“A primeira música marcou o início de tudo. E essa está marcando o final.”
7 MESES DEPOIS
Oxford, Inglaterra
Fevereiro de 2020
Matteo Balsano
— Balsano, eu já perdi as contas de quantas vezes eu pedi para você recomeçar. — Era verdade, a senhora Sgreev já havia chamado a minha atenção muitas vezes durante aqueles quase cinquenta minutos que decorreram de aula. — Vamos, mais uma vez. Quero que você se concentre.
— Eu não consigo professora, sinto muito. — Engoli em seco e sentei no chão do palco do auditório, onde acontecia a aula.
— Acho que não ouvi direito. — Ela aproximou-se da beirada do palco e virou de costas para mim olhando para o restante dos alunos, que estavam acomodados nas diversas cadeiras distribuídas pelo local. — Escutem bem o que eu vou dizer, principalmente você senhor Balsano — falou apontando o dedo em minha direção, apenas respirei fundo, fechei os olhos e continuei sentado no chão. — Aqui nessa academia não temos espaço para pessoas que desistem sem tentar até o último segundo, não existe essa de "eu não consigo", vocês estão aqui para aperfeiçoar o que já sabem e aprender o que ainda não sabem. Então nunca digam que não conseguem até que não reste forças para continuar. Estão dispensados.
Levantei do chão e fui até a minha bolsa que estava apoiada na parede da lateral do palco. Quando fui descer para seguir com os restantes dos alunos, a voz da Marie me deteu: — Você não Balsano, quero que conversemos a sós.
Tentei permanecer calmo, tendo em mente que não seria nada demais aquela conversa.
— O que você deseja Matteo?
— Como? — Fiquei confuso com aquele questionamento, já que era eu quem deveria fazer essa pergunta.
— Quando eu te vi nas audições eu pensei: "Nossa, esse garoto tem futuro". Mas sabe o motivo pelo qual eu pensei isso? — Neguei. — Porque eu via determinação em você, alguém que não deixaria que nenhum obstáculo atrapalhasse o seu sonho e sinto lhe informar, não foi essa pessoa que eu vi nesse palco hoje.
— Marie, eu não sou bom com essas coisas de demonstrar sentimentos. E isso nem é tão importante. — Ela começou a rir sarcasticamente.
— Não é tão importante? Matteo, guarde o que eu vou te dizer, artistas que se importam apenas com a fama não chegam a lugar algum, o importante para firmar uma carreira de sucesso é a emoção que você é capaz de transmitir para o público a cada performance, o amor que você sente em cima de um palco. Você tem que ser ambicioso sim, não disse que não, mas também tem que ter os pés firmes no chão e nunca se achar melhor do que ninguém.
— Qual a relação disso tudo com liberar os sentimentos? — Gesticulava com as mãos mostrando o nervosismo que havia dentro de mim.
— Se ficar guardando tudo isso dentro de você, ninguém irá saber o que realmente você sente ao realizar uma apresentação, ficará algo vago. Um exemplo comum, quando se compõe uma canção, para que a letra e a melodia saiam é necessário você descarregar todas as suas emoções naquilo, permitir sentir, entendeu? — Não queria admitir, mas sabia que ela tinha razão. Desde tudo que aconteceu com a Luna que estou tentando compor uma canção e nada sai, está tudo uma confusão que eu não conseguia entender nem decifrar. — Agora eu tenho que ir, nos vemos na semana que vem e por favor, treine isso em casa que tentaremos quantas vezes forem necessárias até sair perfeito.
Saí da sala uma pilha de nervos, estava irritado comigo mesmo por aquela situação, queria que tudo fosse mais fácil. Há três semanas a Marie começou um exercício de concentração e liberação, como esperado eu estava me saindo horrível. Deveríamos nos concentrar no que existia dentro de nós e tentar liberar isso, o grande problema é que nos últimos meses não vem sendo nada fácil, não sabia ao certo o que sentia e desde a ligação com a Luna as coisas foram ficando cada vez mais difíceis, minha concentração se encontrava em um saldo negativo. Eu seguia no caminho certo para esquecê-la, mas só foi ouvir sua voz que meus planos desceram por água abaixo. Ainda não conseguia acreditar que fiz aquela burrada, arrependia-me amargamente por isso.
