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História Marymount Institute; Interativa - Teaser..: Vortex Club


Escrita por: _h3cate_

Notas do Autor


Oii gente, tudo bem com vocês?
Espero que gostem do teaser! Lembrando que o prazo é até o dia 12/05.
Boa leitura!

Capítulo 2 - Teaser..: Vortex Club


Para os jovens realmente ricos, é normal se habituarem com pessoas do seu próprio escalão. Isso significa estarem juntos em ocasiões onde apenas a alta classe frequenta. Em Marymount Institute, qualquer um saberia que seu status social é medido pela quantidade intermináveis de zeros na conta bancária. E quando se está em uma posição assim, quer dizer que as pessoas esperam muito de um único sujeito. 

Independente se você esteve estudando sua semana inteira para uma prova ou completamente bêbado em uma festa em alguma zona exclusiva de Milão, quando o Vortex Club marca uma data, você vai, não importa o horário ou o dia da semana. Perder qualquer evento, é perder. Talvez algumas fofocas, ou talvez tudo. Há diferentes dias especiais para os membros do clube, como comemorações diversas, reuniões ou apenas um simples dia de imoralidade. Apesar da ramificação dessas datas inéditas, o que todas têm em comum é que cerca de quase 100% dos alunos desejam, para o bem da sua popularidade, serem convidados para pelo menos um desses episódios. O único empecilho que põe essa porcentagem abaixo da elite do Vortex é uma seleção feita pelos próprios membros do clube que avaliam nada menos do quão exclusiva é sua posição social. Quanto mais alta a colocação, maiores são as chances de serem convidados para os eventos e de ingressarem no mesmo.

Entretanto, ainda havia esperança para aqueles que eram considerados insuficientes para a entrada no Vortex poderem presenciar uma das maiores festas feitas pelo clube. Todo final de mês realiza-se a chamada completamento in stile vortex (Conclusão no estilo vortex, do Italiano) que causa o mesmo efeito de uma rave, sendo concluída entre o período da noite até o amanhecer do dia seguinte.

O motivo dela ser tão famosa é que além de ser exclusiva para seus integrantes, também permitia que os não-membros pudessem desfrutar desse centro caótico pesadelo de qualquer seguidor rígido das regras. A forma para que isso possa ocorrer seria apenas se alguém de dentro lhe desse o convite por pura vontade. Dessa vez eles não visavam apenas o dinheiro, mas também consideravam seus fatores hormonais, ou seja, entregavam a carta na intenção de conseguir sexo com aquele individuo.

        Era 7:00 da manhã do dia 28 de Novembro e certamente havia muita animação nos corredores, considerando que geralmente, naquele horário, contava-se nos dedos os que não possuíam uma aparência cadavérica. A razão de toda aquela felicidade era porque exatamente às 21:30 iria começar o tão aguardado evento do Vortex, porém nem todos apresentavam essa alegria iminente. A obviedade recai sobre aqueles que não receberam o convite do mês, mas o foco transfere-se para Maximilian Cooper que, apesar de ter seu lugar guardado para mais tarde, não exibia seu melhor humor.

 — Maxizinho! Entendeu o que eu acabei de falar?  — Perguntou uma das garotas do Vortex com uma voz particularmente irritante para os ouvidos de Max.

       O rapaz apenas ergueu o rosto para encará-la, que agora estava sentando-se ao lado dele. Ela sorriu, aguardando uma resposta, enquanto o silêncio predominava naquela reunião, pois os olhares de todos estavam pousados em Max, como se alguns já soubessem o que ia acontecer e outros apenas paralisados por pavor devido a aura intimidadora que ele exalava.

— Saia de perto de mim. — Respondeu de forma simplista, logo retornando a atenção para a manga da sua jaqueta.

— Não seja assim, Maxizinho! 

        A moça, na tentativa de disfarçar a vergonha, soltou uma risada um pouco exagerada como se aquilo fosse uma brincadeira entre velhos amigos. Seu próximo passo era envolver os ombros de Cooper com um abraço para, novamente, causar fingimento. Um erro de principiante. 

Antes que ela pudesse encostar nele, seu movimento foi impedido por um afastamento com as costas das mãos do rapaz, que agora estava visivelmente irritado.

—  Você é surda? Ou enfiou todo cérebro na bunda? — Disse Max, sem levantar a voz — Eu disse para sair perto de mim, seu pedaço de merda. E se você me chamar dessa idiotice de nome novamente, eu juro que…

— Ei, ei, ei — Interrompeu Amélia Cooper no intuito de impedir que o irmão causasse problemas para si — Gente, daqui a pouco dá o horário para a primeira aula e ainda não decidimos as roupas combinadas dos membros, não é?

       A ruiva certamente não dava a mínima para esse assunto, mas o tema era extremamente importante para a maioria ali presente, então foi o meio mais eficaz de fazer a tensão diminuir e o assunto mudar depressa. Logo, em questão de segundos, a atenção de todos já estava voltada para o debate se azul marinho era realmente a cor mais apropriada para o evento.

