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História Mecânico - Jeon Jungkook - Capítulo nove: Apenas um mero desejo


Escrita por: ParkTT

Notas do Autor


Atualizei no Wtt (BABYBOY — long finc)

AAAAAAAAA MEU DEUS!!!!!!!!!!!!!!! Gente, fazia muito tempo que eu não tinha uma interação tão grande dos leitores nos comentários. Eu fiquei MUITO FELIZ e agradeço a cada um de vocês ❤️🤧

(Capítulo não revisão — Sorry) recadinho no FINAL.

Boa leitura, anjo.

Capítulo 9 - Capítulo nove: Apenas um mero desejo


Fanfic / Fanfiction Mecânico - Jeon Jungkook - Capítulo nove: Apenas um mero desejo

Capítulo nove: Apenas um mero desejo.

Jeon Jeongguk 

 

Neve. 

Quando criança eu sempre cogitei e idealizei como seria a textura dela. Eu planejava inúmeras cenas em minha mente; fiz planos dos quais eu realizaria quando me mudasse para um país que as temperaturas chegassem a ser tão caóticas, que do céu viria aqueles flocos brancos que enfeitavam as cidades nos natais dos filmes dos quais eu assistia. Aquele desejo ao qual eu sentia por você, Lia, se igualava ao anseio e desespero do qual eu ocultava em meu coração há anos atrás, quando pus na mente que me mudaria para um local que nevasse. 

Eu costumava ler diversos livros, mas a dissertação que encontrei em muitos, não tinha nexo algum enquanto meus dedos deslizavam por sua costas, parando próximo a seu quadril. Onde estava a coerência nas contas matemáticas e que diferença faz para mim as guerras passadas? Seus lábios me fazem voar na mesma intensidade que sua língua desliza sobre a minha, umedecendo minha boca e me fazendo prender um arfar de excitação. A única química que faz sentido para mim é aquela que nasceu de uma inexistente relação, e a única anatomia que me interessa é aquela a qual meus dedos estão a descobrir neste exato momento. 

Porra, eu estava tocando seu corpo, desbravando daquele desejo imundo que vem cercando minha mente há meses. Você era gostosa pra caralho, mas, enquanto eu a prensava contra o mármore daquele balcão, tudo que eu conseguia pensar era: você, finalmente, estava em meus braços. 

Onde para sempre deveria permanecer. 

Mesmo que as palavras de seu primo gritassem desesperadamente no fundo de minha mente, eu não conseguia me atentar a elas. Suas mãos faziam um trabalho alucinante enquanto acariciava meu pescoço, arranhando em certos momentos antes de sua canhota se afundar em meus cabelos e puxá-los para trás, obrigando-me a me afastar de você, mas fazendo valer a pena no momento que o gosto metálico que se expandiu por meu paladar quando seus dentes puxaram minha carne, mostrando-me quem estava no controle daquela situação toda.

— Perdeu o medo, Mecânico? — sua boca estava um perigo; vermelha, como cereja. Seus lábios estavam tão inchados, maltratados por um único beijo. Céus, eu quero ver todo seu corpo daquela mesma forma, rendido e com as marcas dos meus toques. 

— Não. Eu ainda tenho medo, Carinho — murmurei sincero. Afinal, tudo se resumia a um medo; medo de que se te fizesse minha agora, você se cansaria e iria arrumar uma nova diversão na manhã seguinte. Medo de mostrar o que tanto quero fazer com você a quatro paredes e ser obrigado a lidar com sua indiferença ao acordar — Eu te quero tanto, Lia — sussurrei, sequer me dando conta de minhas palavras. Sua boca se contorceu em um sorriso tímido e você me deu um beijo. Agora, diferente do ósculo anterior, se tratava de um selar calmo, como os ventos fora daquele estabelecimento. Meu coração pareceu se ritmar ao seu e me amaldiçoei por todas as vezes que fugi de seus toques. 

