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História Mercy - Quarenta


Escrita por: cupcake_styles1

Notas do Autor


Oi oi OOOOOOOI meus amores, tudo bem com vocês?
Preparem as armas que hoje tem <3
Adoro vocês meu povo, de verdade, muito obrigada pelo o que vocês estão fazendo e se empenhando pra não deixar essa fanfic morrer.
Corações eternos pra vocês.
Bjos da Cah <3

Capítulo 40 - Quarenta


Ela olhava pra mim como fosse desmaiar a qualquer momento, Cassie estava pálida, bem pálida, muito distante do moreno da sua pele, por um instante esqueci a confusão na minha cabeça, ela estava ali no final das contas.

— Justin - ela murmura.

Dois meses.

Dois meses sem ela, ou contato, Cassie tinha sumido da minha vida, era um breu em relação a ela, eu fiquei perdido, mas ela ainda estava aqui, e bem.

Muito bem.

Ela sentiu minha falta? Me pergunto.

—eu… - ela diz.

Eu travei, acho, ainda não tinha certeza se era ela ali na minha frente, ultimamente minha cabeça estava uma bagunça, se fosse uma ilusão, eu estaria na porta de casa  e falando sozinho, os vizinhos provavelmente ligariam pra um hospital psiquiátrico,  e internar o morador babaca talvez parecesse uma ótima idéia, mas ainda queria ouvir sua voz mais uma vez.

— você… - tento.

Ela pragueja e xinga alguma coisa tão baixo que eu não tenho certeza se ouvi, ela não olhava nos meus olhos, focava em alguma coisa atrás de mim, seu pé batucava impacientemente no chão, ela estava nervosa, com o quê?

— Cass…

— me desculpa, isso foi bobagem - ela pisa pra trás — ignore tudo bem? Finja que nunca estive aqui. -idiota,idiota, idiota - ela murmurava

Levanto uma sobrancelha, Cassie não falava coisa com coisa, andava aos solavancos e tropeçando nos próprios pés.

— cuidado!

Ela não tirava os olhos de mim, parecia apavorada, mas não deu tempo dela se equilibrar nos próprios pés, Cassie caiu pra trás quando o limite do degrau acabou.

Eu não conseguia ter alguma reação, deveria rir, ou… ajudar? Ela não pareceu precisar da minha ajuda, levantou tão rápido quanto caiu.

— degrau filho de uma …

—Cassie - riu. Ela soletrava bons palavrões quando tentava limpar a grama da sua calça, eu só conseguia observar a morena na minha frente com um sorriso idiota no rosto.

O que eu deveria fazer?

Sequestro ainda me parecia uma ótima opção no instante que ela bufou e me deu as costas pronta pra voltar pro carro, eu tinha certeza que não queria me ver livre dela tão cedo, não agora.

— Acácia...

— o quê!

— quer entrar?

Ela virou lentamente pra mim, como num filme bem clichê, Cassie adora um bom e velho clichê, e isso talvez envolva invadir a piscina de alguém na madrugada, mas ela nunca admitiria isso. Ela é teimosa demais.

Ela me encarou, seus olhos castanhos me fuzilando, duvidosos e curiosos.

Puta merda, eu queria tanto beijar ela e aquela boca esperta.

— o que?

— nós dois sabemos que você, se pudesse arrancaria minha pele com as unhas, então, definitivamente não me procuraria se não estivesse desesperada.

Admito.

Odeio ter razão nisso. Cassie nunca vai me perdoar do jeito certo. Já deveria ter me conformado.

— estou certo - sorriu pequeno — não é?

Ela suspirou, e talvez estivesse contando as probabilidades em sua cabeça, quais as chances de ser errado?

2 em 3 provavelmente.

— tudo bem - ela cede ainda reticente.

— entra, a casa ainda é sua.

Jogo baixo Justin.

Meu diabo comemorava.

— Cass… - recuo quando recebi a notícia que teria de ver aquele homem, com todo respeito claro, mas ele me odeia. E às vezes que a gente esteve no mesmo lugar a coisas não foram muito boas. — seu pai me odeia.

— eu sei! - ela guincha — mas eu não quero admitir que ele estava certo.

Levanto uma sobrancelha — certo em quê?

Acácia ficou reticente enquanto abrir a boca e falar de novo, ela deveria está estudando as probabilidades de como ser rude de um jeito simpático.

— que a gente foi um erro - ela diz.

— a gente não foi um erro - falo entre-dentes.

— sério? - ela debocha — não foi isso que pareceu quando você enfeitou minha testa seu babaca.

E lá vamos nós de novo.

— eu cansei - olho em volta, a sala ainda estava com a mesma decoração, a luz fraca do sol atravessava pelas persianas, o céu estava se fechando, preferi não mudar nada, por mais que cada canto daquele lugar ainda estivesse um pouco dela,eu ainda tinha esperança de Cassie voltar, ela adorou o trabalho que dona Pattie fez nessa casa, e agora, está bem longe disso acontecer.

