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História Mating Policies - To understand a Demon - PARTE I


Escrita por: nymph_L

Notas do Autor


Olá!

Novamente, estou trazendo mais um capítulo adiantado porque amanhã vou precisar sair e não sei se terei tempo de atualizar. Então, achei melhor já atualizar hoje.

Tenho também um anúncio pra fazer: não sei se neste mês de junho vou manter as atualizações toda semana. Acho que vou escolher um dia da semana e postar a cada 15 dias e intercalar com PS I'm (still not) over you. Por quê? Porque eu não to conseguindo dar conta de traduzir, revisar e postar as fics traduzidas, responder reviews e escrever capítulos novos das demais fics e responder os reviews dessas outras fics. Então melhor espaçar pra poder fazer tudo a deixar os leitores na mão. De qualquer forma, essa fic está terminada, então não haverá um período muito longo entre atualizações. Espero que entendam xD

Falando em reviews, eu nem consegui responder os do capítulo passado. Farei isso mais pro fim do dia. Peço desculpas, mas agradeço imensamente a todos os cometários e favoritos que essa fic recebeu. (SaraHime, KarinaSesshy, Thamychann, Rosetta01, Queen_Sakura, RinYuukihime, sessytenshi, isabelle36, k-re, LeahCarter, sasha_blose,
bianca_otaku007) Vocês moram no meu <3

Ah, importante lembrar que esse capítulo tem uma primeira cena mais explícita xD

Traduções:
Gobodo-sama = Senhora Mãe ou Lady Mother. Não lembro de no português usarmos tanto o termo, mas em Inglês é muito usado. Como achei que Senhora Mãe ficaria estranho, coloquei o termo em japonês;

Futon = colchão japonês

Shoji = tradicionais portas japonesas de papel translúcido;

Sunomono = salada de pepinos tradicional japonesa.

Boa leitura!

Capítulo 5 - To understand a Demon - PARTE I


Fanfic / Fanfiction Mating Policies - To understand a Demon - PARTE I

LÁBIOS QUENTES DESLIZARAM SOBRE A PELE NUA E GELADA, TRILHANDO O CAMINHO DA ESCÁPULA PROEMINENTE ATÉ A ÚLTIMA COSTELA. Os beijos eram tão leves que Rin não pode evitar o estremecimento que a percorreu.

Com os olhos dourados fechados, os sentidos de Sesshomaru ficaram ainda mais aguçados quando a ponta de sua língua percorreu as curvas maravilhosas da mulher sob seu corpo.

Tudo sobre ela — uma mulher ningen, e ali residia a maior ironia de sua vida: o poderoso inu daiyokai, mais poderoso que seu pai, o inesquecível InuTaisho, estava enfeitiçado por uma humana — o encantava e o agradava. De seus gemidos roucos a forma como arqueava as costas, sedenta por seu toque, faminta por mais.

Que criatura mais sedutora.

Após uma sessão de amor completamente vigorosa, agora ele castigava o corpo extremamente sensível de sua amante com toques tortuosamente lentos que a faziam estremecer. Após mais um beijo lânguido depositado sobre a nuca, o yokai entrelaçou os cabelos escuros em suas longas garras e a colocou de quatro.

Quando Rin tentou mover os quadris, sedenta por ele, indicando onde queria suas atenções, Sesshomaru rosnou. O rom reverberou em seu peito, agora mais próximo das costas dela enquanto lhe mordiscava o lóbulo com firme delicadeza. 

O ato deveria servir de aviso, mas Rin acabou por gemer, completamente satisfeita por ser dominada. Levantou os quadris, pressionando-se contra ele, tentando deslizar sobre o pênis ereto para aumentar seu prazer.

Mas ele não permitiu.

Com outro rosnado, ele mordeu a marca permanente que havia acabado de colocar sobre a pele de sua esposa e se afastou sem mais cerimônias. Ofegando, Rin tentou se manter na posição em que ele a colocara antes, mas suas pernas estavam enfraquecidas e não conseguiriam sustentá-la por muito mais tempo.

Logo, qualquer pensamento coerente abandonava sua mente quando ao invés de posicionar a glande contra seu centro, Sesshomaru correu as garras por sobre seu clitóris e abaixou a cabeça, deixando-se saboreá-la.

Suas bochechas esquentaram diante daquela ação devassa.

