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História Medo virtual - Capítulo dezesseis: surpresa


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 16 - Capítulo dezesseis: surpresa


Não demorou muito tempo para que Suigetsu fosse rastreado, não com todos da delegacia trabalhando a todo vapor. A maior esperança que tinham encontrava-se no celular do Hozuki, que ele sempre carregava para todo lado, e pelo menos o celular foi facilmente localizado, no mesmo galpão ao qual foram guiados durante a primeira armadilha, mal sucedida. Era uma lembrança amarga, como todas as lembranças de fracassos são, mas esperavam que dessa vez tudo desse certo: a vida de alguém dependia disso.

Enquanto estavam no caminho, Itachi recebeu uma ligação que não esperava: era seu irmão, Sasuke. Ele desligou a primeira chamada, mas pela insistência em continuar ligando, resolveu atender, imaginando que fosse urgente. — Alô, Sasuke? Aconteceu alguma coisa?

— Aconteceu… Você lembra do meu amigo Naruto, certo, que eu trouxe aí para depor um dia desses, não lembra? Ele acabou de me ligar, ou alguém me ligou do telefone dele, uma confusão, ouvi o Naruto gritando e o som de garrafas quebrando ou sei lá, a ligação caiu e agora ele não atende… — Sasuke explicou. Para alguém que era normalmente calmo, ele parecia bastante nervoso ao descrever a situação.

— Sasuke, eu estou no meio de uma operação urgente, assim que sair daqui faço uma queixa e peço para o procurarem, enquanto isso ligue para os serviços de emergência, fale com outros amigos dele…

— Tudo bem, eu vou fazer isso, boa sorte e cuidado, aniki.

Dito isso, Sasuke encerrou a ligação em momento oportuno: estavam chegando ao local de onde rastrearam o celular de Suigetsu. O Uchiha sentia um peso incomum em seu coração, e não podia deixar de pensar em Hinata mesmo naquele momento; se aquela operação desse errado, por um mínimo erro de cálculo que fosse, ela poderia ter outro cadáver para examinar, dessa vez de um velho conhecido. Esperava que isso não acontecesse e que tudo desse certo, para todos os envolvidos.

Quando a viatura parou, o esquadrão inteiro desceu dos carros. Enquanto várias equipes cobriam o perímetro do galpão, a delegada e os dois investigadores entraram no prédio, sendo engolidos pela escuridão quase que imediatamente. Por um momento, os três entenderam por que algumas pessoas tinham tanto medo assim da escuridão: perdidos ali dentro, sem saberem se estavam se afastando ou se aproximando uns dos outros, sem saber se havia algo (ou pior, alguém) escondido dentro da escuridão, a única coisa palpável era o medo, crescendo e se fortalecendo como uma onda poderosa e imparável.

Assim que as lanternas foram acesas e iluminaram a escuridão, puderam ver dois corpos caídos no chão, perto do centro do galpão. Um deles reconheceram de imediato ser Suigetsu, e naquela fração de segundo, temeram o pior. Ao se aproximarem, entretanto, Itachi também reconheceu a segunda vítima ali caída: era Naruto Uzumaki, a quem seu irmão estivera procurando momentos antes. Aquela não podia ser uma coincidência; se havia algo que esse caso tinha em excesso, eram coincidências. O acaso não é tão bondoso assim.

— Verifiquem a pulsação dos dois, precisamos saber se estão vivos. — Konan disse, abaixando-se para achar o pulso de Suigetsu. Em pouco tempo, descobriu que ele estava vivo, bem e respirando até, provavelmente apenas desmaiado — Ele está bem, mas precisamos de paramédicos aqui…

— Mesma coisa com o outro… Quem será esse cara? — Pain questionou-se. O rosto lhe parecia familiar, tinha que admitir, mas não conseguia apontar de onde exatamente, ao menos não no meio da confusão em que estavam.

— Ele é Naruto Uzumaki, o nosso maior suspeito, desmaiado com uma garrafada na cabeça. — Itachi falou, apontando para os cacos de vidro ao redor de ambos. Os celulares também estavam próximos, segurando uma mensagem, assim como a anterior, um carimbo em uma folha de papel branco, A4; a diferença é que dessa vez, não havia nada escrito, apenas a imagem do palhaço Pennywise, com seu sorriso maléfico, que parecia encará-los. Não havia dúvidas de que essa era mais uma das charadas do assassino, decidido a brincar com a vida de qualquer pessoa.

Pain correu, pedindo para que os policiais do lado de fora procurassem por todo o perímetro do galpão qualquer pessoa ou qualquer coisa que fosse suspeita, e também que chamassem uma ambulância, porque havia dois feridos do lado de dentro do galpão, mas que aparentemente não era grave (em todo caso, era melhor prevenir do que remediar; nunca se sabe a gravidade de um ferimento sem primeiro checá-lo). Enquanto isso, Konan vigiava as duas vítimas, esperando que acordassem (e torcendo para que isso acontecesse também). Itachi aproveitou desse momento para avisar do irmão; querendo ou não, Sasuke já estava mais envolvido nesse caso do que ele jamais gostaria. Pensar nisso tudo fazia sua cabeça latejar de dor, a cada pontada como se fosse uma agulha entrando dentro de seu cérebro.

— Alô? — o Uchiha disse, assim que a pessoa do outro lado da linha atendeu sua ligação.

— Oi, Itachi? Está tudo bem? — Sasuke disse.

— Sim, é que… Eu achei seu amigo. Ele está bem, não se preocupe quanto a isso, mas preciso de um favor seu, venha até a delegacia agora, estamos a caminho já. Você vai precisar testemunhar, apresentar o celular com a ligação do Naruto, esse tipo de coisa.

— Testemunhar? Aniki, isso é grave? Você não parece nada bem.

— É… É grave. Mas esse não é o tipo de coisa que se fala por telefone, então só me escuta, preciso de você na delegacia logo e vamos resolver isso.



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