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História Mais forte que o amor - Capítulo 18: Seja bem vindo, nosso He Fai Gan.


Escrita por: lady_marbi

Notas do Autor


Baby TianShan está nascendooooooo!!!

Eu precisei ler muito sobre contrações antes do parto para esse capítulo, no final ficou apenas algo simples, mas com o mínimo de informações kkkkkkk. Perdoem qualquer erro referente a isso, certo?

Espero que vocês gostem no momento familiar.

Boa leitura!!

Capítulo 18 - Capítulo 18: Seja bem vindo, nosso He Fai Gan.


Fanfic / Fanfiction Mais forte que o amor - Capítulo 18: Seja bem vindo, nosso He Fai Gan.


- Está tudo bem, amor. Está tudo bem…- He Tian repetia enquanto dirigia rapidamente pelas ruas da cidade. Era madrugada, 3 horas da manhã. Fai Gan estava ansioso para nascer antes do raiar do dia.

Mo Guan Shan gemeu sentado com as pernas abertas e sem calças no banco de trás do carro. O ômega respirava com dificuldade e abraçava a barriga firmemente.

A bolsa estourou às oito horas da noite e as contrações começaram duas horas depois disso, estavam bem espaçadas e pouco incômodas, mas agora, perto do amanhecer, elas começaram a ficar frequentes e doloridas. Guan Shan conseguia sentir como se todo o seu corpo estivesse em chamas e seus ossos estivessem quebrando.

- Guan Shan, amor, meu ômega...como nós estamos?

- Argh...u-uma...c-contração...a cada dois m-minutos.

- O que?? Isso está mais rápido do que 30 minutos atrás...você tem certeza?

Guan Shan travou o maxilar quando outra contração veio.

- C-cale a b-boca...alfa de mer...AH!

- GUAN SHAN!

- D-diri...ja...logo…

- Você está bem, amor?

Guan Shan não respondeu, segurou o ventre com firmeza e respirou fundo. As contrações aumentaram inesperadamente, agora a dor parecia se espalhar pelo seu corpo. Atingindo profundamente seus músculos e seus ossos, sentia dor da ponta do pé até uma dor fina nos ouvidos.

- F-F...Fai G-gan...m-meu bebê… - Guan Shan segurou a barriga com firmeza e acariciou o ventre com puro carinho e amor. - N-não se preocupe, m-meu pequeno filhote...mamãe jamais...vai deixar algo acontecer com v-você...ah! - Guan Shan exclamou quando uma dor fina passou pela sua coluna. - O p-papai também...ele está tão assustado...mas está sendo um bom papai…- Guan Shan tocou no pescoço, no lugar em que estava unido à He Tian.

Guan Shan conseguia sentir a marca formigar, mostrando que He Tian estava enviando forças pela marca que os unia. Mo Guan Shan estreitou os olhos e olhou para o retrovisor, o ômega conseguia ver o rosto de He Tian. Os olhos do alfa estava úmidos e ele mordia o lábio inferior com força.

Mo Guan Shan mostrou um sorriso contido no rosto, era um sorriso um tanto estranho por causa da dor pungente que atravessa o seu corpo.

- ...papa está...ansioso para ver você, He Fai Gan...e-eu também.

Com aquelas falas, a mente de Mo Guan Shan viajou para um lugar distante, o lugar em que cresceu. No exato dia em que um pequeno Mo Guan Shan conheceu pela primeira vez um jovem He Tian.

[...]

O cheiro de pinheiros era bom e deixava Mo Guan Shan completamente manso e gentil, a criança birrenta foi substituída por uma criança quieta e um pouco mais mimada que o comum, que estava sentada comportada tomando sorvete ao lado do seu futuro marido.

Eles estavam no almoço realizado pela família Mo junto da família He, era um lugar aberto e bonito, com uma mesa longa de madeira em estilo tradicional e almofadas confortáveis para se sentarem. Assim como a casa, a refeição também mantinha um estilo tradicional chinês, com refeições comum e deliciosas, algumas mais suaves e outras com tempero mais forte.

