“E o verde dos seus olhos misturou-se com o marrom dos meus, fazendo meu coração acelerar e dando-me a certeza que o meu lugar era único e exclusivamente ao seu lado, porque ela era toda a minha vida.”
Matteo Balsano
Os últimos meses não foram fáceis, estava a mil com a gravação do meu disco e não tinha tanto tempo disponível para encontrar com a Luna como antes. No primeiro mês sucedente a cirurgia, ela não saiu muito de casa e eu só conseguia encontrar com ela no máximo duas vezes na semana, para quem havia acostumado vê-la praticamente todos os dias, não foi fácil passar a encontrá-la com uma frequência bem menor.
Preparava-me para chegar na mansão sem avisar e surpreendê-la, quando meu telefone começou a tocar em algum lugar daquele apartamento. Deixei que tocasse até cair na caixa postal, a pessoa voltou a ligar mais seis vezes e nas seis, deixei que a ligação fosse encerrada por si só. Na sétima eu decidi atender, poderia ser algo importante.
Na tela aparecia o contato do meu produtor e me arrependi de não ter atendido antes. Ele não me ligava com tanta frequência, então sabia que quando acontecia era algo importante e urgente. Antes que caísse novamente na caixa postal eu atendi a chamada:
“— Alô! — falei a frase padrão ao atender uma ligação.
— Matteo, por fim atendeu. — Suspirou do outro lado da linha antes de retornar a falar. — Temos algo muito importante a te contar, mas é preciso que você venha para cá nesse instante. — Franzi o nariz tentando imaginar o que de tanta importância ele teria para me comunicar.”
Pelos meus cálculos, as gravações das músicas correu muito bem e tudo já estava em andamento para a gravação de um vídeo clipe. Será que eles desistiram de investir na minha carreira e marcaram uma reunião para cancelar o contrato?
Não poderia ser isso, tudo estava ótimo e eu não via motivos para cancelar a essa altura do campeonato. E outra, o contrato era de quatro anos e caso eu tivesse êxito na carreira musical ele seria prolongado, também lembrava de uma cláusula que deixava claro que se alguma das duas partes envolvidas quebrasse o contrato, teria que pagar uma indenização a outra parte, então significava que eles saíram perdendo se o fizessem.
“— Chego por aí em quinze minutos — respondi e ele disse que estavam à minha espera.”
Coloquei minha carteira no bolso e peguei a chave do carro antes de sair e trancar o apartamento. Por sorte, não morava tão distante da gravadora e em pouco menos de quinze minutos, eu estacionava o carro e entrava no prédio. Cumprimentei a secretária que ficava na recepção e segui para o elevador, apertando o botão para o último andar, onde acontecia as reuniões.
Abri a porta e encontrei boa parte do pessoal da gravadora conversando animadamente. Tentei relaxar e colocar em minha cabeça que o que fossem dizer, seria algo positivo. Não estariam tão animados se fosse uma notícia ruim, certo?
— O que é de tão importante que vocês queriam que eu viesse o mais rápido possível? — Tentei manter a calma, mas minha voz saiu um tom mais agudo que o normal.
— Desculpa te deixar preocupado — disse meu produtor, Carlos, colocando a mão sobre meu ombro e rindo. — Mas posso lhe adiantar que é algo bom.
Sentei em uma cadeira vaga e aos poucos as vozes foram cessando e Carlos, junto ao empresário da gravadora, ficaram em pé e começaram a falar.
— O produtor de uma dupla de bastante sucesso na América Latina e Europa, entrou em contato comigo, dizendo que eles viram o seu vídeo cantando naquele evento em Londres e se interessaram em iniciar uma parceria com você. — Carlos terminou de falar, mas eu estava tão em choque com aquela notícia que não conseguia pensar direito. — O nome da dupla é MyA, com certeza você deve conhecer.
Se eu conhecia? Impossível não. Eles eram realmente muito bons e nos últimos tempos ganharam um grande reconhecimento na mídia nacional e internacional.
— Nossa, isso é incrível! — Sorri, porque aquilo era realmente algo maravilhoso para minha carreira. Nem conseguia acreditar que realmente as coisas começavam a darem certo para mim.