Quando você me disse o que queria naquela manhã de segunda-feira, eu fiquei extremamente feliz, pois saber que meu desejo era recíproco foi algo totalmente satisfatório. Porém, ao agarrá-la pela cintura e trazê-la até que eu pudesse sentir a protuberância de seus seios colado ao meu peito, eu pude ver Park Jimin nos observando, então, a afastei, com uma desculpa esfarrapada e uma ducha de água fria. 

Eu não queria que você tivesse problema com seu primo. Sabia que após a noite em que eu e ele nos vimos naquela social que teve na casa de Yoongi, as coisas ficariam realmente difíceis entre nós dois, mas eu não me importava. Afinal, sentado naquela sala junto aos outros garotos, eu não menti quando disse que você era a mulher que mais me chamava atenção dentre todas as outras. 

Jimin não aceitou isso e foi aí que surgiu essa rivalidade tosca entre nós. 

— Por que refutou? — ela questiona, descendo as mãos por meu peito e parando ali, fazendo círculos sobre os panos de minha camisa. Você parecia tão pequena próximo a mim, tão bela e adorável quando me olha com aquela ingenuidade de menina mulher — Por que tardou algo que todos sabíamos que aconteceria? — ela indagou. Era surpreendente que mesmo com as bochechas rubras por nossa aproximação e os recentes acontecimentos, você ainda tivesse a ousadia de me questionar o que fosse. 

Na noite que você limpou meus ferimentos, na garagem de minha casa, eu havia dito que tardava seu encontro com minha cama apenas por me divertir em vê-la tão desesperada. Eu menti! Nunca foi esse o ‘x’ da questão. 

— Nada aconteceu, Carinho. Não transamos — constato, vendo que mesmo com minhas palavras, você sequer se abalou. Era uma mulher surpreendente, fazia com que eu quisesse, sem receio algum, me prostrar para você. Te conheço há tão pouco tempo, certamente não era para você causar esse efeito em mim. 

— É apenas uma questão de tempo para que isso aconteça — piscou um dos olhos e tornou a juntar nossos lábios em desespero. 

Aquela marra, aquela ousadia. Você era um combo delicioso, garota. Sequer cogita sobre o quão cedendo estou por você, o quanto a desejo. Caralho! Eu estou perdendo o controle e sentir seus malditos dedos deslizando por todo meu corpo e parando sobre o volume aparente que era retraído pelos tecidos de minhas roupas e ao pressiona-lo, fez-me abrir os lábios em uma súplica que foi abafada por seu beijo. Maldita! Estava brincando comigo, aproveitando-se do poder que exercia sob minha mente. 

— Está brincando com fogo, Carinho — minha destra apressou-se em segurar a mandíbula delineada, forçando-a a encarar-me diretamente nos olhos. Aquela maldita tensão sexual e o brilho nos olhinhos gentis e sapecas da garota que voltou a apertar-me, sorrindo maldosa quando me viu fechar as pálpebras e pender a cabeça em seu ombro. Seu cheiro estava tão presente naquele local, me embriagando e me enfeitiçando. Fazendo com que eu me recorda-se de todas as vezes que eu quis jogá-la em uma cama e ver seus olhos lacrimejarem em prazer.  

— Teme as consequências, Jeon? — ainda esfregando a porra do meu pau por cima daquele tecido de merda, você ousou me provocar. 

— Temo ter de te arrastar para o banheiro sujo desse bar e te foder gostoso em cima daquela pia — sussurrei próximo ao seu ouvido, mordendo de leve a cartilagem ao mesmo que senti você estremecer em meus braços. Sua pele estava arrepiada. Estava entregue e à mercê de meus toques. 

— Porque não o faz? — arfou, segurando as bordas de minha camisa com determinada forma, fincando as unhas nos tecidos de minhas roupas.

Merda, você era adorável! 

