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História L'ultimo Ballo - Trentaquattro (Seconda Parte)


Escrita por: lutteando

Notas do Autor


>>Música do capítulo: Never be the same – Camila Cabello<<

Capítulo 36 - Trentaquattro (Seconda Parte)


Fanfic / Fanfiction L'ultimo Ballo - Trentaquattro (Seconda Parte)

“Minha razão ainda tinha medo de que em seguida a isso ele fosse embora de novo e me deixasse sem coração, apenas perdida na vida sem saber exatamente para onde ir.”

 

Luna Valente

Minhas pernas tremiam e eu sentia todo o meu corpo ardendo com a adrenalina que corria em minhas veias. Continuava desacreditada do que acabara de acontecer ali, eu não fiz apenas um Axel triplo, eu fiz dois em sequência e aquilo era surpreendente. Nunca na minha vida eu iria imaginar conseguir fazer tal coisa, nem mesmo antes de perder a visão.

Finalizei a coreografia e aplausos irromperam por toda a arquibancada, o sorriso estampado em meus lábios era de felicidade pela realização de algo que eu achava ser impossível. Como era de costume, segui até perto da arquibancada para agradecer ao público que me apoiava, porém no caminho, acabei tropeçando em algo e indo direto ao chão. Havíamos esquecido completamente dos presentes, na maioria ursos e flores, que as pessoas jogavam quando uma apresentação lhes agradava.

Um silêncio se espalhou em toda a pista, acredito que descobriram o meu segredo, mas naquele momento eu não me importava nenhum pouco, consegui fazer a melhor apresentação de toda a minha vida e me orgulhava muito disso.

Permaneci no chão ainda de joelhos e com o tronco apoiado nas pernas, apenas esperando o momento que Matteo entrasse na pista para me ajudar a sair dali, porque com a queda acabei perdendo o sentido de direção dentro daquela pista.

— Vem aqui. — Senti mãos geladas tocarem a pele quente das minhas, ajudando-me a levantar.

— Por que demorou tanto? Estava te esperando. — Não conseguia apagar o sorriso que permanecia em meu rosto.

Soltei nossas mãos e passei os braços ao redor do seu pescoço, jogando o peso do meu corpo em cima dele, seus braços rodearam minha cintura juntando cada vez mais nossos corpos. Talvez como para mim, ele achava qualquer contato entre nós dois insuficiente e queria mais, muito mais. Saí dos seus braços e sem pressa, tomei seu rosto em minhas mãos, levando minha boca até a sua e passando meus lábios nos seus com delicadeza antes de tomá-los em um beijo sereno.

Cada vez que eu beijava o Matteo uma sensação nova acendia em meu corpo, cada beijo era diferente e isso fazia eu amá-lo mais e mais. Havia mandado a consciência dá um passeio e não me importei nenhum pouco com essa demonstração de afeto na frente de todos, eu queria que soubessem que eu estava com alguém que tirava o melhor de mim.

Uma onda de aplausos nos fez finalizar o beijo e a única coisa que eu conseguia fazer era sorrir. Toquei seus lábios com a ponta dos meus dedos e senti seu hálito quente soprando contra eles, conseguia imaginar claramente o contorno de um sorriso genuíno em seus lábios, o meu sorriso favorito.

Ele segurou em meu braço esquerdo e pousou a mão livre em minha cintura, guiando-me para fora. Passamos direto pelos fotógrafos que eu sabia que não descansariam até conseguirem uma nota comigo, porém, de mim eles não teriam nada por enquanto.

Alguém me passou uma garrafa de água que eu tratei de ingerir rapidamente, meu corpo estava cansado e com a adrenalina que corria em minhas veias não tinha noção do quanto necessitava daquele líquido. Faltava apenas uma apresentação para encerrar e ser anunciado o grande vencedor.

Continuava em pé esperando o resultado e senti quando alguém colocou em minhas costas o casaco que era normal das patinadoras usaram ao terminar uma apresentação, passei os braços pelas mangas e os balancei tentando conter a ansiedade e o nervosismo.

A nota era dividida em duas partes: a pontuação de dificuldade e a de execução. O total final era dado pela soma dessas duas notas.

— Pontuação final para Luna Valente é de 17.0 — o locutor anunciou e ouvi gritos e aplausos por toda a arquibancada. Abracei o corpo do Matteo que estava ao lado do meu, comecei a pular e rir com o resultado e também era capaz de sentir meus olhos marejados. Pensar que aquilo era real só fazia a emoção no meu peito aumentar.

