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História Mel e Canela - yaoi - Confiança


Escrita por: F_kk

Notas do Autor


Oi, meus amores! Chegay!


Esse é o último capítulo sob o ponto de vista do Sato. Claro que eles vão continuar na fic, mas eu precisava colocar esse momento de carinho e entrega dos dois!

De inspiração, Infinity, de Jaymes Young:

“ Querida, este amor, eu nunca vou deixar morrer
Não pode ser tocado por ninguém, eu gostaria de vê-los tentar
Eu sou louco pelo seu toque
Menina, eu perdi o controle
Eu vou fazer isso durar para sempre
Não me diga que é impossível

Porque eu te amo até o infinito (oh, oh, oh)
Eu te amo até o infinito (oh, oh, oh)
Porque eu te amo até o infinito (oh, oh, oh)
Eu te amo até o infinito (oh, oh, oh)

Oh querida, minha alma
Você sabe que ela anseia pela sua
E você tem preenchido este espaço desde que você nasceu
Porque você é a razão pela qual eu acredito no destino
Você é o meu paraíso
E farei qualquer coisa para ser seu amor
Ou ser seu sacrifício”

Vamos lá!?

Capítulo 36 - Confiança


Fanfic / Fanfiction Mel e Canela - yaoi - Confiança

Meu coração sempre falhava uma batida quando eu colocava os olhos sobre a Vick. Mas essa manhã, senti uma dor enorme no meu peito ao vê-la descendo do carro junto com seu pai. Eu até falei para ela ficar uns dias em casa, mas ela quis vir e assim pelo menos se distrair, embora no fundo, eu sabia que ela só estava tentando se fazer de forte e ela era! 

 

Eu tinha uma garota muito corajosa como minha namorada e iria fazer ela perceber o quão inspiradora ela era pra mim. É por ela que eu quero ser alguém melhor, alguém que olha para os outros e se compadece de suas dores e se põe no lugar do outro sem que para isso eu precise ser alguém próximo. Por ela que eu quero ser forte também e encarar minhas dores que até hoje não consegui enfrentar.

 

Ontem, depois do almoço, o Felipe, o Cadu e a Bia foram lá na casa da Vick para ver como ela estava. Claro que o Cadu e o Felipe foram bem discretos e não entraram em nenhum assunto delicado, mas quando a Bia chamou a minha namorada para conversar a sós no quarto, eu percebi que a conversa seria longa e achei melhor ir para casa. 

 

Eu estava realmente sem ânimo para nada e me sentia destruído, por dentro e por fora e só quis ir para a minha cama e me isolar do resto do mundo. 

 

A noite, fiquei um bom tempo no celular falando com a Vick e embora ela também estivesse abatida, parecia que ela estava falando comigo com uma maior facilidade, talvez até mais solta. 

 

Eles atravessaram a rua e vieram diretamente até mim. Cumprimentei o dr. Josué e então abracei a minha namorada, como se eu quisesse protegê-la de tudo e de todos em meus braços. 

 

- Bom dia, minha princesa... – dei um beijo em sua testa enquanto ela retribuía o meu abraço, me envolvendo pela cintura. 

 

- Garoto... Sato, eu queria te pedir um favor... – o pai dela me chamou. 

 

- Claro! Pode falar!

 

Vick se colocou ao meu lado, com um braço passando por trás das minhas costas e deitando sua cabeça em meu peito. Olhar baixo e distraído e eu sabia que ali havia algo. 

 

- Eu pedi uma medida protetiva contra a mãe da Vick, para ela não poder mais chegar perto da minha filha, mas mesmo assim, até o juiz deferir o pedido e comunicar a mãe dela, eu tenho medo que ela apareça e acabe encontrando a Vick sozinha...- ele explicou. – Então, eu queria pedir, se possível, que você não deixasse a Vick sozinha e esperasse junto com ela até eu vir buscá-la à tarde.

 

- Claro, Josué! Eu não vou deixar a Vick se afastar de mim! – respondi. 

 

- Eu não quero atrapalhar, é só por enquanto!

 

- Não vai atrapalhar em nada! Eu vou proteger essa menininha aqui! - falei, tentando parecer brincalhão e assim aliviar o clima. 

 

- Eu fico feliz em poder contar com você! – vi um sorriso se abrir no rosto do meu sogro... Sogro!? Era muito estranho pensar em alguém sendo meu “sogro” – Eu vou conversar com a coordenação da escola sobre isso! Quero garantir que a mãe dela não use a escola para encontrar com minha filha! – ele explicou e se despediu de nós, indo em direção à sala onde a coordenadora ficava. 

