1. Spirit Fanfics >
  2. Mel e Canela - yaoi >
  3. Paraíso

História Mel e Canela - yaoi - Paraíso


Escrita por: F_kk

Notas do Autor


Oi, meus amores!

Chegamos a mais de 8 mil visualizações e mais de 200 favoritos! Sério, vcs são maravilhosos! Sem falar que “Anjo de olhos verdes” já passou de 100 mil visualizações 😱😱


Assim eu não aguento 🙈

Bem, quando vc acha que a vida não vai mais te derrubar, vem ela e passa mais uma rasteira, por isso que eu escrevo, para me distrair e fazer vocês felizes também! Todo o carinho que eu recebo de vocês é demais! Me ajuda muito! 🥰🥰🥰

E vamos de Lewis Capaldi, Someone You loved para embalar Vick e Sato, pq nem tudo são flores...

“E eu costumo fechar meus olhos quando dói, às vezes
Eu caio em seus braços
Eu estarei a salvo em seu som até eu voltar

Por enquanto o dia sangra no anoitecer
E você não está aqui pra me ajudar a passar por tudo isso
Eu abaixei minha guarda e então você puxou o tapete
Eu estava me acostumando a ser alguém que você amava

Mas agora o dia sangra no anoitecer
E você não está aqui pra me ajudar a passar por tudo isso
Eu abaixei minha guarda e então você puxou o tapete
Eu estava me acostumando a ser alguém que você amava
Eu abaixei minha guarda e então você puxou o tapete
Eu estava me acostumando a ser alguém que você amava”

Vamos lá!?

Capítulo 28 - Paraíso


Fanfic / Fanfiction Mel e Canela - yaoi - Paraíso

Tão bom fazer o peito do Felipe por travesseiro, ouvindo seu coração batendo ainda acelerado depois de nos entregarmos um ao outro sobre essa cama. Seus braços eram tão aconchegantes e suas pernas envolvidas junto com as minhas me traziam a sensação de conforto. Era ali que eu queria ficar, junto ao Felipe, aproveitando a sensação de plenitude que só senti agora, junto a ele. 

 

Um longo silêncio se fez. Talvez por não precisarmos dizer mais nada, talvez pelo silêncio ser capaz de expressar todos os nossos sentimentos, talvez por apenas querermos aproveitar os toques um do outro.

 

O carinho gostoso que o Felipe fazia na minha bochecha me deixava a certeza que ele estava acordado, embora eu não pudesse garantir o mesmo sobre mim por muito tempo. 

 

- Cadu... você está bem? – ele perguntou depois de um longo tempo. 

 

- Estou, por que? – abri meus olhos e levantei o rosto em sua direção. 

 

- Eu acho que deveria ter me contido mais. Me desculpe se eu fui muito apressado...

 

Eu podia com essa carinha de cachorro que destruiu a casa toda e depois veio todo arrependido? 

 

Acabei soltando um pequeno riso. 

 

- Eu não tenho nada que desculpar. Eu adorei! – falei. – Foi maravilhoso... – confessei, me esticando para dar um selinho nele.

 

- Então... talvez... possamos transar de novo? – Se moveu, ficando novamente sobre mim e me dando um beijo delicioso e provocante. 

 

- Eu sou um só... – murmurei entre seus lábios - ... vou precisar descansar mais um pouco... – respondi, ainda sentindo-me fraco como acontecia quando era obrigado a correr na praia com o Nando nas férias de janeiro. 

 

- Então, talvez eu possa te animar... – e começou a me beijar no pescoço, descendo para meu peito e chegando a minha barriga. 

 

- O que você está fazendo? – comecei a rir, tentando fugir – para, tá fazendo cócegas... – não conseguia me controlar, enquanto ele lambia cada gota que ainda estava na minha barriga. 

 

- Não seja mal... está tão gostoso... – me olhava com aquela cara sexy e atrevida. – Só mais um pouquinho...

