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História Masquerade - Nas Aparências


Escrita por: itsbrunnalaynemiran

Notas do Autor


Ooii!
Tudo bem com vocês?

Hoje consegui atualizar mais cedo, finalmente minha internet tá bem melhor essa semana.✨🙌
Hoje não vou me demorar muito, pois assim como vocês estou ansiosa para os reais acontecimentos se concretizarem, já que até agora tudo foi um início e desenvolvimento.☺️

Entonces...
Let's goooo peoples!

Divirtam-se.😘

Capítulo 27 - Nas Aparências


Fanfic / Fanfiction Masquerade - Nas Aparências

Com roupas feitas por magia, a sobriedade na metade, e com o coração afundado em uma angustia, Jaskier foi rapidamente arrumado como deveria para ser apresentado à corte de Cidaris, que novamente chegou ali nos limites de Brokilon para tratar logo dos assuntos urgentes que estiveram esperando a resposta e a resolução dos problemas que antes tinham sidos apresentados à eles.

— Enfim. — sorriu o principe — Você não sabe o quanto esperei por esse dia. Contei cada segundo e rezava aos deuses para que conseguisse tal feito. — disse Aurel, ao se aproximar do bardo e pegar suas mãos nas suas.

— Sim, finalmente consegui. Finalmente podemos realizar isso tudo logo, não é? — disse, um com uma pitada de mal humor na voz, fazendo o outro sorrir e arquear uma sobrancelha.

— Deve estar nervoso para a ocasião. Eu compreendo. Também me sinto assim.

— Sério? Está sentindo a mesma coisa que eu? Porque estou cheio de... — logo sua fala foi calada por Triss que lhe deu um choque mínimo em duas costas, fazendo o mesmo se endireitar e manter o sorriso sem fundo na cara — Estou com vontade de brindar mais a esse momento.

— Ah então agora está explicado o aroma de vinho que vem de você... Pode deixar. Estive preparando uma boa adega somente para você com os melhores vinhos do Continente. Até os de Cintra eu mandei que buscassem para nosso casamento, porque sei que ama as bebidas de lá.

Jaskier sorriu verdadeiramente dessa vez, mas por lembrar o quão doce eram as cervejas e os vinhos citrenses. E o quão asseados os ômegas e betas, sempre cuidando de suas aparências, sempre bem dispostos e com uma liberdade invejável na cama... Lembrar de alguns momentos tinha até lhe deixado aquecido.

— Esse aroma... Tão doce... Não me provoque, Julian.

— Me desculpe, Aurel. E a propósito... Me chame por Jaskier. — disse, um tanto irritado por ser chamado com aquele outro nome, afinal, era de seu outro lado, que parece ter se mexido em chateação em seu interior por ser mencionado — Quer dizer... Já que agora vamos ser mais... Íntimos. — corrigiu-se ao ver que o príncipe podia ter percebido seu mal humor.

— Bom, já que tudo ocorreu bem, vou mandar que façam uma festa em sua homenagem na chegada em Cidaris. E quero vocês todas lá, afinal, sem vocês, ele não existiria. — disse o príncipe, olhando para as três feiticeiras — As dríades também podem vir, se assim desejarem. Podemos fazer uma trégua. Pela união que estar por vir. — Aurel tentava ser o mais cordial possível com aquelas ômegas furiosas de Brokilon, e mesmo sem um resultado positivo, mesmo assim seu lado justo o fez convidar, quis assricar.

— Nosso trabalho em acolher um irmão já foi feito. Nossos caminhos agora se direferem. Mas nós nos uniremos em um conflito com o inimigo em comum. Isso já é o bastante. Tem minha palavra. — disse a rainha, negando educadamente o convite.

— Sim Vossa Magestade. Eu compreendo. — assentiu Aurel em um cumprimento respeitoso e um pouco aborrecido.

— Aurel, posso fazer um primeiro pedido de casamento? — perguntou Jaskier de repente.

— Sim, é claro. Aliás, quantos e quais quiser.

— Ótimo. Bem, já que está convidando todo mundo pra festa, eu quero convidar o alfa a quem eu estava conectado.