Não era correto aquele encontro entre os jovens comprometidos, He Tian tinha 13 e Guan Shan ainda tinha 8, não era a idade correta, mas ninguém realmente se importava se eles estavam se conhecendo agora ou não, o que realmente importava para o patriarca He era confirmar o futuro casamento, e o patriarca Mo não se importava tanto assim com essas regras da elite.

- Você não tomou o seu ainda? - A voz doce e aveludada da criança ômega soou.

- Não gosto muito. - He Tian mexeu com a colher o conteúdo de chocolate que havia começado a ficar mole. - Você quer?

- Hum!! - Guan assentiu e ergueu as mãos em direção a He Tian. Completamente ansioso para tomar mais sorvete.

- Não precisa fazer isso, He Tian. - A voz da matriarca Mo surgiu, no exato momento em que He Tian ia entregar o sorvete para Guan Shan.

- Está tudo bem. Eu não gosto, e Mo Guan Shan parece contente tomando mais sorvete.

- Mesmo assim…- A mulher continuou, ela parecia um tanto constrangida pelo filho ser tão pidão.

- Está tudo bem realmente. - A mãe de He Tian disse, com um sorriso gigante. - Mo Guan Shan será o esposo de He Tian no futuro, nada mais justo que meu He Tian comece a tomar conta dele desde já.

A mulher ruiva riu, por algum motivo a voz doce e suave que He Tian usou com seu filho lhe passava conforto. Imaginar que sua criança seria bem tratada no futuro também deixava a mulher feliz e satisfeita.

Mo Guan Shan tomava mais do sorvete com um sorriso no rosto a cada colherada. As bochechas estavam rosadas pela felicidade e as mãos e a camiseta do garoto estava levemente sujos e grudentas por causa do doce da sobremesa. He Tian o olhava com carinho, aquela criança era extremamente fofa e bonita, os olhos grandes e brilhantes, o sorriso fofo e infantil, os cabelos curtos e ruivos, o cheiro doce. He Tian sentia seu interior completamente alegre em conhecer seu futuro esposo.

Levando em consideração a idade, eles demorariam muitos anos ainda para começarem a sair em encontros, e mais tempo ainda para se unirem e casamento.

- Mama! Mama! - Guan Shan exclamou limpando as próprias mãos miúdas com um pano molhado que foi dado por uma empregada. - Mama, eu posso levar o irmãozão para ver os gatinhos?

- Irmãozão? - A mãe Mo tombou suavemente a cabeça para o lado.

Guan Shan apontou em direção a He Tian, indicando que ele era o “irmãozão”. He Tian não gostou de ser considerado o irmãozão de Mo Guan Shan, mas não é como se uma criança de 8 anos fosse chamá-lo de outra coisa que não fosse de irmão. He Tian apenas manteve o semblante sorridente em direção a Guan Shan, em alguns anos eles poderiam definir o laço entre eles, e Guan Shan o chamaria de “querido” ou de “alfa” em vez de irmãozão.

- Ahhh! Esse irmãozão...bem, seria apropriado? - A mãe Mo perguntou olhando para a futura sogra do seu filho.

- Eu imagino que esteja tudo bem. É importante que eles tenham um bom primeiro contato.

- É verdade, você está certa. Guan Shan, mostre a ele os pequenos filhotes, certo?

- Hum! Vamos ver os filhotes fofos, irmãozão? - Guan Shan se levantou da mesa e estendeu a mão para He Tian.

- Me mostre os gatinhos, pequeno Mo. - He Tian respondeu sorridente segurando a mão pequena e pegajosa da criança.

- Pequeno Mo?

- Quando você estiver grande, te chamarei de grande Mo, tudo bem?

Mo Guan Shan sorriu e saiu puxando He Tian para os fundos da residência Mo. O lugar era tão bonito quanto o jardim em que as famílias estavam almoçando, era aberto e era cheio de árvores frutíferas e flores coloridas, um caminho de pedras brancas e de tamanho médio se estendia até um pergolado tradicional chinês.

A mão pequena de Mo Guan Shan segurava com força três dedos de He Tian, guiando-o até a parte de trás do pergolado. Lá havia um buraco de alguns centímetros, e uma gata de cor laranja e preta estava lá, com 4 dos seus mamilos sendo fortemente chupados por filhotes esfomeados.