Seus lábios pediam-me para seguir em frente, mas meu consciente dizia algo sobre fazer diferente, pois você não era como as outras. Eu poderia perder tudo na manhã seguinte, então meu coração se recusava a fazer tudo errado na noite de hoje. Era inconsciente. Pelos desejos carnais eu apenas iria arrastar você para um beco qualquer e fazê-la de uma transa qualquer, mas eu não consigo. Nem com você, nem com as que vieram antes. Eu não era assim, carinho. Não a faria minha em um canto qualquer, por mais que meu corpo implorasse para que desse fim a esse desejo obsceno. 

— Por que você é mais do que uma transa no banheiro sujo de um bar, Lianna — respondi, pondo uma mecha de seu cabelo para trás da orelha. Você era absolutamente bonita, Lia. Cada traço, cada minucioso detalhe. 

Você me atiçava por muitos motivos, mas me atraía apenas por um: era autêntica. Era você. Em todas as vezes, independente do clima ao qual estávamos, você nunca ocultava os pequenos rastros da personalidade da qual eu me encantei desde o momento em que a vi há meses atrás, naquela festa junina a qual tão deslumbrante e única, me chamou a atenção, obrigando-me a enlaçar no charme de uma garota avulsa apenas para esquecer, por alguns instantes, que você estava tão perto e eu não poderia tocá-la. 

Há tanto que eu tenho para dizer.

— Li, eu… — umedeci meus lábios. Você parecia tão surpresa por minhas palavras anteriores que seus lábios desgrudaram-se um do outro e seus olhos pareciam procurar algo em meu rosto — Carinho, eu…

— Jeon! — A voz grossa de Taehyung e a mão dele sendo posta sobre meu ombro chamou minha atenção, fazendo-me afastar de seu corpo e encarar meu amigo, que por sinal, não parecia feliz em nos ver juntos — Esta tarde, vamos! — Foi rude. Sunmi estava logo atrás, me encarando com a mesma expressão de meu amigo. Ambos pareciam irritados por nossa aproximação, mas, de certa forma, eu entendia eles. 

Temem por mim, mesmo que isso não fosse justificativa para cumprimentá-la apenas com um menear de cabeça. Você, por outro lado, pareceu sequer se importar com a indiferença de meu casal de melhores amigos. Tae estava impaciente e apenas me puxou pelo braço, arrastando-me para fora daquele lugar, como se eu fosse a porra de uma criança ingênua e que precisasse de alguém para me proteger. 
 

Lianna Evans 

Era sábado. 

Ou seja, dois dias desde que eu não via o vizinho do qual eu beijei intensamente naquele bar. Era tortuoso, meu coração parecia estar sofrendo constantemente com cócegas que se intensificam a cada segundo do qual minha mente se pega pensando em seus lábios, em seus toques, mas, principalmente, em suas palavras. O que, de fato, aquelas palavras significam? É hilário. Hilário a forma pela qual eu torno esse enredo repetitivo por conta de não saber lidar com os sentimentos ou os propósitos de pessoas que demonstram algo que seja voltado a mim. 

Ingênua? Ah, não. Insegura. O que iria acontecer se fôssemos até o fim? Ele me deixaria na manhã seguinte e viveríamos nesse impasse de um desejo que, agora, eu noto ser totalmente infantil. Era isso que você gostaria de ter me dito, Kim Taehyung? Aliás, porque você não explica o motivo de tratar Jeon Jeongguk como uma criança? É medo? Teme, que possamos nos machucar? Não. Isso não. Você não tem medo por nós dois, mas sim por ele. Está reprimindo algo e impedindo seu amigo de voar. Mas por qual razão? 

Jeongguk naquele bar estava de uma forma que eu não consigo explicar. Era uma mistura tão sútil de perversidade e gentileza; de certo e errado. Era bom, muito bom. Ouvir aquelas palavras me instigou, mas aquele desejo morreu. Minha mente estava um nevoeiro intenso do qual me impossibilita de enxergar com êxito, mas algo em meu peito me mostrava um caminho escuro e espinhoso. Eu estava com medo. Era como se em meio às pedras, tivesse nascido uma flor de beleza única. O que era aquela euforia ao lembrar de seus lábios? 