Houve-se um grande silêncio.

O príncipe franziu o cenho, muito incomodado pelo repentino pedido tão ousado.

— Jaskier, o que pensa que está fazendo? — questionou Tissaia, muito surpresa e agora nervosa com aquela atitude impulsiva do moreno.

— Eu quero que todos vejam o quanto estou feliz. E me desculpe, Aurel, como deve saber o que sou, quem foi o marcado não fui eu, e sim o alfa. Eu o prejudiquei, ele nunca quis isso. Até foi em busca dessa tal quebra. Ele é o responsável por termos conseguido. Se não fosse pelos seus esforços, eu não estaria aqui agora, prestes a me unir com você. E eu queria recompensá-lo. — justificou, tendo mágoa e dor em cada palavra disfarçada com aquela estampa de superioridade no semblante, como se quisesse demostrar que estava por cima de qualquer interperie, ou que nada estivesse o abalando.

— Bom, isso é um fato muito compreensível. Temos que nos redimir por nossos erros. Então neste caso, que ele venha também à festa. Mas, antes posso conhecê-lo?

— Claro que pode! Só não sei se ele está aqui agora, deve estar fazendo coisas de bruxo...

— Um bruxo? O tal alfa é um bruxo? — o príncipe sorriu, parecendo mais aliviado — Sempre quis conhecer um bruxo, dizem que são ferozes, e sem nenhum sentimento qualquer. Uma vez meu pai conheceu um, e que foi o ser mais impressionante que ele já viu. Parece que o tal não sentia nada! Há uma história que meu pai sempre conta que esse bruxo entrou e saiu num lar de súcubos e ômegas no cio e nada lhe atingiu. Parece que em seus treinamentos eles tomam algo que os faz imune a qualquer aroma e rejeitam qualquer interação aos prazeres da carne.

— Exato. Está certo tudo em que diz. — Jaskier sorriu de uma maneira tão maquiavélica que só quem o conhecia realmente sabia que estava planejando algo muito perigoso.

Aurel tinha ficado entusiasmado em conhecer o tal bruxo, tanto que de convite, passou a declarar como ordem real a presença dele nas comemorações.

E quase que sendo arrastado, Geralt foi capturado pelas dríades quando estava saindo às escondidas por um caminho secreto de Brokilon e levado até o príncipe, que assim que o viu, ficou maravilhado em ver sua espécie.

— Impressionante... Meu pai vai gostar muito de ter sua presença em nosso reino, senhor Geralt de Rívia. — disse Aurel, dando um leve aceno de cabeça — Nos acompanhe, sinta-se convidado e honrado em nossa comitiva. — disse, subindo em seu cavalo dando ordem para que cedessem um corcel para o outro alfa.

— Eu não preciso. Já tenho minha condução. — respondeu Geralt, muito irritado de estar ali.

Jaskier desviava o olhar sempre que ele lhe mirava. O que era confuso, pois o mesmo exibia uma expressão sombriamente alegre.

E assim começaram a viagem, que não ia ser muito longa, já que era á algumas horas dali da floresta. Poderiam chegar pela manhã, isso se não tivessem nenhum imprevisto.

Olhares rápidos, feições sérias e às vezes sorridentes, gestos que pareciam dizer algo, palavras de duplo sentindo nas entrelinhas nas conversas... Jaskier estava estranhamente com um comportamento calculado.

Mesmo que não tivessem mais a conexão, Geralt poderia sentir aquele sentimento fantasma de estar ligado à ele, e podia supor nesse sentir que o bardo estava aprontando algo muito sério.

Chegaram sem muitos problemas, somente alguns ladrões de estrada que foram rapidamente eliminados por Geralt e o príncipe, e depois, alguns trolls pedindo pedágio pelas pontes consertadas, estes foram generosamente pagos pelo príncipe, que estava de bom humor e muito ansioso para chegar logo em seu reino.

— Uau. Não sabia que já estavam a nossa espera e tão animados. — comentou Jaskier, vendo aquela multidão que gritava entusiasmada aplaudindo a chegada do príncipe.