 

Acho que ele lambeu cada gota do meu gozo que estava em minha pele e ainda fazendo aquela cara safada, sem tirar os olhos de mim. 

 

- Terminei! Vamos tomar um banho agora? – falou, como se fosse a coisa mais casual do mundo depois de ter colocado todo meu penis na sua boca e sugado uma última vez. 

 

- Você é inacreditável! – ri da sua extrema cara de pau. 

 

- Bem, se você quiser descer para o jantar assim, eu não me importo...

 

- O que? Descer? – foi aí que eu me lembrei que nossos amigos estavam lá embaixo, nos esperando. 

 

- Então, você vem tomar um banho comigo? – pediu, sentado a minha frente. 

 

Engoli a seco, lembrando da última vez que tomamos banho juntos, mas essa não era nem de longe a questão aqui. 

 

- Eu não vou ter coragem de descer e encarar ninguém depois deles saberem o que nós estávamos fazendo aqui! – respondi, quase em choque. 

 

- Mas se nós não formos, eles vão pensar que a gente passou a noite inteira transando...

 

Ele não tirava aquele sorriso maroto e provocante dos lábios e me olhava como se estivesse me desafiando. E que droga, eu estava perdendo!

 

- Vamos descer... eu estou morrendo de fome e se nós ficarmos aqui, eu vou ter que comer outra coisa...

 

E se debruçou sobre mim, lambendo o lóbulo da minha orelha e me deixando todo arrepiado mais uma vez. 

 

- Eu acho que vou ficar aqui, escondido embaixo de um edredom bem pesado... – me esforcei a falar, enquanto ele continuava me beijando tentadoramente. 

 

- Cadu, nós estamos namorando agora e namorados transam! Você não precisa ter vergonha disso... – ele falava com a maior naturalidade do mundo. Talvez por que ele já teve outros namorados e ele era meu primeiro. Acho que eu teria que me acostumar com isso. 

 

- Tá bom! Vamos, antes que eu me arrependa! – me desvinculei e levantei, indo para o banheiro do quarto dele, mas antes de chegar lá, o Felipe já estava abraçado a mim, me envolvendo em seus braços. 

 

- Te amo tanto, Cadu! – e mordeu minha orelha. 

 

Nós dois, em pé, completamente nus nesse quarto... Ah, eu estava quase ficando duro de novo! 

 

- Vamos... por favor... – me virei e fiquei de frente para ele, segurando em sua cintura. 

 

Algo de diferente havia no Felipe. Ele estava radiante. Seus olhos brilhavam como eu nunca vi antes e seu sorriso era o mais lindo que eu já vi. 

 

- Está bem! Eu vou tentar me controlar... – me deu mais um selinho e fomos para o banho. 

 

A promessa de tentar se controlar foi furada. Embaixo do chuveiro, ele não parava de me beijar, fosse na boca ou em qualquer outra parte do meu corpo, me ensaboando por inteiro e aproveitando para abusar de mim. Completamente sem vergonha. 

 

- Felipe, assim não vamos sair desse banho... – recuei, enquanto ele acariciava minha intimidade descaradamente, me mordendo no pescoço. 

 

- Eu não sei se quero sair, Cadu... – resmungou – A sua pele molhada é uma delícia... 

 

Ele queria me deixar louco? 

 

Por algum milagre, consegui fugir dele e sai do box.

 

- Já vou me vestir... – falei, pegando uma toalha do armário.

 

Ele me olhou como se suplicasse para que eu voltasse para o box, mas sem chance. Ele iria me devorar se eu entrasse lá novamente. 

 

Enquanto ainda estava me enxugando, ele desligou o chuveiro e saiu também. 

 

Em meio à beijos roubados e carinhos indecentemente, eu consegui sair do banheiro e me vestir. 

 

- Cadu, está frio! Vista uma roupa minha... – Felipe me abraçou quando viu que eu vesti só a bermuda e a camiseta com a qual eu saí de casa. Realmente, depois desse banho quente, eu senti o frio da noite chegando. 