Ryan estava certo em cada mísera palavra na noite passada.

Eu tenho que superar.

— cansou de quê? - ela pergunta.

Ela vacilou, era impressão minha?

Lá estava ela de novo roendo as unhas curtas esperando minha resposta, eu ainda era tão louco por essa garota.

— de você.

— foi por isso que você não ligou mais? - ela murmura.

O quê?

— quer dizer… você não… ah que droga.

— você queria que eu ligasse?

Diga sim Cassie! Diga sim.

— não.

Revirei os olhos.

— então não finja que se importa - atiro.

Jonathan era um grande filho da puta com toda aquela conversa de seguir em frente e deixar Acácia em paz, até me fez acreditar por um segundo que era melhor eu sumir, e minha contradição pouco depois quase fez aquele babaca me dar um soco. Ele com certeza não está na lista das minhas pessoas preferidas.

Eu ainda estou muito puto, e Cassie sem saber está colaborando com a ideia do loiro babaca. Ela está sumindo, e aos poucos estou me acostumando com a sua ausência.

E foi uma escolha dela, e eu não tenho certeza se quero continuar.

— eu não estou…

— Acácia, para - peço — você não precisa me dar justificativa alguma, você mesma disse, nós não temos mais nada, não é isso?

Eu andei até a porta, me decidindo se era isso mesmo que eu iria fazer. Ela com certeza vai surtar. Cassie me olhava dividida, seus olhos castanhos estavam apagados, e ela tinha parado de roer as unhas, eu tinha a atenção da morena depois de tanto tempo, e eu estava prestes a acabar com o mísero resto de compaixão que sobrou pra mim. O quão fodido eu sou?

— porque você está fazendo isso? - ela pergunta.

Sem perceber ela tocou a pequena tatuagem, a única no seu corpo, tão pequena e delicada quanto ela, e tão cheia de significado.

O que eu ia fazer?

Justin seu idiota.

— eu estou fazendo o que você está fazendo - murmuro — não persistindo no erro. Não era isso que você queria? - por dentro eu me esmurrava, quebrava cada osso no meu corpo com um martelo, era o que eu merecia, é bem dramático, admito. Eu com certeza vou me arrepender disso mais tarde. — responde,  não é isso que você queria todas as vezes que eu fui como um idiota atrás de você?

Ela se calou

— eu não entendo - admito — você me ignorou por meses Acácia, mas chega em um ponto que te desespera e você não sabe mais o que fazer, e eu não sei mais o que fazer. Você não pode fazer isso, aparecer aqui como se nada tivesse acontecido, me pedir alguma coisa como se não tivesse me ignorado por dois meses,me fazer criar a droga de uma esperança pra depois acabar com tudo de novo! - abro a porta — eu sei que errei Cassie - engulo seco — e eu me arrependi. — ela fecha os olhos com força balançando a cabeça — estou pagando por isso agora, só que eu não consigo mais, ainda te amo, muito, mas que droga, como eu amo você, mas pra mim não dá mais.

— você é um filha da puta -  Ryan arranca a garrafa de vodka da minha mão, eu franzi a testa, ainda estava dividido em beber ou não sei, beber.

— você disse pra mim superar!

— mas você não quer superar seu babaca -ele me dá um tapa na cabeça. — você é louco por ela Justin, e eu nunca pensei em dizer isso pra você.

— agora já foi - praguejo.

Minha cabeça rodava, acho que enxergava dois Ryans, ou três. Ele chegou algumas horas depois que pedi pra Cassie ir embora, sem antes me dar um último olhar de tristeza. O que Cassie queria exatamente?

Me fiz essa pergunta em cada gole daquela bebida, eu definitivamente odiava a beber, mas fazia, o porquê eu não sei.

— você vai se arrepender disso - ele diz.

Concordo.

— e por quê você fez?

— porquê eu sou um idiota.

— vai atrás dela - Ryan me encarou.

— ela vai mandar eu ir embora - sorrio triste — de novo.

—como ela foi embora?

— de carro - respondo.

— não seu mané, como ela estava!

Engulo seco, minha garganta doía e eu precisei fechar os olhos com força, ela não estava bem, minha Cassie não estava bem.

— decepcionada.

— com razão, você disse que não desistiria dela.

— ela pediu por isso.

— como é que você conseguiu casar com ela? - Ryan quase gritou e eu ri, eu ainda não sabia, Cassie é incrível.

— ela me amava. - travo.

Ela me amava.

—ela não te esqueceu em dois meses Bieber. Ela é mulher, mulher é doida. Pensa nisso.

Então ele foi embora, conseguia ouvir seus palavrões murmurados quando ele saiu de casa, me deixando só mais uma vez numa casa vazia e uma garrafa de vodka pelo meio e com mais uma dúvida.

Ryan deveria ficar do meu lado, certo?

Eu não sabia, estava tudo errado ultimamente.









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