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História L'ultimo Ballo - Finale (Seconda Parte)


Escrita por: lutteando

Notas do Autor


Então gente, é com muita tristeza e também alegria no coração que eu venho me despedir de L'ultimo Ballo. Quero agradecer a todos os leitores maravilhosos que me acompanharam e conseguiram chegar até aqui, saibam que todos vocês terão um lugar especial bem guardadinho no meu coração, obrigada pelo apoio e incentivo, vocês são incríveis demais, eu nunca pensei que esse dia chegaria e é ate estranho está postando isso aqui. Sem mais delongas, espero que desfrutem desse capítulo e que gostem tanto como eu.

ALERTA! ALERTA! ALERTA! ACABEI DE POSTAR UMA NOVA HISTÓRIA. Essa de agora é ruggarol e vai ser beeem curtinha, então deem uma passadinha por lá e deixem suas opiniões nos comentários, vou deixar o link nas notas finais.

>>Música do capítulo: Say you won't let go – James Arthur

Capítulo 42 - Finale (Seconda Parte)


Fanfic / Fanfiction L'ultimo Ballo - Finale (Seconda Parte)

“Uma lágrima atrás da outra desceu por minhas bochechas e delicadamente ele enxugou cada uma”

 

Luna Valente

Sentada no chão frio do banheiro do hotel, evitava ao máximo olhar para a bancada da pia e com o intuito de não ver aqueles dois objetos que me atormentavam. Talvez as pessoas dissessem que era besteira, porém, eu não planejava isso agora. E outra, em alguns meses seria o meu casamento com o Matteo, imagina se ele resolvesse terminar comigo antes.

Matteo. Não tinha ideia de como faria para dar essa notícia a ele, mas eu sabia que de nós dois, ele seria o que aceitaria sem problemas.

Saí do banheiro e corri pela casa em busca do meu celular. Só havia uma pessoa que poderia ajudar-me nesse momento e era para ela mesmo que eu iria ligar.

Apertei no botão para fazer a chamada e fiquei ouvindo os bips no outro lado da linha até a ligação cair para a caixa postal. Na segunda tentativa aconteceu a mesma coisa, mas eu não iria desistir. Na terceira, antes que pudesse ser encerrada, dona Mônica atendeu.

— Minha filha, aconteceu alguma coisa? — Conseguia perceber a preocupação em sua voz mesmo a distância.

— Não... Sim... A verdade é que eu não sei como falar isso — Estava confusa e não conseguia pensar em uma maneira de abordar aquele assunto.

— Luna, você está me preocupando. Aconteceu alguma coisa entre você e o Matteo? Está se sentindo mal? — Sua voz era doce, como sempre, e isso dava tranquilidade ao meu coração.

— Eu estou grávida! — falei de uma vez, sabia que se prolongasse mais o assunto, iria inventar alguma desculpa, a ligação seria encerrada e eu não entraria no tema.

— E você acha que isso é um problema? — perguntou. Sua voz continuava calma e a única coisa que se passava na minha mente, era de como ela conseguia manter essa pose em meio a situações drásticas como aquela.

Eu queria ser para o meu filho pelo menos um pouco do que Mônica foi para mim. Mesmo não sendo sua filha biológica, ela amou-me como uma, sempre me deu carinho e apoio em todas as minhas decisões. Esse era o meu medo, eu não era em nada como ela. Sou desastrada, indecisa e não sei se conseguirei ser uma boa mãe.

— Eu não sei — sussurrei, a garganta ardendo pelo choro que necessitava sair. — Não planejamos isso agora, era algo que decidimos para um futuro não tão recente. E outra, não consigo entender como isso aconteceu, já que eu tomo anticoncepcional.

— Você deveria saber que esses remédios não são cem por cento seguros. — Não era uma bronca, estava mais para um lembrete.

Parei para pensar um pouco sobre o que ela falou e lembrei que quando eu passei mal na França, o médico disse que caso eu tomasse algum remédio anticonceptivo, teria que esperar um mês para voltar a ter relações sexuais sem camisinha para evitar uma gravidez inesperada, porque o remédio que eu começaria a tomar, cortava o efeito do anticoncepcional.