Era vergonhoso que ele a observasse daquela forma, mas também a excitava ter um inu daiyokai poderoso como ele — o mais poderoso de todos — entre suas pernas, comandando seu corpo rumo a um prazer imaginável.

Encarou-o por sobre o ombro. Seus lábios completamente machucados ao tentar se manter quieta. Os olhos dourados estavam focados nos seus ao fazer aquela mágica. Ainda que Rin fosse capaz de tocar koto e outros instrumentos musicais tradicionais, Sesshomaru era o único a tocá-la como um artista talentoso.

Quando a mão dele deslizou por entre suas coxas — o yokai a mantinha no posicionada no lugar, impedindo-a de esfregar seu corpo contra o rosto dele numa estimulação escandalosa — em direção a seus seios sensível, ela soube então que estava a mercê dele.

Não passava de uma escrava...

Uma escrava que ele comandava a seu bel prazer...

Uma escrava de seus próprios desejos...

Outro gemido escapou seus lábios quando a língua dele a penetrou. Os lençóis de seda colocados sobre o futon estavam completamente arruinados — principalmente por conta das garras afiadas. Rin jogou a cabeça para trás e moveu os quadris contra o rosto de seu Senhor, buscando desesperadamente o doce ápice que ela sabia que se aproximava a galope.

Os dedos que a manipulavam eram o próprio paraíso; estava completamente viciada e dependente. E o orgasmo explosivo estava quase lá, tão perto... que Rin soluçou quando ele interrompeu seus movimentos abruptamente e se afastou.

Com os olhos arregalados em descrença, encarou-o em busca de alguma explicação para aquelas ações diabólicas.

Não encontrou nenhuma.

Nem encontraria, pois tão logo o encarou com descrença, teve que fechar os olhos cor-de-canela diante da penetração repentina. Ele se inclinou para beijá-la, sem encontrar qualquer resistência, pois sua boca estava aberta num grito silencioso por conta do movimento inesperado.

O beijo foi saboreado pelos dois. Sesshomaru a beijava da mesma forma que tomava seu corpo. Lenta e intensamente. A mão estacionada sobre os quadris arredondados, trazendo o corpo suave contra o seu, moveu-se sobre a dela, entrelaçando os dedos juntos.

O prazer começou a escalar em seu corpo inteiro, mais forte do que nunca. Talvez o fato de que ele a negara segundos antes, fez com que o ápice a alcançasse de forma mais poderosa e intensa.

Num movimento que fez com que Sesshomaru gemesse contra sua boca, Rin tomou a mão dele e a moveu sobre seu clitóris, mostrando como desejava ser tocada. Foi preciso apenas alguns toques leves para que ela o apertasse da forma mais deliciosa e seu grito silencioso fosse absorvido pelos lábios famintos dele.

Oh Kami.

Rin só esperava que a cerimônia de acasalamento durasse pelo resto de sua vida. Mortal ou não.

♕♕♕

"Vi que você mudou de ideia." InuKimi sorriu ao ver a ningen entrar no campo de treinamento onde a esperava pelos últimos... cinco minutos. "Você está atrasada."

Os olhos de Rin se arregalaram diante do tom de voz. Mas ela não levara mais do que alguns minutos para cruzar o castelo! Não podia ser mais do que cinco horas! Honestamente, por que é que tinham que se encontrar antes mesmo do nascer do sol?

Não ajudava em nada que uma vez que o Senhor Sesshomaru deixara a cama, ela quase não conseguira dormir. Seus sonhos geralmente pacíficos e preenchidos com campos de flores mudaram drasticamente no decorrer da noite. Logo, viu e viveu e experimentou coisas que fariam com que até mesmo Lady InuKimi corasse.

Sonhos eróticos causados pela marca?

Rin se perguntara isso no dia anterior. Mesmo que soubesse que os sonhos aconteceriam, não podia imaginar que começariam tão logo. Foi incapaz de ter ao menos um minuto de descanso, pois assim que fechara os olhos as imagens sensuais tomaram conta de sua mente. Dessa forma, ficara acordada o resto da noite observando a lua cheia.

As imagens eram tão sensuais que Rin tivera vergonha de se tocar como desejava — como necessitava.

"Quando eu disser que te espero às cinco, é melhor que você chegue antes disso." Sua voz firme não deixou nenhum espaço para contestação. Ainda assim, Rin quase tentou abrir a boca para discordar ou pior: para pedir desculpas, "Seus atrasos não serão tolerados de novo."

"M-Mas..."

