jeito, só que esteja aprendendo a ouvir mais o que os outros tem a te dizer, acho que esse sempre foi o nosso maior problema, escutar. Eu sempre te amei pelo seu jeito divertido e espontâneo, é por esses mesmos motivos que eu vou continuar te amando. Espero que continue fazendo as mesmas coisas de antes, que não tenha deixado o nosso término afetar nos seus gostos e costumes, que você não tenha deixado de fazer suas coisas normalmente só porque elas lembram a mim. Ainda dói recordar tudo que eu deixei para trás, lembrar que te deixei para trás, mas depois eu percebo que você vai ser feliz e isso é o que mais importa, então sigo minha vida, com as nossas memórias presas em meu coração.

Fica bem.

Matteo Balsano”

Esse era mais um dos diversos e-mails que eu escrevia para Luna e que acabaria na caixa de rascunhos, como todos os outros antecedentes, mensagens que ela nunca leria, que ela nunca saberia que foram escritas. Não tinha coragem o suficiente de enviá-los para ela, então apenas escrevia para senti-la mais perto, eu acho. Tem o fato de que não quero magoá-la ou confundi-la, então eu guardo tudo dentro de mim, talvez doa bastante, mas um dia eu sei que vai passar, sempre passa.

— Buuh! — Um grito próximo ao meu ouvido e mãos em meus ombros assustaram-me e a pessoa começou a rir.

— Você tem que parar com isso Ames, vou acabar por morrer de um infarto antes do tempo — falei em um falso tom de repreensão. A Amélia adorava me assustar, sempre que eu estava bastante concentrado ela fazia a mesma coisa, e todas as vezes eu me assustava.

— O que você está fazendo? — perguntou e logo em seguida fez uma cara de pensativa. — Calma... Essa eu sei. Com certeza você estava assistindo pornografia — comecei a rir com sua fala, o que chamou a atenção das poucas pessoas que estavam na lanchonete, que olharam para nós dois com irritação.

— Acertou em cheio. Me conhece tão bem que até desconfio que você não seja uma espiã que está aqui para acabar com a minha vida — fiz piada tocando de leve a ponta do seu nariz com o dedo indicador.

— Mas então, mensagens de amor para a garota que é desconhecida para mim? — questionou. E sim, a Amelia sabia sobre os e-mails, sendo que ainda não tinha conhecimento sobre para quem era nem da minha história com a Luna, já que ainda não tive a coragem de contar.

— Sim. — Apenas confirmei com essa pequena palavra, não precisava de rodeios com ela.

— Ela foi muito importante para você. — Não foi uma pergunta, ela afirmava aquilo com toda a certeza que existia. — Importante ao ponto de que você não conseguiu esquecê-la durante esse tempo que passou aqui, e acho que nunca vai.

— O que tivemos foi muito intenso, ao ponto de todas as células do meu corpo precisarem dela todos os dias. E eu não estou me referindo ao sexo e sim a tudo, todos os momentos felizes e também os tristes. Tudo entre nós dois era intenso demais, das dores aos amores — falei, ficando nostálgico com todas as lembranças que invadiram minha mente, meu peito ardia ao lembrar dela e do que podíamos ter vivido se tivéssemos confiado mais.

Amelia não falou nada, apenas ouvia atentamente tudo o que eu tinha para dizer. Talvez o que eu mais precisasse era desabafar, tirar de dentro de mim todas essas frustrações. Sabia que podia confiar nela, quem olhava de fora pensava que tínhamos algo a mais que amizade, pelo fato de sempre estarmos juntos, sendo que nunca rolou e nem vai rolar nada entre a gente. Primeiro: eu não quero um relacionamento tendo outra pessoa ocupando meu coração, e segundo: uma coisa que poucas pessoas sabem: a Ames é homossexual, ou seja, não tem nenhuma chance de acontecer algo além de amizade entre nós, nem da minha parte nem da dela.

— Certa vez, uma pessoa me disse que o meu lugar era onde estivesse o meu coração. Naquele momento eu não entendi o que ela quis dizer, mas agora as coisas já estão bem claras para mim. — Lembrei das palavras que a Luna me disse quando eu estava a ajudando com o trabalho final do Blake no primeiro ano que a conheci.

— Muito sábio o que essa pessoa disse, concordo totalmente — falou.

— Foi a minha ex quem disse isso.