Não acreditava que eu havia sido burra ao ponto de esquecer aquilo, estava tão inebriada pelo Matteo e para senti-lo completamente dentro de mim, que simplesmente esqueci das recomendações do médico.

— Nem sempre as coisas saem como planejamos e você deve colocar isso na cabeça, não é como se fosse possível agendar toda a sua vida para que tudo aconteça no momento que você achar está preparada. — Ela continuou falando e eu senti as primeiras lágrimas descendo por meu rosto.

— Eu não sei se um dia vou está preparada para ser mãe — falei em um fio de voz.

— Entenda uma coisa minha filha, você não nasce preparada para isso, aprende com o tempo. — Tinha certeza que ela tinha um sorriso nos lábios ao falar isso. — Quando estiver com o seu filho nos braços pela primeira vez, irá entender a emoção que toda mãe sente, então, vai perceber que faria qualquer coisa por seu filho, até dar a vida por ele.

— Você sentiu isso, quando me adotou?

— Sim, e foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. — Um sorriso surgiu em meus lábios, o medo que eu sentia, saía pouco a pouco do meu corpo.

— Também tenho medo de como o Matteo vai reagir com a notícia. Imagina se ele decide cancelar o casamento tão em cima da hora. — Sequei minhas lágrimas e respirei fundo, com o objetivo de controlar minha respiração.

— Luna querida, você mais do que ninguém sabe o quanto o Matteo desejava essa criança e outra, ele te ama tanto, que mesmo não querendo, iria aprender a querer. Por você. — A suavidade da sua voz alcançou meu coração, fazendo-me suspirar aliviada.

— Obrigada por me ouvir, mamãe.

— Não tem porque agradecer, minha filha. Estou sempre aqui por você.

Desliguei a ligação e fiquei alguns longos minutos sentada no sofá, as pernas cruzadas e as mãos apoiadas sobre elas. Automaticamente, minha mão pousou em meu ventre e eu sorri em meio às lágrimas.

Observava a delicada circunferência que jazia em meu dedo anelar, com um singelo diamante no topo. Brincava com o anel em meu dedo e lembrei de quando o Matteo me pediu em casamento e a Âmbar disse que o brilho daquela jóia era capaz de cegar uma pessoa em um raio de 50km. Sempre tão exagerada.

Tentava pensar em uma forma legal e criatividade de contar a novidade para o Matteo, ele merecia descobrir de uma maneira especial. Assisti a vários vídeos no YouTube e Instagram de como preparar uma surpresa para revelar sobre a gravidez.

Todos eram bem criativos, mas tinha que pensar uma forma de encaixar as ideias nas nossas circunstâncias atuais. Então, lembrei que em dois dias seria o Grammy, onde Matteo concorria junto ao filme que havia tido uma participação, na categoria de Best Song Written for Visual Media, com música composta e interpretada por ele.

Com isso na cabeça, mandei uma mensagem para Alice perguntando se ela poderia ajudar-me no plano. Pedi para que ela comprasse o que eu queria e ela disse que iria fazer aquilo agora mesmo.

Nada poderia dar errado.

Escondi os dois testes na minha bolsa antes que o Matteo chegasse e descobrisse tudo. Tentei manter a calma para que ele não desconfiasse de nada através das minhas ações.

 

Discutia com Alice sobre o vestido que ela trouxera para eu usar hoje na premiação, na minha opinião ele mostrava mais do que o necessário, meu corpo ficava quase que completamente exposto, o que chamava bastante atenção para mim, e tudo o que eu não queria essa noite era chamar atenção, não bastava ter que entrar no tapete vermelho com o Matteo, o que eu apenas aceitei depois de muita insistência da parte dele.

— Luna, o vestido ficou perfeito em você, outra pessoa não poderia usá-lo — disse ela em seguida a uma série de resmungos da minha parte. — Vocês não acham? — direcionou a pergunta a equipe de três pessoas presente naquele quarto de hotel, que ficariam responsáveis por darem os ajustes finais no vestido e arrumar meu cabelo e maquiagem.

Os três me olharam de cima a baixo e a única mulher que integrava a equipe fez uma careta para mim e balançou a cabeça negando. Ela era alta e esguia, com os cabelos loiros sedosos, típica modelo de capa de revista, enquanto eu, era absurdamente baixinha e tinha mais coxa do que qualquer mulher normalmente tem nesse país. Diferente da loira antipática, os dois homens, que eu tinha certeza serem homossexuais, sorriram em minha direção.