Sentei em um puff no exato momento que o nome de Valerie Wilston foi anunciado e eu acompanhei todos a saudando com aplausos. Ela era uma patinadora incrível, sei disso porque treinamos no mesmo prédio quando eu morava nos Estados Unidos. Valerie me detestava e deixava isso bem claro, nunca entendi muito bem o motivo de todo esse ódio por mim, já que nem ao menos eu falava ou convivia com ela, na época Rafael costumava dizer que ela sentia inveja, mas eu não entendia isso, como alguém que executava passos extremamente difíceis e fazia coreografias precisas teria inveja de mim? Eu era quase que uma iniciante e ela já patinava profissionalmente há anos.

Deixei esses pensamentos dissiparem-se quando alguém puxou um puff para o lado do meu. Sorri ao ter os braços de Matteo em volta de mim e inalei profundamente o perfume que estava impregnado em sua camiseta.

— Eu estou pregando de suor e fedendo. — Lembrei fazendo menção de afastar-me dele.

— Eu não me importo. — Seus braços me apertaram mais firmemente, não deixando que eu saísse dali. Sorri.

A música começou a tocar e soube que Valerie tinha iniciado sua apresentação. Todo segundo era torturante para mim, apesar de ter tomado a liderança da competição sentia medo, pois eu tinha certeza que a garota que estava na pista nesse exato momento era excelente, porém, também sabia o quanto seria difícil ultrapassar aquela pontuação. Assim que a música chegou ao fim uma explosão de palmas reverberou por toda a pista.

— A apresentação dela foi tão boa assim? — perguntei com um pouco de medo da resposta.

— Excelente, ela também fez um Axel.

Matteo já havia retirado meus patins e ajudava-me a calçar as sapatilhas confortáveis que trouxe. A adrenalina que corria em minhas veias foi substituída pelo nervosismo e eu gelei não conseguindo mover um músculo sequer.

— Luna, você está bem? — Não podia negar que achava a preocupação de Matteo comigo fofa, mas não conseguia pensar muito sobre isso agora. — Luna pelo amor de Deus, fala alguma coisa. — Sacudiu meus ombros de leve e eu pisquei os olhos algumas vezes, voltando para a realidade.

— Eu estou bem, só pensava em algumas coisas. — Sorri, tentando diminuir o nervosismo. — Você vai entrar lá comigo na hora de receber a medalha, não é? — disse, já que mesmo a pontuação da Valerie sendo maior eu ficaria em segundo lugar.

— Não acho que seja necessário. — Começou a brincar com os meus dedos tentando me distrair. — A Juliana quem deve ir, ela é a sua treinadora.

— Mas eu quero você ao meu lado, tenho certeza que ela não vai se importar. E outra, eu não sei me direcionar muito bem dentro dessa pista sem os patins e agora todos já sabem sobre mim, então não vejo problemas — sussurrei contra o seu peito e comecei a mexer nos botões da sua camisa.

— Você me pedindo assim não tem como recusar. — Beijou a ponto do meu nariz e entrelaçou nossos dedos.

Era capaz de sentir os olhares de todos queimando em nós, sabia que iriam comentar sobre o Matteo e principalmente sobre eu está cega. Não era o que eu queria, mas infelizmente não tive controle sobre a situação, entretanto, aquilo não era hora de se martirizar, aconteceu e eu não podia fazer nada para reverter.

Percebi quando alguém chegou perto de mim, pegou uma mecha do meu cabelo e puxou de leve.

— Uma pena você não ter conseguido ver minha apresentação, mas pode ter certeza que fui incrível, como sempre — sua voz de deboche fez meu estômago embrulhar. — Admito que estou bastante surpresa em te ver com um gato desses, quanto que você pagou para ele ser o seu cuidador? Porque com certeza você não está a altura dele. — Apertei a mão de Matteo que permanecia entrelaçada a minha, tentando controlar a vontade de rebater aos seus insultos e voar na cara dela. — Quando quiser uma mulher de verdade na cama, me liga! — sussurrou alto o suficiente para que eu fosse capaz de ouvir.

Ignora Luna, ela está apenas querendo que você perca a paciência e faça o que não quer. Apesar de ter ignorado seu comentário sobre a apresentação, não consegui libertar a minha mente dos pensamentos sobre o que ela falou de Matteo. Na verdade ela estava certa, eu não era suficiente para ele, sou apenas fragmentos do que um dia eu já fui, alguém que se perdeu na vida e não sabia onde se encontrar. E Matteo era simplesmente... Ele.

