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História Magical Blood - Segunda temporada - Decisões


Escrita por: rbweasley

Notas do Autor


Bom dia! Voltei!

Os capítulos vão variar entre o ponto de vista de Alvo e o da Rose, ok? Normalmente vão ser assim.

O que tem achado da história? Me contem! Vou responder todos os comentários (ou a maioria) ainda hoje.

Boa leitura! ♥

Capítulo 3 - Decisões


Fanfic / Fanfiction Magical Blood - Segunda temporada - Decisões

 

POV Rose

- Rose? – Ela ouviu atrás de si. Sua respiração parou quando reconheceu a voz.

A garota tinha acabado de embarcar no Expresso de Hogwarts. Tinha se despedido de seus pais e já usava seu uniforme com seu distintivo de monitora-chefe.

Rose estava vivendo o que havia sonhado desde que era muito nova, quando nem estudava em Hogwarts ainda. Sempre quis ser uma chefe dos monitores e quando recebeu sua carta com o distintivo realmente ficou feliz. Mas só por um momento.

Depois lembrou o que aquilo significava: era seu último ano na escola, o último ano convivendo diariamente com pessoas que ela tanto amava. Só isso já era capaz de fazer o estomago de Rose embrulhar de nervosismo, porém acabar a escola também traria outras coisas para ela. Coisas que ela não estava preparada para enfrentar.

E durante todos  os dias das férias aquilo não saiu de sua cabeça.

Passava noites em claro, não conseguia comer direito e tudo a fazia chorar ou a irritava.

Todos perceberam. Seus pais perceberam. Hermione quase não deixou que Rose fosse para A Toca nas ultimas semanas de férias porque estava preocupada com a filha.

Alvo sempre ficava a olhando desconfiado. Alice estava viajando, mas a interrogava pelas cartas, até que Rose começou a respondê-la com menos frequência, pois não queria tocar no assunto.

Scorpius, de todos, era o mais preocupado. Era claro que ela estava o evitando. Rose sabia que deveria ser difícil para ele também, afinal parecia não ter motivos para ela estar agindo daquela maneira.

O problema é que tinha.

Fazia um ano que algo não saia de sua cabeça.

 

Flashback – 1 ano antes

Rose estava com sua família no Beco Diagonal. Haviam recebido suas cartas de Hogwarts, o que significava que iriam comprar seus materiais. Porém, ela teve que se separar de Alvo, Roxy e de Scorpius, que preferiram ir a Loja de Vassoura.

Ela foi direto para a Floreios e Borrões, onde sabia que demoraria mais, e assim que entrou notou que a loja estava vazia.

Indo até o balcão se surpreendeu quando notou que a vendedora não estava lá.

- Senhora Wright? – Rose chamou.

Mas para sua surpresa, não foi a vendedora que a respondeu.

Seu coração parou, quando por trás das estantes surgiu Lucius Malfoy com seu olhar frio.

- Acho que precisamos conversar, senhorita Weasley.

Era fácil notar que algo de errado estava acontecendo ali. 

- Onde está a senhora Wright? – a garota perguntou, olhando em volta preocupada, enquanto seu coração batia forte.

- Ela está bem, não se preocupe – Ele se adiantou se aproximando da garota. Rose deu alguns passos para trás até bater na parede atrás dela, tentando manter distância. Porém a única coisa que o Senhor Malfoy fez foi trancar a porta ao lado dela e depois voltar para onde estava.

Rose respirou fundo. Não poderia demonstrar seu medo para ele. A última coisa que queria era que Lucius Malfoy achasse que tinha algum poder sobre ela.

- O que quer falar comigo? – ela perguntou, se desencostando da parede e mantendo a voz firme.

O senhor Malfoy deu um sorriso irônico e pensou por um momento no que iria dizer.

- Negócios – ele disse por fim.

Rose franziu a testa, irritada com a pose superior que ele mantinha.

- Negócios? – perguntou confusa.

- Diríamos que sim – ele se adiantou, batendo distraído sua bengala prateada no chão – Deve ter ficado sabendo das novidades, não é? Das boas noticias que dei ao meu neto?

Sua mão tremia dentro do bolso enquanto segurava firme sua varinha.

- Sim – ela assentiu de modo seco – Scorpius me contou que não vai mais deserdá-lo.

Lucius deu um sorrisinho satisfeito.

- Exatamente. Eles já encontraram uma nova casa e parecem estar felizes. Sem mais problemas, quase tudo está resolvido...

Rose o interrompeu, irritada.

- Foi para comemorar a felicidade de Scorpius que você me trancou aqui e provavelmente está mantendo a senhora Wright desacordada na parte de trás da loja?