— Você tem uma beleza peculiar querida, de uma maneira positiva — um deles disse chegando perto de mim e apertando minhas bochechas entre seus dedos.

— Concordo, uma mistura de ingenuidade e sensualidade que faz os homens caírem aos seus pés. Sem contar que você tem um corpo maravilhoso. — O outro completou.

Queria ver o Matteo, Alice tirou-me do quarto extremamente cedo e me levou para uma sessão de massagem em um spa e em seguida fomos até uma manicure, onde a mulher pintou minhas unhas com uma tonalidade clarinha, o que me fez pensar que o vestido fosse mais simples e em uma cor neutra. Chegando ao hotel, ela levou-me para uma suíte diferente da qual eu estava hospedada, alegando que o Matteo não poderia me ver antes de estar completamente pronta.

Depois de muita birra da minha parte e muita insistência da parte da Alice, encontrava-me agora colocando o bendito vestido com a sua ajuda. O tecido era de veludo na cor de um vermelho escuro cintilante e devo admitir, adequava-se perfeitamente em minhas curvas, deixando-as mais evidentes. Ele era de mangas que chegavam até o meu pulso, tinha um decote em V que deixava boa parte dos meus seios expostos, uma fenda começava na metade das minhas coxas e seguia até o final das minhas pernas, deixando-as descobertas.

Logo após, veio a parte que eu mais odiava, fazer a maquiagem e o cabelo. Detestava ficar parada sem poder me movimentar muito, nunca consigo permanecer quieta e sempre recebo reclamações por parte dos maquiadores e cabeleireiros.

Estava pronta e como o esperado, recebi milhares de reclamações por minha inquietude, tenho certeza que até uns puxões de cabelo propositais mandando eu não me mexer.

Meu cabelo estava preso em duas tranças laterais que iniciavam no começo da cabeça e encontravam-se na metade da minha cabeça, presas em um coque meio desarrumado. Na parte da maquiagem, a sombra era esfumaçada e em um tom de vermelho suave que destacava meus olhos verdes, o batom era de um vermelho vivo que contornava bem os meus lábios.

— Calma querida, vai dá tudo certo! — Alice chegou perto de mim e tomou minhas mãos, que tremiam bastante, entre as suas.

Ajudaram-me a calçar os sapatos de salto preto que prendiam no meu tornozelo. Espirraram um pouco do perfume na minha pele e no momento que o odor doce adentrou por minhas vias respiratórias, um embrulho formou-se em meu estômago e a vontade de vomitar subiu por minha garganta. Corri em direção ao banheiro, sabendo que não conseguiria segurar o vômito e não queria sujar todo o quarto.

Ajoelhei-me frente ao vaso sanitário sem dar importância para o vestido, tampouco para a maquiagem. Coloquei para fora toda a comida que ingeri nas últimas horas. Malditos enjôos, não aguentava mais. Ontem eu acordei com enjôo e para o meu azar, o Matteo acabou acordando com toda a minha movimentação, por sorte, ele não viu o momento em que eu vomitava. Entretanto, ele percebeu que eu estava estranha, mas optou por não falar nada.

Levantei do chão e fui até a pia, escovei meus dentes fazendo o possível para não estragar toda a maquiagem. Voltei para o quarto e olhares preocupados voaram em minha direção, sorri minimamente, com a intenção de dizer que não foi nada e que eu estava bem.

— Perdão querida, se eu soubesse sobre a gravidez e os enjôos, teria borrifado menos perfume — Um dos homens que me arrumou disse, sentindo-se culpado.

— A culpa não foi sua, esses enjôos que são chatos. — sorri.

O cara que me maquiou retocou a maquiagem e passou uma nova camada de batom nos meus lábios.

Bateram na porta e o meu coração de alguma maneira já sabia quem era por trás daquele pedaço de madeira. Senti todo o meu corpo entrar em alerta e o nervosismo correu por minhas veias. Correram para abrir a porta e quando o fizeram, deram-me a visão de um Matteo vestindo smoking, simplesmente deslumbrante.

