História Mansão Norman Para Assassinos Aposentados - Uma longa jornada e nenhu... MACACOS!

- Os policiais deixaram de nos seguir! – avisou BEN.

- Tô me sentindo o dono da super máquina. –humorizou Jeff.

Faz um tempo que saímos do Rio de Janeiro. A música que tá tocando agora é Boulevard of Broken Songs de Green Day. A estrada estava calma, já era de noite. A essa distância o tio Slender não pode se comunicar com a gente por telepatia.

- Querem que eu conecte o celular de alguém ao carro? – perguntou BEN.

- Sim, o tio Slendy tem celular. Liga pra ele aí. – disse Jeff sem tirar as mãos do volante.

Sally estava dormindo, BEN tava tranformado em sistema e eu estava olhando a paisagem pela janela, refletindo sobre meus pais me matarem quando souberem a encrenca que eu me meti em outro país. Só se via mato, mato, mato e… mais mato.

Sério que eu só tô vendo mato? Opa, uma árvore! Duas, não, quatro. MACACOS!

- TEM MACACOS NA ÁRVORE! – gritei.

Todos olharam alarmados pra esquerda. Sally acordou.

- Macacos, onde? – ela se jogou pra esquerda e tapou a visão do Jeff.

- Hey, eu não vendo nada, ô coisa! – Jeff numa tentativa de olhar para a frente dobrou o volante e quase saimos da estrada. – Opa.

- Essa foi quase. – suspirei.

Os macacos ficaram rindo, acho que da nossa cara. Jeff bufou.

- Uma longa jornada e nenhuma moeda, que diabo.

O celular toca e nos assustamos.

- Oe. – era o Slender.

- ÉS O DIABO! – BEN e Jeff gritaram juntos.

- Oi? – Slender pareceu confuso.

Começamos a rir.

- Ah, muito engraçado… onde vocês estão? – perguntou o tio.

- Em alguma estrada saindo do Rio de Janeiro. – respondi.

- Sério que fez umas três horas que vocês pegaram a estrada e agora que vocês saíram da cidade? – Slender parecia frustrado.

- Claro que não né Slendy, saímos do estado, estamos a caminho das Cataratas! – disse Jeff revirando os olhos. – Estamos em um Ford Mustang GT, como se essa belezinha fosse lenta. Bitch, please.

- Ah, bom então. Eu imaginei que vocês possam ficar com fome ou sem gasolina, então tem R$450,00 no porta luvas! – avisou o tio.

- Como você…

- Segredos meu filho, segredos… – após dizer isso o tio Slendy desligou.

- Slender sendo Slender… como dizia Paulo Coelho: Existem verdades mais verdadeiras do que a própria verdade.

- Foi ele mesmo quem disse isso? – perguntei

- Eu não entendi nada! – disse Sally.

Jeff suspirou.

- Apenas uma frase jovens pandwan’s!

Depois disso ficamos em silêncio, a música acabou e em seguida tocou It’s my Life de Bon Jovi. Eu conheço essa música, o Ben também, a Sally ama o Jon Bon Jovi e o Jeff é fã. Estávamos só esperando chegar no refrão pro Jeff aumentar o som e cantarmos o refrão juntos.

It’s my life

It’s now or never

I ain’t gonna live forever

I just want to live while I’m alive

(It’s my life)

My heart is like an open highway

Like frankie said

I did it my way

I just want to live while I’m alive

It’s my life

Depois disso começamos a rir.

Chegamos em um posto de gasolina que parecia estar no meio do nada, pois realmente não tinha nada por lá, era só o posto de gasolina e areia, nem percebi quando os matos e as árvores deixaram de aparecer.

Gastamos mais de cem reais em comida – e quando eu digo comida, quero dizer batata, salgadinho, refrigerante, biscoito e batata. – e Jeff colocou cinquenta reais de gasolina no tanque.

Começamos a comer e quando estávamos saindo de lá começou a tocar Zombie da banda The Cranberries.

E então quase um dia se passou se passou, eu não sabia ao certo que horas eram, e não queria ver no relógio do carro. Em uma cidade chamada Cascavél, Jeff parou para perguntar a um homem que lugar estavam, ele disse que estávamos em Cascavél e aquela era a Santa Tereza do Oeste, Jeff agradeceu e continuamos a viagem.

Depois de mais um tempo sem nada pra fazer chegamos a um pedágio chamado Pedágio Eco Cataratas. Ao escutar Cataratas um sorriso se formou no meu rosto. Pagamos o pedágio e seguimos em uma cidade que diziam ser Santa Terezinha de Itaipu, paramos para comprar mais comida. Quando fomos a um tipo de shopping por lá Jeff nos mandou comprar capas de chuva amarelas.

- Hey, comprem capas de chuva amarelas! – disse ele.

- Ué, porque? – perguntou BEN.

- Apenas comprem, vocês saberão quando chegarmos! – Jeff deu um curto sorriso e foi para o carro.

Depois de comprarmos tudo voltamos para o carro e seguimos adiante. Após algum tempinho chegamos em uma grande cidade que no meio da cidade um homem sorridente gritou “Welcome to Foz do Iguaçu”. Naquele momento Jeff dirigiu por mais algumas ruas, estacionou o carro e sorriu para nós.

- Uma nova e louca aventura nos espera. – disse ele sorrindo.

- Sinto que só vamos causar mais encrenca. – falou Sally.

Ben se desinstalou do carro sorrindo.

- Parece que eu não vou ganhar presente do Papai Noel esse ano. – disse sorrindo com eles.