 

Entramos e logo encontramos com nossos amigos, mas o Alves estava estranho, quer dizer, mais estranho do que o normal, se bem que ele nunca foi normal...

 

- O que foi? – perguntei quando vi que ele estava nos encarando seriamente. 

 

- Vocês não vão me contar mesmo o que está acontecendo? Vocês dois mataram aula ontem e estava todo mundo preocupado com vocês, mas ninguém podia me falar o por que... O que que tá rolando? 

 

Merda! Não esperava que o Alves fosse questionar alguma coisa assim tão diretamente e eu realmente não queria falar sobre isso com ele. Não era que eu não confiasse no sigilo dele, mas era um assunto que dizia respeito apenas a Vick e quanto mais pessoas soubessem, pior ela se sentiria. 

 

- Só aconteceu uma coisa e eu tive que ir fazer uma denúncia na delegacia... só isso... – Vick respondeu antes que qualquer um de nós tivesse tempo de falar. 

 

Vi nos olhos do Alves que ele percebeu que era algo sério e ele nos encarou de uma forma totalmente diferente do que fazia, sem nenhum sinal de brincadeira ou deboche, como ele era acostumado a fazer. 

 

- Sei... espero que você resolva esse problema...

 

Não é que ele não fosse capaz de sentir empatia por alguém, mas quando ele falou isso, era como se ele percebesse o sofrimento escondido por trás daquela resposta da Vick e entendeu que não deveria tocar mais nesse assunto. 

 

-Sato, vê se cuida bem da sua garota! – ele me encarou com uma certeza em seus olhos que parecia como se ele estivesse entendendo completamente o que eu sentia e ainda por cima estava me aconselhando!? E era um conselho válido, não aquelas bobagens que ele sempre falava. 

 

- Pode deixar! Eu vou fazer isso direito! – respondi. 

 

- Vai nada! Você só faz merda! 

 

Ah, ele voltou a ser como era sempre. Mesmo assim, havia algo em seu tom de voz que eu não consegui compreender. 

 

Algumas risadas escaparam de nossos amigos. No fim, era o Alves sendo o Alves, mas com um quê de mistério. 

 

Passei a manhã sem desgrudar da Vick. Claro que na sala era complicado, por que ela sempre sentava na frente com a Bia e o Cadu e eu ficava no fundo da sala, mas eu sabia que a Vick ficaria bem junto com eles, mas em todos os outros momentos, ficamos juntos, mas a Vick ainda parecia abatida e desanimado, ao mesmo tempo que estava carinhosa e carente. 

 

- Vick, você está bem? – pergunta mais idiota que eu fiz! Era óbvio que ela não estaria depois de tudo que passou, mas essa pergunta era mais sobre como ela estava se sentindo nesse exato momento.

 

- Eu estou um pouco cansada... – respondeu desanimada depois que saímos do restaurante em que almoçamos. Nossos amigos andavam um pouco mais à frente. 

 

- Você quer ir para a sua casa? Eu te levo e fico com você até seu pai chegar... – sugeri e a minha namorada me segurou ainda mais apertado pela minha cintura. 

 

- Eu acho que vou aceitar sua proposta... – ela me respondeu sorrindo. O sorriso mais lindo que eu já vi na vida. 

 

Nos despedimos dos nossos amigos e pegamos um Uber para ir na casa dela. No caminho avisamos para o pai dela que estávamos indo para lá. 

 

Quando chegamos, fomos para o quarto dela. Eu sentei na cabeceira da cama e ela deitou em meu colo, quietinha, mas com os olhos abertos. 

 

Fiquei fazendo carinho no seu cabelo, em silêncio, imaginando que logo ela iria dormir assim como aconteceu ontem, mas o que aconteceu foi algo inesperado, pelo menos para mim. 

 

- Sato? – ela me chamou, continuando a olhar vagamente para algum lugar qualquer no quarto quase escuro, com a lâmpada apagada e a cortina escondendo a luz da tarde. 

 

- Oi, minha princesa... – respondi. 

 

- Eu me sinto muito culpada pelo que aconteceu... – ela começou a falar, mas eu a interrompi. 

 

- Vick, você não tem culpa de nada! – falei, com a voz calma para não assusta-la.

 

- Não, Sato, eu não estou falando sobre aquilo, eu estou falando sobre nós dois... – ela se levantou do meu colo e se sentou a minha frente, encarando os meus olhos. 

 

- O que? Do que? – não entendi direito ao que ela se referia. 

 

- Eu sei que eu fui muito cruel com você e te machuquei bastante... – ela sussurrou. Seus olhos tristes e cansados. 