Trajava uma calça social preta que marcava bem suas coxas, na parte de cima, usava a típica camisa branca de botões e um blazer de veludo na mesma cor do meu vestido, por cima. Uma gravata borboleta presa a camisa para completar o seu look.

Ele ficava extremamente sexy vestindo roupa social, minha maior vontade era de expulsar todo mundo do quarto, arrastá-lo para dentro e tirar toda a sua roupa.

Fiquei assustada. Esses pensamentos realmente saíram da minha mente?

Seu olhar varreu todo meu corpo, demorando-se um pouco mais nos meus seios visíveis pelo decote. Sua expressão era uma mescla de surpresa e desejo, senti meu corpo inteiro entrar em chamas e palpitar, suplicando um mínimo toque que fosse da parte dele.

Matteo entrou no quarto e caminhou até mim. Envolveu minha cintura com um dos seus braços e passou o nariz pela base do meu pescoço. Segurei um gemido em minha garganta e suspirei com a ação.

— Você está incrivelmente sexy, minha linda — sussurrou bem próximo ao meu ouvido.

Tinha certeza de que se ele não estivesse segurando-me pela cintura, meu corpo teria ido diretamente ao chão, pois minhas pernas tremiam levemente e não conseguiriam sustentar o peso do meu corpo.

Respirei profundamente com a intenção de acumular a maior quantidade de oxigênio dentro dos meus pulmões, porém, essa ação fez o seu perfume adentrar por minhas vias respiratórias. Parecia que estava derretendo completamente em seus braços.

Fechei meus olhos automaticamente, aproveitando todas as sensações que sua presença causava em mim.

Seu hálito quente soprou em meus lábios e antes que ele pudesse me beijar e sanar o desejo de ambos, separaram-nos.

— Nada de beijos até o evento acabar — Alice bateu o pé no chão autoritária.

Matteo bufou.

— Isso é sério, Alice? — perguntou indignado e eu não tentava segurar a risada ao ver sua expressão irritada.

— Claro, não quero a maquiagem da Luna borrada e nem você com a boca toda suja de batom vermelho, imagina só o escândalo que seria. — disse Alice, em tom de reprovação e alerta antes de sair caminhando para o outro lado do cômodo.

Senti os lábios do Matteo pressionados em minha testa e sorri. Amava quando ele fazia isso.

— Acho melhor irmos logo para o carro, porque se continuarmos mais um segundo aqui, eu juro como arranco esse vestido do seu corpo e faço amor contigo sem me importar com as pessoas no quarto — ele sussurrou, passando a palma da mão pela minha coxa exposta. Senti um arrepio correndo por todo o meu corpo.

— Então vamos, não queremos problemas, certo? — Tentei soar o mais sensual que conseguia, e pelas expressões faciais do Matteo, sabia que havia alcançado meu objeto.

Passei por ele seguindo em direção a porta, segundos depois, ouvi passos firmes atrás de mim e soube que era ele. Entramos os dois no elevador e o percurso que passamos ali dentro foi em total silêncio. Nesse meio tempo, Matteo entrelaçou nossos dedos e iniciou uma leve carícia no dorso da minha mão com o seu polegar.

Saímos do elevador e caminhamos rumo ao carro que já estava com a porta aberta. Matteo ajudou-me a entrar e o fez logo em seguida, o motorista fechou a porta e deu a volta até o lado da direção.

Matteo passou o braço por cima dos meus ombros e em um impulso, eu deitei a cabeça em seu peito. Seus dedos faziam uma carícia singela em minha bochecha, fechei os olhos e senti como se todo o nervosismo estivesse evaporando diante de mim.

O carro estacionou e o motorista voltou a descer, dando a volta para abrir a porta para nós sairmos. Mesmo dentro do carro, conseguia ouvir bem nitidamente o alvoroço dos fãs e o click incessante das milhares de câmeras fotográficas dos paparazzo.

Matteo saiu do carro primeiro e virou para trás com a mão estendida em minha direção. Pousei minha mão trêmula e suada sobre a dele firme, senti meus olhos arderem com as luzes proeminentes das milhares de fotos que tiravam, eu realmente nunca gostei dessa parte.

A medida que ele caminhava para o tapete vermelho, a gritaria dos fãs apenas aumentava. Sem soltar nossas mãos, caminhou comigo ao seu lado em direção da pequena multidão presente ali. Conseguia notar a emoção daquelas garotas ao ter a oportunidade de ficar frente a frente com o Matteo.