— Enviei um mensageiro na mesma hora em que eu tinha chegado à Brokilon, afinal, a resposta já era certa. Mas também estão muito curiosos para saber quem será seu novo rei consorte, e pelo visto, estão gostando do que estão vendo. Não poderia ser também diferente... Sua beleza encanta por onde quer que vá. — elogiou, dando uma piscadela sugestiva, ao mesmo tempo em que acariciou sugestivamente a mão do bardo.

— Fico feliz por isso. É um bom sinal. — disse, dando o seu máximo para dar um sorriso mais agradável que podia, e também retribuindo o gesto do príncipe, fazendo-o sorrir mais contente.

Claro, aquela pequena ação não pôde deixar de ser notada pelo bruxo, que sentiu uma grande vontade de tirar a espada das costas e cortar a mão fora daquele outro alfa, mas por segurança, virou seu rosto em uma outra direção para conter seus impulsos negativos.

Quando chegaram aos portões do palácio, foram novamente recebidos por mais pessoas, mas estas os cumprimentaram de forma mais cordial.

— Então esse é o Visconde de Lettenhove de que tanto ouvi falar. — disse um senhor de cabelos grisalhos e de porte forte, levantando-se do seu trono para cumprimentá-lo, e também o restante que o acompanhava, franzindo o cenho quando viu que a contagem não batia com o que estava sendo prometido, no caso, era Yennefer. — Não eram três feiticeiras?

— Uma teve que se ausentar, ainda está resolvendo alguns assuntos com as dríades, meu pai. Mas no lugar dela, veio um bruxo! — justificou o príncipe, apontando para o outro alfa como se ele fosse um novo corcel puro sangue que havia adquirido.

— Um bruxo?! Por deuses! Isso é uma excelente novidade! Os bruxos são bem vindos em meu reino. Espero que sua estadia seja longa e produtiva, senhor...?

— Geralt de Rívia.

— Bem vindo, Geralt. E pelo medalhão, veio da escola do Lobo. Sim, sou conhecedor e admirador de suas técnicas. Só fico inconformado por não se interessarem nos assuntos do mundo que não sejam as feras e moedas de ouro. Seriam uma aquisição muito benéfica e poderosa para nossa causa. Mas não vamos falar de negócios e política agora. Hoje será somente dia de festejos! Venham, o almoço está já sendo posto à mesa.

Sem opções de recusa, Geralt teve que seguir o grupo, junto de outros servos que guiavam cada um dos convidados que seguiam atrás do príncipe e de Jaskier, que ia ao seu lado.

A sala de refeições estava toda arrumada com os mais requintados tipos de talheres ou ornamentos com flores mais caras e raras que se podia ter. Geralt se sentia sufocado no meio daquilo tudo, e se perguntava o porquê não dava logo um fora dali.

Havia uma explicação...

Por mais que tivesse decidido sumir lá em Brokilon depois que chegaram, mas agora ali... Ele queria ver por mais tempo o seu amado ômega, queria ver agora como seu filho iria ser criado e como ele ia ser bem cuidado. E estava vendo que a escolha que tinha tomado era a melhor coisa que tinha feito. Pois o luxo não era pouco.

— Como está o corte? Está do seu agrado? — perguntou o príncipe ao moreno, que comia quase nada, se sentia enjoado. E o pior, aquele carneiro não era o seu prato favorito, preferiria muito mais à javali selvagem ou os coelhos que o bruxo lhe caçava.

— Está sem palavras. — disse, pondo uma porção na boca e mastigando com grande esforço para não vomitar — Nossa, minha taça já ficou vazia... — disse, e logo o príncipe deu sinal para um servo lhe servir.

— E você bruxo? Desde que chegou a mesa não disse muita coisa. Tem algo que esteja desagradando? — perguntou o rei.

Ah, se ele começasse a falar tudo que estava desagradando poderia sair dali enforcado...

— Está tudo como deve ser. Se sabe dos costumes nossos, Vossa Magestade, preferimos comer o que matamos, e não o que os outros matam por nós. — foi uma resposta grosseira, mas não deixou de ser bastante neutra. O que em parte deixou o rei contente.