Ele a olhou irritado pelo tom de voz que ela usou.

- É claro que não – respondeu ríspido – Já disse que vim falar sobre negócios.

- Sou apenas uma aluna do 6º ano de Hogwarts. Não consigo imaginar em que tipo de negócios eu poderia te ajudar.

- Pode me ajudar e muito, senhorita Weasley. Eu tenho uma proposta pra te fazer – Seu sorriso causou arrepios em Rose.

- Eu não quero fazer nenhum acordo com o senhor! – a garota respondeu firme.

- Acho que não tem escolha.

Rose franziu a testa.

- Então não é um acordo...é uma ameaça.

- Se prefere chamar assim – ele deu de ombros calmamente.

Ela sentiu seu estomago embrulhar.

- Não quero ouvir nada do que tem pra me falar, senhor Malfoy – repetiu mais firme dessa vez, colocando a mão na maçaneta e notando que ele a havia fechado com magia também. Puxando sua varinha tentou abri-la com Alohomora, mas não foi possível.

- Acho que não tem outra opção além de me ouvir - Seu sorriso era cheio de maldade, ele parecia ter certeza que conseguiria o que queria.

- Apenas deixe eu e Scorpius em paz – ela pediu, mas ele a ignorou e continuou a falar.

- Eu vi as notas de poções dele – ele disse, erguendo o boletim das N.O.Ms em sua mão. Aparentemente mexer na correspondência do neto tinha virado um habito - Ele é bom. Poderia trabalhar com isso depois que se formar, sabia? – Ele perguntou. Rose concordava, mas não responderia, queria que ele chegasse logo ao ponto – Eu poderia ajudá-lo. Scorpius poderia ser muito bem sucedido. Conheço alguns preparadores de poções muito bons.

Ela fechou os olhos e suspirou. Sabia que deveria ter desconfiado quando Scorpius a disse que o avô simplesmente havia mudado de ideia e por isso não iria expulsá-lo de casa e nem deserdá-lo. Nada poderia ser tão simples para Lucius Malfoy.

- É ai que entra a parte da ameaça, eu imagino – ela disse fria, erguendo os olhos para ele novamente e tentando controlar sua raiva.

- Eu prefiro chamar de acordo, mas chame do que quiser – ele realmente falava como se aquilo fosse um negócio. Ele faria aquilo pela reputação da sua família. A única coisa que o importava. Sua reputação era mais importante que seu neto - Você tem duas escolhas, ou ajuda Scorpius a se tornar alguém na vida, com um ótimo trabalho, dinheiro e me ajudando a melhorar a imagem da minha família. Ou... – seus olhos frios se prenderam nos de Rose e ela tremeu – Eu vou transformar a vida dele em um inferno.

- Como? – ela perguntou num sussurro, sua voz mal conseguia sair.

- Alguém deserdado da sua família é considerado pelos bruxos uma pessoa que não é de confiança. Ele teria muita dificuldade de arranjar trabalho por causa disso. E eu conheço pessoas que facilmente conseguiriam dificultar ainda mais as chances dele de trabalhar em qualquer lugar – ele falava com uma frieza, que fazia ser difícil não acreditar - Você deve saber que meu filho, Draco, conseguiu um emprego no ministério com ajuda minha, e assim como dei isso pra ele, também posso tirar.

Rose estava quase chorando de raiva. Não conseguia entender como alguém conseguia ameaçar a própria família.

Ela tentou abrir a boca para dizer algo, mas ele interrompeu.

- E eu faria a mesma coisa com qualquer um que tentasse ajudá-los. Principalmente você e sua família – disse de modo ríspido.

- Minha mãe é importante no Ministério, tem mais poder do que você – ela disse, o fazendo soltar uma risada cheia de sarcasmo.

- Claro que é – disse irônico - Mas você realmente acha que todos os seguidores do Lorde das Trevas foram capturados depois da Guerra? Eu consegui recuperar a confiança de muitos deles e muitos ainda estão no ministério, pessoas poderosas que ninguém imagina que estiveram do nosso lado. Eles me ajudariam.

- Está blefando! – Rose disse com raiva.

- Acho que você não vai querer testar para descobrir, não é?

- O que eu precisaria fazer para impedir isso? – perguntou nervosa.

Ele sorriu satisfeito.

- Terminar esse namorinho de vocês.

Rose imaginava que seria aquilo. Suas mãos tremiam, enquanto sua cabeça girava. Ela sentia que estava perdendo o ar.

  - Não vou fazer isso! – Ela rosnou, com os olhos cheios de lágrimas – Vá à merda!

