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História Mecânico - Jeon Jungkook - Capítulo sete: A continência de pensamentos racionais


Escrita por: ParkTT

Notas do Autor


Erros ortográficos#

Boa leitura ❤️

Capítulo 7 - Capítulo sete: A continência de pensamentos racionais


Capítulo sete: A continência de pensamentos racionais 

Lianna Evans 

 

Irritada. 

Qualquer coisa poderia testar nossa paciência e nos levar ao limite. Normalmente, eu era uma pessoa extremamente contida e controlada, todavia, não era sempre que eu conseguia me manter impassível com alguns assuntos, dado que somos humanos e somos ensinados e incentivados a sentir inúmeras emoções. Uma delas: a raiva. 

— Me deixa explicar, por favor! — Park Jimin era um tremendo pé no saco quando queria. Eu sabia disso perfeitamente, já que os cinco anos dos quais eu o conheço tudo se resumia a sua chatice, bebidas, sexo, risos e companheirismo. Apesar de tudo que acontecia ao nosso redor, ainda éramos extremamente unidos e o fato de ele ter pisado na bola semana passada, me entristece. 

Tínhamos essa de ‘entre tapas, beijos e provocações’. Porém, após a atitude de quinta-feira passada eu estava furiosa com o ruivinho charmoso que me seguia por todos os cômodos da universidade, atrás de esgotar o pouco da tolerância que ainda me resta. As aulas havia se passado de forma vagarosa e a primeira coisa que vi após sair da sala, foi a expressão de súplica de meu primo: 

— Lia, por favor. Tem uma explicação racional por trás disso tudo — ele segurou meu braço, fazendo-me encará-lo e eu me vi obrigada a revirar os olhos e abraçar meus livros sobre o peito, esperando impacientemente por seu próximo pronunciamento — Eu estava bêbado, Lili — no mesmo momento que sua voz ecoou usei meu livro para acerta-lo e logo retomei meu trajeto para fora daquele prédio — Ei, espera! 

— Mas que merda, Park Jimin! — Havia chegado ao limite de minha tolerância. Eu não me importaria em escutá-lo em outro momento, mas certamente ali não era lugar para acertarmos nossas pendências. Eu estava cansada — A sua justificativa para ter partido para a agressão é o álcool? Qual é, Ji. Você já foi mais sincero comigo — torno a andar, deixando-o para trás. 

Hoje era terça-feira e eu estava ignorando meu primo desde o ocorrido no bar semana passada. Era infantil? Sim. Mas vê-lo correr atrás dos prejuízos era extremamente satisfatório. Park precisava de um choque de realidade para que pudesse entender que seja qual for suas razões, eu sempre seria contra qualquer tipo de agressão. Eu queria que ele fosse sincero comigo, e não que usasse de artimanhas como: eu estava bêbado. Para se justificar. Gosto de fatos verificados, não de mentiras que são contadas por motivos banais. 

Ainda havia o fato de que, supostamente, ele havia conversado com Jeon anteriormente. Isso me intriga e faz com que eu veja meu primo de uma maneira da qual eu nunca o vi antes: um alguém totalmente artificial do qual mente e esconde as coisas por benefícios próprios. Eu não conhecia esse Park Jimin, não era ele o gentil homem estupido do qual eu gostava tanto de estar próxima. 

— Anna, por favor! — já no pátio do estacionamento, fui obrigada a parar — Jeon irá machucar você com falsas verdades! Ele transa com uma a cada dia, flerta com inúmeras mulheres e você só servirá de milho para aquela galinha desmazelada — tive de fazer um pequeno esforço para conter o riso que quis espairecer em meus lábios perante ao apelido tosco que meu primo havia criado — Ele não é homem para você, Lili — ele me chamava daquela forma apenas quando entendia que fez merda e sabia que demoraria a ser perdoado.

