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História Medo virtual - Capítulo oito: operação de busca


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 8 - Capítulo oito: operação de busca


[Descartável002; original post; 20:48] Eu preciso de ajuda, ajuda urgente. Não sei por quanto tempo vou continuar a postar nessa conta, porque não sei por quanto tempo posso mais viver, e continuar me enganando, fingindo que posso continuar vivendo dessa maneira, nessa situação horrível. Sei que se eu não me matar, meu marido vai acabar me matando, quando descobrir que postei isso na internet para expor que ele é um homem terrível, um abusador, um monstro. Eu não tenho tempo, e sei que é tarde demais para me salvarem, então preciso saber, qual a melhor maneira de se matar? E que não envolva facas, por favor, eu tenho muito medo de facas e não conseguiria prosseguir dessa maneira.

[AngelLee 20:49] Ei, @Descartável002, por favor, converse com a gente, não vale a pena se matar, sua vida ainda tem solução.

[TsunTsun 20:50] É, largue seu marido e comece uma nova vida a partir daí, por favor, vamos conversar e resolver isso.

[RedMoon 20:50] Sei que todos nós estamos passando por problemas, @Descartável002, mas eu sei bem que suicídio nem sempre funciona, no sentido literal. Tentei cometer suicídio uma vez para nunca mais, porque passei semanas internado no hospital com queimaduras na boca, esôfago e estômago porque bebi água sanitária. Você não imagina a dor que eu senti, nem a dor que eu causei, e mesmo na minha vida nenhuma dor foi tão grande. Pense melhor na sua decisão.

[TurtleMaster 20:51] Te mandei uma mensagem no privado. Vamos conversar.

(...)

Aparentemente, o peixe havia mordido a isca. Restava, no entanto, deixar que o anzol penetrasse mais fundo para que pudesse finalmente ser fisgado: era necessário ter certeza de que TurtleMaster era mesmo quem procuravam, e não apenas uma pessoa que pegara o usuário naquele fórum específico por mero acaso. Com o passar dos dias, isso pareceu se comprovar: nenhum crime ocorreu relacionado ao caso, e em compensação, TurtleMaster mostrava-se incrivelmente manipulador, fazendo com que a “vítima” acreditasse não só que estava sozinha, mas também que ele era o único ao seu lado, e a única pessoa que poderia ajudá-la a se livrar dessa situação. Casualmente na conversa, vez ou outra a “vítima” era induzida a matar o próprio marido, de maneira muito sutil, mas certamente induzida; a essa altura, a delegada resolveu que não valia a pena esperar mais: tinham ali um modus operandi e um provável culpado, isso era suficiente para rastreá-lo e descobrir quem se escondia por trás daquela máscara construída a partir de uma grande ironia: a tartaruga de It, a Coisa era a entidade que gerara Pennywise, mas também o que ajudara a destruir o palhaço. Nesse caso, ambas as entidades eram uma só, ao menos aos olhos do assassino, que se via tanto como o bem quanto como o mal, talvez até mesmo sem distinção moral entre as duas coisas.

O local rastreado foi facilmente encontrado, era um galpão abandonado na região metropolitana de Tóquio, não muito distante da área urbana da capital. A região era conhecida por estar repleta de ocupações ilegais e ter altas taxas de criminalidade, justamente porque quem morava ali claramente não queria ser encontrado a partir de registros oficiais.

Enquanto estavam a caminho do galpão, Konan não pôde evitar sentir que tudo aquilo estava fácil demais… Era perfeito demais que encontrassem o assassino na internet, usando inclusive o mesmo nick de antes, que ele caísse na armadilha e começasse a demonstrar sua verdadeira natureza tão cedo, e que o local rastreado pela polícia fosse sempre constante, ao invés de espalhado pelo mundo através de inúmeras camadas de VPNs falsos. Tudo era muito simples, e sabia que o assassino não operava assim, e que alguma coisa estava errada. Havia um nó na sua garganta que lhe deixava inquieta, pensando se era o assassino que caía na armadilha deles, ou eles que caíram na armação do assassino.

O time de policiais desceu das viaturas e Pain rapidamente tomou a dianteira da operação, arrombando a porta decrépita com um único chute. Lá dentro, havia absoluta escuridão, e os policiais iam entrando, quando subitamente a delegada disse: — Shhhh, esperem aí. Vocês estão ouvindo isso?

De fato, havia um som muito tênue tocando, e vinha de dentro do galpão, mas naquela escuridão, não era possível ver nada. Parecia… Uma música infantil, como uma cantiga de ninar.

“Tili tili bom, a noite abafará tudo. Ele está se aproximando de você secretamente, agora ele quase te pegou… Ouça seus passos, ele já está perto…”

Arremessando uma pedra para o lado de dentro, ouviram a pedra quicar até que o ruído silenciasse, e somente a música permanecesse pairando no ar, na voz infantil e macabra que cantava em russo, confundindo a todos. Nesse momento, as lanternas que estavam nos carros foram finalmente trazidas e puderam iluminar o que havia dentro do galpão, todas ligadas de uma vez só. O local estaria completamente vazio, se não fosse pelo fato de haver uma cadeira com um rádio bem no centro, de onde vinha a nefasta música.

Os policiais então entraram no galpão, rapidamente cobrindo toda a área, e tanto a delegada quanto os dois investigadores se aproximaram da cadeira. Embaixo do rádio, havia um bilhete a ser lido. Ao abrir a carta, havia nela apenas uma gravura do palhaço Pennywise, com uma mensagem abaixo, também parte do carimbo, dizendo “gotcha!”. Itachi fez menção de desligar o aparelho, e Konan tentou pará-lo, sem saber que tipo de armadilha poderia esperá-los, mas era tarde demais: assim que o botão de desligar foi pressionado, uma chuva de sangue caiu sobre eles, oriunda de um balde preso ao botão por um fio de pesca; por pouco não foram cobertos pelo líquido. Assim como ela esperava, eles haviam sido enganados, e mais uma vez estavam longe do rastro do assassino.


Notas Finais


Tenso... Acho que todo mundo já desconfiava que a armadilha ia dar errado, hehe. xD


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