 

- Não, Vick! Não pense assim! – exclamei, levando minha mão direita a sua bochecha e fazendo carinho. 

 

- Claro que eu penso assim, Sato... eu te conheci na pior fase da minha vida, logo depois que tudo aquilo aconteceu e não demorou muito até você querer dar em cima de mim e então, você começou a me chamar como o meu tio me chamava e não tinha como eu não lembrar de tudo o que aconteceu cada vez que você me chamava daquele jeito! – começou a falar freneticamente e então eu entendi o por que dela me rejeitar quando eu a chamava de “gatinha”.

 

Saber disso foi como uma punhalada no meu peito! Eu achava que estava a chamando carinhosamente, enquanto eu estava a torturando sem saber. 

 

- Vick, eu realmente não imaginava... – falei, meio atônito ainda.

 

- A culpa não é sua, Sato... você não tinha como saber, mas eu não deveria ter te tratado com tanta agressividade como eu sempre fiz... e ao mesmo tempo, eu comecei a me sentir atraída pelo Alves...

 

Ela baixou o rosto e eu vi o quanto esse assunto ainda era uma ferida em aberto no seu peito. 

 

- O Alves me tratava com indiferença e nunca quis se aproximar muito de mim, então eu comecei a ver nisso algo bom e embora eu soubesse que ele não prestava, eu ainda assim preferi gostar dele, sem nenhuma esperança de que algo entre nós acontecesse do que te dar uma chance... – ela falava, ainda com a cabeça baixa, olhando para as mãos que estavam sobre seu colo. 

 

- Vick, você não precisa ficar lembrando disso... – falei, não querendo que ela se torturasse mais ainda com esse assunto. 

 

- Não, Sato, me deixa falar... – ela volveu seus olhos para mim e eu percebi que ela queria colocar para fora tudo o que estava guardado em seu peito. – Eu sei que eu fui uma idiota com você todo esse tempo e ainda por cima, fiquei com seu amigo na sua frente, mas eu achei que se aquilo acontecesse, eu estaria fazendo você me esquecer de vez, mas eu acabei misturando as coisas, coloquei esperanças no Alves onde eu jamais deveria ter colocado, acabei descontando toda a raiva que eu fiquei dele em cima de você e sem nenhum motivo! Você só estava querendo ser atencioso comigo e eu só fiz besteira...

 

- Vick, tá tudo bem... o que aconteceu já foi, é passado... – tentei acalma-lá, ainda dando carinho na sua bochecha. 

 

- Sato, se eu pudesse voltar lá atrás, eu mudaria tanta coisa, eu faria tudo diferente... – ela disse com a voz fraca. 

 

- Não pense assim! Eu também era uma cara muito idiota e talvez, se nós tivéssemos ficado juntos lá atrás, poderia ser que hoje nós não estivéssemos mais juntos! Eu era muito imaturo e eu não estou falando que eu me acho muito maduro, mas eu consigo entender as coisas com mais clareza agora... – confessei. 

 

- Mesmo assim, eu fui muito cruel com você e eu não precisava ter feito tudo isso, mas quando eu vi que você estava se afastando, que você estava se tornando cada vez mais próximo da Bia... eu... eu...

 

- Você sentiu ciúmes? – perguntei, deixando escapar um sorriso. 

 

- Tá, pode chamar de ciúmes, mas é só que eu... eu acho que eu percebi em você alguém que eu não tinha visto antes, mas mesmo assim, eu tive medo... 

 

- Medo do que? – a interrompi. Ainda não fazia sentido. 

 

- Mais medo de mim do que de você... – fiquei mudo, não conseguia entender do que ela estava falando. – Medo de eu me apaixonar de verdade, medo de eu fazer alguma coisa errada e te magoar mais ainda, medo de que você descobrisse que eu não era aquilo que você imaginava, medo de você descobrir a verdade sobre mim e não querer mais ficar comigo...

 

- Vick... – peguei suas mãos entre as minhas – Eu jamais faria isso... 

 

- Mas eu tinha medo, Sato! Até por isso que eu não queria que você conhecesse meu pai e nem quis ir conhecer sua mãe. Eu mesma não estava acreditando que nós pudéssemos ficar juntos por muito tempo e então, eu achei que iria chegar uma hora que você se cansaria de mim, por que no fundo, eu não conseguia acreditar que alguém fosse gostar de verdade de mim do jeito que eu sou...

 

A angústia na voz da Vick era tão grande, seus olhos tão tristes, sua vida tão machucada, que eu entendi o que ela queria dizer... ela não esperava que eu estivesse dizendo a verdade cada vez que dizia que a amava.