Eu fiquei realmente curiosa para saber o que ambos os homens haviam conversado entre si, mas, mesmo que o assunto estivesse totalmente voltado a mim, eu não conseguia simplesmente insistir para que meu primo me contasse. Talvez eu estivesse com medo ou receio por suas palavras, não gostaria de escutar algo que fosse relacionado a um possível sentimento da parte do ruivinho, mesmo que em tais circunstâncias eu faria o possível para que ele entendesse que tudo não passa de uma brincadeira sem graça de sua mente. 

— Eu temo por você, Lili — foi extremamente gentil e calmo ao dizer — Quando Jeon decidir falar algo para você, eu tenho medo que esteja totalmente inerte a esse desejo tosco de sua parte. Só estou tentando te privar de um coração partido — explicou — Ele não é bom para você, não é homem para você — enfatizou. 

Após minha sutil conversa com Jeongguk, na noite em que limpei seus ferimentos na garagem de sua casa, não houve muitas emoções durante a sexta, o fim de semana e ontem. Foi apenas a mesma monotonia: nos encontramos poucas vezes durante o decorrer do dia; durante a noite eu ia para a universidade e assim levávamos a vida. Eu era totalmente a favor de nossa proximidade, mas entendia que não deveria fazer disso uma dependência resumida a provocações descabidas e encontros programados. 

Andy estava um tanto estranha também, entretanto, não em relação a Jeon, mas a Park Jimin. Eu vi um lado extremamente oculto seu na quinta-feira e quando questionei a ela o porquê de Sunmi tê-la batido, ela não me respondeu detalhadamente, apenas com um: — nada que seja de seu interesse, Lianna. 

Foi uma resposta árdua vindo de minha melhor amiga, mas presumo que ela esteja passando por complicações em aceitar seus sentimentos por Jimin e está descontando toda sua frustração em uma pessoa que está a ponto de passar por cima do ruivo com o carro, caso ele continue a me importunar. 

— Engraçado você dizer que ele não é homem para uma garota como eu, Park — quando cheguei na porta de meu automóvel, eu me vi no limite e me virei bruscamente para poder respondê-lo — Não consegue ver a semelhança entre vocês, não é mesmo? — foi uma pergunta retórica. Se juntar os fatos, vemos que Andy está se machucando por um desejo que não é correspondido na mesma intensidade, enquanto ele apenas fode com as inúmeras garotas do campus. 

Há poucos dias eu descobri que ela e Jimin transaram, ouvi de seus próprios lábios e ela soube disfarçar a amargura em seu timbre de uma forma a qual não deixava rastros. Sempre foi uma ótima atriz se pensando em sentimentos; nunca evidenciou ou expôs algo que a incomode, mas na mesma noite que ela me contou, eu vi o carinho do qual usava para tocar a face machucada de meu primo. 

Ela só queria a atenção e talvez vê-lo lutar tanto por um desejo do qual, claramente, demonstra ter por outra mulher, esteja machucando-a ao ponto de eu mesma não conseguir entender. Andy está retraindo seus sentimentos e ao mesmo tempo que eu temia por suas insinuações a Jeon Jeongguk, eu temia por saber que, tanto eu quanto ela, não iremos nos privar de ficar com alguém apenas por gostar de outra pessoa. 

Infelizmente tínhamos conosco o tolo pensamento de que esse ‘gostar’ pode ser superado e esquecido caso nos relacionamos com um outro alguém. Éramos duas mentes tolas tentando achar conforto no beijo de pessoas alheias. 

Andy era uma boa garota, no entanto, a sua atração por Jimin poderia fazer com que ela mudasse algum de seus pensamentos, fazendo-a dar prioridade unicamente aos desejos de sua mente. 