- Hehe! São bebês de gatinhos, irmãozão. - Guan Shan sorriu, juntou as duas mãos e cobriu a boca, como se estivesse envergonhado pela sua fala.

- Eles são lindos, pequeno Mo. São fofos como você. - He Tian se agachou ao lado de Mo Guan Shan, observando a gata o olhar com desconfiança. - Essa gata é sua?

Mo Guan Shan balançou a cabeça negativamente e com cuidado tocou na cabeça da gata com a ponta dos dedos, mas após alguns toques a gata se espreguiçou e começou a lamber suas crias.

- Fofa apareceu aqui com a barriga grandona e achou esse buraco, mama e papa deixaram a gente criar ela, mas ela não pode ir pra dentro de casa ainda.

- Por quê?

- Não pode tocar o ninho dela, mamães não deixam ninguém tocar nos filhotes dela…- Guan Shan falou baixinho mostrando o próprio braço, onde havia uma marca fina e avermelhada, provavelmente obra da gata.

He Tian tocou no braço miúdo e alvo e o beijou carinhosamente.

- Ele recebeu o beijo do seu alfa destinado, logo logo você estará curado. - He Tian falou, se referindo a ferida. Aquilo não teria nenhum efeito na verdade, mas Guan Shan aprecia encantado em saber que logo o arranhão iria sumir do seu braço.

- Hehe! Brigada, irmãozão!

Mo Guan Shan continuou olhando os filhotes miando pelos mamilos da mãe, os miados finos e agudos pareciam reclamar, como se estivessem brigando por quem consegue mais leite, a gata, completamente cansada pelos filhotes, apenas permanecia deitada, deixando-os fazer o que bem quisessem.

- Filhotes são preciosos, irmãozão. Mama disse que eu sou um filhote precioso.

- Ela disse? Bem, ela tem razão. Você é muito precioso.

- Hum, mama disse que sou o melhor de todos.

- Eu concordo com ela, eu não acho que exista algum outro filhote mais precioso do que você, pequeno Mo.

- Hehe! Mama disse que também vou ter um filhote precioso um dia.

Com aquela fala, He Tian não pôde evitar pensar na situação dos dois.

- Você sabe quem eu sou, pequeno Mo?

Mo Guan Shan o olhou, seus olhos grandes possuíam confusão. He Tian continou:

- Um dia...quando eu e você estivermos grandes e maduros, vamos ser um casal.

- Mama disse...mama disse que ficaremos juntos para sempre.

- Hum...eu estava com medo, mas acho que estou me sentindo melhor agora que estou com você. - He Tian desabafou, pouco importando que o seu ouvinte talvez nem entendesse suas palavras, mas pelo contrário, a criança ruiva também estava com muito medo algumas horas atrás, mas agora, sentindo o cheiro de pinheiros e a presença gentil do garoto alfa, Mo Guan Shan se sentia muito confortável.

- Também...Jian Yi disse que você seria um demônio, fiquei com muito medo e me escondi, mas estou feliz agora, você não é assustador, e me deu sorvete...eu gosto de sorvete.

He Tian soltou uma risada baixa vendo o pequeno bico se formar nos lábios do garoto ruivo.

He Tian olhou a gata novamente, embora estivesse cansada, a gata ficava sempre atenta e cuidadosa com os seus filhotes.

Algum dia, ele e Guan Shan estariam vivendo algo como aquilo. “Me pergunto se vamos ter um filhote algum dia…e como nosso filhote seria…” He Tian pensou.

- Não importa realmente. - He Tian completou em voz alta. - Independente de qualquer coisa eu vou cuidar deles de todo meu coração...- He Tian sussurrou.

- Hum? - O ômega olhou confuso para He Tian.

- Não é nada...ei, pequeno Mo, você quer tirar uma foto comigo?

Mo Guan Shan sorriu em concordância, um sorriso que poderia vencer o brilho do sol.

[...]

Com os pensamentos envolvendo aquela doce e antiga lembrança, Mo Guan Shan abriu os olhos lentamente. O clarão branco deixou-o cego por alguns momentos, mas depois de piscar algumas vezes Mo Guan Shan conseguiu observar o local onde estava com mais clareza.