Primeiro, a minha relação com a Luna, que a cada dia avançava mais e eu não conseguia mais me imaginar sem ela ao meu lado. E segundo, o avanço na minha carreira. Não poderia estar mais contente com essa nova fase, que se dependesse de mim, duraria até o último dia da minha vida.
— Marcamos uma reunião para amanhã depois do almoço. Eles estão ansiosos para firmar essa parceria e pediram para que as coisas acontecessem o mais rápido possível — o empresário da gravadora disse sorrindo. Sabia que quanto mais sucesso eu tivesse, mais credibilidade a gravadora alcançaria.
— E se tudo ocorrer como estamos planejando, muito em breve novas parcerias serão firmadas, inclusive com algum dos artistas que também trabalham conosco. — Carlos completou. Aquilo era surreal demais, parecia um sonho, na verdade era realmente um sonho. O meu sonho que se tornava realidade.
Conhecia alguns artistas que tinham contrato ou parcerias com a Rodeo Bay e todos eram bastante reconhecidos. Eles trabalhavam com artistas de praticamente toda a parte do mundo e eu me sentia honrado em ter despertado interesse neles e agora, fazer parte daquela equipe também.
Quando aquela mini reunião acabou as pessoas continuaram lá conversando sobre o futuro, afastei-me tentando não chamar muita atenção e fui até o canto da sala, peguei meu celular e disquei o número da Luna, que atendeu logo no terceiro toque:
"— Alô! Quem está falando? — perguntou do outro lado da linha.
— Você e a sua mania de não olhar no display o número de quem tá ligando — disse e escutei sua gargalhada.
— Desculpa meu amor, é que eu preciso voltar para pista e atendi o telefone com pressa. — Suspirou.
— Desculpa atrapalhar seu ensaio, posso ligar outra hora. — Já estava prestes a voltar a mesa quando sua voz me deteve.
— Nada disso, você vai me contar agora — disse exigente. — Depois eu me resolvo com a Juliana. Agora anda, o que aconteceu?
— Então... Acabei de ficar sabendo que a dupla MyA, ficaram interessados em mim e querem fazer uma parceria. — Não poderia estar mais animado.
— Tá brincando? Eles são incríveis! — ela gritou do outro lado e eu afastei um pouco o celular do ouvido antes que terminasse o fim dessa ligação surdo. — Matteo, isso é demais e você merece muito tudo o que está acontecendo. Eu estou tão feliz, precisamos comemorar. — Comecei a rir do seu entusiasmo, conseguia até imaginá-la andando de um lado para o outro planejando mil coisas.
— Calma Luna, ainda não é algo certo — falei, tentando controlar a sua euforia. — Amanhã teremos uma reunião para acertar todos os detalhes e ver se essa parceria vai para frente, vai que eles desistam de última hora.
— Matteo, deixa de falar besteira. Eles seriam loucos se fizessem isso, você é um artista cheio de talento e de amor pelo que faz. Então confia na sua chica delivery, porque vai sair tudo mais que perfeito. — Vislumbrava um sorriso em seus lábios e acabei sorrindo automaticamente com os pensamentos.
— Se você diz, não tem como não acreditar. — Escorei-me na parede.
— Agora eu realmente vou ter que desligar. Juliana está há cinco minutos me chamando na pista e eu ainda prezo pela minha vida. Acho que vou dizer que estava no banheiro com dor de barriga, por isso a demora — disse brincalhona.
— Boa sorte com a fera. Amanhã quando a reunião acabar te mando uma mensagem, dizendo qual foi a decisão final.
— Não faça isso! Quero que você me diga pessoalmente. Assim temos uma desculpa para ficarmos juntos.
— Combinado. Te amo minha linda.
— E eu te amo meu lindo, tchau."
Encerramos a ligação e eu voltei para a mesa com o pessoal da gravação. A conversa estava tão descontraída que nem nos demos conta do tempo passando e no momento que resolvemos ir embora, já anoitecia.