Mesmo com toda a presunção que lhe revestia, Matteo sempre foi um garoto gentil que se preocupava com as pessoas, apesar de serem poucos os que tinham o privilégio de conhecê-lo inteiramente de verdade. Ele era absolutamente a parte que faltava de mim, o motivo para eu não ir embora e desistir da vida, mas talvez eu não seja a parte que faltava nele.

A voz do locutor acordou-me para a realidade e dissipou meus pensamentos inseguros. Surpreendi-me com a imensa demora para anunciar a pontuação final da Valerie, sentia muito medo e aqueles poucos minutos na minha cabeça pareceram durar décadas, não aguentava mais esperar.

— Pontuação final para Valerie Wilston é de 16.7 — anunciou.

Naquele momento meu coração disparava a mil por hora, parecia que o mundo ao meu redor sumiu, não ouvia nada, apenas o meu coração que faltava saltar para fora do peito.

Não acreditava nas palavras que foram ditas. Eu realmente ganhei? Ou tudo não passou de um sonho, uma ilusão da minha cabeça?

Parece que não, de repente todas as vozes dentro daquela pista foram ouvidas por mim, vários gritos de pessoas chamando pelo meu nome e assobios. Aquilo era surreal. Senti o toque da mão do Matteo em minha cintura incentivando-me a andar e subir até o pódio posto ali quando meu nome foi anunciado.

Eu estava no topo, transbordando em felicidade. Confesso que sempre me imaginei nessa posição recebendo um prêmio tão importante, mas pensava que isso nunca iria acontecer, que o máximo seria o segundo lugar e pode ter certeza que eu ficaria imensamente feliz, na realidade apenas de conseguir participar e ter alcançado uma vaga no mundial deixava-me contente.

Ao saber que o Patinador Olímpico que entregaria as medalhas era o Felipe Mendevilla fiquei emocionada. Ele foi uma peça importante para a solidificação da minha carreira, passou-me ensinamentos que eu irei levar para o resto da minha vida, não apenas para a minha vida como patinadora como também para a minha vida pessoal.

Na última vez que nos vimos ele se culpava pelo acidente, dizia que deveria ter se esforçado mais como treinador para que isso não tivesse acontecido. E eu tentava a todo custo afirmar que ele não era culpado, incidentes acontecem e infelizmente daquela vez foi comigo.

Senti a fita que segurava a medalha sendo colocada em meu pescoço e o gélido do metal encostando em meu busto. Entregaram-me um pequeno buquê de flores e uma caixinha que pelo toque reconheci como veludo.

— Obrigada! — sussurrei e ele apertou minha mão em resposta. Sabia que ele havia entendido que eu não agradecia pela entrega do prêmio e sim, por todos os ensinamentos que ele me passou durante o período que o tive como meu treinador.

Seguindo o ritual da competição, agora seria hasteada as bandeiras dos respectivos países das três primeiras colocações. Durante o período que morei nos Estados Unidos, adquiri a nacionalidade americana através do esporte e por esse motivo representava o país. Valerie representava o Canadá e a terceira colocado, Aneliese Scherer, era alemã. Em sequência foram tiradas fotos no pedestal com todas e também fotos individuais.

— No mundo da patinação, vemos diariamente acidentes que acabam por encerrar a trajetória do patinador — o apresentador voltou a falar assim que todos foram direcionados para fora da pista. — São poucos aqueles que dão a volta por cima e retornam às pistas e hoje aqui, nós vimos um desses exemplos: Luna Valente. Todos devem saber que meses atrás um fatídico acidente em uma apresentação apagou a garota do mundo da patinação, porém, ela não se deixou abalar e voltou com tudo executando a melhor apresentação de toda a sua vida e mostrando que nada é impossível quando vamos atrás do que queremos. — senti um leve frio na barriga ao ouvir aquelas palavras e todo o meu corpo ficou tenso. — É de conhecimento geral que em algumas ocasiões especiais entregamos um prêmio a um patinador que se destacou em sua trajetória, e mesmo sabendo que esse não será o final da sua, temos o prazer de honrá-la nessa noite com o Patins de Cristal, depois de quinze anos desde a última entrega desse prêmio.