Não fazia nenhum sentido. Se a Senhora esperava que ela chegasse antes do horário combinado por que não dissera isso antes? Certamente, não esperava que Rin fosse vidente.

"Chata!" InuKimi a interrompeu com um rolar de olhos. A garota entendia bem pouco de sua natureza travessa. Mal podia compreender o que seu filho via de tão especial naquela ningen. 

Falando no diabo... Conseguia sentir o cheiro de seu filho sobre a garota. Só podia significar que ela passara ao menos uma parte da noite nos braços dele.

Bom, ninguém podia dizer que ele não estava tentando.

Um pequeno sorriso curvou o canto de seus lábios ao focar a atenção de volta em seu mais novo projeto. Não importava que Sesshomaru estivesse tentando, ela lhe ensinaria uma lição — que seria especialmente divertida.

"Vamos ver como você se sai lutando."

♕♕♕

Sesshomaru estava inquieto quando seus olhos dourados percorreram, mais uma vez, os acordos que precisava revisar antes do almoço. Antes que pudesse se juntar a Rin e esquecer ao menos um pouco que sua vida se tornara caótica justamente porque ele resolvera se posicionar contra o conselho de anciões.

Velhotes inúteis.

Seus lábios se fecharam numa linha reta ao pensar no que seus tios disseram durante o café da manhã. Às vezes, desejava que aquela regra estúpida que se aplicava às fêmeas casadas — e recentemente acasaladas — também se aplicasse aos seus parceiros. Ao invés disso, ele não tinha apenas permissão para deixar sua esposa sozinha, mas esperava-se que ele continuasse a participar de reuniões entediantes e irritantes.

Lady Kaoru, das Terras do Sul, virá visitá-lo.

Não combinava em nada com ele, mas Sesshomaru acabou rosnando ao receber a notícia. Se Lady Kaoru planejava visitá-lo quando ele acabara se casar e estava cortejando sua esposa — desnecessário dizer que ele não avisara Rin que tão logo a marcasse, ainda que se tratasse de uma marca temporária, o processo de cortejo começaria, mesmo que ele não o desejasse —, só podia significar que ela e sua família não reconheciam a validade de seu relacionamento com Rin.

Em outras palavras, eles o estavam desafiando pessoalmente. Estavam desafiando sua autoridade e a de Rin, como sua esposa e futura consorte.

Outro rosnado se formou no fundo de sua garganta ao se lembrar ter dito para seus tios que se ela viesse, de fato, não deveria esperar ser recebida em suas terras.

Um pequeno sorriso cruzou os lábios de Michiko — e ele odiava os sorrisos dela mais do que odiava os de sua mãe — quando ela lhe entregou um pergaminho com as palavras de Shinobu.

Incapaz de se concentrar na tarefa a ser realizada, soltou os acordos com o Norte e Leste e pegou o outro pergaminho que continha as palavras odiosas do homem.

Eu sei que o Senhor vai receber e tratar a minha filha com o maior respeito, pois é do seu interesse permanecer como principal parceiro das terras do Sul.

A missiva inteira era uma completa perda de tempo, o que importava eram as últimas palavras, em que ele se atrevia a assumir que Sesshomaru estava com medo de perdê-lo enquanto aliado e de perder a aliança com o Sul. Ainda que fosse uma grande perda — a paz estava se provando extremamente rentável —, ele não se sentiria nem um pouco triste por isso.

Um homem que conseguira derrotar o terrível Naraku não temeria a raiva do Lorde do Sul. Não por conta de sua filha, ao menos. Sem falar que a Guerra era algo que eles mal podiam evitar agora. Com Rin ao seu lado, Sesshomaru tinha o suporte dos humanos — sua protegida provara ser uma diplomata habilidosa quando se tratava de transações que sempre lhe rendiam o melhor dos acordos —, com Lady Kaoru ele poderia ter o suporte do Sul, mas o Leste e o possivelmente o Norte o abandonariam porque os dois Senhores Yokais além de não se bicarem, também aprenderam que humanos poderiam ser parceiros valiosos.

Ele não podia ter os dois. Desnecessário dizer quem era mais importante nos termos do coração e da política.

De qualquer forma, uma parceira que não podia entendê-lo ou respeitar suas escolhas não seria um bom aliado. Lady Kaoru podia até tentar capturar seu coração, mas ela descobriria que apesar de ser Primavera, encontraria no Oeste seu pior inverno.

