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História L'ultimo Ballo - Trentanove (Seconda Parte)


Escrita por: lutteando

Notas do Autor


Deixo aqui para vocês o penúltimo capítulo da história, espero que desfrutem bastante. Mil beijos

>>Música do capítulo: Un año – Sebastian Yatras ft. Reik

Capítulo 41 - Trentanove (Seconda Parte)


Fanfic / Fanfiction L'ultimo Ballo - Trentanove (Seconda Parte)

“Não seríamos mais apenas eu e o Matteo. Seríamos nós dois e todo o nosso amor projetado em um filho.”

 

1 ANO E 3 MESES DEPOIS
Paris, França
Janeiro de 2024

Luna Valente

Eu nunca senti tanta saudades de uma pessoa como eu sinto do Matteo, parece que agora que estamos juntos, esse sentimento triplicou. Minha maior vontade era de largar tudo e seguir junto a ele na turnê pelo mundo, mas eu simplesmente não podia, tinha minhas obrigações e responsabilidades, agora que me tornei treinadora oficial do Jam&Roller, não poderia largar meu trabalho e sair viajando.

Matteo estourou entre os adolescentes quando o seu agente, o mesmo que arrumou o evento para ele em Londres e o fez assinar com a gravadora para gravar o seu disco e lançar a carreira, conseguiu que ele escrevesse e gravasse uma música para um filme de animação da Disney, que lançou no começo desse ano, além de que ele também fez a dublagem do personagem principal. Com isso, Matteo ganhou bastante reconhecimento e agora está lotando estádios por todo o mundo com os shows de sua turnê, denominada "Quiero Verte Sonreir Tour", que teve início em fevereiro, pouco mais de um mês depois do lançamento do filme.

Nesse período de onze meses e meio nós brigamos bastante, porém, aprendemos a resolver nossos problemas e não ficar criando teorias e piorar tudo. Eu sentia bastante ciúme das fãs dele e ele sentia ciúme de alguns dos meus alunos de patinação, esse era o principal motivo de nossos brigas.

Lembrava bem de que quando ele chegou na metade da turnê, tivemos uma briga muito feia e na hora da raiva eu comentei sobre romper o noivado, Matteo ficou sem saber o que falar e eu desliguei a ligação. Depois disso foi que eu percebi o que tinha falado e fiquei mal, acreditando que ele tinha levado minhas palavras a sério e iria terminar tudo de uma vez e nunca mais olharia na minha cara. Tentei ligar para ele, porém, desligava antes mesmo de cair na caixa postal, mandei diversas mensagens e ele não respondia nenhuma, elas sequer chegavam para ele. Fiquei com muito medo, entretanto no outro dia, Matteo apareceu na minha casa e disse que eu estava louca em achar que ele deixaria uma discussão qualquer acabar com o que custamos a construir.

Aproveitamos o restante desse dia juntos, porque no seguinte ele já teria que voltar para dar continuidade a sua turnê. Essa sua vinda repentina enlouqueceu as fãs que acharam que ele cancelaria os próximos shows, por sorte, conseguiu chegar a tempo e não teve nenhum problema. Senti-me muito culpada por fazê-lo viajar até a Argentina apenas porque eu falei o que não queria, mas ao mesmo tempo sentia meu coração encher de alegria por esse gesto que ele fez por mim, por nós.

Quando ele ainda estava com a turnê pela América Latina, nossas ligações eram mais rotineiras, por não haver uma grande diferença no fuso horário, entretanto, quando ele viajou pela Europa, esse contato foi ficando mais escasso e não conseguíamos fazer vídeo chamada todo dia. Nossa comunicação era basicamente por mensagem, enviava uma e duas horas depois ele me respondia e eu passava mais duas horas para respondê-lo novamente. Foi uma situação bastante difícil, mas felizmente conseguimos seguir em frente e não desistimos de nós.

Agora ele estava na França, onde de lá seguiria para Itália, pois queria encerrar a turnê no seu país de origem, eu achei isso muito lindo. Combinei com o seu produtor e o seu agente para fazer uma surpresa para ele, eles iriam levá-lo para o aeroporto com uma desculpa qualquer de que precisavam buscar alguém importante. O problema mesmo estava no fato de que tudo deu errado nas últimas horas, um pouco antes de eu sair de casa. Primeiro, eu não sabia onde tinha deixado meu maldito passaporte, baguncei meu quarto inteiro em busca do documento para no final, descobrir que tinha deixado no escritório do meu pai, porque havia pedido para ele resolver umas coisas para mim. Isso durou mais de duas horas.