— É claro. Bruxos gostam de sentir não somente o sangue em suas mãos, mas também a sensação de ter a imagem de que a poucos instantes atrás a caça estava viva porque você assim tinha decidido. Eu gosto dessa visão. Por isso gosto de vocês.

Bem... Geralt se perguntava aonde ele tinha ouvido essa merda toda sobre bruxos gostarem de sangue e poder, mas seja quem tenha lhe deixado essa impressão, já deve estar morto.

— Pai, eu estava pensando em fazer um festejo diferente... Algo que foge de nossas tradições. E queria fazer isso para mostrar que estamos abertos à novas visões e padrões. — disse de repente Aurel, tomando um gole demorado de seu vinho enquanto olhava para o bardo.

— Isso atrairia bons pensamentos de nossos vizinhos... O que me sugerem? — questionou o rei, se voltando para todos à mesa.

— Que tal algo mais simples? Convidando um plebeu de cada família? — sugeriu Tissaia.

— Ou pode ser algo mais extraodinário, com efeitos de fogos feitos por magia de luzes. Todos gostam disso. — disse Triss.

— E você bruxo? Que anda por todas essas terras, já deve ter visto todo tipo de festejos. O que sugere? — indagou o rei.

Geralt olhou para todos na mesa. Sentia que estava sendo provocado, pois mesmo dando a entender de que não queria interagir com ninguém, parece que a insistência era maior em tirar algumas frases de sua boca.

— A última vez em que estive em uma festa com modernidades, tinham feito um baile com apetrechos, máscaras e muita bebida perigosa. Mas no fim, descobri que estava tudo sendo influênciado por um Doppler que mexia com feitiçaria, deixando todos parecendo mortos vivos por ter suas ações exageradas para o que acontecia realmente. Mas posso dizer que foi a melhor festa da minha vida. Pois coisas boas apareceram e me aconteceram depois, desde então. — disse, terminando seu olhar na direção do bardo, que até se esqueceu de beber o vinho que estava a caminho de sua boca para mais um gole de suporte para empurrar aquele carneiro para o estômago.

Jaskier sentiu seu coração palpitar, seus olhos arderam, sua respiração ficou descompassada, mas teve que desviar o olhar para que não se desmanchasse em lágrimas na frente de todos ali.

— Se deu sorte para você, dará para nós também! Que seja então um baile de máscaras! — declarou o rei — Sabia que um bruxo nunca me decepcionaria. Eles sempre trazem boas notícias.

— Sempre dizem que trazemos mau agouro. — disse Geralt, pondo seu primeiro pedaço de caneiro na boca.

— Não. Para mim, quando se tem um bruxo ao seu lado, as coisas ficam mais fáceis. Qualquer monstro pensa duas vezes de lhe fazer mal, aceitam qualquer pagamento, e ainda por cima, podemos deixar nossas propriedades com eles porque se manterão com suas purezas intactas. — rebateu o rei, dando uma risada maliciosa.

Jaskier sentiu seu sangue ferver ao ouvir a palavra "propriedade", até xingou em pensamentos o rei. As palavras chegaram a ponta de sua língua, mas sabia que era em vão ou até perigoso discutir sobre isso. Era fato, ele era um ômega, suas irmãs também, e naquela sociedade, por mais que soubessem que eles estavam acima dos algas comuns, mesmo assim seriam considerados na prática como as propriedades de seus alfas.

— Então será um festejo com máscaras... Gostei... Aurel, poderei cantar nessa comemoração? — perguntou Jaskier, se pronunciando de repente.

— É claro que pode! Todos têm que ficar sabendo o quão talentoso é meu noivo. Não vejo motivos contra. Aliás, vou enviar um aviso para que todos os artistas locais se disponibilizem para formar um arranjo para lhe acompanhar.

— Não precisa tanto. Além do mais, isso tiraria o meu foco. — brincou, mas no fundo sua vaidade de bardo também tinha falado mais alto.