 

- Mas ontem, quando você chegou aqui em casa, quando você me abraçou e me apoiou, mesmo já sabendo o que havia acontecido comigo, eu percebi que eu poderia confiar em você! Eu percebi que você me amava de verdade e que poderia passar por cima disso e continuar comigo...

 

- Claro, Vick! Claro que eu te apoio! Você sabe que pode contar comigo pra tudo, por que eu te amo mais que tudo! Por que você é a minha garotinha, que eu quero cuidar e proteger e ter sempre ao meu lado! – contei, não aguentando mais ver tanta angústia refletida nos olhos da minha namorada. – Eu amo você, Vick...

 

Não pude mais suportar e me entreguei a um beijo que expressava toda a dor e desespero que tomou conta de mim ao vê-la me contando tudo, mas ao mesmo tempo, senti que uma barreira entre nós se quebrou e que agora não haveriam mais segredos e nem desconfianças entre nós dois. 

 

- Posso te perguntar uma coisa? – falei assim que separamos nosso beijo. 

 

- Pode sim! 

 

- O que você sente pelo Alves hoje? – confesso que isso ainda me angustiava. 

 

Ela ficou em silêncio por um tempo antes de falar. 

 

- Eu acho que a melhor palavras que pode resumir isso é frustração... – ela respondeu seriamente. – Eu não estou frustrada com ele, até por que eu sabia que não poderia esperar muito dele, mas frustração por eu ter me deixado ficar tanto tempo com um sentimento tão inútil e por ter confundido as coisas e criado expectativas irreais... eu só queria deixar isso no passado e ficar com quem me valoriza de verdade... 

 

Não consegui mais deixá-la falar e a beijei novamente. Eu jamais duvidaria da sinceridade dos sentimentos da Vick por mim, mas ouvi-la dizendo tudo isso só me fez ter certeza de como a vida havia sido ingrata com ela, com nós dois, mas o que mais importava é que agora estávamos juntos. 

 

Vick me beijava com a mesma intensidade, a mesma entrega que eu, mas isso era muito tentador, ainda mais nós dois estando sozinhos nessa casa, nesse quarto... 

 

- Vick, me desculpa... eu não posso... – soltei os seus lábios e baixei minha cabeça, encostando minha testa em seu ombro. 

 

- O que foi, Sato? – me perguntou, levando suas mãos ao meu rosto e me fazendo encara-la novamente. 

 

- Eu prometi pra mim mesmo que iria te respeitar e esperar o seu tempo... me desculpe se eu foi muito afobado agora... – falei com sinceridade. 

 

Tê-la em meus braços, me beijando com tanta insensatez era muito tentador e eu não podia deixar essa tentação tomar conta dos meus sentidos e me fazer perder a razão. 

 

- Sato... eu também tenho vontade, é só que eu... eu tenho medo... – ela confessou, olhando no fundo dos meus olhos. 

 

Aquela garotinha tão delicada, de olhos azuis e sorriso suave estava confessando a mim que também me desejava. Meu coração disparou e eu não soube como agir por alguns segundos, até finalmente cair em mim. 

 

- Medo...!? Medo de que, minha princesa? – acariciei sua bochecha novamente, querendo entendê-la. 

 

Vi seus olhos se encherem de angústia novamente antes dela me explicar. 

 

- As lembranças daquele dia... daquelas dores ainda estão presentes como se tudo tivesse acontecido ontem... eu fiquei toda machucada por dias e sangrei bastante depois de tudo... Eu sei que com você, vai ser diferente, mas esse medo é algo que eu não consigo controlar! Eu queria muito esquecer de tudo, mas eu não consigo... 

 

- Vick, você sabe que pode confiar em mim e que eu vou te dar todo o carinho que você merece e te prometo que você não vai sentir dor alguma, só prazer, mas nós não precisamos ter pressa! Eu espero o tempo que for preciso... isso realmente não importa! Eu vou continuar te amando e te respeitando pelo tempo que for... – falei com toda a minha sinceridade. 

 

Ganhei outro beijo que me deixou inebriado, mesmo assim, ainda a segurei apenas com minhas mãos em seu rosto. Não queria me deixar levar e toca-lá em algum lugar que ela se sentisse mal, mas confesso que resistir estava ficando cada vez mais difícil. 

 

- Sato... – ela soltou nosso beijo, quase sem ar já - ... eu quero tentar... eu quero ficar com você agora...

 

- Vick, você não precisa ter pressa! Não se sinta pressionada por minha causa... – recuei, não querendo que a minha namorada se sentisse assim. 

