1. Spirit Fanfics >
  2. L'ultimo Ballo >
  3. Trentuno (Seconda Parte)

História L'ultimo Ballo - Trentuno (Seconda Parte)


Escrita por: lutteando

Notas do Autor


5/5 💕

>>Música do capítulo: Mirror – Justin Timberlake<<

Capítulo 32 - Trentuno (Seconda Parte)


Fanfic / Fanfiction L'ultimo Ballo - Trentuno (Seconda Parte)

“Porque o amor é capaz de curar um coração ferido, de reavivar uma alma perdida. Foi por amor que estou aqui hoje, e é por amor que irei continuar.”

 

Matteo Balsano

Meus últimos dois dias foram bastante corridos, em nenhum deles tive tempo de ir patinar com a Luna, estava cem por cento focado na gravação do meu disco. E ela não viu problema nisso, disse que andava muito cansada dos últimos treinos e precisava de um descanso.

Hoje era o nosso encontro e eu encontrava-me mais nervoso do que nunca. Acho que nunca tivemos um encontro assim enquanto namoravamos. Íamos tomar sorvete juntos, ficávamos no roller, patinávamos, conversávamos. Mas nunca foi um encontro desse tipo, apenas passávamos tempo juntos.

Deve ser por isso que eu estou tão inquieto, queria que tudo fosse perfeito, que ela se sentisse bem. Iria levá-la no melhor restaurante italiano que existia na cidade, quando morei aqui anos atrás costumava ir bastante lá, sozinho ou acompanhado. Sempre que eu tinha um dia agitado, pode ter certeza que você me encontraria lá, o lugar me transmitia calma. Desde que voltei para Buenos Aires não tive tempo de ir, vai ser a primeira vez e com a Luna ao meu lado, o que me deixava mais radiante.

Estava sendo decidido nesses últimos dias as músicas que irão fazer parte do meu primeiro disco, e apesar de está super animado com esse conceito, não conseguia me manter cem por cento presente de corpo e alma naquela sala. Meus pensamentos sempre viajavam para lugares distantes, quase todos tinham a Luna como destino final.

Das doze músicas que estarão no álbum, oito são de composição minha e três serão parcerias com outros cantores.

Siento. Pensei bastante antes de colocar essa canção no disco, sempre a achei muito pessoal, porém, ela foi a minha primeira composição e marcou muito a minha vida. Então, não poderia ficar de fora de forma alguma.

Nada ni nadie. É uma das minhas composições mais recentes. Mostrava quem eu era, minha confiança em mim mesmo e a mudança que existia entre o meu eu antigo e o meu eu de agora.

Stranger. Essa música foi escrita um pouco depois que a Luna rompeu o namoro comigo, quando o Gary cancelou o contrato para a gravação do meu disco. Mostrava como eu me sentia naquela época em relação ao fato dela não ter ficado ao meu lado, apoiando-me em um dos momentos mais difíceis da minha vida.

Allá voy. Essa canção eu fiz para pedir perdão a Luna por todo o mal que eu a causei, por todas as mentiras contadas. Ela falava de redenção e de como eu desejava que as coisas finalmente dessem certo entre nós.

Tutto per una ragione. Essa música é uma das minhas preferidas, a letra dela é em italiano e ter uma canção escrita com o meu idioma natal era muito especial para mim. Além de que o ritmo dela é super animado.

Vives en mi. Em princípio, escrevi essa canção anos atrás para ser cantada em dueto, e como é de se esperar, fiz pensando na Luna. Porém, realizei algumas modificações para poder cantar sozinho.

Quiero verte sonreír. Essa não poderia faltar, foi a música que me colocou no lugar que estou hoje. Ela retirava o que tinha de mais íntimo dentro de mim e expunha ao mundo. Que todos esses anos não foram fáceis, da dificuldade em aceitar o que eu havia perdido e de todas as lembranças que me atormentavam todos os dias.

Esta noche no paro. Essa eu compus há cerca de dois meses atrás, quando vi a Luna pela primeira vez depois de anos, no centro comercial de Notting Hill. Foi a minha composição mais rápida, em vinte minutos já tinha ela completa. Através dela, eu dizia o quanto necessitava da Luna e que junto a ela, nada seria capaz de apagar o meu desejo de conquistar a todos com a minha música, que apesar dessa necessidade, pensava ser impossível voltar a temos algo.

Princesa. Minha mais nova composição, comecei a escrever a letra no início do mês, quando voltei a me aproximar da Luna. E terminei há duas semanas atrás. Luna dormia em meus braços enquanto um temporal caía lá fora, passei demorados minutos observando cada detalhe do seu rosto e ouvindo as batidas ritmadas do seu coração. Foi aí que surgiu as ideias para os trechos em branco, de todo o amor que eu sentia por ela.