Acordei no dia seguinte já passava do meio dia e com pressa fui fazer minha higiene matinal e tomar um banho. Amaldiçoei-me por ter passado a madrugada inteira tentando terminar a melodia de uma canção e não ter ido dormir cedo para chegar na reunião preparado. Terminei de me arrumar e antes de sair do apartamento, conferi a hora, percebendo que estava quase atrasado.
Cheguei na garagem do hotel e entrei no carro e coloquei a chave na ignição com pressa, girei e apenas ouvi um ruído alto feito pelo motor antes de voltar a parar. Tentei ligar o carro mais cinco vezes e em todas acontecia a mesma coisa. Desisti de tentar fazer o carro pegar, quando voltasse para casa resolveria esse problema e mandaria o carro para a oficina. Decidi pedir um Uber, que não demorou muito para chegar.
Perguntei ao motorista se ele poderia parar rapidamente em um Drive-Thru do MC DONALD'S para que eu pudesse comprar um hambúrguer com fritas. Não teve interjeição da parte dele, sabia que aquilo aumentaria o custo da viagem, mas não era problema. Agradeci aos céus por ter pouca gente e meu pedido não ter demorado tanto quanto era habitual, pelo menos alguma coisa tinha que dá certo. Comi o lanche na velocidade da luz.
Quando o carro estacionou em frente ao prédio da gravadora, já passava um pouco das 02:00pm, paguei ao motorista o valor da corrida com o adicional pela parada e desci do carro às pressas. Saudei Alice na recepção e ela disse que já me esperavam na sala de reuniões. Ótima impressão você vai passar se atrasando dessa forma, Balsano.
Abri a porta que dava na sala de reuniões e vi que todos já haviam chegado, inclusive a dupla e os seus representantes.
— Perdão pela demora, tive um imprevisto com meu carro e acabei atrasando. — Estava muito nervoso e com medo de que esse atraso resultasse em algo negativo. Eu odiava me atrasar e justo hoje isso foi acontecer.
— Sem problemas, Matteo. Acabamos de chegar — meu produtor disse e eu suspirei em alívio. — Esses aqui são o produtor Vinícius e o empresário Lacerdo. — Apontou para cada um dizendo seus respectivos nomes. — Agustín e Maxi. — Terminou de me apresentar a todos e eu sorri simpático.
— É um prazer conhecê-los. — Cumprimentei aos quatro com um aperto de mão, antes de sentar em uma cadeira do lado oposto da mesa onde eles estavam.
— O prazer é todo nosso — Vinícius falou com um sorriso nos lábios.
— Bom, como você já deve saber, assistimos a um vídeo de uma apresentação sua e sentimos um grande interesse de fazer uma parceria musical com você. — O empresário deles tomou as rédeas da conversa e começou a explicar como tudo funcionaria. — Em primeiro lugar, queremos que gravem uma música juntos. Já conversei um pouco com o seu produtor e ele confessou que muito em breve irão alçar sua carreira com o lançamento de um videoclipe — continuou falando e Carlos afirmou o que ele disse com um leve balançar de cabeça. — Então pensamos no seguinte: um mês após o lançamento do seu clipe, iremos anunciar a parceria e um mês depois, lançamos a música. O que acham?
Aquela proposta aparentava ser muito boa para mim e também para eles, percebia que Carlos e Ricardo concordavam comigo pela expressão que estampava em seus rostos.
— Como podemos ter a certeza de que isso será algo produtivo e que não prejudicará o Matteo? — Ricardo perguntou para ter plena confiança do que estaria fazendo.
O produtor abriu uma pasta que apenas agora eu percebia que ele a trazia. Lá de dentro retirou um papel, que eu deduzi ser o contrato. — Tomamos a liberdade de pedir ao nosso advogado para redigir um contrato. Nele estão todas as cláusulas que beneficiará a ambos e também algumas exigências. — Entregou o documento ao meu empresário que passou os olhos rapidamente pela primeira página.
— Iremos pedir para que o nosso advogado leia tudo com calma antes de firmarmos a parceria. — Ricardo continuou com a postura séria enquanto falava.
— Ótimo, caso tenha alguma exigência e queira acrescentar é só nos comunicar que faremos isso. — O produtor sorriu ao dizer isso.
