História Manual de como cuidar de um Loki by Peter Parker - Como lidar com um "chilique de Loki"

Loki tinha acabado de comer seu pudim, e deixou o prato com o garfo na mesa de centro, Peter ainda estava segurando uma bolsa de gelo em seu ombro enquanto observava a criança.

— Você tem uma mordida realmente feroz. E olha que eu já fui picado por uma aranha radioativa. Embora não tenha realmente como comparar os dois, já que ela não tinha incisivos afiados, nem nenhum dente, então não foi como uma mordida.

— Eu não me importo com essa aranha, isso é muito chato. O que você faz de aranha? 

— Bem, eu posso escalar paredes, sou super forte, consigo "prever" perigo, e minha visão é apurada. Bom, seria melhor, mas antes disso eu tinha miopia, então só deixou a minha visão como a de todo mundo.  E eu tenho um lança-teias que eu mesmo fiz!

— Uau! Me mostra, escala nas paredes comigo! E lance teias por aí, eu quero ver.

— Não posso fazer isso, ou vão descobrir minha identidade. Além disso, escalar as paredes de casa é perigoso. Mas posso fazer isso – o rapaz deu um salto e grudou as mãos no teto.

— Rasteja no teto, rasteja! – Loki pediu, batendo palmas.

— Não posso, acho que isso foi o suficiente.

— Mas eu queria que você ratejasse. – ele disse, olhos de cachorrinho.

— Queria, não quer mais. – agora o adolescente percebeu que estava ficando um pouco como Tony, mas era inevitável já que o garoto era muito insistente.

— MAS EU QUERO – o pequeno gritou e começou a chorar.

— Shhh, calma. Eu vou rastejar, olha. – ele disse, agora se movendo para colocar os pés e  então começar a andar pelo teto. Loki sorriu e então Peter presumiu que era o suficiente. – Sem teias, ok?

— Tudo bem. Mas eu também quero subir no teto. 

— Você não pode. Mas podemos voltar a assistir a Patrulha Canina, que você estava gostando.

— Eu não gostei. Quero pular na cama.

— Tudo bem, se isso te faz feliz. Você pula em cima da cama e tira uma soneca, que tal? – Peter pegou o menino no colo novamente, recebendo outra mordida, desta vez mais fraca, mas ainda incomodava pelo fato de ter sido em cima da anterior. – AI, isso foi uma piada.

— Me põe no chão. 

— Ok, calma... – ele colocou o garoto no chão e pegou sua mão, o guiando até o próprio quarto.

Ele não tinha deixado Lucas ou Jake pularem em sua cama ou no sofá, mas Loki era menor do que os dois, então imaginou que não seria um grande problema, se isso fosse deixá-lo quieto.

O menino olhou ao redor entusiasmado, o quarto não era grande, mas era bem bonito. Tinha vários "brinquedos" espalhados e até mesmo bonecos dos vingadores! Tinha até de Thor, que a criança agarrou imediatamente, sorrindo.

— Olha, é meu irmão!! – ele exclamou, abraçando o brinquedo. 

Peter sorriu, achando a cena adorável até Loki arrancar a cabeça do boneco.

— Isso é por me abandonar aqui! Seu idiota. – ele gritou com o brinquedo.

O rapaz rapidamente pegou o corpo e a cabeça de Thor, encaixando-as e colocando o brinquedo em uma estante alta.

— Esta action figure foi cara pra caramba, sabia? – ele deu uma bronca no menino que olhou se perguntando o que era uma action figure. Peter suspirou e continuou – e Thor não te abandonou, está em uma missão e assim que acabar ele vem te buscar. Você está melhor aqui, seguro.

— Eu quero Thor – O garoto chorou, pegando agora a figura do homem de ferro, já sabendo que rumo isto tomaria, o adolescente tirou o boneco das mãos da criança e o pegou no colo, jogando na cama. – Ei, o que vai fazer?

— Ataque de cócegas! – disse ele enquanto fazia cócegas nas axilas e na barriga do menino, que soltou uma risadinha antes de bater com força no nariz do mais alto.

Ele se levantou e começou a pular na cama, enquanto o Parker segurava o nariz que agora estava sangrando.

— Por que bocê fez izo? – perguntou o Aranha com uma voz nasal e um pouco irritada.

— Você me fez cócegas, e eu não queria!

— E POR IZO BOCÊ ACHOU QUE DEBIA BE BATER?

— Eu só queria te tirar de perto, desculpa. – o menino parou de pular e desceu da cama, chorando.

Ele sentiu que foi duro demais com Loki, afinal, era só uma criança. Com poderes e 200 anos de idade, mas uma criança. Colocou a mão livre no ombro do menino e se ajoelhou perto dele, apertando a mão de uma forma reconfortante.

— Desculpe, dão queria gridar com bocê.

O menino riu baixinho e murmurou "ele fala engraçado", mas Peter não comentou porque aparentemente não foi direcionado a ele, mas deu uma risadinha.

— Desculpa, não queria te machucar.

— Tudo bem. Dem algo que bocê quer fazer?

— Tem livros legais aqui?

— Eu denho bários livros legais, zó bê deixe lavar o zangue do beu dariz e eu de bostro.

— Você disse "bostro" – disse o menino entre risos. – Tudo bem, eu vou ficar na sua vista.

— Ótimo.

Peter saiu do banheiro com um pouco de algodão na narina esquerda, mas falando mais normalmente, ele então pegou o menino e o colocou em sua cintura, esperando que não fosse mordido ou agredido de qualquer outra forma novamente. Ele abriu um dos armários do rack, e pegou alguns livros de histórias infantis, entregou-os para o menino e o deixou sentado no sofá com eles enquanto pegava os pratos de pudim para lavar. Ele deu um sorriso vendo o menino analisando cuidadosamente cada imagem do livro e então olhando para ele em confusão.

— Qual o problema?

— Eu não sei ler.