Todas essas músicas mostravam muito de mim e do que eu sentia, era a minha forma de dizer ao mundo quem eu era. Sem máscaras e sem efeitos, apenas eu e todo o meu amor. Porque o amor é capaz de curar um coração ferido e reavivar uma alma perdida. Foi por amor que estava aqui hoje e era por amor que iria continuar. Ele fez-me ser uma pessoa melhor, vendo que dentro de mim existia muito mais do que uma casca seca sem nada.

Saí do prédio passava-se das quatro horas da tarde. As gravações das músicas seriam iniciadas daqui há três dias, na segunda feira.

Meu celular começou a vibrar no bolso da calça e eu o peguei, vendo na tela a imagem do Gastón, apesar do fuso horário e de quase sempre nossos horários não baterem — pois ele ainda ficaria até a metade do ano que vem estudando — dávamos um jeito de manter o contato. Entrei dentro do carro para poder atender.

Fala hermano, como você está? — Sua imagem tomou toda a tela do meu celular, que eu deixei no apoio do carro.

— As coisas estão melhorando. E como anda tudo por aí?

Chatas e monótonas. Se não fosse a Nina e a  Amelia, tudo aqui seria um porre.

— Sei que você está morrendo de saudades de mim, mas aguente só mais um pouquinho.

Você está ainda mais convencido, não pensava que isso era possível— debochou. E sinto lhe informar, estou com saudades da  comida que você fazia, nem lembrava de você.

— Anham, você é um péssimo mentiroso.

Passamos cerca de meia hora conversando sobre como estavam as nossas vidas e o que andavamos fazendo. Falei sobre a gravação do disco e dos planos que a produção da gravadora tinha para minha carreira, ele contou que as aulas tinham começado essa semana e que ele iniciaria o estágio remunerado. Depois que concluísse o curso, Gastón começaria a trabalhar na empresa do pai aqui na Argentina. E eu não via a hora dela voltar para cá de uma vez.

Despedi-me dele e desliguei a ligação, ao ver que passamos mais de trinta minutos conversando. E como eu sei o quão demorado eu sou para me arrumar, tinha que começar a fazê-lo bem antes que o normal.

Cheguei em casa e segui direto para o banheiro. Tomei um banho relaxante para remover o meu cansaço do dia. Voltei ao quarto para a parte mais difícil, escolher a roupa. Devem está nesse momento rindo de mim e dizendo que isso é coisa de menina, porém me entendam, eu prezava muito o bom estilo e desde sempre faço de tudo para me vestir bem.

Optei por uma calça preta e uma blusa social da mesma cor, por cima coloquei um blazer branco e nos pés meu sapato, também preto.

Outra dificuldade, arrumar o meu cabelo, gostava de deixá-lo em um topete um pouco despojado, para não parecer que passei horas em frente ao espelho arrumando.

Desliguei tudo antes de sair do apartamento. Olhei a hora no meu celular e agradeci por não está atrasado, sou extremamente pontual e ficava irritado caso algo venha me atrasar para qualquer compromisso que eu tenha.

Cheguei na casa da Luna e o relógio dourado que eu usava no pulso marcava cinco minutos para as oito horas. Não disse? Pontualidade.

Saí do carro e fiquei escorado na lateral esperando por ela. Comecei a mexer no celular para passar o tempo, quando uma tosse forçada me fez levantar a cabeça e olhar a figura na minha frente. Engasguei com a minha saliva com a visão diante meus olhos. Luna estava incrível, na verdade incrível não era capaz de definir. A beleza dela era radiante e única.

A sua maquiagem não era tão forte, mas o batom vermelho vivo ganhava destaque pintando os seus lábios carnudos. Não sei se iria aguentar até o final da noite para cobrir seus lábios com os meus. Seu vestido preto de alças grossas tinha um decote fundo no busto, dando destaque ao seus seios medianos, era bem justo na cintura e a partir do quadril ganhava uma leveza até o seu calcanhar, com uma grande fenda do lado esquerdo da sua coxa, deixando a pele exposta. Essa mulher era a minha tentação.

— Você está... Exuberante! — Suas bochechas já coradas pelo blush, ficaram ainda mais em evidência com o rubor da sua pele.

— Obrigada. Você também deve está lindo, como sempre esteve. — Seu sorriso era envergonhado e eu soltei uma risada contida. Aproximei-me dela e depositei um beijo no topo da sua cabeça, os saltos que usava a faziam ficar com o rosto mais próximo ao meu.

