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História Match! Amor e Redenção. - Capítulo XXVI


Escrita por: Lylynhaah

Capítulo 27 - Capítulo XXVI



                                 David


 Finalmente está chegando o dia da festa do meu noivado com a Lana. Ela falava tanto dessa festa nos últimos dias, que acho que se acontecesse algum imprevisto, ela literalmente surtaria. Mas ao que parece, está tudo indo conforme o planejado.

Michael tem sido de grande ajuda nesse momento, já que se eu estivesse sozinho, eu é que teria surtado. Sendo um dos meus padrinhos, e melhor amigo, ele não permitiria que eu ficasse doido antes de realmente me ver casado, e enlouquecer aos poucos com o matrimônio, segundo ele mesmo diz.

O Antony aceitou ser um dos meus padrinhos, mas só vira para a festa de noivado, e no dia do casamento.

Depois de ter se mudado para outro estado, e ido trabalhar em uma filial da empresa em que é sócio, nosso contato está menos frequente, mas eu não deixaria isso afetar nossa amizade nem livraria a barra dele em ser meu padrinho.

- David, você já falou com a Crystal? - Lana questiona assim que entra no quarto.

- Não, falarei com ela amanhã.

- Por que você gosta de deixar as coisas pra cima da hora?

- Eu não...

- Você sabe bem que se o Antony não vier, precisa estar combinado com ela pra ir buscá-la.

- O Antony virá.

Ela para, coloca uma mão na cintura, e me encara duvidosa.

- Eu não teria tanta certeza disso.

- Eu sei que ele virá. Falei com ele hoje mais cedo. - recosto confortavelmente na cabeceira da cama. - Ele tem uma reunião na manhã de sábado, mas já reservou um vôo para estar aqui antes das 16h. Então dará tempo suficiente para ele se arrumar e buscá-la antes de ir.

- Eu espero que essa sua confiança não deixe a Crystal plantada em casa esperando.

- Não vai.

Ela vem pra cama, deita ao meu lado, e eu a abraço.

- Não se preocupa amor, vai dar tudo certo. - beijo o topo de sua cabeça.

- Eu estou nervosa com tudo isso. Essa ansiedade me deixa insegura.

- Eu sei amor, não é fácil estar à frente de todos os preparativos, e se manter tranquila.

- Obrigada por ser compreensivo. - ela me aperta em seu abraço.

- Sempre serei, meu amor. Sempre.



                            Antony


 Ao chegar em casa, sinto o cansaço que foi esse dia. Não seria uma má ideia tomar um banho, e me atracar às cobertas e só levantar no dia seguinte, mas preciso ir na festa de noivado do David. É um momento importante para ele, e eu não seria um bom amigo se não estivesse ao seu lado hoje. Não é nada comparado ao dia do casamento, mas não deixa de ser importante.

Liguei para a Crystal, e ela disse que estaria pronta às 19h, então ainda tenho um tempinho para poder relaxar até ir buscá-la.

É tão bom estar em casa. Quem diria que passar seis meses fora, me faria sentir tão bem ao voltar. Mesmo que estar aqui, agora, me faça tão bem, essas paredes me trazem lembranças bem desconfortáveis.

Seis meses atrás, tive dias horríveis aqui dentro. Começou quando me deparei com a conversa da Megan com a Crystal. Depois disso, tudo parecia desabar aos poucos. Veio a Andie, que com minha displicência, acabou sendo envolvida em uma teia de sentimentos rancorosos, e comportamentos imaturos. Eu jamais devia tê-la envolvido nisso tudo, não me surpreendeu ela agir descontroladamente quando eu a pedir que fosse embora, e que não nos veríamos mais. Os tapas que eu levei, não foram nada comparado com o estrago que eu devo ter feito com os sentimentos dela.

Apesar da sua aura tão alegre e despreocupada, ela pode virar um furacão quando se sente enganada e usada por alguém. Eu fui mesmo um canalha com ela, e lembrar disso, me deixa com um grande remorso.

Eu preparo um copo de uisky, e vou para a poltrona na varanda, aproveitar um pouco do meu lugar favorito da casa.

Sentado, eu coloco os pés na mesinha de centro, e repouso o copo na mesinha lateral. Dou um longo suspiro, e inevitávelmente penso na Megan.

Como será que estão as coisas na vida dela agora? Será que voltou com o Peter? Será que estão morando juntos, ou casados? O bebê deles, será menino ou menina? Será que agora ela realmente está feliz?

São questões que não fazem diferença alguma na minha vida agora, mas fico curioso na maior parte do tempo.

Quando eu descobri que ela estava grávida, tirei ela por completo da minha vida. Se ela estava bem, e se sentia feliz, eu jamais iria interferir nisso.