— Eu juro que estou seriamente cogitando em deixar uma garrafa de chá de maracujá na sua porta pela manhã. — Amélia disse sorrindo de lado e sentando-se ao lado do irmão, que não demorou muito para sorrir junto.

— Cala boca — Ele sorriu e a empurrou de leve com o ombro — Maxizinho foi o auge do meu dia. Olha que ainda são 7:20.

     Em um lugar afastado do resto do campus, todos sabiam da festa do clube Vortex, o que poucos tinham, era prestígio o suficiente para participar. Quando um garoto alto e bonito começou a distribuir os pacotes, todos na festa comemoraram. Drogas, e ainda por cima grátis.

     Não era como se as pessoas naquele clube realmente precisassem que as drogas fossem gratuitas, mas a maioria ali gostava de esquecer as pilhas de dinheiro que possuía e viver como qualquer jovem comum. Era o caso de Max, que contra a vontade de sua irmã pegou um pacote com aquele pó branco e o espalhou em uma mesa qualquer, bebendo e rindo descontroladamente.

Em meio a multidão, via-se Amélia sentada em um banco, conversando com duas garotas, elas falavam sobre todo tipo de coisas, mas duas vozes desconhecidas bagunçaram a concentração de Amy.

— Olha quem tá aqui gente, Amélia Cooper! — O garoto que distribuía as drogas falava, acompanhado de mais dois brutamontes consigo. — Não está escondida atrás do seu irmão, Amy?

— Oi… — Falou baixo, a Cooper conhecia o histórico do homem que estava em sua frente, não queria ser sua próxima vítima. 

— O que acha de dar uma volta no meu quarto? — Ele segue falando, percebendo o recuo da garota.

— Acha mesmo que ela vai sair com você, meu amor? A Amy aqui é uma mulher seletiva com os babacas que ela sai, não lembra do que aconteceu na última vez? — A ironia no tom de voz da garota morena era clara, assim como o seu desejo pelo garoto a sua frente. 

— Como eu pude esquecer? Como o Jason tá, Amélia? — Assim que ele mencionou Jason, Amy se retirou, andando rápido, tudo em sua volta pareciam zumbidos, uma dor de cabeça infernal.

Nunca foi uma fã de festas, e ouvir o nome de Jason foi a gota d'água. Com os olhos marejados em lágrimas, ela andava decididamente para os dormitórios, uns cinco minutos de caminhada até chegar lá, sem rumo pelo jardim da escola, afinal, com sua pressa, já havia saído do local que ocorria a festa.

Era difícil enxergar algo muito à frente e respirar também era uma atividade custosa no momento. Talvez o efeito do seu remédio tivesse passado, pois ela sentia as emoções mais conturbadas que normalmente sentiria sob efeito da medicação contra TDAH, mas ela persistia em andar até que o som da música cessasse.

—  Amélia, não é? 

Seu andar foi interrompido por um rapaz alto que pairava na sua frente, mostrando-se surpreso pelo fato da ruiva estar chorando. Ela deu um passo para trás pelo susto, secou as bochechas rapidamente e assentiu com a cabeça.

— Sim… se me der licença, eu tenho que resolver uma coisa. — Sua voz era vacilante, mas ela não queria ser rude e ignorar o garoto.

— Espere — Respondeu ele de forma cautelosa — Alguém te machucou?

Negou receosa, mas não queria estender muito aquela conversa, logo fez um movimento para sair dali, porém o rapaz segurou seu braço levemente, não tão forte, mas o suficiente para que a moça parasse de andar.

— Deixa eu te ajudar de alguma maneira… — Ele virou-se para alcançar sua mochila e, ao abrir o bolso, de dentro tirou uma garrafa d'água — Pelo menos beba um pouco para se acalmar… 

A gentileza dele amoleceu Amélia e ela não podia simplesmente dizer não diante da demonstração de cortesia. A Cooper sorriu de lado e murmurou um “obrigada”, em seguida pegou a garrafa com as duas mãos e deu alguns goles.

— Posso te deixar sozinha sem medo que você comece a chorar de novo? — Perguntou o rapaz, o que arrancou uma risada baixa de Amélia.

— Pode sim. Obrigada, te vejo por aí.

Dito isso eles se distanciaram e Amy realmente sentia-se um pouco melhor. O problema começou quando, chegando perto dos dormitórios, percebeu um vacilo constante nas suas pernas, o que a fazia cambalear várias vezes, juntamente de uma visão quase que totalmente embaçada.

A inquietação foi tão grande que ela teve que parar na porta do dormitório, encostando-se na parede. De repente escutou passos pesados vindo em sua direção, mas suas forças estavam basicamente nulas para ao menos virar o rosto e verificar o que era. Só começou a se dar conta da situação quando três garotos se puseram na sua frente.

Demorou um pouco para reconhecer todos os rostos, mas o pavor percorreu por todo corpo dela quando viu a feição de Jason acompanhado pelo rapaz que distribuía as drogas mais cedo, além do outro que havia lhe oferecido ajuda a não muito tempo.

— Não demorou muito para nos vermos novamente, não é, Amy?

O sorriso sádico e essa frase foram as últimas coisas que ela presenciou antes de entregar sua consciência completamente para o vazio.



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