O celular estava em minhas mãos e eu tentava escrever mais uma das mensagens que eu nunca enviaria para a Luna e que há meses eu não conseguia escrever nada. Abri a caixa de rascunhos para reler pela milésima vez as mensagens e ela se encontrava completamente limpa. Uma sensação de desespero apoderou-se de mim e fiquei sem saber o que fazer em seguida.
Fui até a lixeira e encontrei diversos arquivos, mas nenhuma das mensagens para ela. E o que eu mais temia aconteceu, estavam ali, todos eles foram enviados e constavam como recebidos. O ar faltou em meus pulmões e minhas pernas fraquejaram, senti a parede perto de mim e escorei-me nela para tentar retornar ao meu estado normal, por sorte naquele horário ninguém passava por aquele corredor.
Não conseguia entender como aquilo aconteceu, há tempos que eu não abria aquelas mensagens, não fazia ideia de quem poderia ter feito aquilo. Não podia ser possível. Não, não, não, não, não. O que aconteceria agora? Por que essas coisas sempre acontecem comigo? Como se já não bastasse a merda de ligação que eu fiz para ela meses atrás.
Cheguei no meu apartamento com o estresse a mil, qualquer pessoa que entrasse no meu caminho seria alvo da minha irritação, mesmo não tendo nada a ver com isso.
— Eita que alguém hoje acordou com o humor péssimo. — Bufei e joguei-me teatralmente no sofá da sala. Fechei os olhos e respirei profundamente, tentando controlar aquele ataque de raiva para não descontar no Gastón. — Mas me conta, o que te deixou assim tão... Decepcionado? Triste? Frustrado?
Um dilema formou-se em minha cabeça para decidir se eu contaria ou não ao Gastón o que tinha acontecido. Por fim, decidi descarregar toda essa má vibração que me rondava. Sem contar que ele sempre foi meu melhor amigo de todas as horas, sabia que ele me entenderia melhor que ninguém e tentaria ajudar-me de alguma maneira.
— Eu te contei das mensagens que eu escrevia para a Luna, certo? — Ele balançou a cabeça em concordância e aquela mesma angústia que me acompanhava durante todos os últimos três anos estava presente e eu não sabia como agir nem o que fazer em seguida. — Bom, eu não sei como, mas todas elas foram enviadas, não faço a menor ideia do que aconteceu. Não foi você quem enviou, foi? — Olhei desconfiado para o Gastón, ele sempre apoiou que eu tivesse uma conversa de verdade com a Luna e sempre me disse que nosso destino era terminarmos juntos. Patético.
— O quê? Claro que não Matteo, nunca faria isso. Sei o quanto você gosta da Luna, mas também sei o quanto você está se esforçando para esquecê-la e seguir em frente, não sei como pensou isso. — Ficou ofendido e eu me senti mal em culpá-lo daquela forma. Acreditava nele, sabia que nunca me trairia daquela forma e, muitas das vezes não concordando com as minhas decisões, sempre acabava aceitava e não dizia nada.
— Sinto muito, eu não sei o que tava na cabeça para pensar em uma coisa dessas. Acho que juntando isso com o meu fracasso nas aulas da senhora Sgreev deixaram meu humor bem ranzinzo. — Levantei-me do sofá e despedi-me dele dizendo que precisava ficar sozinho.
Fui para o meu quarto onde poderia descansar a mente e pensar melhor no que eu faria agora. Mas nenhuma ideia parecia boa o suficiente para chegar em um resultado eficiente, onde eu não sairia machucado e a Luna não ficaria ainda mais magoada.