— Certo, que seja você então a estrela da festa. Mas, mesmo assim, contratarei músicos para que fiquem na espera. Afinal, não quero que se canse de tanto cantar, há outras coisas que um noivo deve fazer durante o festejo... — lhe piscou, e em seguida bebeu mais um gole de vinho — Há muitas pessoas que querem lhe conhecer. — completou.

— Estou vendo que essa comemoração será inesquecível. Viva aos noivos! — disse o rei, levantando sua taça em um brinde.

Todos na mesa levantaram, mas somente Geralt não o fez. Por sua sorte, sua condição de bruxo lhe permitia que compreendessem que ele não se metia nisso, então, para Geralt, foi um alívio ter usado a estampa hostil como um refúgio.

◆◆◆◆◆

O dia estava praticamente cheio, e Jaskier nem sequer teve tempo para fazer uma sesta após o almoço. Foi direto para seus aposentos, ondo ficou rodeado de várias servas e servos, entre betas e ômegas, já que os alfas o príncipe tinha ficado com receio de não resistirem ao aroma tão adocicado do moreno.

— Só mais vinte minutinhos. E saio da tina. — disse Jaskier, deitando-se na beira para relaxar mais, e quem sabe cochilar um pouco.

— Mas o alfaiate chegará daqui meia hora, e até lá, já tem que estar pronto. — disse Triss, ali também em uma outra tina, recebendo seus cuidados.

— Eu serei rei em breve, os horários é que irão me seguir, e não eu à eles. — retrucou.

— Parece que a idéia de ser da realeza está se encaixando em seu coração. Isso é bom. — comentou Tissaia, sentada em uma cadeira enquanto um servo lhe penteava os cabelos.

— E tenho outra escolha? Acho que não. Pelo menos Aurel está sendo bem gentil comigo. Temo que poderei algum dia sentir algum afeto a mais por ele... — disse, pensativo e tristonho, sua boca soltava esse diálogo de auto convencimento, mas sua mente e coração rejeitavam com todas forças essa possibilidade.

— Continue assim. Falicitará as coisas entre você e ele. — disse a feiticeira mais velha.

— Mas cá entre nós, Jaskier, o que você acha do aroma do príncipe? Percebi ele soltar em vários momentos durante o almoço. Isso quer dizer que ele está muito ansioso para um encontro mais íntimo...

— Ele fez? Bom, não percebi.

— Você não percebeu? Ele estava ao seu lado! Até eu que tava quase na outra ponta da mesa fiquei um pouco tonta. Me desculpe por isso, mas... Depois daquele descontrole que tivemos lá nos domínios de Fercart, tenho andando um pouco ativa. Acho que está aproximando o meu cio. — contou Triss.

— Sinta-se a vontade para dizer qualquer coisa. Não sinto ciúmes de meu futuro marido. Ele será um rei, muitos podem cobiçá-lo, é normal. — sorriu o bardo, enquanto brincava com a água.

— Isso significa que aquele outro alfa está livre? — questionou a feiticeira, claramente provocando. Jaskier fechou a cara na hora, olhando para a mesma com olhar ameaçador, quase pareceu que tinha sido o seu outro lado vindo a superfície — Se aquiete, Jaskier. Nenhuma de nós três tocaremos nele.

— E por falar em vocês três... Onde está Yennefer? — perguntou o ômega, respirando fundo e desfocando de seu quase impulso de levantar de sua tina para afogar a feiticeira na outra.

— Eu não sei. Ela ficou estranha de repente... Eu tentei saber porque ela não quis vir conosco, mas não consegui saber o real motivo. Tudo bem que ainda faltavam alguma coisas com as dríades, mas isso não é motivo para não estar aqui. Eu tenho minhas suspeitas. Talvez... Ela tenha sucumbido. E tenha inventado essa desculpa para poder visitar novamente Fercart. Ah, aquele alfa... Ele é maravilhoso, habilidoso, de grandes virtudes... Não é Tissaia?

Tissaia olhou para a outra feiticeira em advertência, e desviou o olhar para o espelho a sua frente.

Jaskier arregalou os olhos, não crendo no que tinha entendido.