Um quarto de hospital. As paredes brancas pareciam frias e os móveis claros e perfeitamente alinhados lhe davam uma sensação de desconforto. Era grande, tinha o cheiro forte de limpeza e parecia um tanto monocromático.

Mo Guan Shan sentiu uma dor latejante na parte de baixo do corpo, na verdade, todo o seu corpo parecia doer, mas o seu ventre estava realmente dolorido.

- ...merda! He Fai Gan? Você está bem? - Mo Guan Shan perguntou baixo tocando no próprio ventre.

Seu coração parou de bater por alguns segundos e seus olhos arregalaram.

O ômega olhou para baixo, vendo apenas um ventre levemente inchado coberto por uma roupa branca de hospital e um lençol fino.

Pânico dominou seu corpo e sua mente. Mo Guan Shan se forçou a pensar nas últimas coisas que viveu antes de acordar em uma cama de hospital. Sangue, dor, contrações dolorosas.

He Fai Gan. He Fai Gan. He Fai Gan.

A mente do ômega ecoava o nome da sua criança como uma prece.

Quando o choque inicial passou pela seu corpo, Mo Guan Shan se sentou na cama, quando estava prestes a sair de lá e procurar sua criança. A porta abriu. O cheiro de pinheiros tomou conta do ar junto de um outro cheiro forte e desconhecido.

He Tian entrou no quarto segurando um pacote pequeno de cor branca.

He Tian estava com olhos avermelhados e olheiras profundas embaixo dos olhos, mas o alfa sorriu de forma brilhante e gigante quando viu seu ômega desperto.

- Mo Guan Shan, olhe quem está…

- Me dê!

- Peque…

- Agora!

He Tian ficou sem entender por alguns segundos, mas vendo o semblante raivoso do ômega e os braços estendidos em direção a si, He Tian compreendeu que seu ômega desejava o pequeno pacote branco.

O alfa ficou levemente triste por ter ficado tanto tempo esperando Mo Guan Shan acordar e ser recebido com apenas um “Me dê” e “Agora” raivoso, mas de uma forma um tanto incoerente, He Tian se sentia extasiado vendo o seu ômega tão raivoso querendo o filhote de ambos. Um ômega protegendo seu filhote de tudo e de todos.

He Tian caminhou até Guan Shan e entregou com cuidado o pequeno pacote. Mo Guan Shan abriu os braços e segurou contra o peito o seu pequeno bebê. Ele era lindo, o mais lindo filhote que já viu na vida.

Guan Shan sorriu, um sorriso suave e olhos lacrimejados, observando com puro carinho e devoção a sua pequena criança dormindo com um bico avermelhado nos lábios. Com cuidado, passou a ponta dos dedos pela bochecha alva e gorda do filhote. He Fai Gan soltou um balbucio e franziu o nariz, como se reconhecesse a pessoa que os segurava no colo.

He Fai Gan tinha apenas alguns fios de cabelo escuro na cabeça, bochechas gordas e avermelhadas, pele alva, tão pequeno e delicado, como se fosse uma flor que iria se fechar com apenas um toque.

- Você desmaiou por causa da dor. Foi preciso fazer uma cesariana já que nosso He Fai Gan queria nascer, mas o seu corpo ainda não estava completamente pronto. - He Tian disse baixo, o alfa estava em pé ao lado da cama, ele alisava carinhosamente as costas do marido e o observava segurar o filhote com carinho.

- ...meu corpo...não estava pronto para o nosso Fai Gan? - Mo Guan Shan perguntou, sua voz estava levemente falha, o ômega não queria pensar que seu corpo não estava pronto para a sua criança, não queria imaginar que havia feito algo de errado pela sua criança. - Mas...mas...estavamos tão bem…

- Ei, ei...não pense em coisas assim…- He Tian abraçou os ombros do ômega e segurou delicadamente o rosto do ômega, dando um beijo suave nos lábios dele. - Apenas foi uma surpresa. Nossa criança estava ansiosa demais, mas ele está bem, olhe…

Mo Guan Shan se sentia um tanto sensível, queria ter presenciado os momentos do seu parto, queria ter sentido a dor do parto normal, e depois o alívio de ter sua criança em seus braços chorando e querendo seu colo. Imaginar o seu bebê chorando sem que estivesse consciente para acalentá-lo deixava o coração de Mo Guan Shan realmente quebrado.

