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História Mercy - Quarenta e um


Escrita por: cupcake_styles1

Notas do Autor


Oi oi ooooooi meus amores, tudo bom com vocês?
Eu tinha planos pra postar antes, mas acabei que fiquei sem tempo por causa de provas e trabalhos e blá blá blá.
Mas FINALMENTE um capítulo novo.
Espero que gostem.
Qualquer coisa avisem.
Obrigada pelos comentários e favoritações.
Adoro vocês.
Bjos da Cah <3

Capítulo 41 - Quarenta e um


Cansei de você.

Cansei de você.

Cansei de você.

Isso rodava na minha cabeça sem parar e freneticamente, como um velho e irritante disco ralado, cada minuto, cada mísero segundo, minha mente me pregava a peça de não me deixar esquecer, ou aliviar um pouco.

Não me permiti chorar, nem uma lágrima sequer, já chorei demais ultimamente, já tinha passado a hora de eu aprender que nada muda com lágrimas. Passei o restante do dia abraçando com tanta força o travesseiro, que algum tempo depois não tinha certeza se ele ainda estava alí. Ally não estava em sua melhor condição pra me consolar, Pompom dormia no seu cantinho e Jace… bem, não faço a mínima.

Dois meses de calmaria, e o furacão volta e desmorona o restante.

Eu tinha quebrado de novo.

E estava estranha, o que eu deveria sentir?

Mágoa? Tristeza, culpa?

Justin me deu a certeza que nós não éramos mais certos um pro outro, por insistência minha, mas era isso no final de contas?

Era isso que eu queria não era? Me perguntei muitas vezes.

Isso que eu exigi.

Isso que eu gritei em alto bom som em cada uma de nossas discussões.

Ele só… acatou elas.

Mas porque dói tanto?

Era o que eu quis, o que eu sempre quis. Queria acreditar que sim agora.

Crer. Eu preciso crer.

Ele estava bem sem mim.

O que eu esperava? Que ele ficasse pra sempre atrás de mim, me enviando flores, ou torpedos nas horas mais oportunas?

Meu lado egoísta já sabia bem da resposta.

Eu tinha que estar bem sem ele, insisti muito pra ficar tudo bem nos últimos meses, eu tinha que ficar.


Não queira dar o braço da torcer.

— o que eu falo pra mamãe? - mordisco o canto da unha, que depois de tanta insistência minha já estava machucado, e ameaçando mais uma dose de sangue.

— a verdade - Ally diz, se apertando dentro de uma calça jeans.

— ela vai me matar.

— cada risco tem uma conseqüência Cassie, você arriscou, agora arque com sua cruz.

Ally com certeza não me ajudou com sua fala não motivacional, eu estava uma pilha de nervos andante, tinha um plano, que provavelmente não daria certo, mas eu tinha que tentar.

— diz que eu estou doente.

— nem fodendo - Ally xinga — eu não vou deixar você fazer isso.

— com que cara eu vou aparecer em casa? - afundo no sofá, o dia hoje resolveu colaborar com meu humor, o céu estava fechado, e não demoraria a chover. — eu não sei Ally, não sei se tô pronta pra falar, é humilhante demais.

— Cassie - ela suspira.

— você devia ter visto o jeito que ele falou comigo - praguejo — ele foi tão frio.

Faltava pouco mais de uma hora, tinha certeza que mamãe estava eufórica, eu tinha um sentimento bom em partes, queria ver papai, mas ainda estava angustiada, sei que não serei uma boa companhia hoje.

— eu deveria odiar ele, eu quero odiar ele, mas…

— você ama ele.

Balanço a cabeça.

— eu não posso- soluço.

Ally me observou, me fulminando tenho certeza, ela não estava com uma cara nada boa, definitivamente nada boa.

— Cassie, o que você quer realmente? - ela pergunta, me testando com seus olhos castanhos — eu não quero mais ver você se destruindo aos poucos, chega de se lamentar Acácia! Faz alguma coisa!

— Ally…

— não! Eu sei que você ama ele, o que vocês tiveram foi intenso demais, e você sabe melhor que ninguém que eu detesto Justin, mas você é pior sem ele. Não venha com esse papo furado de não poder Cassie, você tão pode quanto está fazendo agora mesmo, ama tanto aquele babaca que não consegue seguir sua vida. Admite que quer ele de novo, faz isso por você mesma. - engoli seco em tensão, Ally andava de um lado pro outro, gesticulando com suas mãos cheia de anéis, frenética, sem parar.

Eu estava surpresa, admito, Ally me deixou sem palavras com todo o seu discurso chateado e olhares zangados.

— já foram três meses - ela fecha os olhos — eu não quero continuar fingindo que não vejo você mentir pra si mesma, e tentar mentir pra mim.

Allison me deixou na sala, batendo a porta do seu quarto com força e ignorando meu chamado quando teve oportunidade.