Peguei o meu violão e comecei a dedilhar lentamente pelas cordas de aço. Comecei a tocar e em poucos segundos já cantava uma das minhas primeiras composições, fechei os olhos sentindo tudo ao meu redor desaparecer e eu ser transportado para o exato momento em que toquei aquela música pela primeira vez. Para ela.
O sorriso em seu rosto enquanto eu cantava era radiante. Lembro bem que naquele dia ela estava triste pelo fato de estar brigada com o seu melhor amigo e magoada por ele não acreditar em suas palavras. Infelizmente, depois que terminei a performance não consegui falar que a música era para ela, não tive coragem o suficiente e ela saiu correndo para o roller ao encontro do seu amigo e pela primeira vez, Matteo Balsano ficou triste por uma garota.
Só consegui contar para ela sobre a canção anos depois, quando já havíamos começado e terminado o nosso relacionamento. Não sabia se ela acreditou em minhas palavras e estava apenas fingindo que não acreditava ou, ela simplesmente não acreditava. Nunca soube e nunca saberei.
Quando parei de tocar ouvi alguns ruídos do outro lado da porta e caminhei até lá para tentar entender algo do que falavam. Com um tempo, reconheci a voz irritada do Gastón e a da Ames chorosa.
"Você não deveria ter feito isso, não faz ideia de como ele está se sentindo"
Nunca tinha visto o Gastón elevar a voz tanto assim, ele sempre era o que tentava resolver, apaziguar a situação, nesses casos o que gritava era eu. Encostei mais o ouvido na porta para entender melhor o que as vozes diziam.
"Eu só queria ajudar, não tinha ideia de que ele fosse ficar tão irritado. Ela tem o direito de saber o que ele sentiu durante todos esses anos."
A voz da Amelia era baixa e por muito pouco eu não conseguia entender o que ela estava dizendo. Quem precisava saber de quê? Precisava continuar escutando toda a conversa para poder ir até a sala perguntar o que acontecia.
"NÃO AMÉLIA, NÃO TINHA. Você não faz ideia de tudo que eles passaram. Matteo teve motivos para decidir manter distância dela e você, não deveria se intrometer em suas decisões."
"É notável para quem quiser ver que ele ainda a ama, e pelo que a Nina me falou ela também sente o mesmo. Não sei o porquê de tanto drama quando as coisas poderiam ser muito mais simples."
Fui ligando todos os pontos em minha cabeça e não demorei para saber do que eles falavam. Sobre minha relação com a Luna. Estava paralisado sem saber o que fazer ou pensar, não conseguiu acreditar que a Amelia foi capaz de fazer isso, como ela ousou em mexer nas minhas coisas e enviar aqueles e-mails para a Luna?
"Você acha que eu nunca tentei fazer o Matteo conversar com a Luna? Já perdi as contas disso, mas também nunca me intrometi em suas escolhas e fiz coisas que não devia."
Abri a porta do meu quarto em um rompante e segui para a sala onde o show acontecia, estava furioso e sabia que boa coisa dali não sairia. Quando pus meus pés naquele local, todas as cabeças viraram na minha direção e suas feições eram desesperadas. Comecei a bater palmas, aplaudindo tudo aquilo que se desenrolou ali.
— Ótimo, obrigado por me avisarem que agora a minha relação com a Luna, relação essa que já não existe mais já faz tempo, é uma peça de teatro onde qualquer pessoa que está de fora tem o direito de opinar. — Minha voz era carregada de sarcasmo e vi a tensão sendo instalada naquele cômodo. Mas não iria parar, não agora, não depois de tudo que ouvi.
— Matteo, não é bem assim...
— Não é bem assim? Qual o direito que você acha que tinha de enviar aquelas porcarias de e-mails? — A raiva transbordava por minha voz. — Mas sabe o que é pior? Nesse momento eu não estou irritado por Luna ver essas mensagens, eu estou decepcionado. Decepcionado por ter confiado um segredo meu e você simplesmente ignorou isso e fez o que eu não queria.