— Ah, então não. Muito estúpido isso, quanta baboseira. — Fez graça, fazendo-me sorrir pela primeira vez desde que iniciamos aquela conversa. — Mas então, onde se encontra o seu coração nesse momento?

— Meu coração? Meu coração está em Buenos Aires, com ela. Neste momento e para sempre.

Estava deitado no sofá quase dormindo enquanto passava um filme qualquer de comédia barata na televisão, quando a campainha tocou. Fiquei confuso porque não fazia a menor ideia de quem poderia ser a essa hora e também porque não interfonaram da portaria avisando que alguém iria subir. Levantei do sofá cambaleando e fui atender a porta. Quando eu vi a cabeleira loira da minha amiga e seus olhos vermelhos e inchados provavelmente por ter chorado, puxei-a para dentro do apartamento e a abracei. Não tinha a menor noção do que poderia ter acontecido, mas sei que foi algo grave. A Ames não é de chorar nem de demonstrar tristeza, está sempre esbanjando sorrisos e não são falsos, porque em pouco tempo eu já a conheço bem para entender o que ela sente.

— Posso sentar? — Estranhei a pergunta, já que ela vem sempre aqui e nunca precisou dessas formalidades. Mas eu apenas balancei a cabeça afirmando e segui para a cozinha fazer um chá. Ela precisava de espaço, depois quando se acalmasse eu tentaria conversar com ela e descobrir o que aconteceu.

— Quem chegou aí? — Gastón entrou na cozinha perguntando, enquanto seguia em direção a geladeira para pegar uma garrafa de água e começar a encher um copo.

— A Ames, aconteceu algo com ela, mas eu ainda não sei — respondi escorando-me na bancada, ficando com as mãos por cima e o corpo levemente deitado.

— Qualquer problema me avisa — falou com voz de sono e eu apenas confirmei com a cabeça e ele seguiu de volta para o quarto.

Quando o chá já estava pronto, servi em duas xícaras e voltei para a sala. A Ames já não mais chorava e agora tinha o meu caderno de composições nas mãos. Não tem nada de extraordinário, já que desde que cheguei aqui não conseguia escrever nada, apenas algumas palavras e frases soltas no meio de vários desenhos de sol e lua.

— As frases são ótimas, com certeza resultará em uma linda canção. — Ela colocou o caderno de volta na mesinha de centro e acomodando-se melhor no sofá para prestar atenção no programa que passava. Coloquei uma das xícaras em sua frente e segui para o espaço vago do sofá com a minha na mão.

— Na realidade não é uma música, era para ser, sendo que eu não consegui escrever, isso são apenas algumas palavras e frases desconexas, nunca consigo me concentrar — falei mexendo no sachê do meu chá, tirando-o logo em seguida e colocando sobre um apoio de copos no centro.

— Eu não quero me meter, mas olha... — Retornou a pegar o caderno e também um dos lápis que estavam dispostos sobre a mesa. E começou a rabiscar e circular algumas coisas. — Você só precisa organizar as frases e terá uma estrofe, ainda não sou expert em espanhol, mas a letra é realmente muito linda — ela terminou o que estava fazendo e me entregou o caderno. Olhando todas as frases meio organizadas consegui distinguir alguns trechos e percebi que realmente daria uma canção.

— Obrigado — falei e quando fui colocar o caderno no seu devido lugar, uma foto solta caiu de dentro dele e parou no chão virada para cima. Era uma foto da Luna, eu a tirei enquanto ainda namorávamos, ela sorria enquanto contava o quão feliz estava por voltar a competir e por eu estar conseguindo realizar meu sonho de ser cantor. Eu fiquei tão encantado por aquele sorriso que discretamente peguei meu celular e capturei aquela cena. Distraída como só ela, não percebeu quando eu tirei a foto.

— Essa é a garota que você deixou para trás? — ela perguntou e pegou a foto do chão me entregando, coloquei-a de volta no lugar e fechei o caderno. — Ela é linda.

— Ela é sim — falei desconcertado com o rumo da conversa. Eu precisava saber o que tinha aconteceu com ela, então desconversei, não estava pronto para falar sobre a Luna com ninguém, não ainda.


4 MESES DEPOIS
Città Sant'Angelo, Itália
Dezembro de 2018

De: Matteo Balsano

Data: 24 de dezembro de 2018

Para: Luna Valente

Assunto: Feliz Navidad!