Eu tinha medo de dar o braço a torcer, e o que aconteceria depois? Justin ia mudar? Que garantia eu tenho?

E se fosse assim, não tenho certeza se ele me quer de volta.

Nenhum dos dois estava pronto para um relacionamento tão sério, foi precipitado. Mas agora depois de passar por uma coisa nada boa, nos amadurecemos com à ausência um do outro. Justin pode ter mudado de verdade, pode não ter mentido. Eu tinha essa ponta de esperança por mas que eu negue, e queira negar.

Mas não quero voltar pra um casamento. Onde é tudo ou nada. Era certeza e incerteza aos mesmo tempo, eu eu tinha Justin Bieber pra mim, como meu marido, ainda carrego seu sobrenome no final das entrelinhas cada vez que escrevo. Ele ainda me tem. Com todas as forças.

Talvez seja verdade o que falam, a gente só dar valor quando perde.

Ele me tem, mas...ainda tenho ele?

Agora não tinha mais certeza.

Parece que o jogo virou não é Acácia?

Apertei meus olhos com força quando senti meus olhos no pico, pronto pra extravasar os limites, cada gota desceu com peso pelo meu rosto, lavou a dor dos dois meses repreendidos, era fraca por estar chorando de novo, por ceder fácil e querer o que me pisou em partes de mim. Eu orei em silêncio, calando meus demônios enquanto a água quente descia, seguindo o mesmo fluxo, sempre, queria calar metade do que eu sentia, mas era um jogo sem fim. E eu estava perdendo.

— eu vou te esperar lá embaixo - Ally aparece, com o cabelo penteado no lugar e sua bolsa nos braços alguns minutos depois, batendo a porta de novo.

Ótimo, agora Ally está puta da vida.

— tudo bem - reviro os olhos.

Um reboco pesado cobria meu rosto, antes vermelho, muita maquiagem pra disfarçar a cara de choro, jogava minha fé e acreditava que estava dando certo.

Pouco antes de eu sair de casa a campainha tocou, pompom se espreguiçou no chão, arranhando a madeira maciça e correu pra porta, e quis me bater quando travei em choque, se eu tivesse me batido talvez tenha sido menos ridículo que parar estatelada no hall de entrada, encarando aquele par de olhos castanhos, com quase a certeza que tinha uma baba escorrendo.

— eu não sabia que horas eram - ele gagueja — mas acho que cheguei a tempo.

Ele realmente parecia que tinha corrido uma maratona, seu cabelo estava uma zona, não que ele fique mal de qualquer forma, ele nunca fica mal. Também não deixei de notar as flores em suas mãos. Quase chorei de novo quando uma mine chama de esperança cresceu em mim.

A final de contas Justin estava ali.

— ah…

—eu sei que fui um idiota ontem - ele murmura. Tinha alguma coisa gritando nos seus olhos quando ele encarou os meus. — eu não queria ter dito aquilo, quer dizer, eu quis mas eu me arrependi.

Sorri de lado, ele era um idiota.

— também sei que flores não curam nada, mas eu quis tentar, vai que dar certo - ele rir.

10 segundos de coragem, eu pedi, só 10 segundo.

— você é um idiota Bieber - minha mão voou pra seu rosto num tapa bem dado e estalado, digno de uma cena de novela que provavelmente vai ficar uma marca. Justin arregalou os olhos com a força, piscando incrédulo pra mim, acho que ele ia falar alguma coisa, mas antes disso o calei jogando meu corpo pra ele e chocando com força nossas bocas, surpresa talvez, Justin esperou uns bons segundos pra retribuir o beijo, soltando as flores no assoalho e segurando meu rosto com ambas as mãos.

Nós tínhamos platéia, pompom se entrelaçava nas minhas pernas, mas não tive tempo de lhe dar muita atenção, eu tinha foco no homem que estava me beijando de volta, com a mesma força e intensidade, era o mesmo gosto maldito de chocolate pra completar o combo junto com o seu perfume se embrenhando nas minhas roupas, e sua boca em sincronia com a minha. Justin era uma bomba. Eu só tinha que aceitar de boa vontade o que estava me oferecendo agora.

10 segundos de coragem.

Sorri.

— Cassie, nós estamos… puta merda.

Ally.

— nada contra beijos - ela diz — mas sério Cassie, na frente da minha filha? - Ally se agacha e agarra pompom nos braços, ela se acomodou bem na dona.

Eu só tinha atenção ao maldito sorriso poucos centímetros de mim, seus braços que tinham deslizado e abraçava minha cintura com força, não dando espaço pra fuga.

Eu tinha na minha cabeça, eu não queria sair dali.

Que merda.

Quis rir de mim mesma.

— o que foi isso? - ele sussurrou.

— eu não sei.

Eu realmente não sabia.













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