 

- Qualquer roupa sua vai ficar grande em mim... – falei, lembrando que o pijama que ele sempre me emprestava era curto e não adiantaria.

 

Felipe me levou até o armário dele e achamos uma blusa de moletom que, embora meio grande, me serviu. Não quis colocar uma calça, então fiquei de bermuda e acabamos descendo assim mesmo, com o Felipe me provocando, dizendo que ele iria me esquentar. 

 

Eu um misto de sensações novas que eu estava sentindo. Parecia que eu e ele tínhamos uma intimidade de longa data, algo como se nós já namorássemos a anos. Me senti tão bem e tão solto com ele, ao mesmo tempo que sentia como se estivesse com borboletas no estômago... talvez fosse fome... ou talvez a timidez por aparecer na frente dos meus amigos namorando depois de em menos de 12 hs sair com o Tiago, terminar com ele e transar com o Felipe. 

 

Caramba, minha vida tinha dado uma baita reviravolta, mas eu estava feliz. Talvez essa palavra me definisse. 

 

Não encontramos ninguém no térreo, então eles só podiam estar na edícula nos fundos. 

 

- Aeeeee! Finalmente apareceram! – já ouvi os gritos do Alves quando atravessamos a porta. 

 

- Eu estou tão feliz por vocês! – Vick, sentada na mesa ao lado do Sato, comemorava, enquanto o Felipe me abraçava pelos ombros, colocando seu rosto ao lado do meu. Impossível não sentir minhas bochechas corando. – Mas eu ainda estou brava por vocês terem escondido tudo de nós! – se fez de irritada.

 

- Eu vou ter pesadelos! – Sato fez uma careta – Vocês dois tem fogo no... – Vick tapou a boca dele na hora e ele não pode falar. 

 

- Sato, assim você vai deixar meu namorado com vergonha... – Felipe soltou e eu fiquei mais vermelho ainda. 

 

- Ahhhh! Vocês tão namorando!? – Vick deu um grito tão grande que acho que toda a vizinhança ouviu. 

 

- O que? Você não tem vergonha na cara mesmo, Felipe? Pedir o Cadu em namoro enquanto vocês estavam fodendo? – Sato acusou e eu juro que quis me enfiar em um buraco nessa hora. 

 

- Diz aí, foi antes, durante ou depois? – Alves perguntou todo debochado. 

 

- Chega de falar disso! Vocês estão deixando o Cadu sem graça! – Felipe falou, mas eu sei que ele não se importava de falar sobre essas coisas com eles. Contudo, eu ainda não conseguia me sentir confortável sobre isso. – Vamos comer! Vocês pediram pizza de que?  - saiu de trás de mim e me puxou para a mesa, onde tinham duas caixas de pizza. Esses comilões nunca decepcionavam...

 

Enquanto me sentei a mesa, Felipe serviu refrigerante e pegou dois pedaços de pizza, indo esquentar no microondas. Vick já chegou ao meu lado e se agarrou ao meu braço. 

 

- Cadu, tô tão feliz por vocês! Vocês formam um casal tão lindo... – falou e eu já me senti ficando vermelho de novo.

 

- Foi tudo culpa minha... desculpa esconder isso de vocês... – falei, sem graça. 

 

- Tudo bem! Mas não aceito mais que vocês me escondam nada! – intimidou. Bem a cara dela fazer isso mesmo. Foi quando meu celular tocou. Era o Nando. 

 

- Não vai atender? – Felipe chegou ao meu lado, estendendo o prato com a pizza. 

 

Suspirei fundo e atendi. 

 

-Alô! 

 

Cadu, você ainda está com o Tiago? – ele perguntou do outro lado. 

 

- Eu estou na casa do Felipe agora... – respondi, todo vermelho.

 

O que? Mas você... – óbvio que ele não iria entender. 

 

- Depois eu te conto... – não iria falar tudo pra ele por telefone, ainda mais ali, na frente de todo mundo, inclusive do Felipe. 