Em segundo, eu não tinha terminado de arrumar minha mala e com a bagunça que ficou meu quarto, o trabalho foi dobrado. Isso acarretou na minha demora para chegar no aeroporto, fazendo assim, com que eu perdesse o vôo. Foi um sacrifício para que eu conseguisse fazer a troca de horários para pegar o próximo avião, que para o meu azar, só sairia de madrugada. Por certo, consegui avisar ao Carlos sobre o meu problema, para que eles não fossem para o aeroporto na França e passassem horas esperando-me, sabia o quanto Matteo era impaciente e detestava esperar, era tanto que ele nunca atrasava, se isso acontecesse, você poderia ter certeza que algo de muito sério aconteceu.

Comi qualquer besteira em uma lanchonete no aeroporto enquanto esperava meu voo ser anunciado. Tinha a sensação que as horas passavam lentamente, cada minuto parecia uma eternidade e eu não aguentava mais tanta demora.

Agradeci quando a moça anunciou pelos alto falantes o meu voo. Já havia feito o check in assim que cheguei, então, estava apenas com uma bolsa de mão, dessa forma, segui diretamente para o portão de embarque. Passei sem nenhum problema pelo detector de metais e fui direto para entrar no avião e acomodar-me em minha poltrona.

Como das últimas vezes, optei por ir na classe executiva, não queria correr o risco de novamente sentar ao lado de um homem que roncava mais alto que o motor do avião. Dormi quase todo o trajeto até a França, acordei apenas para ir ao banheiro e comer alguma coisa e fiquei algumas horas assistindo a um programa qualquer que passava, depois voltei a dormir e só acordei quando a aeromoça anunciou que já iríamos pousar.

Carlos disse que eu sairia pelo desembarque privado, pois não queria causar nenhum alvoroço nos fãs histéricos do Matteo, que felizmente, a grande maioria gostava de mim e apoiava nosso relacionamento, acredito que isso se deve pelo fato de estarmos juntos antes mesmo do Matteo alcançar tanto sucesso na carreira, o que fazia eles terem uma maior afeição por mim. Mas como sempre, tinha aqueles que me detestavam e gastavam o seu tempo para xingar-me nas redes sociais, eu abstraía tudo e não me importava.

Peguei a minha mala e segui em direção a sala de espera, onde me esperavam. De longe, consegui avistar o Matteo, ele encontrava-se sentado com a perna direita cruzada sobre a esquerda e os braços cruzados contra o peito. Apresentava-se mais lindo do que a última vez que o vi, há quatro meses atrás. Ele usava uma calça escura e uma blusa preta com mangas até o pulso, seu cabelo estava maior que o normal e os cachos amontoavam-se em cima da sua cabeça, também estava com a barba sem fazer. Seus olhos continuavam sendo os mais lindos, mesmo todo o seu corpo transbordando cansaço, seus olhos permaneciam com o brilho de sempre.

Olhou para a direção que eu estava e finalmente notou minha presença, franziu a testa, tentando assimilar se a cena diante dos seus olhos era verdade ou não. Sei disso porque também acontecia a mesma coisa comigo. Ele levantou da cadeira, porém, continuou parado. Também parei, não sabendo qual ação fazer a partir daquele momento.

Ele começou a andar em minha direção, com um sorriso brincando em seus lábios. O sorriso que estampou meu rosto era daqueles bem largos, onde você mostrava toda a sua felicidade. Lágrimas de alegria banhavam meus olhos, pisquei algumas vezes, tentando controlar o choro.

Não aguentava mais esperar para estar em seus braços, então, soltei o puxador da mala e corri em sua direção, jogando meu corpo contra o seu quando me encontrei frente a ele. Matteo deu alguns passos para trás, equilibrando o corpo para que não fossemos direto ao chão.

Entrelacei minhas pernas em seu quadril e ele passou os braços por minha cintura, apertando meu corpo contra o seu com força, os meus braços estavam em volta do seu pescoço e eu sentia as lágrimas descendo por meu rosto e molhando sua camiseta preta. Seu rosto estava em meu pescoço e ele sussurrava frases curtas em italiano como "Ti amo così tanto", "Non potevo sopportare di starti lontano ancora", "Mi manchi, mia bambina", não entendi muita coisa do que ele falou, mas suas palavras aqueceram meu coração. Seu hálito quente soprava contra a pele do meu pescoço a cada palavra dita e um arrepio percorria todo o meu corpo, fazendo todos os meus cabelos ficarem eriçados.

