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História Magical Blood - Segunda temporada - Eu quero ir pra onde você for


Escrita por: rbweasley

Notas do Autor


Ufa! Demorou mas chegou.
é um capitulo importante, então espero que gostem e fiquem menos bravos comigo hahahaha

Boa leitura! E obrigada por continuarem acompanhando ♥

Capítulo 12 - Eu quero ir pra onde você for


Fanfic / Fanfiction Magical Blood - Segunda temporada - Eu quero ir pra onde você for

 

P.O.V. Alvo

O dia em Hogsmeade tinha sido completamente diferente do que Alvo esperava. Achava que àquela hora estaria em sua cama comendo todos os doces que compraria na Dedosdemel, mas em vez disso estava com Scorpius na Sala Comunal, de madrugada, em silêncio.

Primeiro Scorpius teve raiva, muita raiva, quando Alvo o encontrou em Hogwarts depois da briga com Rose, o amigo estava furioso, queria ir atrás do avô, queria tentar sair de Hogwarts escondido para ir atrás dele, mas Alvo conseguiu convencê-lo de que não deveria, que deixasse para resolver aquilo outra hora.

E agora estavam os dois, em frente da lareira, na sala comunal vazia e Scorpius tinha passado de furioso para apático, seu rosto estava vazio e não falava nada há muito tempo.

- Você sabia? – Scorpius perguntou depois de muito tempo, tanto tempo que Alvo estava quase caindo no sono e levou um susto quando finalmente ouviu o amigo dizer algo.

- É claro que não – ele esclareceu rapidamente.

Scorpius pareceu acreditar, e apenas assentiu com a cabeça.

Alvo sentiu que deveria dizer mais alguma coisa, não deveria apenas deixá-lo remoendo tudo aquilo na cabeça sozinho.

- Ela fez isso pra te proteger... – ele tentou dizer, mas Scorpius logo o interrompeu.

- Até parece.

- Scorpius, você conhece a Rose tão bem quanto eu.

- Conheço?

- Você ta nervoso, mas vai perceber que ela só pensou em você quando fez isso.

- Não, não pensou. Se tivesse pensado teria me contado.

- Ela estava em uma posição muito difícil.

- Para.

- Mas...

- É sério. Por favor. Eu vou dormir – então Scorpius se levantou e subiu as escadas para o quarto.

 

 

 

- Detenção, senhor Malfoy.

Já era terça-feira, três dias depois de Hogsmeade, Alvo estava tendo problemas com Scorpius, o amigo parecia ter voltado ao que era antes de conhecer Rose, só que em uma versão pior.

Aquela manhã ele não havia ido a nenhuma das aulas e não tinha aparecido no almoço. Alvo só o encontrou pouco depois, conversando com a Professora McGonagall e não parecia coisa boa.

- Mas professora por causa de uma aula? – ele perguntou irritado. Seu rosto estava cansado, Alvo sabia que ele não dormia muito nos últimos dias, sempre passava a noite jogando quadribol na Sala Precisa - Eu não estava me sentindo bem...

- Você não me parece doente e os outros professores me contaram que também faltou em todas as aulas de ontem e as de hoje de manhã – a professora disse severamente. Scorpius apertou os lábios como se fosse responder, mas então desviou o olhar como se achasse tudo aquilo uma grande bobagem – Uma semana de detenção comigo por enquanto, mas se continuar com isso terei que mandar uma carta aos seus pais.

- Ta – ele respondeu seco.

- Te vejo hoje a noite na minha sala – ela disse firme e se virou indo embora pelo corredor.

Scorpius, porém se virou para o outro lado, em direção aos jardins. Alvo se apressou para alcançá-lo.

- Onde está indo? – ele perguntou e Scorpius virou os olhos sérios para ele.

- Pra Floresta Proibida – respondeu simplesmente.

- Mas temos Poções agora!

- E daí?

- É sua matéria favorita. Na verdade é a única matéria que você gosta.

- Um dia de folga não faz mal.

- Um dia? Você ouviu a professora McGonagall, mais uma falta e ela vai mandar uma carta para seus pais.

- Fazia tempo que eles não recebiam uma carta dessas, eles devem sentir falta – um sorriso maroto brincou em seus lábios, deixando claro que ele não dava a mínima.