Era a segunda vez naquela única noite que eu ficava sem palavras, não conseguia nem formar uma frase completa em minha cabeça. Virei para o lado sabendo que o Matteo estaria logo ali e o abracei, agradecendo a ele por aquele prêmio, se não fosse a sua insistência e persistência comigo eu nem sequer estaria aqui.

Senti as lágrimas formando-se em meus olhos e cada gotícula que saía, marcava a minha alegria em receber aquele prêmio como reconhecimento de todo o meu esforço como patinadora.

 

Foi extremamente difícil sair do estádio onde aconteceu a competição, os jornalistas estavam mais eufóricos que no início e disputavam para conseguir uma entrevista com a ganhadora do mundial. Porém eu não tinha cabeça para isso, compreendia que iriam perguntar sobre o acidente e como havia sido os treinos subsequentes a ele.

Estava no quarto de hotel acompanhada do Matteo, a cabeça apoiada em seu peito fazendo círculos invisíveis por cima da camisa enquanto ele enrolava uma mecha do meu cabelo em seu dedo. Minha maquiagem já tinha sido removida pela Âmbar e os poros do meu rosto agradeceram por poderem voltar a respirar sem toda aquela camada de pintura.

— Como estão as coisas do seu disco? — Lembrei que nas últimas semanas as coisas estavam muito corridas para ambos e não paramos para conversar sobre.

— Ótimas, as músicas já estão quase todas gravadas e o empresário responsável disse que estava em busca de patrocínios para o disco. — Ele iniciou uma carícia que começava da base do meu braço e descia até o pulso.

— Fico feliz chico fresa, você merece muito. Sem contar que é extremamente talentoso e faz isso por amor. — Não conseguia conter a felicidade presente em minha voz, também não existia motivos para isso. Queria que ele soubesse o quanto estava feliz por ele finalmente está realizando o seu maior sonho.

Sem que eu esperasse, meu corpo é girado na cama e meus braços são colocados acima da minha cabeça. Conseguia sentir o calor que emanava de cada poro da sua pele queimando a minha e fazendo-me delirar em apenas tê-lo tão próximo.

Por mais que um alerta bem grande piscasse em minha cabeça dizendo para não ir adiante, minha razão ainda tinha medo de que em seguida a isso ele fosse embora de novo e me deixasse sem coração, apenas perdida na vida sem saber exatamente para onde ir. Todavia, meu corpo não obedecia a nenhuma dessas regras, ele sabia que eu era do Matteo antes mesmo que eu soubesse que fosse.

Ignorei qualquer um desses pensamentos e me permiti aproveitar cada um dos seus toques pela minha epiderme. Sua boca estava colada em meu pescoço, então cada vez que ele respirava eu era capaz de sentir a rajada de ar quente batendo na pele exposta ali. Soltou meus braços e eu não perdi tempo em colocar minhas mãos em sua nuca e arranhar o local, dando leves puxões nos poucos cachos que tinham ali.

— Você. É. Muito. Linda. — Começou uma trilha de beijos na região da minha garganta e cada palavra dita foi intercalada com um beijo. — Espera um segundo.

Matteo levantou-se e esse foi o tempo que eu precisava para perceber que aquilo realmente iria acontecer, o medo já não era mais algo presente em mim, só sentia uma onda de nervosismo e ansiedade passar por mim.

— Confia em mim — mesmo que essa sua curta frase fosse mais um pedido que uma pergunta, balancei a cabeça em uma resposta afirmativa antes de sentir um tecido grosso sendo posto em meus olhos. — Quero que você esqueça completamente que está cega e deixe seus outros sentidos trabalharem por você.

Assim que ele terminou de falar, seu corpo voltou a pairar sobre o meu e ele chupou meu lábio inferior com certa brutalidade. Então ele me beijou. Começou a distribuir beijos molhados e quentes por todo o meu rosto e foi descendo para o meu pescoço, onde ele prendeu a pele fina entre seus dentes e deixou um chupão no local em seguida. E ele estava coberto de razão, as correntes de prazer que corriam por mim eram muito mais poderosas, meus outros sentidos trabalhavam com força total, os toques do Matteo pareciam ter um efeito mil vezes maior que o normal.

Suas mãos subiram o tecido fino da camiseta que eu usava até a metade da minha barriga e ele passou as unhas curtas pelo local, fazendo meu corpo estremecer sob ele. Já havia percebido que o Matteo gostava de ter o domínio daquela situação e no estado em que me encontrava não me importava nenhum pouco em dar-lhe meu total consentimento. Beijou carinhosamente meu ventre e subiu o corpo, deixando o rosto próximo ao meu e roçando nossos narizes.