 

E você vai vir dormir aqui em casa? Quer que eu te busque? – ainda estava desconfiado. 

 

Não... quer dizer, não sei... – foi quando o Felipe me abraçou pelos ombros e eu senti o arrepio. – Eu acho que vou dormir aqui... – Senti seu beijo gostoso na minha outra bochecha. 

 

- Tem certeza?

 

- Tenho... pode ficar com o apartamento pra você e pra Bia... – sugeri, sabendo que eles passaram a tarde juntos. 

 

- Eu já levei ela pra casa. Ela está de castigo ainda... – ele respondeu desanimado. 

 

- Chama ele e a Bia para virem almoçar aqui em casa amanhã! – Felipe sugeriu, ainda abraçado a mim. 

 

- Ouviu? – perguntei ao meu irmão. 

 

- O que que está acontecendo? – claro que ele estava pensando em mil teorias. 

 

- Vem amanhã que eu te conto! – falei, meio sem graça de explicar ao meu irmão tudo que aconteceu... tudo mesmo. 

 

Tá bom! Vou ver isso com a Bia e te mando uma mensagem! Qualquer coisa, me avisa! Boa noite! – e desligou. 

 

- Então amanhã você me apresentará oficialmente como seu namorado ao seu irmão? – Felipe brincou, sentando ao meu lado. – Devo pedir a permissão dele? – debochou. 

 

- Não! Com certeza, não! – retruquei. 

 

- Então, vocês finalmente vão se assumir!? Já era hora! – Alves provocou. – Acho que eu estou ficando para trás! 

 

- Encalhado, você quer dizer!? – Sato retrucou. 

 

- Livre, eu diria! Mas toda essa conversa me deixou com vontade de comer alguém hoje... – falou descaradamente, pegando o celular. 

 

- Essa papo deu pra mim! – Vick foi se levantando, soltando do braço do Sato que estava sobre seus ombros. 

 

- Espera, Vick! – ele levantou junto. 

 

- Já está tarde! Vou pedir pro meu pai vir me buscar! – falou, colocando o celular no ouvido. 

 

- Fica... fica comigo essa noite? – Sato implorou, segurando-a pela cintura, ficando face a face com ela. 

 

- Nem pensar, Sato e isso não se discute! – falou firme, do jeito que eu sabia que argumento nenhum iria convencê-la do contrário. – Oi, pai... – se soltou dos braços dele e foi saindo, conversando com o pai. 

 

Impossível não reparar no rosto decepcionado do Sato. Eu sabia que a Vick estava se fazendo de dura com ele, não sei se por ela ainda desconfiar das intenções dele ou por ainda não se sentir bem para dormir com ele, mas o Sato ficou arrasado. 

 

Aquele silêncio constrangedor se fez na mesa enquanto ela falava ao celular. 

 

- Meu pai já está vindo! – voltou até nós. – Estou indo! – deu um beijo na minha bochecha e no Felipe também. 

 

- Eu te acompanho! – Sato se prontificou. 

 

- Não, Sato! Não mesmo! Eu sei o caminho! – deu um beijo nele, o deixando no vácuo. – Tchau, Alves! Boa comida pra você! – falou irônica e saiu. 

 

Tudo isso era muito estranho, até pra mim que já estava acostumado a essas mudanças drásticas de humor da Vick. 

 

- Eu vou com ela, Sato... – Felipe se levantou e a acompanhou, como sempre fazia, mas eu sabia que tinha algo a mais ali. Provavelmente ele iria querer conversar um pouco mais com ela, sei lá, aconselha-la. 

 

- Eu sou solteiro, mas pelo menos minha noite tá garantida! – Alves provocou, com um sorriso sarcástico e jogando o celular na mesa. Acho que alguma garota tinha aceitado o convite dele para aparecer por aqui. – Quer que eu chame alguém pra você, Sato? – sugeriu, se jogando no encosto da cadeira e colocando as mãos atrás da cabeça, todo satisfeito. 