Em vez de parecer ofendido, Lucius riu.

- Eu entendo, você deve estar nervosa. Mas não se preocupe vou dar um tempo para que você pense – ele falou calmamente, enquanto ela o fuzilava com os olhos. Era como se Lucius realmente acreditasse que estava fazendo um favor a Rose - Eu consigo esconder esse namoro, mas não por muito tempo, apenas enquanto ainda estiverem em Hogwarts...por isso darei a você até o fim do 7º ano para decidir. Considere isso como um jeito de aproveitar mais um tempinho com ele – disse, apesar da ideia parecer lhe causar repulsa - Mas que fique claro que não pode dizer nada para Scorpius ou qualquer outra pessoa. Se disser, não tem mais acordo e eu vou seguir as minhas regras.

Ela segurava as lagrimas para não chorar na frente dele. Não conseguia pensar e nem responder qualquer coisa. Sentia as pernas bambas.

Lucius voltou a andar em direção a porta e a destrancou.

- Tem muito o que pensar, Senhorita Weasley. Entrarei em contato com você no fim do seu último ano em Hogwarts – ele disse com a mão na maçaneta. Rose mantinha os olhos no chão, com raiva demais para encará-lo – Mas se me permite te dar um conselho, eu diria que se você realmente ama meu neto como diz, fará o que é melhor para ele – sem aguentar ela levantou os olhos para ele, e as lagrimas finalmente saíram, fazendo com que Lucius sorrisse satisfeito – E nós dois sabemos qual a escolha correta – ele disse e saiu pela porta.

...

Depois da conversa com Lucius, Rose não conseguia pensar em mais nada. Passou o resto do 6º ano tentando evitar pensar no assunto, adiando qualquer decisão que precisasse tomar. Nunca mencionou o que aconteceu para ninguém.

Porém, no natal, quando teve um tempo sem Scorpius, decidiu que era a melhor hora para pensar. Ela se trancou um dia no quarto e tentou pensar em alguma solução, qualquer coisa que pudesse impedir que Lucius Malfoy estragasse a vida de Scorpius.

O problema era que o homem estava claramente em desespero, e ela tinha medo do que ele seria capaz para manter a reputação da sua família.

No fim das férias de natal ela havia tomado sua decisão e aquilo a fez chorar escondido por dias, ela não estava pronta para se separar de Scorpius e por isso aproveitaria o resto do tempo que ainda tinha com ele e torceria para o fim do 7º ano nunca chegar.

Mas o 6º ano passou mais rápido do que nunca, e quando recebeu sua carta de Hogwarts no fim das férias com a lista de matérias para o próximo ano letivo quase chorou na mesa do café da manhã na frente da sua família.

O tempo estava passando rápido demais.

- Rose? – ela sentiu uma mão em seu ombro e se virou. Encontrando Scorpius preocupado, a tirando de seus pensamentos – Ei, está parada aqui no meio do corredor...está tudo bem?

E agora ela estava ali, no expresso de Hogwarts, indo para 7º ano.

Ela suspirou e não o respondeu imediatamente, em vez disso o abraçou forte. Era difícil descrever a saudade que tinha sentido dele, não o via fazia mais de duas semanas. Tinha tentado se distanciar dele, se preparar para o que viria, talvez até terminar com ele ainda no trem a caminho para a escola, achou que talvez fosse melhor para os dois acabar logo com tudo aquilo, mas não conseguiria, só de pensar naquilo doía demais.

Em silencio ele a abraçou de volta, passando a ponta do nariz pelo pescoço dela e depois depositando um beijo ali.

- Eu ainda estou aqui, pessoal – ela ouviu Alvo dizer logo atrás de Scorpius. Ela nem tinha percebido que ele estava ali.

Rose se recompôs, se separando do namorado e tentando não demonstrar como estava chateada.

- Estou bem. Apenas com pressa, preciso ir para a sala dos monitores – respondeu depressa com medo dele perceber que ela estava mentindo. Depois se virou para Alvo – Não tinha te visto ai, Al. Desculpe – ela se adiantou e também abraçou o primo rapidamente – Acho melhor eu ir agora.

- Já? – Scorpius perguntou a olhando desconfiado.

- Agora sou monitora-chefe, tenho muita coisa para fazer – ela disse, tentando parecer descontraída.

Alvo e Scorpius assentiram, mas a olharam desconfiados.

- Estou bem. É serio – ela disse mais uma vez – Mas realmente preciso ir. Vejo vocês mais tarde.

Rose se afastou deles indo em direção a cabine dos monitores. Chegando na sala vazia fechou os olhos com força tentando tirar tudo aquilo da cabeça.