Sua boca tomou a minha com fome e meu corpo ardeu. Enrosquei minhas pernas em sua cintura tentando extinguir com qualquer espaço que pudesse haver entre nós dois, com a ação, seu sexo chocou-se contra o meu e não pude evitar soltar um gemido contra sua boca. O beijo não era suave e nem delicado, estava longe disso, Matteo devorava meus lábios como se tivesse me beijado pela última vez há séculos, acredito que nem quando ele me beijou no evento que teve em Londres, assim que nos reencontramos, fora tão intenso. As mordidas que ele deixava no meu lábio inferior em meio ao beijo me faziam delirar e não querer que ele parasse jamais.

Suas mãos voltaram para a barra da minha camiseta e seus dedos rasparam levemente na lateral da minha barriga, quase sem tocar, sentindo desejo em ver que eu necessitava do seu toque, por menor que fosse. Levantei meus braços para que ele pudesse passar a blusa por cima da minha cabeça, ele jogou-a em qualquer canto do quarto e não perdeu tempo em voltar a beijar meus lábios.

Cada vez que sua língua quente entrava em contato com a minha pele fervendo, uma explosão extraordinária corria em meu organismo. Sua boca iniciou com uma sequência de beijos em meu pescoço e foi seguindo pelo meu busto e barriga até chegar na base da calça que eu usava. Ele dobrava e desdobrava a calça para ver até onde ia o meu autocontrole.

— Matteo, tira logo essa merda e para de joguinhos — grunhi desesperada e arqueei meu quadril tentando ter mais o contato dos seus dedos na minha pele.

Por fim ele desabotoou a calça e desceu o zíper. Como se quisesse me torturar, abaixou o jeans sem pressa alguma e durante o processo beijou toda a minha pele que ia sendo exposta por ele, até chegar aos pés e retirar completamente o tecido. Apenas um sutiã de renda rosa claro e uma calcinha da mesma cor escondiam a minha nudez completa.

Seu corpo afastou-se do meu e um vento gélido soprou contra mim devido a ausência do calor que emanava dele. Quando ele voltou, senti sua pele inteiramente em contato com a minha, agora apenas com as peças íntimas para atrapalhar o contato total de nossos corpos. Minhas mãos passearem por toda a extensão da sua coluna, depositando leves arranhões na sua pele, deliciando-me com os ruídos que saíam da sua boca bem próxima ao meu ouvido.

Voltou a beijar meus lábios, agora sem a brutalidade de antes, porém, com a mesma necessidade. Com a calma que ele conduzia tudo desde o começo, deslizou uma mão por trás das minhas costas e abriu o fecho do sutiã, deslizando as alças por meus braços e lançando a peça de renda para algum lugar do quarto.

Levou-me a loucura quando colocou sua cabeça entre os meus seios e roçou o nariz ali, inalando profundamente o meu cheiro. Meus seios aumentaram um pouco de volume fazendo os mamilos ficarem rígidos e sensíveis, ele depositou beijos quentes e molhados em toda a região, fazendo-me arquear o corpo para ter mais daquele contato.

Se eu já estava louca antes, não sei nem como definir o meu estado agora que ele envolveu o meu mamilo direito em seus lábios e sugou avidamente. Subi minha mão por sua coluna voltando a enroscar meus dedos em seus fios macios, impulsionando mais o seu rosto para baixo, não querendo que ele terminasse com aquele trabalho maravilhoso que fazia em meu seio. Os gemidos saíam de meus lábios sem que eu pudesse controlar, depois de fazer o mesmo processo com o esquerdo ele foi traçando beijos e chupões por minha barriga.

Minha intimidade implorava por algum contato, já conseguia sentir minha calcinha completamente encharcada, denotando minha clara excitação.

Como se lesse meus pensamentos, Matteo apalpou o meu sexo ainda coberto por aquele tecido fino e esfregou os dedos ali. Se eu não aguentava de tanta excitação apenas com aquele toque superficial, imagina quando ele estivesse completamente dentro de mim.

— Você já está tão pronta — sussurrou em meu ouvido deixando uma leve mordida no lóbulo. — Sinto meu pau latejar só de imaginar estando dentro dessa sua buceta apertada. — ele pressionou mais a mão contra minha intimidade e a excitação já escorria por minha calcinha.