— É impressão minha ou vocês três... E Fercart... Vocês e ele...

Triss sorriu, e logo Jaskier abriu a boca muito surpreso.

— Por deuses! Como assim? Eu pensei que... Que vocês...

— Não foi porque queríamos...! Quer dizer... — pronunciou-se Tissaia — Estávamos em um momento de fraqueza! Um transe. Foi somente isso! Nada mais!

— Mas ela gostou! — refutou Triss — E ficou balançada. Por um momento, quase pediu para ser...

— Não ouse pronunciar uma única palavra mais! — esbravejou a mais velha.

— O quê? O que quase ela pediu? Por favor, não me deixe curioso Triss! — pediu o bardo, inclinando-se para frente para poder chegar mais perto da tina da outra ômega.

— Tudo bem. Eu não direi... Não em voz alta. — disse, e se aproximou do bardo, e começou a falar em seu ouvido.

Jaskier outra vez arregalou os olhos em descrença.

— Por Melitele! Eu nunca imaginei isso vindo de você Tissaia! Esse mundo está mesmo mudando...

— Eu juro que se os dois não pararem de fofocar ou falar sobre mim eu farei... — as ameaças logo foram cortadas por um soldado que entrou na porta e falou com uma serva, que veio até os três.

— Príncipe Aurel mandou avisar que foi chamado para uma rápida viagem hoje à tarde, mas voltará amanhã pela manhã.

— Então isso significa que a comemoração será só amanhã? Ok, obrigado pelo aviso. — disse Jaskier, dando sinal para o soldado e a serva sair.

— Triste? — perguntou Triss.

— Não. Porque ficarei triste? Agora posso ter meu merecido descanso pelo resto da tarde. Deixarei o alfaiate para à noite. Viram? Os horários estão começando a me seguir, e não o contrário. — disse, deitando-se na beira da tina, para voltar a relaxar, mas fungou tristemente, tentando se convencer — Que comecem minhas preparações. — e deu mais um sinal sem muito ânimo para outras servas virem terminar seu banho.

Suas irmãs lhe miravam com pena, pois estavam testemunhando mais um casamento que seria infeliz, mas apostavam também no milagre de que com toda aquela mordomia e mais a gentileza e bondade do príncipe fossem capturar seu coração e assim esquecer-se do bruxo

◆◆◆◆◆

Geralt escovava Plotka ali nas cocheiras, junto de outros cavalariços que cuidavam dos vários corceis pessoais da realeza. De vez em quando um trio ou uma dupla de servas ou servos ômegas passavam por ele, olhando-o com curiosidade, e até desejo. Pois mesmo não querendo, seu ar e seu aroma atraía até mesmo algumas alfas que paravam ali para perguntar sobre coisas aleatórias só para chamar sua atenção.

— Está sendo bem estimado. E cobiçado. Se fosse qualquer um já teria conseguido uns cinco ômegas em menos de uma hora. — disse uma mulher, chegando de repente.

— Yennefer. — e se virou pra ela — O que faz aqui? Porque não está ao lado de seu irmão preparando a festa pra ele? — questinou, sem humor.

— Vamos dizer que não tenho um passado positivo naquela família... — a feiticeira cruzou os braços e fez uma careta armagurada, como se tivesse passado por sua mente lembranças muito ruins — E infelizmente, pretendo ficar assim até o casamento. E quanto à você?

— Terei que ficar para a festa. Mas estou planejando ir embora quando ela começar. Não aguento ficar mais um dia aqui no mesmo lugar... que ele o príncipe. As coisas já foram resolvidas. Não tem mais sentido permanecer.

— Se eu fosse você ficaria. Esse rei pode mostrar ser gentil e tudo mais... Mas é tudo só uma fachada. Acredite. — Yennefer olhou para todos lados e se aproximou para confidenciar — O rei Archer é capaz de mandar assassinos em seu encalço só por você respirar errado ou feito algo que não foi do agrado dele.

— E o filho presumo é a mesma coisa.