Ele segurou meu rosto e começou a distribuir beijos por toda a extensão de pele que encontrava, entre cada beijo, falava o quanto me amava e o tanto que sentiu a minha falta, que nunca mais queria ficar tanto tempo longe de mim e coisas semelhantes. Coloquei minhas mãos cada uma em um lado de sua bochecha, sentindo a barba rala fazer cosquinha em minha pele.

— Há quanto tempo que você não faz essa barba? — perguntei ao dar um beijinho em uma de suas bochechas.

— E isso importa? — Sorriu antes de juntar nossas bocas e iniciar um beijo calmo, cheio de saudades e muito, muito amor.

Separamos nossos lábios e sorrimos. Matteo colocou-me no chão e arrumou a minha blusa que tinha subido um pouco.

— Por que você não me avisou que estava vindo? — perguntou.

— Porque eu queria fazer uma surpresa. — Ele sorriu e deixou um beijo no meio da minha testa.

Pegou minha mala e quando voltou para o meu lado, passou um braço por minha cintura e começou a andar para fora.

Assim que saímos da sala de desembarque, gritos invadiram meus ouvidos e uma multidão desesperada esperava pelo Matteo. Por mais que tentassem ser discretos, os fãs sempre descobriam onde ele estava e iam atrás, em busca de uma pequena interação com o seu ídolo. Saímos do aeroporto escoltados por seguranças.

Matteo é sempre muito atencioso com os fãs, interage com eles nas redes sociais, tira fotos e dá autógrafos, diz que não quer nunca perder o contato que tem com os fãs, que eles são um ponto importante na sua vida. Entretanto, hoje ele não pode parar e dar a atenção que desejava, o chefe da segurança do aeroporto pediu para que passasse direto e não parasse para falar com ninguém, já que o alvoroço era imenso.

Chegamos ao hotel e meu corpo exalava cansaço, pisquei os olhos várias vezes tentando permanecer acordada até chegar ao quarto. Mesmo tendo dormido quase que o voo inteiro, viagens de avião sempre me deixavam enfadada e parecia que eu não dormia há séculos, sem contar do fuso horário que me deixava louca. Para ser sincera, não consigo nem dizer que horas são aqui na França, apenas sei que está anoitecendo.

Matteo notou o meu cansaço e recusou por nós dois o convite para jantarmos com toda a equipe. Entramos no elevador sozinhos e eu apoiei todo o peso do meu corpo no Matteo, ele passava os dedos por meus fios de cabelo, fazendo-me ronronar baixinho, seus dedos faziam uma carícia deliciosa no meu couro cabeludo.

Na trajetória para o andar onde ele e boa parte da equipe estavam hospedados, o elevador parou duas vezes, entretanto, não ousei me mover, aquela posição era bastante confortável. Conseguia perceber alguns olhares discretos em nossa direção, mas não dei bola para isso. Quando chegamos ao nosso destino, saímos do elevador e o Matteo teve que, praticamente, carregar-me até o quarto, já que eu continuava agarrada nele.

Só o larguei quando já estávamos dentro da habitação e eu andei lentamente em direção a cama, joguei-me de bruços no colchão macio e fechei os olhos. Resmunguei baixinho quando seu corpo quente e pesado pairou sobre o meu.

— Não vai tomar banho, porquinha? — sussurrou em meu ouvido e eu grunhi, fazendo com que ele risse. — Vem, eu te ajudo.

Levantei da cama com movimentos de tartaruga, parei de frente a ele e estiquei os braços para cima, senti seus dedos roçarem a pele da minha cintura quando ele pegou a barra da minha blusa, passou o tecido por minha cabeça e por meus braços estirados. Tirei a sapatilha que usava, enquanto ele desabotoava a braguilha da calça, retirando a peça de roupa do meu corpo em seguida.

Observei quando ele caminhou até minha mala, que eu só percebi que já estava no quarto agora. Pegou um baby doll confortável e a parte de baixo de uma peça íntima, voltou para o meu lado e seguimos em direção ao banheiro. Matteo retirou sua camiseta, deixando seus músculos definidos em evidência, depois tirou a calça jeans junto com a cueca box. Eu mesma tirei as peças íntimas que cobriam meus seios e minha vagina.