 

- Eu quero, Sato! Eu quero já faz tempo, mas eu estava fugindo. Só que agora eu tenho certeza... – ela pegou minhas mãos e levou até a cintura dela, por baixo de sua blusinha – Eu sei que você sempre carrega uma camisinha na sua carteira, então, eu sei que pode ser agora...

 

- Vick, não faça isso por obrigação ou qualquer coisa assim... – argumentei. 

 

- Não é! Juro que não é! Eu estou com medo, mas ao mesmo tempo, eu me sinto segura com você! Sato, por favor...!? 

 

Aqueles olhos estavam suplicando e eu não conseguia mais negar. Eu a queria tanto, mas tanto, que esse desejo chegava a doer em meu peito. Era muito mais do que tesão que eu estava sentindo nesse momento, era amor, puro e sincero! Eu queria dar tudo de mim e fazê-la a mulher mais feliz do mundo em meus braços. 

 

Não resisti e me perdi em seus lábios novamente, a beijando intensamente e segurando com força em sua cintura delicada. Num impulso, a girei sobre o colchão, fazendo com que ela deitasse comigo sobre seu corpo. 

 

- Confia em mim e se você não estiver se sentindo bem, me avisa, que eu paro na hora! – falei, tentando deixá-la mais a vontade e ela assentiu. 

 

Vi que ela estava nervosa e um pouco assustada, então eu iria deixá-la relaxada primeiro e eu sabia como fazer isso. 

 

A beijei com carinho, com delicadeza dessa vez, deixando-a explorar com calma a minha boca com sua língua. Seus lábios macios acariciavam os meus suavemente, se envolvendo cada vez mais. 

 

Acariciei sua pele por baixo de sua roupa, provocando arrepios em seu corpo todo. Sua perna esquerda se flexionou e ela se enroscou com as minhas. Cada vez mais quente. Cada vez mais excitante. 

 

Separei levemente nossos lábios e me levantei um pouco, apenas o suficiente para puxar sua blusinha para cima e ela me ajudou a retirá-la completamente. 

 

Seus olhos agora estavam cobertos de desejo e curiosidade e eu faria de tudo para deixá-la satisfeita em meus braços. 

 

Abri o fecho do seu sutiã cor de rosa, que ficava a frente, entre seus seios e o retirei por completo. 

 

Senti um frio na barriga, uma sensação de descoberta. Eu seria capaz de dar todo o carinho que ela precisasse nesse momento. 

 

Coloquei minhas mãos ao lado de seu tronco e levei minha boca a seu pescoço, beijando a sua pele e lambendo cada centímetro, descendo lentamente, até alcançar seus mamilos, que eu suguei e beijei com calma, me afogando em um enquanto acariciava o outro. 

 

Levantei meus olhos por um instante e ela estava com os seus fechados, boca entreaberta e soltando alguns gemidos baixinhos, suas mãos jogadas sobre o travesseiro. Ela estava completamente entregue a mim. 

 

Fiquei um tempo incontável me deliciando em seus seios, os deixando arrepiados e inchados de excitação, mas eu não queria parar por aí. A minha namorada merecia mais... bem mais que isso...

 

Comecei a descer, chegando ao seu abdômen e o enchendo de beijos, mas eu não poderia descer mais sem sua autorização. Novamente, me levantei e a encarei. 

 

- Vick... – ela abriu os olhos e me observou. Sua respiração já estava ofegante e ela parecia ansiosa para que eu continuasse. 

 

Ela pegou minhas mãos e levou até o cós de sua calça, me ajudando a abaixá-la e retirá-la. Agora, ela estava completamente nua a minha frente. Sua pele quente e suas bochechas vermelhas. 

 

Tive que usar todo o meu autocontrole, que já não era muito bom, para não tomá-la com fúria. Eu queria tocar em todas as partes de seu corpo, queria apertar seu quadril em minhas mãos, morder, sugar e lamber toda sua virilha, mas eu não poderia fazer isso... não agora. 

 

Puxei sua perna direita para mim e beijei com todo carinho seu pé, depois fui subindo, beijando com cuidado sua perna, sua coxa e depois, repeti na outra perna. 

 

Vick me observava com cuidado e quando ela fechava os olhos, eu percebia que havia tocado em um ponto sensível seu. Quando acabei de dar carinho em sua coxa esquerda, me coloquei entre suas duas pernas, beijando com delicadeza sua virilha, prestando atenção em todas as suas reações. Ela segurou o lençol entre suas mãos e apertou com força, soltando gemidos ainda mais audíveis. 

