1. Spirit Fanfics >
  2. Maniac. >
  3. I miss the way u used to mess with me

História Maniac. - I miss the way u used to mess with me


Escrita por: Eustakiah

Notas do Autor


//edit 29/03/21 - O cap foi reescrito e revisado <33
também postado no ao3.

Capítulo 2 - I miss the way u used to mess with me


Precisavam ser silenciosos, ninguém poderia saber que estavam juntos. Era um segredinho sujo a ser guardado entre quatro paredes.

Enquanto todos estavam no andar de baixo, onde a festa propriamente acontecia, Shinobu e Giyuu faziam a própria diversão no armário escadas acima. De algum modo, o casal conseguiu despistar o resto sem ser notado e, assim que tiveram a tão querida privacidade, selaram seus desejos num beijo selvagem e bem encaixado. As línguas, tão perdidas e, ao mesmo tempo sincronizadas, dançavam pela boca do parceiro como se tentassem conhecer melhor o espaço já tão bem conhecido. 

Eles pararam momentaneamente para respirar, sentindo o excitante e morno arfar do companheiro logo a frente, quase tão quente quanto a temperatura de seus próprios corpos queimando de prazer. Tomioka desceu o pescoço da moça com beijos rápidos e cuidadosos, saboreando trechos da pele dela enquanto ela o acompanhava com gemidos contidos e afinados.

Entretanto havia uma barreira que impedia que continuassem: as roupas, os quilos de malditos tecidos entre o encontro de seus seres. Tomioka queria muito, muito sentir a pele de Shinobu sob o seu corpo; e ela também, embora que essa gostava mais ainda de deixá-lo frustrado de propósito, e ficava empolgada só de imaginar como seria a cara dele irritado com tesão.

Ela queria que ele implorasse, que a tratasse como sua salvadora, a única que podia satisfazer seu desejo luxurioso. Shinobu amava quando ele se submetia daquele jeito, e ele até foi com o jogo dela. Tomioka a empurrou na parede sem muito cuidado, segurando-a pelos pulsos. Alguns dos cabides balançaram com o impacto das costas dela na superfície, e o barulho alto até poderia ter feito com que Tomioka hesitasse -- isso se Shinobu não continuasse sorrindo daquele jeito ácido que o corroía. 

O jovem se aproximou mais, até que Kochou estivesse cercada por ele, sufocada pelo perfume do rapaz que enterrou o rosto bem perto do ouvido dela. Logo um arrepio desceu o pequeno corpo de Shinobu, um que quase fez suas pernas falharem e quase fez com que se rendesse aos toques do parceiro -- tudo por conta daquele sussurro ofegante e sedutor, como um demônio esfomeado: 

"Por favor" 

"Por favor o quê?" Ela respondeu, atiçando-o.

"Você sabe…" Giyuu passou a segurar os pulsos da garota com uma só mão. A outra levou para a coxa dela e a subiu, assim abrindo um espaço entre as pernas onde encaixa seu próprio corpo.

"Como você é péssimo com palavras, Tomioka. Eu não sou adivinha." Shinobu tenta se soltar, no entanto, é interrompida.

"Por favor" Giyuu encara profundamente os olhos travessos da Shinobu "Por favor me deixa te foder até que você não consiga mais conter seus gemidos. Até que você esteja com tanto prazer que goze chamando meu nome"

Tomioka cora ao perceber o que acabou de dizer, e sua pegada no corpo dela fraquejou. Shinobu também sentiu seu rosto enrubescer e, decerto, não era por conta da libido. 

A garota não soube como reagir, pois jamais esperaria esse tipo de atitude vinda de alguém como ele. Os dois tinham uma história, se conheciam há muito tempo, e por isso ela jurava que poderia prever suas ações, saber do que ele era capaz de fazer e causar. Mas, ao contrário de todos os seus raciocínios, Shinobu sentia um calor inexplicável que nunca havia experienciado anteriormente. As provocações de Tomioka não eram de atingi-la com facilidade, e por mais que ele se esforçasse, no máximo conseguia tirar apenas boas risadas da mulher. 

Porém daquela vez foi diferente. Nenhum outro cara mexeu com Shinobu como Giyuu acabara de mexer. Ele a deixou instigada, envergonhada… 

Excitada.

Shinobu, cercada de desejos por aquele que a imprensava contra a parede, rogava tornar aquele pedido realidade mais que o próprio Tomioka, principalmente após sentir o roçar duro entre as pernas. Todavia ela sabia que o controle da situação deixaria de ser seu se o fizesse, e não podia admitir ser dominada por alguém como o Tomioka; um estranho, esquisitão, um zé ninguém que já tinha botado na sua mente que ficava apenas por diversão, pois adorava ver o jeito desesperado dele como um cachorro no cio. 

Shinobu pretendia não avançar nessa brincadeira adulta — pelo menos não naquela hora e naquele escuro armário — e iria apenas deixar aquele gostinho agridoce de "quero mais" na boca dele. 