...

Ela passou um bom tempo na sala dos monitores sem realmente ter o que fazer, relendo o manual diversas vezes. Meia hora depois finalmente os outros começaram a aparecer.

Rose descobriu que o outro monitor-chefe era Jayden Brown da Sonserina. Ela achou estranho terem escolhido ele, porque ele nunca foi muito bom como monitor, mas decidiu ignorar isso.

Foi quase uma hora de reunião, explicando como as regras funcionavam, tirando duvidas e dividindo os dias das patrulhas noturnas. Hugo não ficou nada feliz com o dia que recebeu e ficou choramingando o resto da reunião para que Rose mudasse isso para ele, o que não aconteceu, é claro.

- Você vem pra cabine com a gente, Rosie? – Alvo perguntou para ela, enquanto saiam da cabine dos monitores no fim da reunião.

Ela estava dividida entre a vontade de ir e a de se isolar em algum lugar do trem.

- Vou sim, claro – ela respondeu.

- Bem...eu vou... – Hugo começou sem jeito – dar uma volta no trem...

- Vai atrás da Spencer? – Alvo provocou com um sorriso malicioso, Hugo o olhou irritado em resposta.

- Quem é Spencer? – Rose olhou para o irmão, curiosa.

- É só...uma amiga – ele respondeu, ficando vermelho.

- Eu não beijo minhas amigas daquele jeito – Alvo deu risada.

- Você nunca nos viu juntos, cala a boca – Hugo o respondeu.

- Não acredito, você ta namorando, Hugo?! – Rose perguntou perplexa.

- Bem...mais ou menos – respondeu, envergonhado.

- Isso é ridículo! – ela disse irritada.

- Ridículo? – Hugo a olhou confuso.

- É! Porque nunca me conta essas coisas?

Ele a olhou como se ela fosse louca.

- Como se você tivesse me contato sobre Scorpius dois anos atrás!

- São situações completamente diferentes!

- Não são não! Fui um dos últimos a saber!

- Não seja exagerado, Hugo!

Hugo riu alto, de um jeito bem irônico.

- Ah, eu sou o exagerado?

- Ok, calma ai, reis do drama – Alvo disse puxando Rose para longe do irmão - Apenas vamos logo e deixem essa discussão idiota pra depois ok?

Quando chegaram à cabine encontraram Scorpius conversando com Lilian, na verdade apenas a garota falava animada, enquanto ele fingia ouvir, parecendo desanimado. Rose se sentou ao lado do namorado, enquanto Lilian transferia seu falatório para Alvo.

Scorpius virou o rosto para ela, sério.

- Oi.

A garota se aproximou e lhe deu um beijo na bochecha. Se sentia culpada, sabia que estava o fazendo pensar que não o queria por perto. Queria dizer que era totalmente o contrário, mas não podia.

- Vem comigo – ela disse levantando e o puxando pela mão.

Ele não parecia estar no melhor humor, porque apenas se levantou sem perguntar nada e a seguiu em silencio.

Os dois saíram da cabine e ela o levou até uma outra vazia, para conversarem.

- Tá tudo bem? – ela já sabia a resposta e o motivo dele não estar, mas não podia fingir que não tinha notado.

Ele se encostou na porta, fixando o olhar no dela.

- Não – Scorpius respondeu, negando com a cabeça. Rose engoliu em seco e ele continuou – Você tem me afastado, Rose. E quando tento conversar você foge do assunto e diz que está tudo bem, mas eu sei que não está.

Ela suspirou, e se aproximou.

- Estou chateada. Só isso. É o ultimo ano, temos tantas provas e não sei com o que vou trabalhar quando me formar... – Rose tinha memorizado esse discurso em sua cabeça. Não que fosse completamente mentira, essas coisas a preocupavam também, mas não era seu maior problema – Além disso, as pessoas dizem que até as melhores amizades acabam quando a escola termina...As vezes eu só preciso me isolar para pensar em tudo isso.

Scorpius pegou a mão dela, e brincou distraído com seus dedos, enquanto parecia pensar no que ela havia dito.

- Você se preocupa demais – ele disse com um sorriso carinhoso, apesar de ainda parecer chateado.

- É só o que eu faço, você sabe disso – Rose tentou sorrir, mas seu coração batia forte, ao mesmo tempo que a vontade de chorar voltava. Estar perto dele tornava tudo ainda mais difícil.

- Eu entendo que queira ficar sozinha, apenas...não me afaste tanto, ok? Por favor – ele pediu. Rose sentiu o coração apertar, pois sabia que tinha magoado ele – Essas férias foram horríveis, não tem ideia de como fiquei preocupado. Além disso, ninguém vai se separar depois que terminarmos as aulas. Principalmente eu e você. Não precisa se preocupar com isso.