— Queremos deixar claro que não mexemos com a vida pessoal dos nossos artistas e creio que vocês também não — Carlos alertou e eles afirmaram, dizendo que havia uma cláusula sobre isso no contrato.
Ótimo, não ficaria confortável em ter outras pessoas novamente dizendo o que eu tenho que fazer da minha vida pessoal e quem eu deveria que namorar para conseguir ter sucesso na minha carreira.
— Daqui a alguns meses eles entrarão em uma turnê pela América Latina — Lacerdo começou a falar e franzi a testa confuso, não entendia qual era a minha relação com aquilo. — E queríamos que o Matteo fizesse a apresentação de abertura do show. Tem uma cláusula no contrato sobre isso também. — Terminou de falar com um sorriso no rosto. Tinha certeza que se eu sorrisse um pouco mais meu rosto partiria ao meio, tamanha era a minha felicidade perante aquelas palavras.
A reunião chegou ao fim com os meus representantes dizendo que revisariam todas as páginas com calma, e segunda retornariam com a resposta. Mesmo ao final da sessão, permanecemos ali conversando um pouco mais sobre o projeto.
Tive a chance de conhecer melhor o Agustín e o Maxi, ambos eram pessoas divertidas e de fácil conversação. Enquanto Maxi era um pouco mais calado e na dele, o Agustín fazia piada sobre tudo.
Estava deitado em meu sofá assistindo um reality show qualquer que passava na televisão, quando a campainha tocou. Franzi o cenho, não entendendo porque o porteiro não interfonou para avisar que tinha gente e perguntar se poderia subir. Nem ao menos me dei ao trabalho de vestir uma blusa, iria despachar quem quer que fosse por atrapalhar meu descanso.
Assustei-me quando abri a porta e um pequeno corpo jogou-se contra o meu, entrelaçando as pernas em minha cintura e posicionando as mãos na lateral do meu pescoço, enquanto distribuía beijos por toda a extensão do meu rosto. Sorri em meio a toda aquela demonstração de carinho. Ela terminou com a sessão de beijos deixando um selinho rápido em meus lábios.
— Posso saber o motivo para toda essa alegria? Não que eu esteja reclamando, longe disso. — Rocei nossos narizes e ela fechou os olhos, sorrindo.
— Temos que comemorar. — Deu um pulinho ainda em meu colo.
— Comemorar o quê exatamente? — Fechei um olho e fiz a minha melhor cara de confusão.
— O novo passo que você deu na sua carreira — falou como se fosse óbvio.
— Mas quem te disse que eles continuam interessados? — Ela bufou e revirou os olhos.
— Matteo, eu já disse, eles seriam loucos se não quisessem trabalhar com você. — Sorri diante suas palavras e ela sorriu junto.
— Por que você não avisou que viria? — Fechei a porta e voltei a sentar no sofá, agora com ela em meus braços.
— Não posso fazer uma surpresa para o meu namorado? — perguntou com uma falsa irritação, colocando as mãos em cada lada da cintura. — Caso você não tenha gostado eu posso ir embora agora. — Ameaçou sair do meu colo e eu segurei em sua cintura, trazendo seu corpo para mais perto do meu.
— Eu adorei a surpresa e não vou deixar que você vá embora tão cedo. — Subia e descia a mão levemente por sua coluna.
Ela segurou meu rosto entre suas mãos e eu fechei meus olhos, aproveitando as carícias que ela fazia na maçã do meu rosto com o polegar. Sabia que ela me observava fixamente e eu já havia me acostumado com aquilo, depois da cirurgia, a Luna passou a observar mais tudo ao seu redor e fazia muito isso comigo.
— Você é muito lindo — disse em um tom de voz baixo e rouco, fazendo com que a excitação dentro das minhas calças fosse ficando evidente.
Desenhou meus lábios com o polegar e me deu um selinho rápido. Desceu os beijos por meu queixo até chegar em meu pescoço, onde sugou a pele com força e a prendeu entre seus dentes. Começou a mexer seu quadril contra o meu, fazendo com que sua intimidade roçasse na minha já dura e firme ereção, sincronizou os beijos que depositava em meu pescoço com os movimentos que fazia em meu colo. Um grunhido alto saiu do fundo do meu peito e ela sorriu contra o meu pescoço.