— Eu não queria te machucar, eu estava tentando te ajudar. — Não me importei nenhum pouco com as lágrimas que começaram a sair dos seus olhos. Continuei despejando toda a minha frustração em cima dela.
— Matteo, vai com calma. — Gastón aproximou-se tocando em meu ombro e antes que ele pudesse falar ou fazer mais alguma coisa eu já gritava para que ele não me tocasse e não falasse comigo.
— Agora você vai defendê-la? Com certeza sabia de tudo e não me contou nada. Acho que a sua namorada também deveria está por dentro e com certeza vai contar para a sua amiguinha todo esse espetáculo. — Tentei manter a calma, sendo que naquela situação sabia que seria impossível. Ninguém seria capaz de mudar o que eu pensava no momento, toda a raiva que permanecia dentro de mim tinha que sair de alguma forma, e sempre saía da pior. — Mas claro, o trouxa aqui sempre é o último a saber de tudo.
— Não os envolva nessa história, eu fui a única responsável. Gastón veio me contar o que tinha acontecido e eu disse a ele que eu quem fiz, em nenhum momento ele esteve contra você. — Não conseguia acreditar naquilo, a raiva me cegava, era sempre a mesma coisa, não importava se a pessoa estivesse falando a verdade, minha mente dizia para não acreditar.
E aquele era o Matteo Balsano que eu não gostava, que não ligava nenhum pouco para o que as pessoas sentiam, que nada o faria mudar de opinião naquele momento. Eu precisava de um tempo sozinho e longe daquilo tudo, precisava pensar na vida e no que faria daquele momento em diante. Com esses pensamentos, saí rapidamente do apartamento ouvindo ao fundo eles me chamando, ignorei isso e continuei andando para fora do prédio.9
Não sabia para onde ir nem o que fazer, sentia meu nariz e a região ao seu redor arder pelo choro que eu não deixava sair. Fazia algumas horas que eu andava pelas ruas frias da Inglaterra, minha mente estava um emaranhado de sentimentos. Queria poder arrancar cada um deles de dentro de mim, seria tão mais fácil se eu não sentisse nada, se eu não me importasse tanto.
9 MESES DEPOIS
Oxford, Inglaterra
Novembro de 2020
Dedilhava delicadamente as teclas do piano formando a melodia da música que eu passei muito tempo para escrever. Nunca tinha demorado tanto na composição de uma canção como com aquela, porém o final me surpreendeu, a letra conseguia transmitir todos os meus sentimentos, cada palavra falava um pouco do que eu passei durante esses últimos anos desde o primeiro dia que eu vi a Luna, até hoje.
Quiero verte sonreír
Quiero verte junto a mi
No puedo ya no quiero
No es fácil ocultar mis miedos
Comecei a cantar o refrão e deixei tudo o que estava dentro de mim ser liberto, cada palavra guardada, cada sentimento oculto. Eu sabia que aquele recomeço não seria fácil, entendia que eu teria recaídas e que doeria bastante.
Quiero verte sonreír
Quiero verte junto a mí
No puedo ya no quiero
No es fácil aceptar que no te tengo
Que no te tengo
Porém tinha em mente que enfim havia superado. Quando terminei de cantar pela primeira vez aquela música completa, senti um calor invadir o meu peito. Mostrando-me que nada mais importava, aquela sensação é indescritível. Pela primeira vez eu entendi que havia superado a Luna, que nossas lembranças não eram mais dolorosas. Com o tempo, a ausência dela foi ganhando espaço dentro de mim e eu acabei me acostumando com isso.
O amor e a admiração que eu sentia por ela não acabaram, apenas estão guardados dentro de mim. É até estranho admitir tudo isso, anos atrás eu nunca havia pensando em que realmente esse sentimento existia, e só vim perceber que amava a Luna quando eu senti que ia perdê-la. Podia até soar egoísta e possa ser que seja mesmo, mas era a verdade.
Assim que terminei de tocar a última nota uma voz entrou por meus ouvidos, assustando-me. Era a professora Marie.