- Temos as N.I.E.Ms lembra? Se continuar perdendo matéria...

Scorpius o interrompeu, parando de andar e olhando para Alvo como se ele fosse uma aberração.

- Ei, o que é isso? Desde quando fala assim?

- Desde que misteriosamente eu me tornei o responsável desse grupo.

- Grupo? – Scorpius riu sarcasticamente - Que grupo, Al? Olhe em volta, somos só nós dois agora.

Então o garoto se virou e saiu andando para fora do castelo deixando Alvo sozinho para trás.

 

- Sem sorte com Scorpius?

Alvo ouviu uma voz atrás de si e se virou, encontrando Alice parada o observando.

- Ele não liga para mais nada.

- Também não está sendo fácil com a Rose...Alias, acho que preciso da sua ajuda com isso.

Ela fez um sinal com a cabeça para que ele a seguisse e então os dois subiram as escadas para a Biblioteca.

Assim que entraram encontraram Rose, ela estava lá sozinha, enfiada em um livro e cercada por pergaminhos.

- Ela veio dar uma lida antes da próxima aula? – ele perguntou, nada surpreso, aquilo era típico de Rose.

- É...e não almoçou, não vai comer desde sábado.

- O que? – Alvo perguntou perplexo.

- Não vai para o Salão Principal desde o dia de Hogsmeade, acho que tem medo de ver Scorpius, mas não parece sentir fome. Eu preciso trazer algo para ela comer se não ela nem se lembraria da comida. Fica enfiada aqui o dia inteiro, só sai quando realmente precisa. Só fala de N.I.E.Ms, trabalhos, notas e dá detenção para qualquer coisa que respire. Ela não me ouve, Al.

Preocupado, Alvo se aproximou da prima.

- Rose?

A garota levantou os olhos com profundas olheiras para ele, parecendo perdida por um tempo, mas logo depois se sobressaltou assustada e olhou para o relógio.

- Droga, vou me atrasar para a aula – ela disse se levantando e recolhendo depressa seus livros e pergaminhos.

- Espera, me ouve – ele pediu.

- Não posso agora, Alvo.

- Rose, você precisa parar – Alice se adiantou, tentando segurar o braço da amiga, mas Rose se afastou do toque.

- Parar? Não tenho tempo pra isso.

- Você vai ficar doente assim!

- Não, não vou. Sei o que estou fazendo.

- Não, não sabe. Até você sabe que estudar tanto não faz bem – Alvo tentava dizer, mas Rose parecia que não estava prestando atenção.

- Tenho coisa demais para fazer. Depois da aula tenho treino de quadribol, preciso falar com um dos monitores que aparentemente se esqueceu de fazer a monitoria ontem à noite, tenho o trabalho de Aritmância para terminar e tenho que acompanhar três detenções. Acredita que sua irmã pegou outra detenção?

- Pelo amor de Deus, Rose...

- Não tenho tempo agora. Preciso ir. Depois conversamos – ela disse apressando o passo para ir para a aula.

Alice e Alvo se olharam preocupados.

 

Alvo foi para a aula de Poções e sem a ajuda de Scorpius sua poção de odor, que teoricamente aumentaria seu olfato, acabou lhe causando um sangramento nasal e uma nova ida à enfermaria.

- Você deveria ter usado 20 gramas de raiz suporífera em pó e não 2 gramas – Rose disse sabiamente. Ela e Alice tinham se oferecido para acompanhá-lo até a enfermaria depois da aula – Deveria ter percebido que algo estava errado quando a poção ficou azul em vez de cinza rosado.

Alvo apenas lhe lançou um olhar irritado, enquanto tinha que dar um último gole na poção horrível que Madame Pomfrey lhe deu para parar o sangramento.

- Hum...- Rose começou, parecendo desconfortável – Scorpius não apareceu na aula hoje...

Alvo sabia que Rose devia estar se segurando há muito tempo para perguntar aquilo.

- Eu tentei fazê-lo ir, mas...você faz isso melhor do que eu.

- Fazia – Rose o corrigiu. Houve um silêncio constrangedor e percebendo isso a garota se levantou da cadeira depressa – Eu preciso ir.

- Mas Rose... – Alice tentou dizer, mas Rose a interrompeu.