— Você é delicioso, Matteo! — Seu hálito quente soprou em meu ouvido.
Agarrei sua cintura com força e trouxe seu corpo para mais próximo do meu. Passei a ponta dos dedos por seu braço, até chegar em sua garganta. Levantei seu rosto e passei a observar seus olhos que brilhavam em excitação, antes de chocar minha boca contra a sua. Com o encontro inesperado de nossas bocas, Luna abriu seus lábios dando espaço para que eu adentrasse com minha língua dentro de sua boca.
Luna beijava-me com desespero e muito desejo, apertou meus bíceps com força e em seguida, passeou com suas mãos por todo o meu tronco desnudo. Separou nossos lábios e começou a descer com os beijos por meu pescoço e foi em direção ao meu peitoral, passou a língua por toda a pele ali exposta e foi descendo até chegar na borda da minha calça de moletom. Olhou para mim com malícia antes de deslizar a calça por minhas coxas e deixá-la na altura dos joelhos. Começou a distribuir seus beijos quentes e molhados na parte interna da minha coxa e com uma mão apertou meu membro ainda coberto pela cueca box azul escuro.
Sem pressa, abaixou a cueca fazendo meu pau praticamente pular para fora. Envolveu uma mão em minha ereção e começou a fazer movimentos circulares, subindo e descendo. Passou a língua pela glande e um gemido rouco saiu por meus lábios, ela levantou o rosto para olhar no meu e vi seus olhos escuros, banhados pelo desejo.
Sua boca envolveu meu pênis e continuou com os olhos fixos no meu. Passou a língua por toda a extensão fazendo-me suspirar de prazer. Minhas mãos agarraram seus cabelos, guiando os movimentos que ela fazia com a boca, mantendo-os lentos e precisos. Luna tentava acelerar, porém, eu não permitia e mantinha o mesmo ritmo. Senti meu pênis inchar em seus lábios e tentei afastar seu rosto, para não gozar em sua boca.
— Eu vou gozar — disse com a voz trêmula.
Ela não cessou com os movimentos e observei cada movimento realizado por seus lábios que me envolviam. Os sons que foram liberados por minha garganta foram graves e roucos, em meio deles, acabei soltando alguns palavrões. Luna engoliu rapidamente antes de levantar a cabeça e sorrir travessa.
— Merda! — grunhi, com um sorriso de satisfação nos lábios. — Você não precisava fazer isso.
— Eu sei que não, mas eu quis. — Passou a língua pelos lábios, limpando os resquícios do meu sêmen. Aquela garota era minha perdição e eu não me importava de ficar completamente perdido.
— Isso foi a coisa mais sexy que já vi.
Puxei seu corpo para junto do meu e ela deitou a cabeça em meu ombro. Alisava seus cabelos enquanto tentava normalizar a respiração.
Comecei a beijar o seu pescoço e ela tombou a cabeça para trás. Deslizei as mãos por sua coluna até chegar em sua bunda, que apertei contra mim, fazendo nossas intimidades chocarem-se.
— Eu quero você dentro de mim — sussurrou perto do meu ouvido. — Agora. — Apenas sua voz rouca em meu ouvido foi necessário para que eu voltasse a ficar excitado.
Levei as mãos para a lateral de sua calcinha e ela ajudou-me a tirar a peça completamente, depois terminou de tirar minha calça e a cueca de uma vez. Seu corpo ainda estava coberto pelo vestido verde água de alcinhas que ela usava. Tomou minha boca contra a sua em um beijo feroz, voltou a rebolar contra meu quadril, agora sentindo o contato direto entre nossas intimidades, sem mais nenhum tecido atrapalhando.
Subi minhas mãos por seus braços finos e roçava a ponta dos dedos em sua pele, quase sem encostar. Cheguei em seus ombros e baixei a alça direito do seu vestido, separei nossos lábios e segui com os meus e comecei a beijar seu ombro, baixei a alça esquerda e beijei o outro ombro. Desci um pouco mais a frente do vestido, deixando seus seios desnudos em exibição, já que ela não usava sutiã por baixo.