 

Ela estava toda entregue e relaxada, seu sabor me dizia que ela estava pronta para me receber, embora eu ainda estivesse temeroso de machucá-la, afinal, seria nossa primeira vez, a primeira vez de verdade da Vick. 

 

Depois de todo esse carinho, eu me levantei e retirei minha camiseta, deixando à mostra meu tronco. Mais uma vez um frio na barriga me atingiu. Eu estava nervoso como nunca antes. 

 

Eu queria dar todo amor que a Vick merecia. Queria que ela se sentisse uma princesa em meus braços. Queria que ela tivesse a melhor experiência da sua vida hoje, comigo. 

 

Tirei a carteira do bolso da minha calça e de lá eu retirei a camisinha. Eu já estava duro desde que começamos a nos beijar e confesso que retirar o restante da minha roupa me deixou ainda mais ansioso, mas a Vick percebeu e me tranquilizou, sentando a minha frente e me dando mais um beijo carinhoso enquanto eu colocava a camisinha em mim. 

 

Minha garotinha. Minha namorada. A garota que eu esperei por mais de dois anos para ser minha estava ali, na minha frente, me beijando enquanto me esperava para fazê-la feliz e eu faria. 

 

A segurei pela sua cintura novamente e a deitei sob mim sem afastar um segundo sequer nossos lábios. 

 

O amor e a excitação fluíam entre nossos corpos e eu a penetrei lentamente. Senti quando ela ofegou entre nossas bocas e me apertou entre suas mãos. 

 

- Vick, você quer que eu pare? – perguntei, afastando nossos lábios, mas ainda com meu rosto colado ao seu. 

 

- Não... não para... só espera um pouquinho... – ela sussurrou, buscando ar. 

 

Eu esperaria quanto tempo fosse necessário e voltei a beijar seu pescoço. Seu perfume doce invadia as minhas narinas e sua pele macia me faziam não querer soltá-la de jeito nenhum.

 

Senti suas mãos descerem da minha cintura para o meu quadril e então, ela me empurrou e eu a penetrei mais ainda, chegando até o mais profundo de seu ser. 

 

- Vick... – a chamei, observando sua face novamente, levando minha mão a sua bochecha e a acariciando. 

 

- Sato, não pare mais... eu quero te sentir... – ela sussurrou e me puxou para mais um beijo e eu a amei com todo o meu ser, com todas as minhas forças, com tudo de mim. A amei como a primeira e a última mulher da Terra. A amei como se não existisse mais nada e nem ninguém. A amei com todo o amor que ela merecia e que eu seria capaz de dar. A amei só para mim. Só minha. 

 

Não sei quanto tempo ficamos ali, sobre aquela cama, conectados e pertencendo apenas um ao outro, mas depois que nos separamos, a puxei para os meus braços, fazendo meu peito por travesseiro, cobertos apenas por uma manta e ficamos em silêncio, comigo acariciando seus cabelos, aproveitando a sensação de plenitude que se seguiu, quando de repente senti uma gota molhada cair em minha pele. 

 

- Vick, o que foi? – me assustei e imediatamente pensei que ela pudesse estar se sentindo mal. 

 

Ela afundou ainda mais seu rosto em meu peito e o desespero começou a tomar conta de mim. 

 

- Vick, minha princesa, o que está acontecendo? – me virei, puxando seu rosto para mim e a vi coberta de lágrimas. – Vick? 

 

- Me desculpe... – ela sussurrou, forçando sua voz sair entre suas lágrimas. – Eu sinto como se eu não merecesse estar com você...

 

- O que? Não! Por que isso? – a abracei mais apertado ainda, a envolvendo completamente em meus braços. – Eu amo você, Vick! Você é minha namorada! Você me conquistou completamente! Como você pode dizer isso? 

 

Ela foi se acalmando aos poucos e sua respiração foi voltando ao normal. Era como se a Vick não estivesse acreditando ainda que eu era honesto e a amava exatamente do jeito que ela era, com todas as suas dores e tudo o que ela era e havia vivido. 

 

- Te amo, Vick! Te amo mais que tudo! – sussurrei ao seu ouvido, rezando para que ela se convencesse de que era verdade. 

 

Ela silenciou e finalmente dormiu tranquilamente em meus braços. Passei um bom tempo a observando. Tão linda, tão angelical. Como aquele desgraçado tinha tido coragem de fazer mal para a minha garotinha? 

 

Ah, se eu ficasse pensando sobre isso, eu não teria paz e tudo que eu queria agora era justiça! 