— Eu sei me cuidar, Jimin. Não preciso de sua preocupação, mas, ainda assim, agradeço por isso. Você não tem que me pedir desculpas, porém talvez tenha que abrir os olhos para as outras pessoas e, quem sabe, entender que aquela a quem precisa está diante do seu nariz enquanto você se prende a um desejo totalmente unilateral por sua própria prima — dou vida aos meus pensamentos, farta daquela situação — Incesto não é algo do qual eu venha a cometer e por mais que não tenhamos ligação sanguínea, isso não irá mudar a minha forma de pensar — adentro o carro, dando partida daquele local. 

Eu estava cansada e alguns alunos nos olhavam curiosos. Era normal discussões entre mim e ele nos corredores da universidade, todavia, os presentes ali, viam nitidamente que aquela vez em específico, não se tratava apenas de uma birra de nossa parte. 

Fazia dois dias que Andy não vinha à aula e isso me preocupava. No domingo à noite eu entrei em contato por telefone, ouvindo-a dizer que estava em uma boate qualquer e desligando logo em seguida, usando o fato de estar com um alguém entre as pernas para se esquivar de meu interrogatório. Isso me frustrou! Sempre saímos juntas, mas ao mesmo tempo fez minha mente descansar, já que a mesma não estava presa no quarto chorando por um alguém como Jimin. 

Certamente que tudo em relação ao que Andy sente por meu primo eram apenas insinuações de uma pessoa observadora. Eu temia estar levantando falsas teorias, ao mesmo tempo que temia estar acertando-as. A garota poderia ser extremamente impulsiva. Eu não queria vê-la sofrer por um sentimento não correspondido e, caso acontecesse, o medo de que ela use meu vizinho para tentar me atingir, era decorrente de uma insegurança mútua e abstrata da qual eu sinto e não ouso dizer a qualquer pessoa. 

Eram pensamentos demais para uma só noite. 

Quando entrei no condomínio as casas estavam silenciosas e as ruas vazias. Eu escutava uma música qualquer e sem preocupação alguma prestava atenção na tela do celular, deslizando meus dedos por aquela lista imensa a procura de uma melodia em específico, porém me assustei quando um vulto passou diante de meus olhos, me obrigando a agir com a irracionalidade do impulso: 

— Santo Deus! — me desesperei quando tive de frear por ter acertado algo que surgiu diretamente das profundezas do tártaro e se pôs em minha frente. 

Eu já estava na minha rua, mais especificamente em frente a casa de Jeon Jeongguk; com um desconhecido jogado no chão por que eu bati, sem querer, com o carro em seu corpo, fazendo-o perder o equilíbrio e cair pelo impacto. Eu tive medo de poder tê-lo machucado, mas logo essa insegurança de dispersa pelo ambiente, se mesclando ao silêncio da natureza e o som ardiloso de minha voz trêmula: 

— Me perdoe! Você está bem? — assustada vou a seu encontro, deixando a porta aberta e observando o carinha com roupas leves sentado no chão. Era um moreno de estatura grande, cabelos longos levemente encaracolados e um olhar zombeteiro.. 

Era um alguém de beleza marcante e senso de humor depravado: 

— Mulher no volante é algo extremamente excitante, mas, ainda, um perigo para a sociedade de homens frágeis e desatentos — sua voz era grave, rouca e sexy. Quando ele apoiou os braços para trás e deslizou seu olhar por todo meu corpo, eu pude ver a alma banhada de malícia que se refletia timidamente nos olhos negros e chamativos — Que tipo de mercado clandestino você comprou sua habilitação, gracinha? — a pertinência era dom natural para pessoas de pouca vergonha. 

Vendo aquele sorrisinho quadrado e aquelas íris negras eu tive a certeza de já ter estado em sua presença em algum momento de minha curta vida e, bastou apenas a porta da casa ao lado se chocar contra seu batente e a voz gostosa de meu vizinho chamando por um homem cujo o nome era Taehyung, eu lembrei instantaneamente do segurança atraente do mercado ao qual eu e Andy havíamos ido semana passada. 