"Como está sendo seu dia? Sei que é o seu feriado favorito e espero que você esteja se divertindo muito, provavelmente deve estar no México comemorando com toda a sua família. Consigo imaginar seu sorriso irradiando felicidade para todos os lados, ah minha menina delivery, como eu sinto sua falta, não imagina o quanto. Não tenho muita para te falar hoje, só quero desejar 'Buon Natale', feliz natal em italiano. Se cuida.

Beijos,

Seu Chico Fresa!"

Mensagem guardada nos rascunhos com sucesso.

Coloquei meu celular no bolso e voltei a olhar para a janela, onde flocos de neve caíam gradativamente e atingiam o solo, para então se perderem em meio a tantos outros. Estávamos na Itália, isso mesmo, estávamos. Trouxe a Amelia junto comigo. Ela ia ficar sozinha na Inglaterra, então falei com meus pais e eles concordaram, dizendo que não existia nenhum problema em ela passar o feriado conosco. Quando chegamos todos pensaram que estávamos juntos, sendo que depois que a Amelia contou sobre sua orientação sexual pararam com as insinuações e eu agradeci pela compreensão.

Agora estava no meu quarto, apenas esperando a Ames para nos reunirmos com toda a minha família. Os italianos adoram passar essas festas com toda a família reunida e na minha casa não era muito diferente. Batidas na porta me fizeram despertar dos meus pensamentos e falei um entra, já sabendo de quem se tratava.

— Você não imagina o quanto estou amando a sua família, é todo mundo muito gentil — ela falou se jogando de bruços na minha cama. — Eu pensava que todos iam me julgar por... Você sabe, por eu ser lésbica.

— Pode ter certeza que você não vai passar isso por aqui, tem algumas pessoas que não gostam ou não aceitam, mas elas são sensatas o suficiente para não falarem nada a respeito — disse enquanto via seu reflexo pelo espelho, estava terminando de arrumar minha gravata por dentro do colete preto.

Terminei de me arrumar e caminhamos juntos até o andar de baixo. Da escada já dava para ouvir o barulho que minha família fazia. Italianos. Assim que coloquei meus pés na sala onde todos estavam, braços finos rodearam meu pescoço e a pessoa pulava em cima de mim. Só podia ser uma pessoa, Flor.

— Já estava com saudades de você priminho — disse quando se afastou de mim, eu sorria com toda a animação da minha prima. Mas esse sorriso morreu quando ela tocou em um assunto ainda delicado para mim: — E então, como está a sua namorada?

— A Âmbar? Faz muito tempo que eu terminei com ela Flor, eu já tinha lhe contado — falei bastante desconcertado, claro que ela não estava falando da Âmbar e eu sabia muito bem, mas preferia não sair dessa esfera e entrar em uma extremamente perigosa para a minha saúde mental atual.

— Não se faça de bobinho Matteo, você sabe muito bem a quem eu estou me referindo. — Ela não para, sempre foi assim, só cansa quando sabe toda a verdade e eu entendia que naquela situação não seria diferente.

— C-claro, a Luna. Flor por favor, não quero falar sobre isso — minhas palavras saíram pausadamente, quase em uma súplica. Naquele momento as pessoas que estavam na sala prestavam atenção em nós, querendo saber sobre o que falávamos e a minha resposta. Se eu já estava desconcertado antes, não conseguia descrever como me sentia.

— Ah Matteo, sem essa. O que aconteceu entre vocês dois? — Ela continuava insistindo e minha raiva apenas aumentava. Eu sempre fui uma pessoa bastante tranquila, sendo que tem uns momentos onde eu chegava no meu limite e esse era um deles. E quando eu fico assim prefiro não conversar com ninguém, pois se fizer sei que vou falar o que não quero e o que não devo, e isso acaba machucando outras pessoas que não tem nada a ver com a situação. Esses surtos já atingiram muitas vezes a Luna e depois que eu falava, sentia-me horrível, querendo desfazer cada palavra dita, mas era impossível. Por isso, nessas situações eu me fechava e me mantinha isolado de todos.

— Nós terminamos Flor, está satisfeita? Eu e a Luna terminamos — gritei transbordando toda a minha irritação, não me importava com o que as pessoas iriam pensar. Minhas mãos já se encontravam em meus cabelos, não iria suportar ficar mais um minuto sequer naquele ambiente.