O mesmo tratamento seria dispensado à sua própria família se eles tentassem cruzar seu caminho.

Aliviado por finalmente conseguir se concentrar, pegou os documentos de volta e os encarou com renovada atenção, por mais que tal concentração fosse curta. Logo, o aroma floral de Rin tomou seus sentidos quando ela parou diante das portas de shoji em seu escritório.

Levantou-se tão logo as portas foram abertas. Sua visão foi assaltada pelo sorriso glorioso que tomava os lábios carmim quando Rin se curvou respeitosamente.

"Boa tarde, Sesshomaru-sama."

♕♕♕

Silêncio foi seu companheiro principal durante o almoço. O único som ouvido na antessala era o dos hashi batendo nas tigelas incessantemente. Ainda que Sesshomaru não precisasse se alimentar com a mesma frequência de um humano, não significava que não gostasse de fazer companhia para Rin.

Seus olhos dourados estavam intensamente focados nela ao finalizar o conteúdo da tigela de sunomono e tomar um gole de saquê. Era sem precedentes que uma mulher humana fosse mais valiosa para ele do que uma yokai puro sangue.

Quem diria que a garota que Tenseiga o fizera salvar dez anos antes se tornaria tão valiosa? Ele certamente não imaginaria. Ainda focado nela, não deixou de notar que quando os olhos cor de canela encontraram os seus e um leve — e adorável, queria adicionar — rubor tomou conta de suas bochechas. Rin mordeu o lábio inferior, e tal ato fez com que sua respiração engatasse.

Quem diria que a garota mirrada se tornaria uma beldade? Quem diria que ele acabaria — para seu desgosto — por desejá-la?

Quem diria que ele seria tão fraco ao ponto de não resistir os efeitos que a marca temporária teria sobre ela e sobre ele próprio?

Ele não imaginara. Ele nunca imaginaria.

"Sesshomaru-sama?" A voz soou suave e melódica quando Rin inclinou a cabeça levemente como se estivesse se perguntando o que havia de errado consigo mesma — porque só podia haver algo errado para que ele a encarasse tão fixamente.

O yokai clareou a garganta e desviou os olhos dos lábios carmim — tinha que dizer à criada pessoal de sua esposa que deveria parar de tingir os lábios dela com aquela cor tentadora.

"Como foi o seu primeiro dia de treino?" perguntou, seus olhos fixos nos dela. Não se atrevia a olhar para baixo, pois temia encontrá-la mordendo o lábio inferior novamente.

Um leve sorriso curvou a boca de Rin. Ela depositou os hashi sobre a mesa e soltou um suspiro longo e profundo.

"Foi bom, Milorde."

Seus olhos se estreitaram diante daquelas palavras. Não acreditava nela. Algo soava estranho. Falso. Não era típico de sua protegida suspirar tão profundamente se estivesse contente com algo. A menos que tais suspiros fossem causados por seus interlúdios deleitáveis.

Novamente, sem seu expresso consentimento, encontrou-se encarando os lábios avermelhados. Seu desejo de tomá-la em seus braços era esmagador. Tentou afastar tais pensamentos. Depois da noite mal dormida, não pode evitar se perder naquela imagem tentadora.

"Minha mãe te machucou?" Aproximou-se dela, escaneando o corpo diminuto em busca de qualquer mínimo arranhão. InuKimi pagaria caro se uma única marca sequer fosse encontrada na pele delicada de Rin. "Ela fez algo que te desagradou?"

A vontade de punir sua mãe por colocá-los em tal situação complicada — afinal, fora ela quem fizera a cabeça de Rin, enfiando aquelas ideias de sedução em sua mente; e mesmo que ela não estivesse tentando, já estava certamente conseguindo —, era tão grande que até mesmo o mais leve dos descuidos serviria como desculpa.

"Ah, não." Uma pequena risada escapou dos lábios carmim. Lady InuKimi tinha lhe avisado de que essa seria a primeira reação de seu Senhor diante da notícia de seus treinos. Ele tentaria arrumar qualquer desculpa para acabar com suas lições. Um estremecimento de dor percorreu seu corpo ao se voltar para encará-lo mais abertamente. Seu corpo inteiro doía agora que o sangue havia esfriado. "Nenhum pouco, Sesshomaru-sama."

"Você está dolorida," ele afirmou como se fosse uma obviedade.

Em menos de um segundo, ele retirou a mesa de centro colocada entre eles e lhe invadiu o espaço pessoal, levantou o queixo delicado e a inspecionou por completo.