O sorriso permanecia constante em meu rosto, as meninas eram adoráveis e falaram o quanto ficaram felizes em me ver ali com o Matteo. Depois de falar com muitos fãs, ele guiou-me para o tapete vermelho, sua mão entrelaçada a minha durante todo o tempo.

Muitas poses e flashes depois, o Matteo deu uma entrevista rápida falando o quanto estava animado, nervoso e realizado em concorrer por um prêmio tão importante dentro da indústria musical e que se sentia honrado. Em seguida, fomos direcionados ao backstage e de lá seguiríamos para o salão onde ocorrerá a premiação.

Estávamos com o pessoal da produção do filme conversando animadamente, havia conhecido alguns deles quando o Matteo viajou a Los Angeles para mostrar a música e gravá-la, são todos simpáticos e sentia-me muito bem estando ali.

Uma fragrância extremamente forte passou ao meu lado e senti meu estômago remexendo-se dentro de mim. Disse ao Matteo que precisava ir ao banheiro e procurei por uma pessoa que trabalhasse no evento, quando achei, a mulher levou-me ao toalete. Ao constatar que eu não me sentia tão bem, ela fez questão de permanecer comigo enquanto eu vomitava tudo que ainda estivesse em meu estômago, o que não era bastante, pois, não consegui comer muito e cada vez que eu comia, o enjôo aparecia.

Quando saí da cabine, a mulher, que eu não sabia o nome, olhava-me com uma clara preocupação no rosto.

— Querida, você está bem? — Aproximou-se de mim e passou os dedos por meu rosto.

— Estou sim, obrigada. Foi apenas um enjôo. — Sorri agradecida com o seu gesto.

— Necessita de alguma coisa? Um remédio ou uma água? — perguntou solicita.

— Não é necessário, sério, já passou.

Peguei o pequeno frasco de enxaguante bucal que eu levava na bolsa de mão. Coloquei a quantidade certa na tampinha e depois de um tempo com o líquido na boca, despejei na pia. Retoquei um pouco o batom, que Alice insistiu para eu trazer na bolsa e agora eu agradecia a ela mentalmente.

A moça voltou a acompanhar-me e eu percebi que ela continuava preocupada. Agradeci quando voltamos para o backstage e eu fui para o lado do Matteo.

Ele virou-se em minha direção e uma ruga de preocupação surgiu em sua testa. Suas mãos foram uma para cada lado do meu rosto, segurando com delicadeza.

— Luna, você está pálida! Se sente bem? — Sua voz era um pouco desesperada e eu me culpei por deixá-lo aflito.

— Não foi nada, só um mal estar. — Seus dedos acariciaram minha bochecha e de repente sinto meus olhos aguarem.

Uma lágrima atrás da outra desceu por minhas bochechas e delicadamente ele enxugou cada uma, fazendo o pensamento de que eu não o merecia surgir em minha cabeça.

Esperou calmamente que esse ataque repentino de choro passasse e voltou a perguntar:

— O que aconteceu, minha linda? Por que está chorando. — Neguei com a cabeça, não querendo prolongar aquela assunto.

Olhei ao redor em busca da Alice, mas nada dela. Suas mãos continuavam em meu rosto, esperando uma resposta.

— Você tem certeza que ainda quer se casar comigo? — perguntei um pouco abalada e com receio da resposta.

— Que pergunta é essa agora? É claro que eu quero me casar com você, conto os dias para que esse dia chegue logo. — Suas palavras eram carregadas da mais pura sinceridade e meu peito encheu-se de alegria.

Não sabia de onde estava surgindo toda essa insegurança agora. De repente, a ideia de que eu não seria uma boa esposa apareceu em minha cabeça, principalmente depois que descobri que serei mãe. Tinha medo.

— É que ainda está em tempo, se você quiser.

— Você quer terminar comigo? — perguntou confuso e um pouco triste.

— Não, claro que não. — Apressei-me em dizer antes que ele tomasse conclusões precipitadas. — É só que eu parei para pensar e... Não sei se serei uma boa esposa.

— Você será a melhor esposa para mim, nunca duvide disso — ele disse com os olhos brilhando.