Ele entrou no box e antes que eu fizesse o mesmo, prendi meu cabelo em um coque no alto da cabeça com o elástico que tinha em meu pulso. Matteo ajudou-me a ensaboar meu corpo e eu fiz o mesmo com ele, sem segundas intenções. Alguns minutos depois, ele passou pelas portas de vidro e seguiu até a bancada da pia, onde pegou duas toalhas brancas. Uma ele passou em volta de sua cintura e a outra ele enrolou no meu corpo.

Voltamos para o quarto e eu vesti a roupa que ele separou, quando Matteo voltou a ficar de frente para mim, reprimi um suspiro. Ele vestia uma calça de moletom preta e o peitoral continuava desnudo, mostrando algumas gotas de água do banho que não pareciam lhe incomodar. Algumas gotículas pingaram, do seu cabelo molhado, em seu rosto. Meus olhos continuavam vidrados em cada detalhe e movimento que ele fazia, parecia que um deus estava diante de mim, com toda a sua magnificência e plenitude.

Ouvi a risada rouca do Matteo e pisquei os olhos vários vezes, saindo do transe. Ele veio até mim e depositou um selinho em meus lábios e outro no topo da minha cabeça, em seguida, empurrou-me levemente para a cama, deitou ao meu lado e cobriu nossos corpos com o edredom bastante macio e fofinho.

— Sabia que eu te amo? — perguntei, olhando fixamente em seus olhos.

— Claro que eu sei — disse sorrindo. O cansaço já me dominava e eu não tinha mais forças dizer que ele era um metido. Aconchegou mais meu corpo em seus braços e eu entrelacei minha mão com a sua, queria senti-lo completamente perto de mim, ainda me custava acreditar que ele estava realmente aqui ao meu lado, parecia até um sonho. — Agora vá dormir! — sussurrou e eu concordei, deitando a cabeça sobre o seu peitoral.

Fechei os olhos e poucos minutos depois o sono já dominava todo o meu organismo.

 

Estava no camarim do Matteo junto com a Alice — responsável pelo visual do meu noivo nos shows e eventos — e várias outras pessoas da equipe que tagarelavam sem parar, o Matteo ainda fazia a passagem de som e eu esperava por ele. Alice aproximou-se de mim e apertou minha mão contra a sua.

— Está melhor querida? — perguntou, referindo-se ao meu mal estar de mais cedo.

— Estou sim, obrigada pela preocupação. — sorri sem dentes.

Matteo entrou no camarim completamente suado e segurando uma garrafinha com água na mão. Não o vi hoje, pois ele saiu do hotel cedo para vir ao local do show deixar tudo preparado. As outras pessoas naquele lugar ignoraram a sua presença, porém, eu levantei-me da poltrona onde estava sentada e caminhei em sua direção.

— O enjôo passou? — perguntou e eu franzi o nariz, não havia contado a ele sobre isso.

— Como você soube?

— A Alice me contou. — Apontou com a cabeça na direção da mulher que organizava as roupas que o Matteo usaria no show de hoje. — Por que não me falou nada?

Minha vontade era de ralhar com a Alice por ela ter falado isso ao Matteo, mas eu sabia que ela não tinha culpa, não pedi para que ela não contasse nada a ninguém e outra, era super normal o noivo saber o que se passava com a sua noiva.

— Acha que pode... Você sabe, está grávida? — Conseguia sentir uma ponta de esperança em suas palavras.

Segurei sua mão e nos direcionei até o banheiro, não queria que as pessoas ouvissem aquela discussão. Era algo privado e não tinha a intenção de mostrar irritação na frente de ninguém.

Não me surpreendia Matteo achar isso, ele quer muito ser pai e toda vez que eu passava mal, ele achava que eu poderia está grávida, sempre era alarme falso. Teve uma vez, depois de completar um mês que eu viajei para vê-lo em turnê no Chile, que eu passei muito mal e contei a ele em uma das nossas ligações, ele mandou eu fazer testes de gravidez e pediu para que a Âmbar ficasse no meu pé para ter certeza que eu faria. Comprei dois testes de farmácia e ambos deram negativo, mas para não restar dúvidas, fui ao médico fazer exames e os resultados foram que eu estava com uma intoxicação alimentar. Fiquei dois dias sem falar com ele por ter me feito passar por aquela humilhação.