Foi só um beijo. Apenas um beijo, eu deveria estar satisfeita. Quem sabe até mesmo abrir minha mente para novos homens, mas não. Aquele anseio e luxúria ainda ardia em meu peito, e apenas um homem causava isso: Jeon Jeongguk. O que raios seu beijo fez comigo? 

— Já vai! — Avisei, após a insistência de um alguém ao tocar a campainha enquanto eu aproveitava o alvoroço em minha mente para limpar a casa. Ao abrir a porta eu me vi surpresa, pois aqueles cabelos longos e sorriso gentil, eu conhecia. Certa vez, quando nos braços de meu vizinho, eu a chamei de “a vizinha maldita da casa da frente” — Olá? 

— Oi! — sorriu abertamente, parecendo realmente gentil com o ato. Era bela. Uma mulher muito bonita, mas, que não mantinha qualquer contato comigo ou minha família, então, não havia ao certo uma justificativa para estar plantada na porta de minha casa já pela manhã — Vim entregar o convite da festa ao qual irei fazer no fim de semana que vem — seus olhos eram adoráveis e pareciam sumir quando a mesma abria um riso. 

— Hm, uma festa… — peguei o convite de forma receosa. Não havia sentido para mim os motivos que levaram-na a me convidar, mas já que havia sido educada, eu não faria desfeita — Obrigada — um tanto sem graça, respondo. Eu quero tanto perguntar a ela sobre Jeon. Merda! Eu não deveria me intrometer na vida das pessoas dessa forma. Eu parecia minha mãe: totalmente disposta a saber da vida alheia — Quer entrar? — eu não me aguentaria de qualquer forma. 

Quando a garota entrou, ingressamos em um diálogo totalmente saudável, onde descubro que a mesma fará vinte anos semana que vem e que havia convidado os jovens da rua, pois segundo a mesma, ela não tinha a amizade de nenhum deles. Hoseok também havia sido convidado, e eu tive a certeza que poderíamos ir juntos, dado que meu amigo me fazia companhia caso algo acontecesse. 

Jennie era uma garota legal e demonstrava apreço por coisas semelhantes às minhas. Estava no primeiro ano de enfermagem e era um doce de garota. Falava como ninguém, fazia bons minutos dos quais a morena se sentou em minha companhia e abriu a boca para me contar as coisas de seu dia. Lá no fundo eu me culpava por estar realmente interessada no lance ao qual ela teve com o vizinho. 

— Eu tenho que ir, Lia — informou, levantando-se do sofá após minutos rindo, totalmente áreas a realidade — Irei levar o convite para o Jeon também — balançou o pequeno papel nos dedos. 

— Ele não está em casa — Digo. Ele realmente não estava. Não retorna a sua residência desde quinta à noite e isso me intriga. Ele não estaria com uma mulher, sabia disso. Ao menos, minha mente queria acreditar nessa tolice. 

Desde quando me incomodo com quem ele fica ou onde ele vai? Céus! 

— Uma pena — suspirou, fazendo um bico entristecido — Aquele homem é um pecado — silabou, se jogando novamente no estofado, totalmente inerte as suas palavras — Eu nunca havia ficado com um homem mais velho e quando ele me deu brecha naquele dia, eu não pude me conter — O interessante das mulheres, é que se dado uma pequena oportunidade, elas falam tudo sem qualquer receio — algo que não poderíamos generalizar, certamente —. Bastava apenas um empurrão, para que nos sentíssemos seguras em dizer algo a uma mera desconhecida. 

— Foi bom? — perguntei como quem não quer nada. Óbvio que havia sido! Afinal, Jeon Jeongguk era um dos homens mais conhecidos de todo nosso condomínio. Mulheres falavam dele como um verdadeiro Deus só sexo. 