— Matteo, eu sou uma péssima cozinheira, falo sério, nunca soube nem fritar um ovo. — Comecei a enumerar alguns dos meus milhares de defeitos que mostram que não serei uma boa esposa, tampouco uma boa mãe. — Eu não vou poder costurar um botão que soltar de alguma camiseta sua, porque eu não sei costurar. Eu também serei uma mãe terrível, como vou cuidar de uma criança assim? — Estava desesperada, a ponta de começar a chorar outra vez.

— Luna, não precisa se preocupar com isso. Podemos muito bem contratar uma cozinheira e se você acha tão importante, contratamos uma costureira também. — Ele apenas riu. Ficava impressionada com a calma que ele conseguia ficar em uma situação dessas, eu encontrava-me prestes a explodir. — E sobre filhos, não precisa se preocupar com isso. Ainda temos alguns anos para aprender, juntos, enquanto isso, podemos ir praticando.

— Temos em média de oito meses para aprender — disse da forma mais controlada.

Eu, notavelmente, era péssima com surpresas.

Matteo paralisou diante minhas palavras. Olhava diversas vezes do meu rosto para minha barriga ainda lisa, esperando encontrar um barrigão que confirmaria a gravidez.

— Você está grávida? — Sua voz vacilou um pouco. Balancei a cabeça de cima para baixo, afirmando.

Esperei sua reação. Esperei que ele começasse a pular de felicidade, sem se importar com as pessoas a nossa volta. Porém, ele não fez absolutamente nada, isso mesmo, ficou parado na minha frente, não esboçou absolutamente nenhuma emoção.

Senti o medo voltar a correr por minhas veias e junto com isso a preocupação. Matteo continuava estático.

— Hey, você está bem? Não está feliz? — perguntei nervosa. Ele permaneceu em silêncio. — Matteo, pelo amor de Deus! Fala alguma coisa, está me deixando preocupada.

— É que eu não sei como reagir. Tenho medo de explodir em felicidade e você brigar comigo dizendo que eu não deveria estar feliz porque não estamos prontos para ter um filho. Então eu prefiro manter-me impassível.

Não consegui segurar a gargalhada que cresceu em meu peito. Matteo era realmente o namorado, noivo, marido, qualquer coisa, mais fofo do mundo.

Sem dar importância para as regras da Alice, andei até ficar com nossos rostos bem próximos e depositei um longo selinho em seus lábios. Sorri.

— Ainda não consigo acreditar, você fala sério? — balancei cabeça, sem conseguir arrancar o sorriso dos meus lábios. — E como você se sente com essa notícia?

— Sendo sincera, eu não sei. Sinto bastante medo de não ser uma boa mãe para o nosso filho, mas ao mesmo tempo, sinto uma alegria que eu nunca senti antes enchendo meu peito. — Passei o polegar debaixo dos olhos dele, limpando as lágrimas que se acumularam ali.

— Eu te amo tanto, minha linda. E mesmo não conhecendo nosso filho, o amor que eu já sinto é surreal, obrigado. — Beijou minha cabeça e puxou meu corpo para o seu, em um abraço aconchegante.

Envolvi seu tronco com meus braços finos e ele passou um dos seus braços pela minha cintura e com o outro, acariciava minha bochecha.

Então eu percebi que sempre seríamos eu e ele, juntos.

Para Sempre!

"E esse não é o fim da história. É apenas o começo."

 

| Fine della seconda parte |


Notas Finais


Foi isso meus amores, espero que tenha conseguido alcançar as expectativas de vocês com o final de lutteo, estou imensamente feliz por concluir essa etapa na minha vida e triste por soltar meus nenês. Ainda não vou colocar a história como concluída pois voltarei com um capítulo de agradecimentos, então até la.

➱ LINKS IMPORTANTES:

>>NOVA HISTÓRIA: https://www.spiritfanfiction.com/historia/todo-fue-un-show-16210066
>>Música do capítulo: https://youtu.be/0yW7w8F2TVA
>>Cronograma de postagens: https://goo.gl/8JkHM8
>>Playlist no spotify: https://open.spotify.com/user/brengms6/playlist/0SUZo4AnOuGeDY9cUX5XA9?si=mVi-4WHNRm6O-s6q-C0qbw


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