Depois disso, ele tentou controlar mais sua paranóia sobre gravidez e de que qualquer sintoma que eu apresentasse significava que iríamos ter um filho. Porém, às vezes ele não conseguia e esse era um desses momentos. Era por isso que eu evitava ao máximo falar da minha saúde com ele.

— Matteo, já falamos sobre isso. E não, eu não estou grávida. — Tentei manter a calma e não explodir. — Aliás, faz quatro meses desde a última vez, com certeza a barriga já estaria perceptível.

Ele suspirou decepcionado. Isso mesmo, decepcionado.

— Me conta, quando surgiu essa sua vontade de ter filhos? — Coloquei as mãos na cintura, como minha mãe sempre fazia quando iria brigar ou pedir explicações ao meu pai.

— Sempre me perguntam nas entrevistas se eu quero ter filhos. — Passou a mão pela nuca, desconcertado. — E uma vez eu parei para pensar sobre e eu amei a ideia de ter um filho, com você.

Notei um brilho diferente em seus olhos quando ele disse isso.

— Você amou a ideia? — perguntei e ele respirou fundo. — Mas você parou para pensar que na maior parte do tempo você está em turnê? Nós nem sequer nos vemos com a frequência que queríamos, imagina ter uma criança envolvida no meio disso. Também amou a ideia de que eu teria que criar a criança praticamente sozinha? Amou a parte que além de mim, você não veria seu filho por meses?

Matteo olhou para o chão sem saber o que falar, sabia que tinha pegado no ponto fraco dele. Sempre se sentia mal quando eu falava sobre o tempo que ele não tinha, mas que queria muito ter.

Mas não me comovi com sua carinha de tristeza e decepção, estava irritada demais com ele. Poderíamos estar agora mesmo nos beijando, mas não, ele discutia sobre termos filhos ou não.

— Meu amor, eu peço que me entenda. — Voltei a me acercar dele porque não conseguia passar muito tempo longe. Foram muitos meses de distância. — Não estamos prontos para ter um filho, é uma responsabilidade muito grande que ainda não temos.

— Eu sei, perdão — Matteo resmungou baixinho e começou a acariciar a base da minha coluna por dentro da camiseta que eu usava.

Queria manter a minha pose de séria, porém, era impossível me controlar quando o homem que eu amo distribuía beijos molhados por meu pescoço e ombro. Minutos depois, já havia abandonado a pose de durona e estava em cima da pia, sem minhas roupas e com a mão do Matteo sobre a minha boca para a abafar meus gemidos, afinal, tinha pessoas no camarim e não era de nossa pretensão que eles ouvissem.

— Você sentiu minha falta? — perguntou com os lábios pressionados em meu pescoço.

Balancei a cabeça de cima para baixo, afirmando, e deixei um beijo na palma da sua mão que cobria minha boca.

Vi um sorriso de satisfação surgindo nos lábios do Matteo e ele prensou os lábios novamente em minha pele, agora na região próxima aos meus seios cobertos pelo sutiã de renda.

— Eu te amo tanto, não consigo nem explicar — sussurrou, subindo com sua boca para o meu ouvido.

Agradeci pela sua mão cobrindo a minha boca, foram meses longes e eu morria de saudades, então qualquer toque e ação que ele fizesse arrancava ruídos altos o suficiente para que as pessoas que estivessem do lado de fora ouvissem.

Pouco tempo depois meu corpo desabou para trás e, apenas não deitei na bancada da pia pelo braço do Matteo que me segurava pela cintura. Beijou meus lábios uma última vez e decidimos tomar um banho juntos.

 

Sabia que um dia eu não teria mais desculpas para evitar o assunto gravidez. Por enquanto eu teria que me contentar de matar qualquer chance de prolongar esse assunto com um: "Eu não estou grávida, Matteo!"

Até que um dia, eu teria que remover o "não" dessa frase. E a partir daí, não seríamos mais apenas eu e o Matteo. Seríamos nós dois e todo o nosso amor projetado em um filho.


Notas Finais


➱ LINKS IMPORTANTES:

>>Música do capítulo: https://youtu.be/ghAvJMxE1qo
>>Cronograma de postagens: https://goo.gl/8JkHM8
>>Playlist no spotify: https://open.spotify.com/user/brengms6/playlist/0SUZo4AnOuGeDY9cUX5XA9?si=mVi-4WHNRm6O-s6q-C0qbw


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