Abri a porta do passageiro e a ajudei entrar, indo em seguida para o lado do motorista. Não falamos nada durante todo o caminho, ficamos apenas aproveitando a presença um do outro, enquanto uma música qualquer tocava na rádio. Não parei para prestar atenção na letra, muito menos em quem cantava. Ficava revezando minha atenção entre focar na estrada e admirar a beleza da mulher da minha vida.

 

Já havíamos bebido duas garrafas inteira de vinho tinto, eu mais do que a Luna. Porém, ela já estava bastante alegrinha e ria de qualquer coisa que eu falava. Continuávamos no restaurante apenas conversando sobre coisas triviais da vida.

— Matteo, como você conseguiu realizar a proeza de matar um peixinho? — Seu rosto já estava completamente vermelho de tanto que ela ria da trágica história do meu peixinho Nemo.

— Eu não sabia que se tirasse da água ele morreria, eu só queria brincar — defendi-me.

— Era muito tapado mesmo. — Seu riso foi cessando aos poucos e seu rosto voltou a sua cor normal.

Uma mexa de cabelo caiu em seu rosto,e como algo automático, tirei-a de lá e dedilhei os dedos delicadamente pela pele do seu rosto.

— Você é linda. —Seu rosto voltou a ficar vermelho, porém, dessa vez foi de vergonha.

Não deixei que ela respondesse, tomei sua boca com a minha em um beijo feroz e fugaz, buscava por tudo e por nada. Apenas queria sentir os seus lábios nos meus, nunca me cansaria das sensações prazerosas que corriam por minhas veias a cada beijo. Seus lábios abriram-se prontos para receber a minha língua dentro da sua boca. Passeei com minha mão por seu pescoço até chegar em sua nuca, onde agarrei seu cabelo e puxei sua cabeça para trás, prendendo o seu lábio inferior em meus dentes e soltando vagarosamente.

Luna estava ofegante. Eu também estava.

Seus olhos permaneceram fechados e sua respiração descontrolada soprava em meu rosto, que continuava próximo ao seu. Desci minha mão para sua coxa desnuda e iniciei uma sequência de carícias. Minha mão subia e descia levianamente, ousei um pouco mais e deslizei-a para a parte interna da sua coxa. Ela abriu levemente as pernas e eu sorri.

Meu rosto ficou na curvatura do seu pescoço e depositei vários beijos, puxando de leve a pele macia com os dentes, fazendo-a arfar. Minha mão continuava no meio da sua coxa e sem pressa, fui subindo-a até apalpar a sua vagina já molhada por cima do tecido de renda da calcinha. Ela apertou as pernas uma contra a outra com o contato e eu voltei a separá-las.

Afastei a calcinha para o lado e senti o seu líquido melando meus dedos, enfiei um dedo dentro da sua entrada apertada e simultaneamente fui traçando uma linha de beijos pelo seu busto até o vale dos seus seios. Esfreguei o polegar no seu ponto de prazer e adicionei outro dedo na sua intimidade, comecei a estocá-la com os dedos enquanto realizava movimentos circulares no seu clitóris. Tomei sua boca com a minha antes que ela gemesse alto demais e chamasse atenção para o que acontecia por debaixo daquela mesa.

— Shii... Fique caladinha. Acredito que você não queira que as pessoas saibam o que acontece aqui — sussurrei contra os seus lábios. Ela deixou escapar um barulhinho rouco gostoso de se ouvir e senti minha excitação aumentar.

Voltei a cobrir seus lábios com os meus e minha língua envolveu-se com a sua em uma dança sensual, continuando com o trabalho no meio das suas pernas. Minha língua adentrava fundo na sua boca, da mesma forma que os meus dedos estocavam em sua entrada empapada.

Seu corpo contorceu-se sobre o meu e seu gozo escorreu por meus dedos, ainda estava com a boca colada a sua, tomando os seus gemidos só para mim. Separei nossos rostos no mesmo instante que retirei a mão da sua intimidade e discretamente arrumei o seu vestido. Sua cabeça pendeu para trás e ela tinha o lábio inferior levemente separado do superior, enquanto sugava o ar com força. Levei minha mão para frente do seu rosto e encostei meus dedos molhados em seus lábios quentes. Surpreendi-me ao ter meus dedos sendo chupados por aquela boca deliciosa em um ritmo enlouquecedor. A única coisa que eu imaginava naquele momento era em ter os seus lábios envolvendo o meu pau ao invés dos meus dedos.

Posicionei sua mão na minha virilha por cima da calça e ela apertou o local, causando-me suspiros e me fazendo soltar alguns palavreados sujos no seu ouvido.