Mas dói, dói saber que ela está feliz e radiante formando família com outra pessoa. Esse deve ser o preço que estou pagando por tudo o que fiz com ela no passado. Acabei me apaixonado por ela, a desejando mais do que qualquer outra coisa nesse mundo, pra no fim, saber que ela está feliz com outro.

- Minha vida é mesmo uma merda. - falo sozinho ao encarar o copo de bebida na mão.

Finalizo o último gole, vou para o quarto, tomo um banho, e deito para descansar um pouco.

Ao acordar, percebo que acabei dormindo mais do que devia.

- Puta merda!

Levanto num pulo, e corro para me arrumar o mais rápido que consigo.

Ao sair do quarto, às pressas, tento ligar para a Crystal. Mas só chama e ela não atende.

- Droga, Crystal, atende! - exclamou para o telefone ao passar correndo pela sala em direção a porta.

No estacionamento, volto a ligar pra ela, e finalmente ela atende.

- Oi pai!

- Crystal!? Por Deus, achei que você não  ia atender.

- Desculpe pai, estava muito ocupada!

- Ok. Estou passando aí pra te pegar. - digo já ligando o carro.

- Pai, eu estou no hospital, e acho que não poderei ir a festa do David.

- O quê? - meu coração dispara de imediato. - Como assim você está no hospital?

- Pai, com toda essa confusão, eu não consegui pegar meu carregador, e meu celular está nas últimas. - explica.

- Tudo bem, só me diga o nome do hospital, que chegai aí o mais rápido que eu puder. - digo eufórico.

- Pai, eu estou bem, não se preocupe...

- Crystal, me diz o nome da droga do hospital!

- É o hospital Sta Marie. Mas você não precisa vir, eu só estou...

A ligação caiu, e meu coração dispara de uma forma, que eu não imaginei que fosse possível. Eu liguei de novo, de novo, e de novo, mas nada. Caia direto na caixa postal.

- Caralho! - engatei a ré, saí rápido da vaga na garagem, e corri feito um louco até aquele hospital.

Pode até não ter me restado muitos motivos de alegria na vida, mas a Crystal, era a única que conseguia me trazer algum vislumbre de amor e felicidade. Então eu precisava estar ao lado dela em todos os momentos que ela precisasse.

Ao chegar no hospital, nem me dou ao trabalho de me preocupar se estacionei direito na vaga, apenas desço do carro, e vou para a entrada de emergência.

No balcão, apesar de estar totalmente esbaforido, consigo dialogar com a recepcionista.

- Por favor...- tento recuperar o fôlego - preciso ver uma paciente.

- Tudo bem Sr. Pode me informar o sobrenome? - ela encara a tela do computador.

- Bianchi Moretti! - me apoio no balcão.

- Desculpe Sr, não consta nenhuma paciente com esses sobrenomes.

- Como assim? - encaro a recepcionista totalmente confuso. - Ela me disse que estava aqui.

- Sinto muito, Sr...

- Tente por Bianchi. Apenas Bianchi! - insisto.

- Tudo bem...- ela digita no computador, e logo retoma a atenção a mim. - Ok. Encontrei.

Caralho Crystal, sério que em um momento como esse, você ainda cisma de não usar o sobrenome do seu pai? Inacreditável!

- A paciente está no quarto 504.

- Muito obrigado!

Sem esperar que ela me diga mais nada, eu corro até o elevador (que por sorte se encontra parado nesse andar) e aperto o botão do quinto andar.

Saindo do elevador, viro à direita e procuro pelo número, mas logo me dou conta que estou procurando do lado errado. Volto pelo corredor, e sigo para a esquerda.

- 501, 503, 505... Que porra é isso?
Só então percebo que os quartos pares ficam de uma lado, e os ímpares do outro.

Ao parar em frente a porta número 504, eu respiro fundo, e tento não parecer tão agitado. Bato calmamente na porta, mas não parece haver ninguém lá dentro. Volto a bater, e nada.

Então decido entrar.
Espero que esteja vestida, Crystal.

Entro devagar no quarto, e a iluminação está baixa. Deitada sobre a cama, ela parece estar em um sono calmo e sereno.

Eu passei um sufoco danado até chegar aqui, sem saber se estava tudo bem com ela, pra simplesmente encontrá-la dormindo e tranquila. Deitada de costas pra mim, ela não se move um único centímetro.

Eu me aproximo sorrateiro, e a passos lentos, consigo ouvir um barulho baixo, e constante. Ao lado da cama dela, se encontra uma espécie de caixa transparente, e dentro dela, algo se mexe freneticamente, e permanece a emitir o ruído.

Quando meus olhos se fixam ali, meus olhos quase saltam das órbitas com a surpresa. Um pequeno embrulho se movimenta, e com a mão fechada, chupa com vigor os próprios dedos. Volto a olhar, mas agora atentamente, para a cama, e percebo que não é a Crystal, e sim a Megan.

- Ai merda. - sussurro. 




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