 

- Sai fora, otário! – voltou para o seu lugar com o seu humor destruído, quando voltou seus olhos pra mim. – Cadu, me explica isso? Me explica por que? – sua voz era angustiante. 

 

- Eu... eu não sei... – o que eu poderia falar para ele agora, se nem eu sabia o que se passava na cabeça da Vick!? 

 

- Ahhhhhh!!! – quase gritou, jogando a cabeça para trás e esfregando as mãos no rosto – Eu não sei mais o que eu faço! – voltou a me encarar – A Vick sempre foge de mim, está me evitando! É como se ela estivesse comigo e ao mesmo tempo, não estivesse! Eu não sei mais o que fazer... – desabafou. 

 

- Vick não quer transar com você! Aceita isso e parte pra outra! – Alves deu o pior conselho possível. Não acreditei! O encarei com meus olhos arregalados. 

 

- Nem pensar! Eu amo a Vick! Não vou pegar outra e trair ela! – retrucou. 

 

- O que os olhos não veem, o coração não sente! – respondeu – E o Cadu não vai contar isso para a Vick, vai? – me desafiou. Engoli a seco. E agora? 

 

- Esquece, Alves! Se não for com a Vick, não vai ser com outra... – bufou, voltando a me encarar. – Cadu, você conhece a Vick a mais tempo que eu. Me diz, por que ela tá fazendo isso comigo? – me questionou, desanimado. 

 

- Eu não sei, na verdade, quando nós estudamos juntos no fundamental, ela teve poucos ficantes e nem namorou. Acho que talvez, ela esteja insegura... – refleti, pensando na situação. 

 

- Toda vez que eu tento entrar no assunto, que eu tento dar carinho pra ela, ela foge, desconversa, vai embora... ela não fala abertamente nem que sim e nem que não, mas quando eu disse que ela não precisava se preocupar, que eu sabia que ela era virgem e que eu iria tomar cuidado com ela, ela ficou quieta e simplesmente me ignorou, indo embora e eu não consigo mais entrar nesse assunto! Eu não tô aguentando mais! Eu amo tanto ela e eu só queria que ela conversasse comigo, me dissesse do que ela tem medo, o que ela quer e o que ela não quer! – desabafou e eu senti toda a ansiedade que ele estava sentindo. 

 

Eu sabia que ele não queria só sexo com ela, que o seu sentimento era honesto e verdadeiro, mas a Vick era uma garota difícil. Quando ela não queria falar sobre algum assunto, não adiantava insistir. 

 

- Cara, olha o teu tamanho e olha o tamanho da Vick! É óbvio que ela tá com medo do tamanho do teu pau! – Alves falou com aquela delicadeza de sempre. 

 

- Ah, cara, vai se foder! – e o Sato respondeu no mesmo nível. 

 

- As duas moças já pararam de discutir? – Felipe voltou, vindo se sentar ao meu lado e colocando o braço sobre meus ombros. 

 

- O que você falou com a Vick? – Sato estava ansioso. 

 

- Falei o certo! Que se ela não estava afim, ela deveria ser clara com você. Que ela não é obrigada a nada, mas que deve estar ciente que está machucando você fazendo isso! – respondeu da forma mais direta possível. 

 

- Será que a Vick é daquele grupo de pessoas que juram casar virgens? Ou a religião dela não permite? Talvez o pai dela... – refletiu. – Você sabe de alguma coisa assim, Cadu? 

 

- Não! Não sei dela fazendo parte de nenhum grupo e ela e o pai são espíritas, creio que não sejam tão rígidos assim e o pai dela é bem tranquilo. Aquela vez que ela passou mal e eu fui pra casa com ela, ele até conversou comigo e disse que só não queria que a Vick escondesse nada dele... – expliquei. 

 

- Mas até agora ela não contou para o pai sobre nós dois e não quer que eu conheça ele... Eu estou achando que ela não gosta de mim e não me leva a sério... – o tom dele destruiu meu coração. 