- Não fique assim, meu amor...nosso Fai Gan está bem, ele nasceu há apenas algumas horas.

Mo Guan Shan encarou o rosto pequeno e avermelhado da sua criança. Tão lindo, pequeno e indefeso. Um lindo filhote que ele iria criar junto do alfa que tanto amava. Guan Shan passou os dedos pelo rosto pequeno, como se reconhecesse sua mãe, o pequeno filhote moveu os lábios miúdos, quase como se tentasse sorrir.

- Ele parece com você...ele passou meses dentro de mim e se parece com você...meu bebê é um pequeno traidor.

Mo Guan Shan ficou levemente indignado, mas não importava realmente, desde que sua criança nascesse saudável, mas Mo Guan Shan não conseguia evitar pensar como os genes da família He eram fortes e dominantes. He Fai Gan era uma pequena cópia de He Tian, a única diferença mesmo eram os lábios e o nariz do pequeno, que eram um pouco mais parecido com Mo Guan Shan.

A criança abriu a boca bocejando e moveu a cabeça, capturando o cheiro de Mo Guan Shan e virando o rosto para ficar com o pequeno nariz ainda mais perto da pele do ômega. O filhote sabia onde seu mama estava, e tentava inconscientemente captar o cheiro dele.

- Alguém tocou nele fora você e os médicos?

- Não, minha mãe tentou, mas ela aceitou que você deveria ser o primeiro a tocar nossa criança. Ela e minha sogra quase choraram vendo nossa criança sem poder tocá-la. - He Tian inspirou profundamente e captou o cheiro de Mo Guan Shan, o cheiro do ômega estava ficando mais forte e concentrado, como se estivesse abraçando o pequeno pacote branco. - Está começando a ser dominante, pequeno Mo? - He Tian se sentou ao lado de Mo Guan Shan e abraçou os ombros do ômega com carinho.

- Ele é o meu filhote…

- Ele também é meu, pequeno Mo. - He Tian murmurou beijando o pescoço do ômega, a voz do alfa soando triste, mas a verdade é que He Tian estava completamente deleitado pela forma como seu pequeno Mo agia. Como se ninguém pudesse chegar perto do seu bebê.

- Como ele pode ser tão perfeito? - Mo Guan Shan perguntou baixo, como se qualquer mínimo som fosse interromper o sono do seu amado bebê.

- Ele é o seu bebê, então é claro que seria perfeito. - He Tian disse baixo, um pouco mais baixo do que o tom do pai, o alfa tinha o mesmo medo de acordar sua pequena criança recém-nascida.

He Tian abraçou forte o seu esposo e junto desse abraço era como se ele estivesse tentando abraçar seu bebê, que estava protetoramente segurado pelos braços do ômega.

Mo Guan Shan sentiu os olhos úmidos. Ele segurava com carinho e amor a sua criança. Tão pequeno, tão lindo, tão perfeito. A criança que simbolizava o amor que ele e o marido tinham. A criança que mesmo tão pequena e indefesa havia se tornado a parte mais importante na vida do ômega ruivo e do alfa moreno.

He Fai Gan voltou a ficar quieto nos braços do seu mama, os balbucio do pequeno filhote cessaram, e como todo recém-nascido que só sabia dormir, fazer suas necessidades, tomar leite e chorar pelo colo do seu mama, He Fai Gan dormiu novamente com o nariz encostado no corpo de Mo Guan Shan, parecia um bebê de porcelana de lábios avermelhados.

Aproximou o nariz do rosto da sua criança, o cheiro de nozes emanou do pequeno corpo, um cheiro forte e profundo.

- Oh! Isso é...nosso bebê é um alfa?

- Ele realmente é meu filho, não é? - He Tian sorriu vitorioso.