— Neste momento, estou te imaginando com o meu pau dentro da tua boca e não os meus dedos. — Subi minha língua da base do meu pescoço até o começo do seu queixo. — Com essa sua boquinha deliciosa envolvendo toda a extensão e você sugando... Aaah Luna, você me deixa louco — grunhi com o rosto na curvatura do seu pescoço e senti uma pressão maior no meu pênis, fazendo-me praguejar muitas vezes por não ter a opção de jogá-la na mesa naquele mesmo segundo e tomá-la para mim.

Afastei meu corpo do dela antes que eu realizasse essa minha louca fantasia sem me importar com as poucas pessoas a nossa volta. Tirei sua mão da minha intimidade no mesmo instante que sua boca quente abandonou meus dedos. Minha excitação pulsava dentro da cueca box, já pronta para estar inteiramente dentro dela, sem nada entre nós, apenas o atrito entre nossos corpos suados e cheios de tesão.

Em minha mente, estava agradecendo a mim mesmo pela preferência em escolher mesas mais afastadas. E por sorte, além de nós dois no restaurante, só restavam os garçons e mais três casais que dançavam ao ritmo de um clássico de Frank Sinatra na pista improvisada em frente ao palco, fazendo com que não notassem a nossa presença nem o que fizemos ali. Sem contar que o meu corpo cobria completamente o dela.

— Você conquistou um lugar no mundial. Eu fiz a verificação e você ainda está registrada — falei depois de longos minutos que passei em silêncio tratando de controlar a minha excitação.

— Você verificou? Por que fez isso? — sua voz saiu fraca e rouca, quase inaudível.

— Eu fui ver a lista de patinadores que irão se apresentar no mundial e o seu nome estava nela. — Peguei sua mão e comecei a fazer círculos no dorso com o polegar. — Você consegue, eu sei que sim.

— Não... Não daria certo... Eu... É ridículo. — Retirou a mão debaixo da minha e começou a gesticular. Sempre fazia isso quando ficava nervosa.

— Eu falo sério, você está patinando perfeitam

ente. Tenho certeza que vai conseguir. — Estava convicto disso. Vinha patinando com ela há semanas e era notável o seu progresso, ela está excelente.

— Matteo, isso é loucura. Não posso.

— Pode, claro que pode. Não deixe que o medo domine você.

— E se caso eu aceitar? Como vai ser? Preciso de um treinador, alguém para me orientar. Uma coisa é patinar no Jam&Roller com você, outra coisa é patinar sozinha para milhares de espectadores. — Suspirou ao terminar de falar e abaixou a cabeça.

— Você já fez isso milhares de vezes.

— Mas era diferente, eu não quero que sintam pena de mim — sua voz elevou ao falar a última parte.

— Ninguém precisa saber.

— Claro que vão, ou você acha que as pessoas não irão perceber que estou cega?

— Luna, você está patinando super bem, talvez até melhor que antes. — Segurei suas duas mãos entre as minhas e selei nossos lábios rapidamente. — As pessoas não irão prestar atenção a esse detalhe.

— A mídia é cruel Matteo, você já deveria saber disso.

— Eu sei, e desde os acontecimentos passados, eu decidi não me importar tanto com a opinião das pessoas.

— Tá certo, até aí tudo bem. Mas... — Sempre tinha que ter um "mas" para atrapalhar tudo. — Eu ainda precisaria de um treinador, para montar a coreografia e poder me apresentar.

— Não é problema, tem a Juliana, ela com certeza aceitaria.

— Isso é loucura. — Balançou a cabeça negando.

— Costumam dizer que as pessoas que costumam cometer as maiores loucuras são as mais felizes. — Prendeu o lábio inferior entre os dentes, tentando conter um sorriso.

— Eu preciso de um tempo para pensar.

— Está certo, te dou cinco minutos para fazer isso — brinquei, tentando não deixar o clima pesado.

— Bobo. Eu estou falando sério. — Um sorriso de lado formou-se em sua boca.

— Eu sei e espero que você pense muito bem.

— Eu vou, garanto.


Notas Finais


* Aqui ele não escreveu nada ni nadie na primeira temporada, é uma música nova, e eu decidi isso porque ela é um hino e merece mais reconhecimento;
* Princesa também foi escrita agora, o que significa que a luna ainda não ouviu;
* Aqui ele também nunca apresentou stranger para outras pessoas;
* Finjam que Tutto per una ragione é dele porque eu quero que seja aakak.

>>Música do capítulo: https://youtu.be/zXnUF-HRgqc
>>Playlist no spotify: https://open.spotify.com/user/brengms6/playlist/0SUZo4AnOuGeDY9cUX5XA9?si=mVi-4WHNRm6O-s6q-C0qbw


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...