Por outro lado, naquele instante, seu corpo já não a obedecia.

A luxúria falava por ela mesma, e ela o queria acima de todos os seus princípios.

 

 

 

— Ei moça, chegamos.

— Hm? — Com um gemido, Shinobu acorda de seus devaneios de lembranças indecentes. Coçou os olhos e observou sua volta. Estava num carro não familiar e era a rua onde morava. — Ah, obrigada…

Shinobu desceu do veículo batendo a porta com força, e pôde jurar ouvir um murmúrio raivoso do motorista antes de partir. Sentia-se tonta, e as pálpebras pesavam bastante, entretanto, não o suficiente para impedi-la de checar que horas eram na tela do telefone. Meia noite e alguma coisa. Certo, elas já estariam dormindo.

Quando Mitsuri apagou, Aoi decidiu que seria melhor parar por ali e que a levaria para casa. Antes de partir, Aoi também perguntou se Shinobu queria ir junto para não ter que voltar sozinha, o que, devido ao seu caráter orgulhoso, ela educadamente recusou. A garota fã de bebidas ainda insistiu em pagar a viagem como havia prometido, contudo Kochou conseguiu convencê-la de que fora uma piada desde o começo. Agora, sozinha, Shinobu subia de elevador até o décimo quinto andar, onde morava junto com suas irmãs.

Era tarde e, para prevenir um conflito por acordá-las nessa hora, Shinobu entrou cautelosamente, evitando qualquer ruído que denunciasse sua presença — Ou ao menos, qualquer que ela conseguisse evitar mesmo um pouco fora de si. Na primeira chance que teve, ela se jogou no sofá da sala e ficou por ali mesmo, não tinha neurônios ativos o suficiente para tomar banho e arrumar-se para dormir. Preferiu o caminho fácil, deixaria os cuidados de higiene para de manhã.

Ela fechou os olhos, procurando cair no sono. No entanto, não havia conforto. Trocou de posições algumas vezes, jogou as pernas para cima, a cabeça para um lado, os braços ambos espalhados, e nada de conseguir descansar. Foi então que ela percebeu o problema: o incômodo não estava no corpo em si, mas na sua mente. Sim, desde aquela conversa no bar, a sua cabeça foi se inflando de diversos pensamentos, todos voltados... nele.

Shinobu sente que era errado, e justamente por isso ela queria mais e mais. Obviamente, jamais assumiria, mas não havia ninguém olhando, não havia quem a julgasse. Deixou ser levada pela libido, levantando a saia de seu vestido e tirando a lingerie. A mão dela desceu o corpo como se explorasse sua própria sensibilidade, e a mulher sentiu-se imoral, inadequada e maravilhosa quando os dedos chegaram naquele ponto.

Fazia tempo desde que tinha feito isso sozinha. Era delicado, tão delicado, apenas poucos segundos de contato e alguns sons impróprios já saiam da boca dela. Shinobu começa a se tocar em movimentos constantes, como uma coreografia circular. Mordiscou seus próprios lábios.

O resto era a involuntária retomada de memórias.   Como num filme que havia sido pausado, Shinobu volta a se lembrar daquele evento, daquele armário, cada sensação, cada detalhe. O corpo dela, quase fora de seu controle por espasmos de prazer, esquentou numa chama pecaminosa que a fez suar. Ela ofegava, miava, apertava as unhas contra as almofadas do sofá. Todavia o verdadeiro êxtase só marcou presença quando os olhos de Giyuu estavam ali, diante dela, azuis profundos como em tal memória, agitados de desejo e expectativas.

 

"Se você acha que pode fazer isso, quero ver você tentar"

Foi o gatilho para Tomioka. Não desperdiçou sequer um segundo, começou a despir a menor como se sua vida dependesse disso, e saboreou os lábios dela com paixão. Shinobu, por sua vez, também não se aquietou: as mãos nervosas por mais contato, desesperam-se para tirar aquela maldita camisa do rapaz.

Quando a viu seminua, Tomioka perdeu o ritmo. O coração parou momentaneamente. Porra, era ela linda, muito linda. O jovem mergulhou na curva do pescoço fino da parceira, traçando um caminho de beijos que descia até o volume do busto, enquanto a uma das mãos apertava com vigor a coxa dela, a mesma que, por conta disso, abraçou o quadril de Giyuu.

Ele abre o zíper da própria calça, assim se livrando de mais uma barreira ridícula. Ambos corpos se esfregam colados, quentes, já com suor pingando, e as  mãos exploravam a anatomia do outro com carícias de trajetórias imprevisíveis. Ele sabia que Shinobu o queria, que implorava para senti-lo dentro de si, pois aquela expressão obscena dela a entregava mais do que uma confissão verbal.

 E assim, Giyuu sorriu. Alisou a pele dela nos pontos em que ele sabia que ela adorava, logo antes de seguir para dentro de sua calcinha. 