- Preciso me encontrar com a McGonagall, ela disse que tem tido uns problemas com alguns alunos do 3º ano, talvez tenha alguém vendendo trabalhos prontos para eles.

Ela disse rapidamente, pegando sua bolsa e saindo da enfermaria deixando Alice e Alvo sozinhos.

- Bem...Acho que é melhor eu ir... – disse Alice percebendo o clima estranho por estarem apenas os dois ali.

- Espera – Alvo pediu antes que ela se virasse – Podemos dar uma volta? – e quando ela o olhou confusa, ele acrescentou: - A gente merece relaxar um pouco...esses últimos dias tem sido intensos.

Alice não parecia certa dessa ideia. Mas depois de pensar um pouco assentiu.

- Claro.

 

Os dois foram até o lago, decidiram que era uma boa hora para aproveitar os últimos dias de sol antes de a neve chegar. Então, assim como alguns outros alunos, eles se sentaram perto de uma arvore perto do lago. Alvo tinha total consciência da proximidade de Alice enquanto o calor do corpo dela estava aquecendo o dele.

- No primeiro ano, seu irmão e Luke nos disseram que se viéssemos de madrugada até o lago e chamássemos 3 vezes pela lula gigante ela apareceria e falaria com a gente, lembra? – ela disse olhando para o lago onde vez ou outra a lula passava nadando tranquilamente.

- Eles são tão idiotas – Alvo deu risada – Rose nos avisou que eles estavam nos enganando, mas não acreditamos nela, claro.

- E, preferimos acreditar no Tiago e no Luke.

 - Que inteligentes – Alvo disse irônico.

- Foi quando ganhamos nossa primeira detenção, não foi? Eu consigo lembrar perfeitamente da Rose com aquelas trancinhas e a mochila que era o dobro do tamanho dela dizendo “Eu avisei”.

- Não é difícil de imaginar já que ela faz isso até hoje – ele brincou, a fazendo rir – Mas sabe do que mais eu lembro desse dia? Que você ficou brava comigo, disse que era minha culpa.

- E foi sua culpa. Eu disse pra irmos com a capa da invisibilidade, mas você não me ouviu, como sempre. Foi por isso que meu pai nos encontrou.

- E eu te disse que o Tiago não me deixou pegar, mas você nunca me escutou.

- Era só entrar no quarto dele e pegar, a capa era sua também.

- Como se as coisas fossem simples assim com o Tiago...

- Você só não quis contrariar seu irmão porque queria ser parte da turminha dele...

Alvo revirou os olhos.

- Sério que vamos brigar por uma coisa que aconteceu 7 anos atrás?

- É verdade, desculpa – ela riu – Pra que discutir isso? Além disso, eu estava certa.

- Como é que é? – ele se virou surpreso para ela que respondeu com um sorriso travesso. E então os dois riram juntos, como há muito tempo não faziam.

- Eu sinto falta disso – ela disse, apoiando a cabeça na arvore e sorrindo para ele.

- De brigar comigo?

- Também – ela riu.

Alvo olhou para ela e ela ria tão despreocupadamente, o sorriso dela sempre foi uma das coisas favoritas dele.

Aquilo o fez se lembrar de quando ainda estavam juntos, sentados debaixo daquela arvore e o quanto sentia falta daquilo.

Sem raciocinar, sem pensar nas consequências do que faria, ele ajeitou o corpo para mais perto dela, encostando sua perna na de Alice e aproximando um pouco mais o rosto do dela.

Alice parou de rir, seus olhos se encontraram e ele sentiu como se todo o ar tivesse desaparecido. Seu coração estava batendo tão rápido que ele podia ouvir cada batida em seus ouvidos. Apesar de toda a bagunça que estava em sua cabeça naquele momento ele sabia que o que estava prestes a fazer poderia ser considerado muito estúpido, mas a vontade era mais forte do que ele.

Alvo foi quem quebrou o contato visual primeiro quando seu olhar caiu na boca de Alice. Ele engoliu em seco, e seu coração parou quando Alice começou a inclinar-se em sua direção.  E ele se sentia atordoado até sentir a respiração dela em sua pele e então seus lábios e se tocarem.

Ele pegou o lábio inferior dela entre os seus e, após hesitar um pouco, Alice respondeu, o beijando de volta.

Todo seu corpo vibrou em aprovação.