— Calma, Luna é a sua ex-namorada? — era uma pergunta retórica. Amelia estava apenas ligando os pontos em sua cabeça e chegando na conclusão final. — Agora eu entendo toda a sua devoção pela lua e...

Não esperei que ela terminasse o que tinha para dizer, apenas saí com pressa daquele lugar, precisava desligar a mente de todas aquelas lembranças que vieram à tona como um tsunami. Entrei no escritório do meu pai e bati a porta com força, lágrimas já desciam por meu rosto e eu não conseguia controlar. Por que as pessoas não conseguiam entender que eu não conseguia falar sobre ela? Não compreendem que tudo ao meu redor me lembrava dela e que isso acabava com o meu coração a cada instante, a cada lembrança.

Bebi um... dois... três copos de whisky, não estava bêbado, ainda precisaria de muito para isso. Tentava apenas relaxar a mente antes de voltar para a sala, não queria enlouquecer na frente de todos, principalmente por minha mãe, já que ela fez tudo com muito carinho e não merecia passar por isso.

Ouvi passos se aproximarem do escritório e o rangido da porta ao sendo aberta. Não sabia quem era, já que estava de costas apoiado em uma das cadeiras que tinha em frente à mesa de mogno. Os nós dos meus dedos já estavam brancos de tanto que eu os apertava na madeira. — Eu não quero falar com ninguém, pode sair.

— Podemos conversar? — A voz calma que eu conhecia muito bem soou em meus ouvidos.

— Esse não é um bom momento, Amelia — minha voz saiu baixa, porém grossa, não queria descontar minha frustração nela, o melhor seria que ela fosse embora e me deixasse ali sozinho.

— Ótimo, porque eu não vou sair daqui até você conversar comigo. — Virei no exato momento que ela se abaixava e se acomodava no piso de madeira abaixo dela.

— Eu não quero falar disso com ninguém. Só... só me deixa ficar sozinho.

— Uma pena que eu não seja ninguém, sou sua melhor amiga e não gosto de te ver assim.

— A culpa foi minha. — Andei até onde ela estava e sentei no chão ao seu lado, escorando as costas na parede gelada.

— Matteo, você não pode simplesmente se culpar por tudo — falou e eu ri sarcasticamente. Se ela soubesse um quarto do que eu já tinha feito para Luna, não teria esses mesmos pensamentos.

— Fui eu quem errei com ela, fui eu a pessoa que a machucou. Apenas queria que as outras pessoas respeitassem o meu silêncio e não falassem sobre ela ou sobre o que tivemos — falei agora com a voz mais baixa, cheia de remorso e tristeza. — A cada vez que uma pessoa pergunta sobre a Luna, minha culpa aumenta em níveis elevadíssimos.

Ela não falou mais nada, apenas segurou minha mão e ficamos naquela sala por longos e demorados minutos. O ambiente estava em um completo silêncio.

— Acho melhor voltarmos para onde estão todos. — Levantou-se do chão e me ajudou a fazer o mesmo. Seguimos juntos para a sala de estar e todos pararam o que faziam para olharem na minha direção, mas isso durou pouco, já que minha mãe quebrou o silêncio e todos retornaram a conversar animadamente, como se nada tivesse acontecido.

O restante da noite passou tranquilamente, repleta de conversas e brincadeiras, ninguém mais tocou no assunto Luna e eu agradeci por isso silenciosamente. Quando subi para o quarto já passava das quatro da manhã, necessitava de um banho e de uma boa noite/manhã de sono.

A semana seguinte passou como um vulto diante dos meus olhos. Durante esses dias levei a Amelia para conhecer os pontos turísticos mais requisitados da Itália, apesar de bastante frio, o país estava repleto de turistas e esse clima não acabou com a nossa diversão em nenhum momento.

Agora estávamos aqui, dentro de um avião prestes a pousar em solo inglês novamente, pois já terminaria o recesso de inverno e na semana seguinte as aulas na faculdade retornariam a todo gás. Isso com certeza era o que mais me distanciava dos meus pensamentos, a música vivia dentro de mim, acalmava-me, transformava todo o sentimento de angústia — por pelo menos algum tempo — em pó.

 


3 Feliz Navidad: Feliz Natal em espanhol;
4 Buon Natale: Feliz Natal em Italiano.


Notas Finais




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