Aquilo fez ela engolir em seco e os olhos dela se encherem de lágrimas, por saber que infelizmente isso não era verdade.

Contendo um soluço Rose se jogou nos braços dele, o abraçando apertado.

Scorpius surpreso olhou para ela e ficou ainda mais confuso quando segurou o rosto dela com as mãos, o levantando para ele, e notou que o rosto dela estava molhado pelas lágrimas.

- Porque está chorando?

- Eu só...achei fofo – ela mentiu, enxugando as lagrimas e tentando parar de chorar.

- Eu já disse coisas bem mais legais que essa e nunca te vi chorar assim.

- Eu ando meio emotiva, é só isso. Estou bem, Scor. Não se preocupe - ela disse o abraçando mais apertado e lhe dando um selinho

- Claro que me preocupo. Tem certeza que nos formarmos é a única coisa que está te preocupando?

Ela só queria mudar de assunto para não voltar a chorar.

- Tenho, claro - respondeu depressa, dessa vez aproximando seu rosto do dele e chupando seu lábio inferior.

- Se tivesse algo errado me contaria certo?

Ela sentia seu coração acelerado e esperava que ele não notasse.

- É claro.

No desespero de mudar de assunto, ela segurou o rosto dele com as mãos e o puxou para um beijo rápido. Scorpius a segurou firme pela cintura e finalmente sorriu de verdade.

- Você ta tentando me distrair com beijos de novo, não é?

Ela sorriu maliciosamente, o fazendo rir.

- Droga...- Scorpius resmungou - sempre funciona.

Em um giro rápido ele a prensou na parede, lhe dando um susto. Os lábios famintos de Scorpius encontraram o de Rose e eles passaram o resto da viagem matando a saudade um do outro.

 

POV Alvo

Alice o olhava séria, apreensiva.

- Preciso falar com você, Alvo.

- O que foi? – Alvo perguntou preocupado.

Alice estava com o rosto tenso. Apertando as mãos uma na outra, parecendo preocupada.

Percebendo o clima estranho ali, Rose pegou na mão de Scorpius.

- Vamos indo procurar uma carruagem, encontramos vocês lá – ela disse e saiu dali com o namorado.

O corredor estava vazio, a maioria dos alunos já tinha decido do trem.

O rosto de Alice parecia muito preocupado, causando uma sensação estranha no estomago de Alvo.

- Lice? Me conta, por favor. Está me matando de preocupação – ele se aproximou dela e Alice levantou os olhos ansiosos para ele.

- Recebi uma carta alguns dias atrás – ela estava nervosa, mordendo o lábio com força – Era do time de Fitchburg Finches. É incomum...normalmente eles só mandam essas cartas em agosto, mas me disseram que um dos seus representantes veio assistir um jogo ano passado em Hogwarts para procurar possíveis novos talentos...na época se interessaram por mim. Disseram que eu era boa. Eles conversaram e acharam melhor vir falar logo comigo para não correr o risco de me perder para outro time depois.

Alvo a olhava de testa franzida. Ela tinha falado rápido demais e ele não estava conseguindo processar tudo.

- Espere...Alice, o que está me dizendo? O que tinha na carta?

- Eles me querem no time deles, Alvo. No começo apenas como reserva, mas me disseram que esperam que eu vá para o time principal logo...

Sua mente se transformou em uma bagunça.

- Isso é ótimo! Mas... Fitchburg Finches é um time dos Estados Unidos, Alice – Sua voz tremeu. A garota respirou fundo e assentiu com a cabeça, fazendo o coração dele bater mais rápido - Eles querem que você...que você vá para os Estados Unidos?

- Querem que eu parta assim que me formar.

Alvo sentia a respiração falhar. Tinha medo da resposta, mas precisava perguntar:

- O que você respondeu para eles? – Suas mãos tremiam.

Ela mal tinha aberto a boca para responder, quando foram interrompidos.

- Potter?! – o monitor-chefe veio andando depressa pelo corredor em direção a ele, parecendo mal humorado - Vamos, Potter! Você precisa me ajudar a organizar os alunos do 1º ano!

- Conversamos depois do jantar – Alice disse, seu olhar era triste e isso deixou Alvo ainda mais inquieto.

Porém, ele nem teve tempo de responder, ela se virou e seguiu em frente no corredor do trem deixando Alvo para trás.

 Isso ilustrava bem como ele se sentia com o que ela tinha acabado de lhe contar: Sentia que estava sendo deixado para trás.



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