 

Cuidei com todo carinho da Vick, mas eu estava precisando me levantar. Consegui tirar o meu braço de baixo da cabeça da Vick e ajeita-la sobre o travesseiro. A cobri e levantei, vesti minha calça e pequei a camisinha que estava ao lado da cama, fui ao banheiro e depois fui à cozinha, beber um copo d’água e quando eu já estava me preparando para voltar para o quarto e deitar novamente ao lado da Vick, ouvi um barulho na porta. Só podia ser o pai dela chegando. 

 

Paralisei. Não podia simplesmente sair correndo da cozinha e ir me esconder no quarto da minha namorada, mas o pior é que eu estava só de calça, descalço e sem camisa no meio da cozinha. 

 

Que merda! 

 

E adivinha qual o primeiro lugar que o pai da Vick veio? Exatamente onde eu estava! Na cozinha...

 

- Oi, Sato! Tudo bem? – ele me cumprimentou assim que me viu. 

 

- Oi...tudo bem... – retribui o cumprimento e eu acho que nunca me senti tão constrangido em toda a minha vida e não sei se ele percebeu, mas agiu com toda a naturalidade do mundo.

 

- E a Vick? – perguntou, enquanto enchia um copo d’água no filtro. 

 

- Ela está dormindo... ela estava bem cansada... – respondi sentindo minhas bochechas ficarem quentes, encostado no balcão e sem coragem de encara-lo. 

 

- Ela não dormiu direito mesmo a noite... nós ficamos conversando até tarde! – ele respondeu, encostando no balcão ao meu lado. – Inclusive, falamos bastante sobre você... – ele me falou e eu juro que senti o ar faltar. Claro que eu não consegui responder nada e ele continuou. – Minha filha gosta muito de você, sabia? 

 

- Eu sei... eu também gosto muito dela... – respondi, ainda sem graça. Senti uma mão em meu ombro e automaticamente eu me voltei pra ele. 

 

- Dá pra sentir isso só de olhar pra vocês juntos! – ele tinha um sorriso amigável que eu não soube lidar. – Eu só vou mudar de roupa e já venho fazer companhia pra você! Vamos deixar a Vick dormir um pouquinho. Ela precisa descansar! 

 

Ele falou e foi saindo em direção ao corredor dos quartos. Fiquei com medo dele passar no quarto da Vick e ver que ela estava dormindo completamente nua embaixo das cobertas, mas acho que na situação que ele me encontrou, já deve ter entendido o que aconteceu com nós dois sozinhos nessa casa. 

 

Quando ouvi a porta do quarto dele se fechar, fui novamente ao quarto da minha namorada e a vi dormindo do mesmo jeitinho que eu a deixei. Peguei as nossas roupas que estavam espalhadas pelo quarto e coloquei sobre o puff que tinha ao lado da sua cama. Vesti minha camiseta e coloquei minhas meias e meu tênis. Quando sai pelo corredor, encontrei com o dr. Josué novamente e fomos juntos para a sala. 

 

Não deixava de ser extremamente constrangedora essa situação e obviamente ele percebeu. 

 

- Sato, está tudo bem com você mesmo? Você parece diferente hoje... – ele comentou devido ao meu silêncio. 

 

- É só que... eu e a Vick... nós não havíamos planejado faltar nas aulas de hoje à tarde, mas ela estava cansada, então nós resolvemos vir embora... 

 

Que merda! Não tinha como dizer isso de um jeito fácil. Como eu iria falar: “olha, eu e a Vick resolvemos matar as aulas da tarde e daí, nós dois, sozinhos nessa casa, acabamos transando”?

 

Puta merda, eu estava ao lado do meu sogro e por alguns minutos ele não nos pegou deitados juntos, ou até pior... 

 

Eu acho que nunca estive tão ferrado na minha vida, mas ele percebeu todo esse dilema interno que eu estava e só colocou a mão em meu joelho, me chamando atenção. 

 

- Garoto... Sato, você não precisa se justificar... Eu já tive a idade de vocês e já tive muitas namoradas também. O que importa é que a Vick gosta muito de você e eu sei que você respeita e trata ela com todo carinho! Ela me contou tudo ontem sobre a amizade e o namoro de vocês e eu confio na minha filha! Se ela confia em você, eu também confio! Eu já te disse, na minha casa, você é sempre bem vindo e devido às circunstâncias, eu até prefiro que vocês dois estejam bem e seguros aqui dentro do que em algum lugar em que aquela mulher possa encontrar vocês! Eu preciso muito de você para ajudar a defender a Vick quando eu não estiver por perto! – ele me falou e eu consegui relaxar um pouco.

 

- Claro! Eu não quero que a Vick nunca mais passe pelo que ela passou com a mãe dela antes! – respondi prontamente. 