Sacudiu a cabeça ao abaixar a mão dele e entrelaçar seus dedos juntos. Mesmo que ele tentasse ao máximo não soar preocupado, Rin sabia que ele estava.

Tal reação fez com que seu coração fosse invadido por uma sensação de paz e calmaria. Um pequeno e contente sorriso agraciou sua boca.

"Rin."

Suspirou.

"Eu estou bem, Sesshomaru-sama." Acariciou a mão dele, tomando cuidado com as longas garras. "Contudo, é de se esperar que eu me sinta terrível após passar boa parte da manhã estudando A História dos Yokais com o Mestre Jaken."

Se Sesshomaru fosse um homem inclinado a rir, teria rido. Ao invés disso, relaxou sua postura.

"Nenhuma esposa minha deve ser leiga sobre a História dos Yokais." A voz, apesar de séria, continua um quê de brincadeira.

Seu coração acelerou diante das palavras dele. Esposa. Não estava acostumada com tal título — mas pensou que logo estaria, ou deveria estar. Cada vez que Lady InuKimi lhe perguntava o que faria para tê-lo para si, sentia sua resolução derreter aos poucos. E com esses sonhos a lhe atormentar, não demoraria muito até que jogasse a cautela pela janela e entregasse seu coração numa bandeja para ele.

Apenas para tê-lo destruído depois.

Seu humor foi arruinado com tal pensamento. Por que estava se enganando? Era óbvio que apesar de ser a sua esposa, nunca seria sua consorte. Seria uma desgraça para Sesshomaru que valorizava tanto sua natureza yokai mais do que qualquer coisa.

Sentindo a mudança no humor repentina, ele removeu uma mecha de cabelo da face juvenil e a colocou atrás da orelha dela. O cabelo cheirava a flores e, no presente momento, ele faria qualquer coisa apenas para envolvê-la em seus braços e inalar seu cheiro suave.

"Rin," começou, segurando o queixo dela no lugar. Parecia-lhe impossível manter suas mãos para si. "Quero ser o primeiro a saber caso minha mãe faça algo que te desagrade."

Um suspiro escapou os lábios de sua protegida. Ela beijou sua mão carinhosamente.

"InuKimi-sama tem sido extremamente gentil comigo, Sesshomaru-sama."

Ele estreitou os olhos. Pensara que a mudança de humor só poderia ser relacionada à sua mãe, mas as palavras dela continuavam a negar tal impressão. Aparentemente, sua mãe não prejudicaria ou machucaria Rin. Então, o que a fazia mudar tão rapidamente e tão completamente em apenas alguns segundos?

"De qualquer forma, eu quero saber."

"E você vai." Sorriu, o que fez com que o coração dele se acelerasse.

Silêncio se estabeleceu entre os dois. Os dedos longos de Sesshomaru permaneceram em sua face, acariciando-a levemente. Era estranho pensar que ele, que antes tinha interação corporal extremamente limitada com ela, agora, depois que a marcara, não conseguisse se controlar ao redor dela.

De fato, costumava tocá-la mais quando ela era uma criança. E é desnecessário dizer que evitava se aproximar. Rin sempre fora uma criança independente. Caçaria sua própria comida, caso caísse e se machucasse, ela própria cuidaria de suas feridas... Então, quando ele viera buscá-la, depois de tantos anos vivendo com Kaede, ele não conseguia encontrar em si nenhum motivo para tocá-la.

Parecia... estranho. Rin era uma mulher feita agora, não mais a criança que ele salvara anos atrás e que o seguia em sua jornada. Mas ela não era só uma adulta, era uma mulher desejável. Se ele, que não gostava de humanos, podia ver isso, não queria nem imaginar o que os demais moradores do vilarejo pensavam.

O que Kohaku pensava.

Um rosnado possessivo nasceu em seu peito.

Sesshomaru odiava isso, odiava com todo seu ser, porque tal pensamento ia contra suas crenças mais profundas, mas Rin era sua. E ele não estava disposto a compartilhá-la com ninguém.

Antes que pudesse se controlar — e dentro de sua mente ele tentou bravamente resistir — ele a deitou sobre o tatame, seu corpo se moveu sobre o dela; sua cabeça se enterrou no pescoço suave. Percorreu a marca com as presas alongadas, contemplando se deveria lhe presentear com a marca permanente agora ou não.