Recordo-me de ter visto vagamente seu nome ao passar por ele na saída e por mais que eu não tenha mencionado, era quase impossível se desfazer de uma memória tão agradável, dado que ver um nome como aquele e esquecer a quem pertence era quase como uma infâmia. 

— Lia? — Jeon chamou meu nome no instante em que se aproximou. 

— Lia? Você é a vizinha que faz com que Jeon Jeongguk bata’ uma toda noite? — Pareceu desacreditado e me peguei surpresa por tal revelação de sua parte, por outro lado, o moreno citado não demonstrou qualquer relevância e apenas cruzou os braços frente ao peito, dando um pequeno chute na costela do amigo, como um pedido silencioso para que se levantasse — Lembro de você. Esteve no mercado do centro na semana passada — já de pé, ele iniciou um diálogo que não condizia ao olhar travesso — Sua amiga ainda precisa de ajuda para esgotar o estoque de camisinhas? Belas mulheres tendem a ter um belo gosto para homens e eu estou solteiro — sorriu de maneira dócil e inocente. 

Kim Taehyung. O porquê de ele me lembrar tanto minha amiga quando fala? Talvez sejam as palavras que deixam evidente a malícia e os pensamentos perversos, ou a naturalidade ao expor as safadezas que se passam por sua mente. Era incrível! Pois, Jeon Jeongguk, parecia ser tão diferente dele. Tão contido e pensativo.

— Taehyung, por favor, abstenha-se! — repreendeu o moreno, que ainda se mantinha impassível e sério — Se apresse em pegar sua garrafa para que possamos ir logo — aparentou realmente incomodado pela presença do outro. 

Eu não entendia se era porque Kim não se continha a pertinência nas palavras, ou pelo fato de que o mesmo deu um passo em minha direção, invadindo meu espaço pessoal com o perfume doce que emanava do corpo que, nesse momento, parecia ser duas vezes maior que o meu. 

— Não entendo seus motivos para querer transar com alguém tão chato — segredou baixinho, fazendo-me adotar uma expressão de puro sarcasmo. Jeon Jeongguk parece ter se adiantado em contar sobre meus desejos obscuros ao amigo — Ele é totalmente arrogante quando vê que um outro homem se aproxima de uma mulher que, em sua cabeça, pertence unicamente a ele — minha testa se franziu automaticamente e minha mente brincou de quebra-cabeça quando suas palavras ecoaram por meus ouvidos. 

Jeon Jeongguk me via como propriedade particular ou isso era apenas meus pensamentos me iludindo, dando-me a entender que, de certa forma, o moreno bonito pensa em mim como eu penso nele? Deveras peculiar, mas eu deveria tomar cuidado para não me deixar enganar por minhas próprias irracionalidades. 

— Extremamente conveniente cogitar que, talvez, ele me veja como um alguém do qual possa mandar sobre — falei para Kim, usando o mesmo tom de voz. Estávamos próximo a Jeongguk, que escutava tudo e demonstrava-se cada vez mais impaciente pela singela brincadeira ao qual eu, juntamente a seu amigo, iniciamos — Ele faz isso comigo e mais quantas? — mordi meu lábio ao ver um sorriso charmoso do mais velho. 

Não é difícil criar um manto sexual com alguém do qual temos química. Seja essa pessoa desconhecida ou não, se nos sentirmos atraídos, apenas damos fim à vontade que nos corrói naquele momento em específico. Em festas beijávamos pessoas desconhecidas a todo momento apenas para cessar uma vontade passageira e uma atração momentânea. Pessoas não deveriam se importar com coisas do tipo, tampouco achar imprudente esse tipo de conexão. 

Comigo e Taehyung estava acontecendo de forma similar. Talvez as personalidades um tanto parecidas, dáva-nos essa ilustre liberdade um com o outro:

— Você vê ele de uma forma totalmente errada e contraditória, gracinha — ele soprou de volta — Jeon Jeongguk não é apenas uma foda de uma noite e, quando você perceber isso, talvez seja tarde demais — a voz abordou sobre si uma rouquidão e a uma seriedade que me assustaram. Ele era idêntico a Andy, que se continha a provocações e palavras enigmáticas. 