— Bela canção. Você quem compôs? — Apenas balancei a cabeça em afirmação, ainda me mantendo de costas para ela.
Escutei os saltos finos entrando em contato com o piso e segundos depois ela estava ao lado do piano.
— A letra dessa canção mostra sentimentos distintos da letra da que você cantou na aula do semestre passado. O que você sentiu ao escrever ambas? — Aquela pergunta me pegou desprevenido.
O que eu senti? Nem eu sabia ao certo, para cada uma das canções os sentimentos dentro de mim eram confusos, de formas diferentes, mas em ambas confusos. Quando eu escrevi siento, foi o início dos meus sentimentos por ela, eu não sabia ao certo tudo o que eu sentia, era tudo confuso demais pois eu nunca tinha sentido algo parecido. Escrevendo quiero verte sonreír, já tinha todos os meus sentimentos por ela aclarados, porém, a sensação de perda dentro de mim era algo novo e eu não sabia como fazer aquilo acabar.
— Eu estava confuso, cada uma dessas músicas mostra algo diferente, sendo que ao escrever ambas meus sentimentos eram confusos — falei em voz alta aquilo que estava em meus pensamentos.
— E o que isso significa para você?
— Acho que... A primeira música marcou o início de tudo. Essa está marcando o final.
Depois de dizer isso, não voltamos mais a tocar nesse assunto. Ela apenas foi me aconselhando, mostrando no que eu poderia melhorar e ao final afirmou que eu deveria apresentar aquela música no final do curso. Não estava muito confiante, era algo muito pessoal e recente para sair compartilhando com todos. Talvez fosse apenas mais uma canção que eu guardaria para mim e ninguém mais no mundo ouviria, ou talvez esteja na hora de mostrar o que eu realmente sentia.
Foi um longo processo de amadurecimento e autoconhecimento para poder chegar aqui hoje, tive que aprender com as quedas e os obstáculos que a vida colocou em meu caminho. Não foi fácil, isso eu posso afirmar com a maior segurança, foram anos tentando me conhecer para primeiro aprender a conhecer os outros. Quando eu olhava para trás e via todo o mal que eu causei as pessoas que estavam ao meu redor, o único sentimento que existia dentro de mim era o de culpa, por ter magoado pessoas tão importantes para mim, esse remorso ainda existia, porém, eu sabia que se algo parecido voltasse a acontecer, tudo seria diferente.
Com relação a Luna é um pouco diferente, pois ela também nunca tentou me entender e apenas julgava-me, mas eu não a culpava, isso só aconteceu porque eu fiz as coisas completamente erradas, fiz as piores escolhas sem pensar nas consequências. Quantas e quantas vezes eu culpei a Luna por não me aceitar da maneira que eu era e então, eu percebia que era algo impossível, conviver com uma pessoa egoísta que só pensava em si mesmo, que não conseguia demonstrar os verdadeiros sentimentos e que sempre falava o que não devia e acabava dizendo palavras que machucam.
Se por um acaso eu esbarrasse com o Matteo de quatro anos atrás, primeiro eu acertaria um soco na cara dele e depois falaria para ele parar com aquelas atitudes infantis que não prejudicavam apenas as outras pessoas, mas também a si mesmo, que todo o mal que ele causou não foi para ninguém mais além dele.
Com o acontecimento das mensagens, eu resolvi escrever apenas apenas mais uma, me desculpando pelo que aconteceu e me despedindo, essa eu mesmo enviei. Agora eu percebia que aquilo estava me prendendo a um passado que já não existia mais. Passei quase dois meses sem falar com a Amelia pelo incidente, não queria jogar a culpa nela e novamente voltar a falar o que não devia, com o Gastón não consegui passar nem uma semana direito sem falar, ele era a pessoa que eu mais confiava no mundo e por mais que eu negasse, precisava de alguém para desabafar sobre tudo.
Acho que agora sim eu poderia dizer que nascia um novo Matteo Balsano.
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