Molhada. Extremamente molhada. Era um bom sinal, significa que ela estava gostando bastante, o que era melhor ainda para ele completar o seu plano. Ele começou lentamente, perguntando a sua parceira se estava fazendo direito. Shinobu não conseguiu responder, mas pelos espasmos e sons que ela tinha, só havia como depreender que sim. Ao sentir acelerar, Shinobu abraçou o homem de forma vigorosa, enfiando as unhas nas costas dele inconscientemente, como se tentasse mantê-lo para si e somente para si. 

A jovem estava quase no seu ápice, e Tomioka sabia. Os olhos reviraram, os lábios já não fechavam mais. Ela se derretia nos braços dele, e ele adorava isso.

E com Shinobu a poucos metros do paraíso, Tomioka para. Em seguida, ele põe a perna de Shinobu no chão, se afasta e começa a se vestir. 

"O-o que você está fazendo?" Shinobu pergunta confusa, pegando suas vestes do chão do closet.

"Me vestindo" Respondeu, sem se virar para ela.

"Mas espera, a gente nem terminou!"

"Eu sei."

"E? Você vai realmente me deixar assim?"

"Vou"

"Eu não tô entendendo, por que você tá fazendo isso?"

"Só pra gente poder terminar em outra hora."

Ela entendeu o recado. Uma vingança, uma maldita vingança Um pagamento  por todas aquelas vezes que ela tinha o provocado antes.

Ah, a ironia. No fim, quem ficou com o agridoce sabor de “quero mais”, foi ela. Todas as expectativas que tinha  sobre o rapaz foram quebradas de uma hora para outra. Estava borbulhando em fúria. Como alguém poderia fazer isso com ela?

"TOMIOKA, VOCÊ É UM CANALHA!" Shinobu tenta acertá-lo com seja lá o que ela pegou dali, e à medida que Tomioka saía do closet, nem sequer olhou para trás. Não imaginava Kochou que ele estava tão envergonhado quanto ela. Ofegante, coração a mil, vermelho até as orelhas; Nunca tinha tido tanta atitude assim em tão pouco tempo. Seu corpo fervia, questionava se tinha feito realmente a coisa certa.

 

Shinobu, antes de, de fato, satisfazer-se, parou os movimentos. Suas mãos estão cansadas, a respiração descontrolada, contudo o motivo de ter desistido fora a onda súbita de uma saudade melancólica daquele momento. A fúria, o prazer, a sensação da pele dele sobre a sua, nada mais era agora do que química em seu cérebro, ilusões de memórias rasas que nem se comparam com o que sentiu na realidade. Seu desprezo por como ele mexia consigo, o tal do Tomioka, tinha dose igual a sua vontade de tê-lo de novo puxando-a com suas mãos masculinas pela cintura, arrepiando cada centímetro de seu ser.

Talvez fosse o efeito da bebida, mas Shinobu viu a necessidade de enviar uma mensagem para ele. Queria-o mais uma vez. Seria a última, jurou pela sua dignidade, e seria diferente das outras dezenas de vezes que tinha jurado a mesma coisa. Era oficial, como uma despedida por respeito ao que tiveram um dia, pois, no final das contas, nem gostava dele de verdade. Apenas curtia o modo que ele conhecia seu corpo, o jeito que aquele stalker maluco a seduzia com sua face pervertida que só Shinobu conhecia. 

Talvez pudesse dizer que ela era maníaca por ele, e não o contrário.

Bem, todavia isso são apenas detalhes. Detalhes questionáveis de uma mente ébria como a de Shinobu. Mente essa que estava com o celular em mãos, dedos trêmulos e noção de espaço limitada, embora não ao ponto de impedi-la de desbloquear a tela e pôr em prática seu juramento. 

Kochou sabia bem que iria se arrepender disso mais tarde, entretanto seria responsabilidade da Shinobu sóbria, e que se foda o futuro!

 A claridade da tela lhe dava leve dor de cabeça e ardência nos olhos. Abriu na conversa com ele, digitando rápida e descuidadamente:

 

"Estou com saudades"

 

E ela enviou sem hesitar.

 


Notas Finais


Iai pessoas, tudo bem?
Fiquei muito feliz em ver que tinha uma galera favoritando a fic
Sério atingiu bem aqui 👉💓
Muito obrigada, de verdade

Bem, acho que vou aproveitar pra dar compartilhar algumas informações:
- A fic, pelo caminhar dos capítulos que já escrevi, não tem ""'momentos fofinhos"" (fluffy) , desculpa 🤧
- O romance da fic tem um foco bem... Digamos, carnal, como vocês devem perceber por esse capítulo
- Foi a primeira cena erótica que eu escrevi, e eu tenho um pouco de vergonha de reler kk (pfvr me digam se fiz direito eu já não tenho capacidade pra checar sem corar)
- Sobre o aviso de "Adultério"...
Bem, vamos ver como tudo vai desenrolar


Obrigada por lerem até aqui,
Espero que tenham gostado!
Até breve


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...