— Tae! — Jeongguk segurou em seu ombro, fazendo sinal para o carro que estava estacionado do outro lado da rua e vi o Kim sair a passos calmos até o automóvel, pegando uma garrafa de água e logo depois adentrar a casa de meu vizinho, deixando nós dois sozinhos naquele breu — Talvez deva ir para casa, Li. Está tarde — ele proferiu atencioso, gentil e ditador demais para meu gosto: 

— O mesmo digo a você, Jeon — o encarei — Roupas esportivas. Onde vai vestido de tal forma em uma terça à noite? — questiono, mesmo que não seja da minha conta.

— Acho que isso não é assunto seu, Carinho — respondeu após um sorriso rápido. Ele estava me provocando e, dado um passo de sua parte, me senti instigada a fazer o mesmo, não querendo ficar para trás no quesito de quem pode mais naquela relação estranha que vínhamos criando. 

Não tínhamos razões nem porquês, apenas estabelecemos um ambiente confortável para palavras e frases costumeiras e logo após inventamos uma desculpa insolente para nos aproximar. Era algo como querer estar próximo. Algo que, aparentemente, não vem de uma ou duas semanas atrás. Era muito mais que isso. 

— Não, com certeza não! — dou de ombros. Ele estava com um short moletom e uma camisa de pano leve totalmente colada em seu corpo. Era radiante e completamente atraente poder ver o tronco malhado apertado naquela regata azul — Você nessas roupas deveria ser considerado um crime, vizinho — iniciei, olhando todo seu corpo coberto — É um atentado ao pudor ver seu corpo sendo delineado perfeitamente por esses panos. 

O moletom marcava não apenas suas coxas, mas também a ereção natural que ele sequer fazia esforço para esconder. Os braços fortes estavam livre dos tecidos e as veias do antebraço me levaram ao delírio por se estender por todo o local, parando apenas em suas mãos, estas que descansavam sobre os bolsos. 

— Difícil acreditar que possui a idade que diz ter — Pontuei, não como uma ofensa, mas sim um elogio. Era um belo físico, jovial e sem resquícios de um suposto dano causado pelo tempo. 

Jeon Jeongguk estava presente nos estereótipos de contos românticos e adultos. Era um sentimento que me deixava incerta sobre querer pegar para cuidar e outros totalmente voltado a quatros paredes e uma cama, fazendo com que o vento fraco que soprou, trazendo a fragrância de seu costumeiro perfume as minhas vias respiratórias, se tornarem apenas um mero detalhe para meus anseios. 

Não bastava ser exageradamente atraente, também tinha que ser um fodido que cheira extremamente bem: 

— Gosto do meu corpo, Lia? — Ô se gosto. Assenti. 

Sua pergunta poderia ter soado extremamente inocente, mas quando ele tirou uma de suas mãos do conforto de seu short e agarrou um dos meus braços, direcionado meus dedos ao cós do pano que cobre aquela região, onde se inicia sua barriga, eu senti minha mente se desligar. 

Era um local rígido, forte. 

Minha cabeça estava um breu e tudo só piorou quando ele moveu meus dedos por aquele lugar, subindo por todo aquele espaço e parando sobre seu peito — local este que era levemente elevado por conta do físico bem trabalhado —. Era uma mistura de timidez que usurpou descaradamente de minhas bochechas, mas, ao mesmo tempo, uma vontade insana de querer sentir mais daquilo tudo: 

— Eu disse a você que tardaria em levá-la até minha cama, Li — puxou-me pela mão, fazendo com que eu fosse ao encontro de seu peitoral. Sua canhota direcionou-se até minhas costas e uma carícia gostosa foi deixava no local — Mas nunca disse que a privaria de meus toques, tampouco que a impediria de me tocar — sua boca resvalou em minha orelha e quase gemi em puro êxtase quando ele posicionou uma de suas coxas ao meio de minhas pernas — Se quer me tocar, não se contenha, apenas faça. 