Beijei cada um dos seus peitos e os segurei em minhas mãos, apertando-os e sentindo-os endurecer. — Seus seios são lindos. — Voltei a distribuir beijos por eles e segurei um dos seus mamilos com os dentes.
— Matteo... — meu nome saiu como um gemido em seus lábios e eu sorri. — Não vou aguentar, quero você dentro de mim.
— Seu desejo é uma ordem, minha linda. — Deixei últimos beijos por seus seios e voltei meu rosto para o seu.
Abaixei o zíper que prendia o seu vestido atrás das costas e o passei por sua cabeça em sequência. Segurei em seus quadris com firmeza, posicionando sua entrada na cabeça do meu pênis. Ela foi preenchendo-me devagar e eu sentia sua vagina molhada engolindo meu pau.
Sua boca abriu-se em um grito silencioso quando a preenchi completamente. Pousei as mãos em suas nádegas e a estimulei a iniciar os movimentos. Ela rebolou em meu pau e um grunhido alto saiu do fundo do meu peito. Começou a subir e descer em um ritmo lento que me torturava, apertei sua bunda com força e impulsionei seu quadril contra o meu, incentivando-a aumentar a velocidade. E foi o que ela fez.
Seus peitos balançavam diante os meus olhos a medida que ela se movimentava, agarrei-os firmemente e passei o polegar pelo bico, fazendo seus seios endurecerem sob minhas mãos. Ela fincou as unhas em meus ombros e levou a boca até minha orelha, passou a língua ali e foi descendo até o meu pescoço, onde deu leve mordidas.
Movi meu quadril contra o seu fazendo com que meu pênis entrasse cada vez mais em sua vagina. Já era capaz de sentir o orgasmo passando por minhas veias. Luna fechou os olhos e mordeu o lábio inferior.
— Abra os olhos — pedi com a voz rouca. — Eu quero que você esteja olhando para mim quanto eu gozar dentro de você. — Beijei seu ombro.
Então ela olhou para mim, e o verde dos seus olhos misturou-se com o marrom dos meus, fazendo meu coração acelerar e dando-me a certeza que o meu lugar era único e exclusivamente ao seu lado, porque ela era toda a minha vida.
Sua boca abriu-se soltando um gemido e ela piscou os olhos algumas vezes, tratando de deixá-los abertos, observei cada detalhe do seu belo rosto enquanto ela se perdia em um delicioso orgasmo, o meu veio logo em seguida. Seu corpo caiu sobre o meu, ambos cansados.
Luna abraçou-me pela cintura e deitou a cabeça em meu peito, no exato lugar onde meu coração batia rápido e desregular, por ela. Passaram-se longos minutos até ela levantar um pouco a cabeça e beijar a ponta do meu queixo.
— Você é a coisa mais linda que eu já vi em toda minha vida. — Acariciei sua bochecha rosada e limpei o suor que se acumulara em sua têmpora.
— Eu te amo tanto, Matteo. — Endireitou a coluna e deixou seu rosto bem próximo do meu. Esfregou nossos narizes de leve e respirou fundo. — Não consigo mais imaginar minha vida sem você. — Era capaz de sentir o hálito quente dela soprando em minha boca entreaberta.
— Eu também não, você já faz parte de mim. — Selei nossos lábios e ela sorriu ternamente.
Levantei do sofá e caminhei até o banheiro, precisava tomar um banho e ela também. Desvencilhou as pernas da minha cintura e entrou dentro do box, rebolando a bunda em minha direção. Olhou para mim por cima do ombro e sorriu envergonhada, mas de vergonha ali não tinha nada.
Tomamos o banho entre risadas, beijos e carícias, sentia meu coração acalmar e acelerar ao mesmo tempo, a cada momento tão simples como esse, que eu tinha com ela. Era como se o mundo inteiro evaporasse e fôssemos os únicos seres vivos dentro do vasto universo.
Quando acordei, senti um pequeno corpo enroscado ao meu e sorri. Luna tinha as pernas entre as minhas e as mãos estavam apoiadas em meu peitoral, sua respiração quente soprava em meu pescoço e um leve arrepio percorreu por meu corpo. Levantei da cama com cuidado para não acordá-la, já que ainda era muito cedo e ela parecia um anjo dormindo. Acomodei seu corpo na cama e ela apenas se movimentou para o outro lado da cama, continuando a dormir.