Mesmo que seu lado racional não quisesse, seus instintos mais primitivos o empurravam em tal direção. Lambeu lentamente a marca e removeu os dedos dos longos cabelos escuros, livrando as mechas dos enfeites que complementavam o penteado.

O yokai trouxe uma mecha para seu nariz e inalou com profundidade o cheiro floral que amava tanto. Os orbes dourados estavam treinados na face dela, observando todas as emoções que cruzavam os olhos cor de canela.

Podia ouvir o coração dela batendo fortemente... não por medo, como poderia se esperar, mas com entusiasmo. Rin confiava tanto nele... mais do que ele confiava em si mesmo. Os olhos grandes brilhavam com tanto amor e afeição que ele se perguntou como uma criatura tão inocente podia encontrar em si a capacidade de amá-lo — uma criatura que podia matá-la com suas garras afiadas caso assim o desejasse.

Antes que pudesse perceber, seu dedo traçava o lábio inferior com delicadeza. O desejo de beijá-la era quase avassalador. Sesshomaru se amaldiçoou por sua falta de controle quando a língua dela traçou seu dedo acidentalmente — despertando mais do que as cenas que ele não queria mais pensar, mas que parecia incapaz de esquecer.

Afastou-se de uma vez.

As bochechas de Rin estavam avermelhadas e o desejo que ela nutria por ele era quase insuportável. Apenas esperava que ele não fosse capaz de sentir o cheiro de sua excitação, mas para seu desespero e total vergonha, ele já estava inalando o ar.

Fechou os olhos, pois não queria vê-lo quando ele se levantou e caminhou até as portas de shoji da antessala — provavelmente enojado com sua incapacidade de se controlar e controlar seu próprio corpo.

"Você deveria vir assistir ao meu treino com a InuKimi-sama um dia desses, Sesshomaru-sama," disse, tentando se ajustar numa posição sentada. Seu cabelo longo estava completamente bagunçado. Tentou ajustá-lo de volta no lugar.

Ele parou como se tivesse sido estapeado pelas palavras de sua protegida.

"Essas aulas de luta não fazem sentido," disse, sem emoção a cruzar sua voz. "Este Sesshomaru pode te proteger perfeitamente bem."

Rin engoliu em seco, tentando encontrar as palavras certas, mas se viu incapaz de encontrar uma boa resposta. Até umedeceu os lábios ao pensar na melhor forma de contornar a situação.

"Você não pode estar sempre ao meu lado, Milorde. E..." Mordeu o lábio inferior com força. "E eu me recuso ser um fardo."

Sesshomaru agora a encarava de soslaio. Tinha uma aura séria a seu redor. Quem diria que a atmosfera despreocupada e sensual entre eles se tornaria em algo tão sufocante?

Pelo visto, aquele era um dia cheio de quem diria.

"Você nunca foi um fardo."

A atmosfera era pesada. Rin ainda olhava para baixo, incapaz de encará-lo. Sesshomaru ainda a observava de soslaio, de costas para ela. O silêncio era quase ensurdecedor.

"A garota está certa, filho amado."

Os dois se viraram para encarar a intrusa que adentrava o quarto. O movimento foi tão rápido que Rin sentiu sua cabeça pulsar.

"Gobodo-sama!"

"Mãe". Sesshomaru pressionou os lábios numa linha reta. "Você está proibida de adentrar meus aposentos sem o devido anúncio."

InuKimi sacudiu a mão com desdém. Um sorriso travesso tomou conta de seus lábios ao esticar a mão para Rin. Com sua ajuda, a garota se encontrou de pé em menos de um segundo.

"Vamos, Lady Rin. Nós estamos longe de terminar as nossas lições do dia."

De mãos dadas, as duas mulheres deixaram a antessala compartilhada momentos antes com Sesshomaru. Quando cruzaram as portas de shoji, InuKimi murmurou para seu filho, certificando-se de que Rin não conseguiria entender o que estava dizendo:

"Você definitivamente deveria assisti-la um desses dias, filhote amado."


Notas Finais


Novamente, termina de forma meio estranha e parece que não acontece muito neste capítulo, mas é apenas porque dividi pela metade o capítulo original xD Mas a próxima parte fará juz ao título do capítulo.

Farei um jornal apontando quando vou atualizar de novo. Mas de qualquer forma, esperem a atualização lá pelo dia 8 ou 9 de junho.

E acho que é isso por hoje... Espero que tenham gostado.

Beijinhos!


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