Era como estar em um labirinto escuro onde eu não sabia para onde ir ou o que fazer, pois meus olhos viam apenas o preto e branco que causado pela excitação, confunde também qualquer senso de direção de minha parte. Era como uma ventania refrescante em um verão quente; como a água corrente dos rios no interior. Merda! Eu estava entrando em óbito mental. Ele conseguiu ser extremamente gentil ao me dizer aquelas palavras, mas fodidamente atraente ao me pedir que o toque. 

Novamente presa atrás de uma muralha da qual eu me escondo há meses. Aquele desejo que me corrói, mas ao mesmo tempo me irrita, assim sendo ele o maior motivo do arfar que floresceu por meus lábios quando seus dedos rumaram a minha bunda, apertando-a com precisão e logo em seguida me levando ao delírio com as palavras: 

— Eu sou louco para encher essa bunda gostosa de tapas, Lianna — tive de me segurar em sua roupa quando seus pés se adiantaram e nos levaram para trás, fazendo-me sentar sobre o capô de meu carro e, agora, sentir ambas as mãos na carne farta de meus glúteos — Ver essa pele macia machucada após horas de sexo intenso — juntou sua testa a minha — Fazer você entender os meus motivos, Carinho — sussurrou em um fio de voz. 

O estopim veio junto a uma mordida cálida e demorada em meu lábio superior. No mesmo instante eu me lembrei daquela maldita noite de meses atrás onde, de forma precária, eu pude capturar o momento que ele mordeu os lábios da mesma mulher ao qual prensava contra a parede de uma casa que agora, não tinha relevância alguma. Ele parecia ser tão gentil e atencioso; tão calmo e insano. 

Éramos tão errados assim? Errados ao ponto de sermos infantis e prolongar ainda mais toda essa abstinência? Merda! Por quanto tempo mais terei de me fazer de tolerante e paciente? 

Era tão injusto.

Eu não fazia ideia de como havíamos chegado a atual situação, mas eu só queria que ela se prolongasse pela noite inteira. Éramos irracionais; loucos e dois fodidos que estavam se afundando nessa merda toda por conta que de duas pessoas, uma não queria abrir mão de um suposto orgulho.

— A continência de duas mentes sedentas por um prazer que só não é saciado porque uma das partes não quer ser vista apenas como sexo de uma noite — e toda magia foi domada por uma infernidade que fez com que a brisa gelada se tornasse insuportável ao meu corpo, dado que o homem que me esquentava se afastou e tornou a por suas mãos obre os bolsos. 

No momento seguinte Kim Taehyung ressurge. Seu amigo estava estranho e fez de tudo para afastar meu vizinho o mais rápido possível, afirmando estarem atrasados para algo. Jeongguk não demonstrou relutância e pediu que eu entrasse, sendo atencioso ao me avisar de um possível resfriado. 

— Nos vemos, gracinha — Taehyung piscou um dos olhos, mas antes de ir, se virou em minha direção — Aliás, Lianna, você não aparenta ser boa em jogos que envolvam mais do que um desejo infantil. Tome cuidado! — se afastou quando o amigo gritou por seu nome e tudo se assimilou a uma corda onde os fios se desgastavam pouco a pouco, deixando-me à mercê da sorte e a incerteza de alcançar o topo após uma longa escalada. 

O que exatamente ele estava querendo me dizer? 


Notas Finais


Não. Não é o fim da reação dela com o Ji.
Olá Taetae.
JK?

Patyyyy, obrigada por ter avaliado o capítulo para mim 💜


Até o próximo, pessoas. ❤️


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