Preparei todo o café da manhã e arrumei a mesa em cerca de trinta minutos, coloquei um girassol dentro de um copo de vidro com água e deixei em cima da mesa. Voltei para o quarto acordar a Luna e ela continuava em um sono profundo, agora agarrada ao travesseiro que eu usei. Seus cabelos espalhados no outro travesseiro, o lençol cobria apenas do seu traseiro para baixo, deixando suas costas desnudas a mostra, seu rosto permanecia calmo e sereno.
Aproximei-me da cama e sentei no colchão, tomando todo cuidado para não acordá-la. Agora de perto conseguia vislumbrar as poucas pintinhas espalhadas pelas bochechas dela, sua boca estava entreaberta, deixando um pequeno espaço entre o lábio inferior e o superior. Coloquei uma mecha do seu cabelo, que insistia em cair no seu rosto, atrás de sua orelha e passei a ponta dos dedos delicadamente por sua pele, quase sem encostar. Ela suspirou fundo e eu afastei minha mão, porém, ela continuou dormindo.
Passei quase meia hora observando-a dormir, velando o seu sono. Comecei a distribuir beijos por seus ombros e fui descendo por suas costas, vi sua pele se arrepiando sob meus lábios e sorri ao perceber que ela acordava.
— Bom dia minha linda — sussurrei perto do seu ouvido e ela virou o corpo para cima, ficando com o rosto de frente para o meu.
— Bom dia meu amor — diz com a voz sonolenta, abrindo e fechando as pálpebras várias vezes para se acostumar com a claridade no ambiente. — Posso saber o motivo de toda essa sua alegria tão cedo? — Aproximou mais nossos rostos e roçou sua boca na minha.
— Está reclamando? — perguntei, fingindo ter ficado ofendido. — Da próxima vez que eu for te acordar, irei jogar um balde de água gelada.
— Não seja bobo, não estou reclamando. Adoro quando você me acorda assim, todo carinhoso.
— Que bom, porque eu não penso em parar.
Tomei seus lábios com o meu e acariciei sua língua com a minha delicadamente. O beijo era calmo e eu conseguia sentir todas as emoções sendo transmitidas por ele. Separei nossas bocas sem pressa e deixei alguns selinhos na sua. Voltei a deitar do seu lado e apoiei o cotovelo na cama, deixando meu rosto sobre minha mão para poder observá-la melhor.
— Matteo... — Começou a passar os dedos pelo meu peitoral de forma nervosa. — Não sei se você percebeu, mas não usamos preservativo ontem.
Parei por alguns segundos para absorver suas palavras e ela mantinha a cabeça abaixada. Todos os momentos de ontem a noite passou pela minha mente e percebi que realmente não usamos camisinha em nenhuma das vezes.
— Luna, eu sou limpo — disse acariciando sua mão que continuava apoiada em meu peitoral. Coloquei dois dedos na ponta do seu queixo, levantando seu rosto para que ela olhasse em meus olhos. — A única pessoa com quem eu tive relações sexuais nos últimos anos, foi você. — Ela voltou a baixar a cabeça e soltou um risinho incrédulo.
— Não há necessidades de mentir, Matteo.
— Eu não estou mentindo. Simplesmente não conseguia manter relações com outra pessoa que não fosse você. — Acarinhei seus cabelos e fiz com que ela olhasse novamente para mim. Suas bochechas estavam rosadas e ela mordia o lábio inferior com vergonha.
— Foram quase quatro anos, é meio impossível de acreditar — sussurrou e negou levemente com a cabeça.
— Bom, teve uma vez que quase aconteceu. — ela permaneceu com os olhos fixos no meu e incentivou para que eu continuasse. — Porém, quando estava quase acontecendo, eu chamei por você e ela meio que não gostou disso.
— Não acredito! — ela tentava segurar o riso e a expressão de surpresa preencheu seu rosto. — E o que ela fez?