Se apenas o beijo dele desabilita qualquer uma, eu temo o que possa fazer quando nu e sozinho com uma garota. 

— Ele foi tão cuidadoso — franzo o cenho, vendo minha nova amiga por a mão sobre o peito, onde se localizava o coração  — Nós já havíamos ficado naquela tensão antes, sabe? Aí quando eu vim pagá-lo por um serviço, a pedido do meu pai, ele aproveitou a oportunidade para me beijar — lembro-me perfeitamente desse dia. Afinal, na mesma tarde, eu estava sentada na varanda com Andy, jogando conversa fora enquanto eu prestava atenção a tudo que o moreno fazia — Eu lembro que você e sua amiga estavam sentadas na varanda — não deixou de pontuar. 

— Andy e eu estávamos esperando dar nosso horário para podermos ir à faculdade — expliquei. 

— Assim que vocês saíram, ele olhou para o carro por alguns segundos e quando tornou a me encarar perguntou se eu não queria subir para o quarto dele — prosseguiu, fazendo-me engolir a seco. Fala sério! Por quê raios ela estava me contando tudo aquilo? — Ele foi tão atencioso, amiga. Ele ia bem devagar quando eu pedia, foi tão bom — eu podia ver perfeitamente os coraçãozinhos em seus olhos — Ele cuidou de mim depois do sexo e me levou até a porta de ca… 

— Jennie, meus pais estão chegando. Acho melhor você ir — intervi. Algo dentro de mim estava extremamente desconfortável. 

Caralho, eu sou muito burra! 

A garota, não percebendo meu incômodo continuou sorrindo. Ficamos um bom tempo conversando e eu sabia que seja lá o que eu estivesse sentindo, ela não era digna e merecedora de minha indiferença. Jennie Kim não havia feito nada, tampouco Jeon Jeongguk, então porque eu me martirizava por dentro ao parar próximo às escadas da área frontal, enquanto acenava e me despedia da morena. 

Eu cruzei meus braços no momento que a vi correr até sua casa, mas antes que pudesse entrar, um Jeep preto conhecido por mim estacionou na calçada oposta às nossas residências e vi meu vizinho sair com uma mochila preta em um dos ombros. Seu amigo, Taehyung, saiu pela porta contrária e a vizinha da casa da frente voltou exasperada para em direção aos dois homens, pulando nos braços másculos de Jeon enquanto o mesmo sorri e retribui o abraço. 

Taehyung havia me tratado com tanta indiferença na quinta à noite, então porquê ele parecia tranquilo em ver o amigo abraçado a uma garota anos mais jovem? Por quê eu estou me questionando o que há nela que falta em mim, como se eu fosse uma ignorante que não entende sobre a vida? Por que minha mente procura argumentos para que Jennie possa ser envergonhada e eu me sinta superior? 

Eu não sou uma pessoa hipócrita, e Jeon Jeongguk não é uma propriedade particular da qual apenas eu tenho acesso. 

Ele era assim. Ou não? Merda. Quem é você, Jeon? Eu havia discutido com Jimin por sua causa, cedi ao beijo de meu próprio primo por estar confusa em relação a tudo e pisoteei sobre seus sentimentos quando disse que eu nunca o veria como homem. Por isso eu havia ido ao bar do senhor Hyun, para poder esquecer que fiz pouco caso dos sentimentos de uma pessoa por estar completamente confusa em relação a outra. 

Eu queria beber para esquecer, todavia, eu me embriaguei no sabor de seus lábios e me escondi atrás da minha própria confusão. Eu não aceito esse aperto no peito, tudo não passa de um desejo infantil. Que se exploda o que o meu lado racional pensa sobre tudo aquilo. 