 

- Eu sei que você é jovem demais para ter uma responsabilidade, mas eu sinto que você é a melhor pessoa para cuidar da minha filha por agora...

 

- Eu sou capaz de fazer de tudo para ver a sua filha bem, Josué! – afirmei. 

 

- Ah, garoto, não precisa ser tudo a ferro e fogo! – ele riu e eu não entendi direito – Eu sei que vocês são jovens e ainda estão descobrindo como as coisas da vida funcionam. Eu só quero que você fique com a minha filha enquanto você amar ela e que enquanto durar o namoro de vocês, vocês sejam felizes, o depois vocês não precisam se preocupar, apenas aproveitem enquanto estão juntos. Se for pra ser duradouro, será, se não for, tudo bem, bola pra frente, a vida continua. Só aproveitem o agora, tudo bem? 

 

Realmente eu não esperava que o pai dela me dissesse essas coisas e meu coração até doeu em pensar que um dia, nosso namoro poderia acabar. 

 

- Eu vou dar o melhor de mim enquanto eu estiver com a Vick! – falei com convicção. Não importava se nosso namoro durasse mais um mês  ou a vida toda, eu a faria feliz, embora eu acreditasse com todas as minhas forças que era só ela que seria capaz de ter meu coração. 

 

- Ótimo! Assim espero! – ele me sorriu novamente e então mudou de assunto, perguntando sobre mim, sobre minha família, sobre meus planos para a faculdade. 

 

Conseguimos estabelecer um bom diálogo e eu estava ficando cada vez mais a vontade conversando com ele, assim como era quando eu conversava com o pai do Felipe e com certeza muito diferente do meu pai, onde mal trocávamos duas frases sem que uma discussão começasse. 

 

Até demos algumas risadas, quando vimos alguém chegar na sala. Era a Vick, vestida em um roupão cor de rosa, ainda mais linda...

 

- Filha, te acordamos? – Josué se levantou, indo abraçá-la. 

 

- Talvez... pelas risadas, a conversa estava boa! Estavam falando de mim? – ela retribuiu o abraço. 

 

- Estávamos falando de tudo um pouco, até acho que você demorou demais para apresentar seu namorado pra mim! – ele brincou, depois de ter dado um beijo na testa da Vick. – Mas agora eu estava pensando em ir comprar um pão bem quentinho para o café da tarde! O que você acha, minha filha?

 

- Só se o senhor trazer um bolo de cenoura com cobertura de chocolate pra mim! – ela condicionou. 

 

- Combinado então! Eu vou na panificadora que você gosta e acho que vou demorar um pouquinho, por que a essa hora deve estar bem cheia! 

 

- Tudo bem, pai! 

 

Ele saiu e nos deixou a sós novamente. Finalmente eu tive coragem de levantar e ir abraçar a minha namorada, que estava em pé ainda. 

 

- Você descansou bem, minha princesa? – perguntei, a envolvendo em meus braços. 

 

- Sim! – respondeu me apertando pela cintura. 

 

- E está tudo bem com você? – perguntei, preocupado. 

 

- Estou... eu... quero te dizer uma coisa, Sato... – afastou seu rosto do meu peito, me encarando com aqueles olhos azuis céu. 

 

- Pode falar, minha princesa...

 

- Eu te amo... – sussurrou. 

 

Eu desmontei nesse exato momento. Minhas pernas amoleceram e acho que até mesmo minha visão embaçou. 

 

A Vick nunca havia me dito antes que me amava e escutar essas palavras saindo da boca da minha namorada era a melhor coisa do mundo. 

 

- Te amo, minha princesa...- respondi, a envolvendo em mais um beijo, ali, no meio da sala da casa dela, a segurando apertada entre meus braços e a levantando do chão. 

 

Essa garota a muito tempo já mostrou que era capaz de fazer eu perder completamente o meu juízo, mas nesse momento, eu iria perder o juízo com ela junto a mim, agora e para sempre...

 


Notas Finais


Amores, o que acharam do capítulo?

Sei que alguns leitores queriam que demorasse um pouquinho mais para rolar essa primeira vez deles, mas já que eu estava empolgada escrevendo sobre esse casal, quis logo fazer isso.

Vick abriu todo seu coração para o Sato e agora não existem mais segredos entre eles. A confiança entre eles se fortaleceu ainda mais.

Vick conseguiu finalmente assumir que ama o Sato e se abrir para ser amada e amar ♥️

E o Alves agindo diferente do normal... hummmm... o que será que tem por trás disso?

Saudades do Cadu e do Fê? Próximo capítulo, nosso casal favorito está de volta ♥️

Bjos e quero muitos comentários ♥️


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