— Deu um tapa na minha bochecha e disse que o mínimo que ela queria era respeito.. — falei e ela desatou em uma risada alta e escandalosa.
— Bem feito! Como você conseguiu me confundir com outra? — Encolhi os ombros envergonhado. — Estou realmente ofendida por ter sido chamada de puta. — Ela tentou manter o tom sério, porém, não conseguia parar de rir.
— Eu aqui contando minha experiência frustrante e você rir? — perguntei com tom de falsa ofensa.
— Não tenho culpa se foi engraçado. — Levantou as mãos acima dos ombros na defensiva. — Aliás, eu também estou limpa e, não corremos risco de uma gravidez inesperada no momento.
— Você sabe que eu não me importaria de ter um filho com você, certo? — perguntei, agora sério.
— Já conversamos sobre isso Matteo. Esse não é o momento para isso, estamos firmando nossas carreiras ainda, uma criança atrapalharia todos os nossos planos. — Começou a fazer carícias em minha bochecha e eu fechei os olhos, apenas aproveitando seu toque. — Por esse motivo, me consultei com um ginecologista e já faz algum tempo que estou tomando anticoncepcional. — Balancei a cabeça, concordando.
— O que acha de tomarmos café?
— Uma ótima ideia, estou morrendo de fome. — Sentou-se na cama com o lençol cobrindo seu corpo nu. — Mas primeiro eu preciso ir ao banheiro, minha bexiga já está doendo.
Luna levantou da cama com o lençol ainda enrolado em seu corpo e ao chegar na porta do banheiro, soltou o lençol no chão mostrando a sua nudez, neguei com a cabeça rindo. Ela fechou a porta do banheiro e eu segui para a cozinha, esperá-la.
Depois de alguns minutos, braços rodearam minha cintura e beijos começaram a serem distribuídos por toda minha coluna. Virei meu corpo, ficando de frente para ela e depositei um beijo no topo da sua cabeça. Usava apenas minha blusa que ficava como um vestido nela.
— O que tem para comermos?
— Suco, frutas, panqueca e chocolate derretido. — Beijei seu pescoço e ela encolheu os ombros, sentindo cosquinhas.
— Isso tudo? Então vamos comer logo que eu tô morrendo de fome — disse e ouvi sua barriga roncando, ri com aquilo. Logo se sentou à mesa, começando a comer.
Fiz o mesmo que ela. Durante toda a refeição conversamos sobre nossas vidas, contei sobre a parceria e também que eu faria a abertura do show deles pela América Latina. Ela falou que o pessoal do vidia desejava expandir mais o Jam&Roller e transformar em uma escola de patinação, e que a Juliana propôs lhe ensinar tudo o que ela precisava saber para tornar-se uma das treinadoras de lá. Não poderia ficar mais feliz pela minha menina, que finalmente, estava seguindo sua carreira sem nenhum empecilho.
Luna pegou um morango e passou na travessa com o chocolate, aproximou da minha boca e antes que eu pudesse morder ela afastou e deu ela mesmo uma mordida.
— Hey, esse morango era meu — falei em tom repreensivo.
Ela levantou da cadeira onde estava sentada e andou em direção a sala.
— Venha buscar. — Deu um sorriso travesso e afastou-se ainda mais de onde eu estava.
Corri em sua direção e antes que ela pudesse fugir, agarrei sua cintura e pressionei seu corpo contra a parede mais próxima. Posicionei minhas mãos na parede ao redor de sua cabeça, impedindo que ela saísse.
— E o meu morango? — perguntei e ela deu de ombros, segurando-se para não rir.
Selei nossos lábios e ela fechou os olhos, esperando que eu aprofundasse o beijo. Afastei nossos rostos e ela soltou um grunhido de reprovação, fazendo-me rir.
Ela abriu os olhos lentamente e ficou apenas observando meu rosto. Fiz o mesmo com ela. Sua boca pequena e carnuda, seu nariz fino, suas bochechas rosadas, seus lindos e grandes olhos verdes. Ela me tinha hipnotizado, não conseguia pensar em nada mais que não ela sendo completamente minha.
As palavras seguintes saíram sem filtro por meus lábios, deixando em evidência o desejo do meu coração.
— Casa comigo?
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