Senti quando seus dedos enrolaram no tecido fino e ele passou a calcinha lentamente por minhas coxas até se ver completamente livre da peça. Aquele gesto fez minha excitação pulsar e ergui o quadril para cima à procura de um contato direto naquela região.

Suas mãos posicionaram-se na parte interna de cada uma das minhas coxas e as afastou, deixando-me completamente exposta e apenas para ele. Senti sua língua roçando em meu clitóris e sem esperar envolveu-o em seus lábios fazendo sucções ritmadas que estavam me levando a loucura, ter a boca dele naquela região de fato, era bem melhor do que a minha imaginação podia pensar, ele claramente sabia o que estava fazendo. Seus longos dedos afastaram meus lábios vaginais e penetrou dois deles em minha vagina.

Iniciou movimentos de vai e vem com os dedos e continuou com o trabalho que fazia com a língua em meu clitóris. Com uma investida profunda ele chegou em um ponto dentro de mim que me fez delirar de prazer, nunca senti tanto deleite em toda a minha vida. Matteo continuou penetrando na minha vagina e ao perceber o quanto o contato dos seus dedos naquele certo ponto fazia o meu corpo entrar em combustão, continuou com os movimentos ali e uma sensação de formigamento subiu pela minha barriga. Apertei o tecido fino do lençol em meus dedos com força e arqueei minhas costas para frente.

Senti os músculos da minha genital contraindo e apertando seus dedos, uma última sugada intensa em meu clitóris fez um grito estridente sair por meus lábios e os músculos da região inferior do meu corpo que trabalhavam naquela momento contorceram-se em um prazer avassalador, antes de relaxarem e meu corpo afundar na cama, totalmente esgotado. Sua língua correu por toda a minha intimidade sugando cada gota do meu gozo. Nunca tive um orgasmo tão exorbitante como aquele.

Meu corpo inteiro estava trêmulo e não tinha capacidade alguma de falar qualquer coisa agora. Sentia-me completamente dormente e em êxtase, não era capaz nem sequer de me mexer. Minha boca estava aberta tentando fazer com que uma maior quantidade de ar entrasse em meus pulmões e minha respiração regularizasse mais rápido.

— Você está tremendo meu amor. — Conseguia imaginar um sorriso presunçoso em seus lábios. Ele beijou meu queixo e deixou um selinho rápido em meus lábios. — Espero que esteja pronta para outro orgasmo e dessa vez,  vai ser com meu pau dentro de você — sua voz rouca soprou em meu ouvido e a resposta veio no meio das minhas pernas. Apertei uma coxa contra a outra, tentando conter a excitação.

Durante poucos segundos seu corpo ficou um pouco afastado do meu e quando voltou para a posição ouvi um barulho de metal rasgando e soube que ele havia pegado a camisinha. Meu peito subia e descia em ansiedade para o que estava prestes a acontecer. Eu queria ver o seu rosto em cada momento do que aconteceria de agora em diante. Queria novamente ver as feições em seu rosto enquanto ele se derramava dentro de mim, mas aquilo seria impossível e eu teria que usar minha imaginação para visualizar tudo isso.

— Eu te amo chica delivery. — Beijou minha têmpora molhada de suor.

— Eu te amo chico fresa.

Depois disso não foi preciso dizer mais nenhuma palavra, apenas sentíamos o amor que nos rodeava e deixamos que as coisas acontecessem naturalmente.

Seu corpo inclinou-se ficando mais próximo ao meu e senti a glande do seu pênis passando por cima da minha intimidade molhada. Sem pressa e saboreando o momento, ele posicionou-se em minha entrada e lentamente foi me preenchendo, querendo sentir e fazer com que eu sentisse todos os movimentos realizados. Entrelaçou seus dedos aos meus e aquele gesto carinhoso contrastou com a intensidade do que acontecia.

Ao tê-lo inteiramente dentro de mim, uma sensação de completude invadiu meu peito e eu suspirei. Naquele momento não apenas nossos corpos estavam unidos, nossas almas encontravam-se entrelaçadas uma a outra para nunca mais se soltarem.


Notas Finais


➱ LINKS IMPORTANTES:

>>Música do capítulo: https://youtu.be/_9uYmob6f9c
>>Cronograma de postagens: https://goo.gl/8JkHM8
>>Playlist no spotify: https://open.spotify.com/user/brengms6/playlist/0SUZo4AnOuGeDY9cUX5XA9?si=mVi-4WHNRm6O-s6q-C0qbw


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