— Não. Aurel é um milagre, às vezes. Ele é realmente gentil. Mas quando vê que algo está em seu caminho, pode ser mais determinado que o rei. Por isso, não confie nele também nesse quesito de desacato.

— É um tanto confuso seu julgamento à esse príncipe. Foram o quê? Amantes?

— Não ouse supor isso! Nunca! — alterou-se a feiticeira, recebendo um olhar desconfiado do bruxo — Esqueça essa merda. Só isso. Aliás, vamos nos focar em você. Para onde pretende ir quando a festa começar?

— Voltarei para o norte. O inverno está por vir. Não terá caças para mim nessa temporada.

— E quando você fala Norte, isso quer dizer o seu lar? — perguntou Yennefer, mas o bruxo não disse nada.

— Porque quer saber? O que eu fizer ou deixar de fazer não será mais da conta de ninguém assim que eu pisar o pé fora desse reino.

— Eu sei sobre o filho. — soltou de repente, fazendo o bruxo retesar, parando de escovar a égua — Fercart me contou. Tudo. Agora tenho certeza. — a ômega se aproximou um pouco mais — Então é assim? Vai deixar seu filho pra trás? E o pior, vai deixar meu irmão sem saber que esse filho que ele terá é seu e que já ele estava esperando a mais de três meses?

— É o melhor para todos. Você sabe disso. Se ele souber, é capaz de fazer uma loucura.

— Você está certo. Jaskier é capaz de fazer uma loucura... Mas se eu fosse você, daria um jeito de poder ficar perto de seu filho. Geralt, um filho não pode ser abandonado assim!

— Ele nunca será abandonado tendo dois pais, sendo príncipe ou princesa, tendo tudo do bom e do melhor. Você pensa que desde o momento em que eu soube que ele estava esperando um filho meu que eu não pensei nisso tudo? Eu pensei! Pelos malditos três meses inteiros Yennefer! De princípio eu não contei porque ele me odiava, e temi que pudesse tentar se livrar dessa criança. Mas depois... As coisas aconteceram, ele... Me correspondeu, fez o que eu mais queria nesse mundo. E então tive que outra vez esconder... e não contei por temer que ele pudesse querer abandonar tudo para vir comigo.

— E ele ainda quer. Só basta agora um sim seu e ele fará. Mas isso não pode ser feito. Todos nós sabemos disso... Há vidas em jogo nisso.

— Sim. Por isso também que tenho que ir embora logo. Eu não me meto em política, e não será agora que farei isso. — disse, suspirando cansado.

— Bom se é assim... Geralt, não vá embora sem pelo menos se despedir dele. Jaskier é muito sensível, ele já está sendo forte demais em ter em mente que você não vai ficar. Se for embora antes da festa... — Yennefer suspirou preocupada pelo seu irmão — Se despeça dele. Faça as coisas direito. É sempre bom por um oficial ponto final do que terminar tudo por inacabado.

— Verei o que farei.

— Você não vai ver coisa nenhuma! Faça o que eu digo, e tudo será uma dor só. — disse, passando pelo mesmo para ir embora, mas parou no lugar assim que viu o rei ao longe sair de uma porta — Merda...!

— Yennefer? O que houve?

— Geralt, me desculpe por isso. — e sem que o bruxo esperasse, a morena puxou seu rosto, e o beijou.


Notas Finais


Gosstaram?

E então, o que será que Yennefer tem com esse rei? Algum palpite?

Espero que tenham se divertido um pouco hoje, e se tiver algum erro, pode me falar.
Muito obrigada por todos os comentários e views que estão dando a minha fic, a cada semana fico mais e mais motivada a continuar fazendo um bom trabalho pra vocês.🥰

Um grande abraço apertado e beijitos à todos!
Inté semana que vem!

Ah! E feliz Páscoa à todos!❤️🐰❤️🐰❤️🐰❤️🐰❤️🐰

P.S: eu sempre me esqueci de colocar o como imagino que o príncipe Aurel é, mas não dessa vez.
Abaixo está o link:

https://pin.it/21ZWZOU - Príncipe Aurel de Cidaris (personagem original de Masquerade)


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