- Tão pequeno, menor que Li-Na e Li-Wei quando nasceram.

- Eu também era pequeno assim. Ele ficará muito grande quando passar pela fase de crescimento, sem falar que é um dominante. Talvez a anestesia ainda esteja afetando seu corpo e sua glândula de cheiro, mas o cheiro do nosso filho é realmente forte.

- Sério?

- Sim, você mesmo está com o cheiro diferente...há um pouco de leite misturado com o seu cheiro natural de frutas, e He Fai Gan também tem cheiro de leite e nozes, embora o cheiro de leite seja algo temporário.

- Sério? Eu gostaria de poder sentir completamente. - Mo Guan Shan disse baixinho colando o próprio nariz no corpo quente e alvo da sua criança.

Aquele ato do ômega parecia ter estimulado o filhote. He Fai Gan moveu o rosto e o nariz contraia suavemente.

- Vai conseguir sentir daqui a algumas horas. E quando o tempo passar He Fai Gan também vai conseguir sentir o seu cheiro de forma mais evidente. - He Tian tocou a mão de Fai Gan, que estava fortemente apertada em um punho. - Espero que meu filho não acabe brigando comigo por atenção.

Mo Guan Shan virou o rosto encarando He Tian com o semblante um tanto emburrado.

- Como eu meu filhotinho precisasse de algo assim...meu Fai Gan é minha prioridade.

- Ahn? Pequeno Mo, por favor, não me deixe sofrer assim. - He Tian agarrou o corpo do marido em um abraço apertado, consequentemente prendendo o filhote entre os corpos dos seus dois pais. - Posso ter algumas migalhas do seu amor? Posso ficar com o restinho, certo?

He Tian formou um bico amuado e deu um selinho nos lábios de Guan Shan.

Mo Guan Shan abraçou ainda mais He Fai Gan e aconchegou melhor o filhote entre os seus braços.

- Idiota...você não precisa de migalhas...pode ficar com tudo. - Com um braço Mo Guan Shan segurou o filho e com o outro ele puxou o pescoço de He Tian para capturar um beijo profundo. - Veja você...está parecendo cansado.

- Eu realmente fiquei muito assustado com você e nosso filho, eu quase não consegui me acalmar para poder  presenciar devidamente o nascimento da nossa criança. Você está bem, amor?

- Sim...eu acho. Fiquei tão assustado quando acordei que esqueci qualquer outra coisa e só queria ver o bebê.

He Tian moveu o lençol lentamente e levantou um pouco a camisola hospitalar que o marido usava. Um curativo branco estava na parte baixa do ventre de Mo Guan Shan.

- Segundo a nossa médica, tudo parece certo. Mas eu vou chamá-la aqui.

- Argh! Isso vai deixar uma cicatriz horrível.

- Do que está falando, pequeno Mo…- He Tian abaixou o pescoço e beijou suavemente por cima no curativo. -...essa é a marca da sua força, foi por onde meu filho nasceu, vou beijar essa cicatriz sempre que puder.

- ...idiota…- Mo Guan Shan murmurou, sentindo vergonha tomar conta do seu corpo. O ômega ficou genuinamente envergonhado e encantado pela fala do outro.

- Guan Shan, posso chamar nossa família? Todos estão na sala de espera esperando você estar pronto para receber visitas.

Mo Guan Shan balançou a cabeça negativamente e segurou He Fai Gan com mais firmeza entre os braços.

- Não...ainda não. Eu quero...ficar mais tempo apenas com você e com o nosso bebê.

He Tian sorriu, mostrando a perfeita fileira de dentes brancos.

- Tudo que você quiser, meu amor.

He Tian sentou atrás de Mo Guan Shan. O ômega estava deitado sob o peito largo de He Tian, o filho deles dormia profundamente entre os braços do seu mama, e ambos, filhote e ômega, eram segurados protetoramente pelos braços fortes de He Tian.

Finalmente, finalmente eles estavam juntos.


Notas Finais


E foi isso, o próximo capítulo será o penúltimo, onde vamos ter nossa família fora do hospital e vivendo um pouco da paternidade, e logo depois teremos o epílogo com alguns anos no futuro.

Até a próxima.


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