É apenas um desejo, Lia. Uma mera curiosidade e nada mais. Minha mente repete essa frase a todo instante, deixando-me tão inerte que quase não percebo o momento em que meu vizinho afastou-se da morena, deixando apenas uma das mãos um pouco acima de sua cintura e me olhando com um sorriso do qual fez algo dentro de mim se partir em bilhões de pedaços. 

Paixão é um cacete. Eu não aceito isso. 

Eu demorei a sorrir mas, ainda assim, o fiz. Não deixaria que ninguém fosse prejudicado por algo totalmente irracional que minha mente havia criado. Ninguém sofreria com a indiferença que nasceu de um sentimento que agora, eu não consigo explicar. Eu teria de encontrar uma resposta para tudo aquilo, e novamente, após aquele nevoeiro em minha mente se dissipar e meus olhos tornarem a enxergar, a resposta brilhou bem diante de minhas íris: desejo. 

É apenas a merda de um desejo do qual eu não consigo explicar. 

— Andy? — Assim que entrei para dentro de casa e corri até meu quarto pegando meu celular, disquei o número de minha melhor amiga — Nós… bom, nós podemos fazer algo hoje? — Minha voz estava amarga, trêmula. Eu não sabia ao certo se era porque a garota estava há dias sem falar comigo e eu ligo repentinamente para ela, chamando-a para sair, ou se o motivo se fazia por eu ocultar o fato de que eu havia beijado o homem do qual ela nutre algum sentimento. 

— Hoje não dá. Desculpa, Lia — quando ela desligou eu me joguei na minha, afundando meu rosto no travesseiro. O que é isso que estou sentindo? Por quê me sinto na obrigação de saber responder essa pergunta e me sinto tão inútil por não fazer ideia de como fazer? 

A gargalhada exagerada que ecoou da casa vizinha chamou minha atenção. Era Jeon, na companhia de Taehyung. O seu quarto ficava bem em frente ao meu e pude ver com perfeição o momento em que ele jogou a mochila na cama e retirou a blusa, deixando à mostra o corpo do qual toquei noites atrás. 

Apenas um mero desejo, Lia…


Notas Finais


No eres o fim ainda!!!! UUUUU.

Eu atualizei no Wattpad,.. bom, caso você queriam dar uma passa lá pra ver, eu ficaria muito feliz. Eu não trago minhas long pro Spirit por motivo de flop. Mas gostaria de ver vocês na plataforma vizinha ❤️
https://www.wattpad.com/story/278518125?utm_source=ios&utm_medium=link&utm_content=story_info&wp_page=story_details&wp_uname=TassilaLeme&wp_originator=7%2BpvRiBeLjvlLCITs6in5x%2BY9cZNsXjcpmH1WzIl0nDG63bQ4VHi2Q7fsOBrrRemdsNJbMrP7K86A0ovNf7eEhtnQJkVzaAk0yWm%2Flnvlax8zYjnluwNi5ZReXX9aXNa

E, respondendo uma dúvida: eu não me inspiro em outros escritores. Eu, raramente, leio fanfic… tudo que eu escrevo é coisas de uma garota que, talvez, gostaria de viver um romance confuso assim? — pera, não! —. Tudo que eu escrevo é a forma a qual EU vejo o mundo. São as vontades e sonhos da TASSILA e não de um outro escritor. Eu já cheguei a descrever o meu lado escritor no capítulo Três de mecânico. Minha cenas foram, muitas delas, baseadas em algo que eu assisti no passado, dado que hoje eu não assisto filmes, série, TV e nem nada. Lembrem-se que eu sou uma escritora totalmente amadora e que sequer alcançou a “maturidade”. Sinto muito se alguma das cenas as quais eu descrevi possa ter lembrado uma outra estória ou coisa do tipo. Eu quero apenas esclarecer, pois eu como disse anteriormente, se eu perco minha conta no social, eu não vejo sentindo em voltar. E, caso as coisas mudem e eu me inspire em algo de outro alguém, farei questão de enaltecer essa pessoa. Dando a ela todo crédito. Enfim, até breve ❤️❤️


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