O toque era tão familiar, tão inebriante. Como ele havia conseguido ficar longe dela por tanto tempo?

Por quanto tempo eles se beijaram Alvo não sabia, mas quando a mão de Alice foi para sua cabeça, os dedos deslizando em seus cabelos, Alvo voltou à realidade e se afastou.

Seus olhos estavam arregalados enquanto se olhavam. Havia desejo e confusão em seus rostos. Alvo foi o primeiro a se mover, se levantando.

- Eu ... hum...eu tenho que ...

Ele acenou em direção ao castelo, depois murmurou alguma coisa e saiu andando depressa.

 

Dois dias haviam se passado desde o dia que havia beijado Alice e ainda não tinham se falado. Então reunindo toda a coragem que tinha, Alvo andou até a mesa da Lufa-Lufa, onde ela estava com suas amigas durante o jantar.

- Alice – ele a chamou. A garota se virou e assim que o viu, seu sorriso sumiu. Ele sabia que estava ferrado - Posso falar com você?

Claramente irritada, ela apenas assentiu com a cabeça. Enquanto suas amigas se entreolharam com sorrisinhos.

Os dois andaram em silêncio por um tempo até os jardins. E quando ele se virou para ela, Alice o encarava séria.

 - Eu sei que foi estranho o jeito que eu te beijei e depois simplesmente sai andando, desculpa – Alvo começou a falar, sabia que havia magoado ela. Alice abaixou a cabeça, claramente chateada – e eu sei que nos outros dias pareceu que eu tava te evitando...

- Você tava me evitando! Você me beijou, foi embora e não falou comigo por dois dias, Alvo!

Alice sempre parecia meiga e delicada, mas Alvo sabia o quanto ela podia ser assustadora quando estava irritada.

- É...eu sei, desculpa. Mas fiz isso porque eu precisava pensar em algumas coisas...

- Você precisava pensar? Só você? Terminamos faz três meses e foi tão difícil! E então você me beija! Você faz ideia do quanto isso bagunçou a minha cabeça?

- Eu sei. Desculpa.

- Você não pode simplesmente me beijar assim. É tão confuso. Já estava sendo difícil o suficiente me aproximar de você de novo. Eu fiz isso pela Rose e pelo Scorpius, mas Merlin, é muito difícil.

 - Eu sei, Lice. Foi difícil pra mim também – ele tentou pegar a mão dela, mas ela deu um passo para trás se afastando - E eu sei que disse que sentia falta de brigar com você, mas pode me escutar, por favor?

- Fala – ela respondeu seca, cruzando os braços.

- Não está sendo fácil pra mim também. Por isso que eu te beijei, por que...a gente não dá certo separados.

- É...

- Então eu...pensei em outras opções.

- Como assim?

- Pra que pudéssemos ficar juntos.

Alice o olhou espantada.

- O que? Que opções?

- Depois nos beijamos eu passei a noite acordado, eu tava tão bravo! Porque eu não podia te beijar se quisesse? Porque eu ia ter que te ver ir embora? Porque tinha que ser tão dificil?  Foi quando eu percebi que a resposta era tão obvia. Então corri até o corujal e mandei uma carta pro Teddy. Demorou um pouco pra chegar a resposta, porque ele tem estado bem ocupado com a gravidez da Vic, mas ele me disse que se minhas notas forem boas posso conseguir uma vaga no treinamento de aurores nos Estados Unidos.

- Espera...então você... – gaguejou perplexa, descruzando os braços.

- Desculpa ter demorado tanto pra perceber que eu não ia conseguir te ver ir embora, que eu precisava ir com você. Eu quero ir pra onde você for, Lice. Eu só preciso saber se você se importaria se eu fosse com você.

Alice estava sem palavras, com os olhos cheios de lágrimas.

- Você tem certeza disso, Alvo?

- Tenho, se você não se importar...

Alice não esperou ele terminar a frase, pulando nele, entrelaçando as pernas na cintura de Alvo. Ele tentou se equilibrar para segurá-la e não caíssem no chão.

- Vai comigo mesmo?

- Sim! – Alvo riu.

- Vamos morar juntos?

Ele roçou o nariz no dela.

- Sim.

Alice tinha um sorriso enorme no rosto quando segurou o rosto dele entre as mãos e o beijou demoradamente.



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