 

Estava me sentindo arrasado. Como eu poderia estar feliz com o Felipe, se meu amigo estava ali na minha frente, arrasado? E do jeito que eu conhecia a Bia, ela também deveria estar, por que ela se fazia de durona, mas sempre sofria escondido. 

 

- Não pensa bobagem! A Vick gosta de você e não ficaria te olhando com cara de boba toda vez que te vê... – Felipe tentou tranquiliza-lo. 

 

- Igual você fica olhando pro Cadu quando ele está distraído? – Sato retrucou. 

 

- Ou quando ele tá lá na frente da sala e você finge estar prestando atenção na aula, mas na verdade tá olhando pra ele? – Alves completou e eu já estava vermelho. 

 

- Ou quando você arranja qualquer desculpa para implicar com o Cadu só pra ver ele ficando com vergonha? – Sato emendou. 

 

- Ou talvez, quando você mentia que estava cansado só pra levar o Cadu pro seu quarto? – Alves continuou. 

 

- Chega! Já deu pra entender! – Felipe os cortou. – Cadu já sabe que o quanto eu amo ele e agora não largo mais! Nem se aquele cara aparecer pintado de ouro na frente dele! – falou, me encarando com olhos carinhosos. 

 

- Vocês dois juntos são muito melosos... tô até ficando enjoado... – Alves fez careta. – E a mina que eu chamei vai demorar pra chegar... acho que vou ter que bater uma até lá... 

 

- Sai daqui, seu nojento! – Sato empurrou ele. – Eu vou ficar com o quarto de baixo! Nem pensar que eu vou lá pra cima com esses dois dormindo no quarto do Felipe! Daí que eu não vou ter sossego! 

 

Não tinha como eu ficar mais vermelho com os comentários desses dois e o Felipe só dava risada. 

 

- Já estou me acostumando com o sofá e você que não apareça e atrapalhe minha noite! – Alves resmungou. 

 

- Eu quero que você se foda! Fui! – levantou e foi para o quarto da edícula. 

 

- Ei! Eu vou ficar de vela aqui? – Alves gritou, mas o Sato só ignorou e bateu a porta. Ele estava mesmo muito pra baixo. 

 

- Deixa ele... uma hora, ele se acerta com a Vick... – Felipe refletiu, colocando mais um pedaço de pizza no meu prato e indo para o microondas.

 

Ficamos jogando conversa fora com o Alves até a garota dele chegar e eu realmente não queria ver ele e a ficante se pegando na nossa frente, então, assim que a campainha tocou, chamei o Felipe para subir. 

 

- Felipe, vamos deixar os dois... – pedi. 

 

- Cadu está com pressa hoje... – Alves comentou, saindo porta a fora. Eu não aguentava de vergonha. 

 

- Eu também estou louco para ficar a sós com você... – sussurrou ao meu ouvido, me abraçando pelos ombros. 

 

Felipe era uma tentação, mas eu estava tão cansado e acho que ele percebeu isso. Acabei colocando o pijama que ele sempre me emprestava, escovamos os dentes e dormimos abraçados, de conchinha. Sério, eu estava no paraíso assim. 

 

 

 


Notas Finais


Ah, deu pra perceber que o Felipe é bem assanhado? Quero ver segurar esse menino agora!

Dormir de conchinha... ah, que delícia! Paraíso mesmo!

E deu pra perceber que o Nando não está conseguindo entender muito bem o que está acontecendo. Como vocês acham que será a reação dele? E da Bia?

Eu já falei isso algumas vezes e repito: não odeiem a Vick! Ela é uma das personagens mais sofridas da estória e embora ela pareça ruim com o Sato, ela gosta muito dele!

Alves sendo Alves, né!? 🤭😝

Gostaram do capítulo? Comentem muito, pq a semana só estará começando 🙈🙊☺️

Amo vcs! Não se esqueçam disso ♥️

Até a próxima 🥰


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...