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História Meu amigo não tão imaginário - Norueguês da classe A-B


Escrita por: coly-unnie

Notas do Autor


AAAAAAAAAA ESTÃO OUVINDO ESSE BARULHO??? É DO MEU CORAÇÃO EXPLODINDO!

Não acredito, 200 favoritos viado! Eu venero vocês bixo, vou atualizar duas vezes toda semana, só me espera que eu tô chegando! Nossa, eu adoro vocês leitores, de verdade. <3

Boa leitura! <3

Capítulo 4 - Norueguês da classe A-B


Fanfic / Fanfiction Meu amigo não tão imaginário - Norueguês da classe A-B

Sabe quando você chega em casa depois de ter feito algo errado, e de repente, todo mundo fica quieto e te encara, apenas esperando por uma palavra ou explicação sua? Porém você não tem nada pra dizer, a não ser: “foi mal”? Conhece essa sensação? Esse acontecimento? Era exatamente o que estava acontecendo comigo agora.

A única diferença era que eu não havia entrado em casa. Eu tinha acordado na minha cama — como eu cheguei lá eu ainda não sei — e apenas Taehyung estava no meu quarto, me olhando com os olhos arregalados e o rosto mais pálido que o normal. Parecia amedrontado, preocupado, e me assustou um pouco acordar com ele me observando tão de perto, com os olhos inchados e vermelhos. Estava chorando?

— É… — murmurei, piscando um par de vezes. — Oi?

— Oi.

Ele continuou em silêncio, até engolir em seco.

— Tae…? — Mostrei que queria uma explicação de algo, qualquer coisa.

— Primo, você… — Ele suspirou alto. — Você se lembra do que aconteceu?

— Fui atropelado? — Sentei-me na cama, ele me seguiu e se sentou ao meu lado.

— Não se lembra? — perguntou, encarando meu rosto atentamente e fui sincero, neguei com a cabeça e disse:

— Não me lembro. 

— Do que você lembra? — Pensei um pouco.

— Bem… ahn… eu lembro de comprar o doce da lojinha, e depois… depois eu fui atrás de um garoto, mas você me atrapalhou e eu não consegui achá-lo.

— O garoto do álbum, não é?

— É… — Entendi o olhar e os acenos como um incentivo para continuar. — Então você disse que iríamos em uma pizzaria. Depois… hum… oh. Puta merda.

Nossa, nossa, nossa!

— Lembrou? — O meu xingamento pareceu agitar ele. E me agitou também porque eu me lembrei da merda que havia acontecido.

— Lembrei! Caralho, eu vi aquele moleque que era super parecido com o ChimChim!

Ele se levantou e foi para perto da porta.

— Jeongguk… Eu acho melhor chamarmos os seus pais, talvez seja melhor a gente conversar sobre isso com eles… — Ele estava saindo rápido.

Não, não, não! Ele não pode MESMO contar sobre aquilo para os meus pais!

— Ou! Espera aí. — Eu me levantei rápido, agarrando seus braços. — Calma, deixa eu explicar!

— Explicar que você ainda vê o ChimChim?

Eu suspirei alto, apertando mais seu braço.

— Não. Eu não vejo, hyung — respondi-o, recebendo agora um olhar confuso . — Eu só vi um garoto muito parecido com ele. E eu fiquei nervoso.

— Era parecido? — Ele franziu o cenho. — Como que você reconhece um amigo que não era real e que você não vê há sete anos? Por que está mentindo para mim?

— Não estou mentindo! — Eu puxei-o para a cama e novamente nos sentamos. — É que, hyung, ele não era um simples amigo não real. Você sabe disso, é claro que eu reconheceria ele.

Tae suspirou frustrado.

— Então era parecido?

— Sim, era muito parecido. — Confirmei. — Se lembra do que eu dizia sobre o ChimChim pra você?

— Que ele era loiro e que tinha olhos pequenos? — Cerrou as pálpebras, parecia tentar lembrar de algo a mais. — E ele cantava… ou ele tocava um instrumento? O que era mesmo?

— Ele cantava e era tudo isso que você disse. E ele queria ser um dançarino famoso. Tipo... entende? — Ajeitei-me na cama, cruzando as pernas como índio. — Esse menino era loiro, os olhos dele eram pequenos... — Fiz uma pausa por um momento, pensativo. — Taehyung… você não havia dito que ele era um dançarino?

— Sim, ele é.

— Então… — Fitei minhas próprias mãos, não querendo deixar meu coração acelerar novamente. Porque não havia motivo. Havia sido… — Foi apenas uma coincidência.

— Jeongguk…

— Primo, eu juro. — Segurei suas mãos, as apertando. — E veio em uma hora ruim! Eu… eu estava lendo as cartas hoje. Acabei pensando um pouco sobre isso… Sobre o ChimChim e então esse menino apareceu… Foi tudo de uma vez. E foi do nada.

— Hum…

— Eu achei que estava o vendo. Pensei que aquele garoto era o ChimChim, ou seja… real. — Tae me encarou. — Então… eu fiquei muito nervoso. Fiquei confuso. — Ele prestava muita atenção no que eu dizia, então eu tive que tomar cuidado com o que falava. — Quando você disse que ele dançava, eu me lembrei de um dia. Um dia com o ChimChim, quando eu era pequeno.

— E?

— Nesse dia, ele me disse que queria ser dançarino. — Pareceu entender, pois murmurou um “ah”… — Então eu liguei os pontos e fiquei ainda mais perturbado. Foi uma coincidência… muito maluca!

E então, Taehyung piscou duas vezes antes de começar a chorar, levando os dedos até sua boca para morder as unhas. Ele estava chorando de verdade.

— Coincidência? — Eu suspirei, ah, Tae era um chorão… — Poxa… Poxa! Você me assustou de verdade! Eu pensei que você estava morto, vomitei tudo que comi, depois comecei a tremer e pensei que ia morrer junto! — Eu me aproximei um pouco, lhe abraçando.

— Desculpa, primo — murmurei baixo. — Eu juro que tá tudo bem. Não é nada demais. Uma coincidência que caiu em um dia… Péssimo. — Ele fungou. — Desculpe por te preocupar.

Ficamos um tempo abraçados, era o mínimo que eu podia fazer. Taehyung se preocupava muito comigo e sempre cuidava de mim. É claro que eu o abraçaria.

Mas digamos que eu o entendo. Entendo seu desespero. Compreendo muito toda a preocupação. Porque a história com o ChimChim havia sido um problema muito delicado na minha infância, considerado sério. E demorou bastante para tudo acabar. A possibilidade de tudo estar acontecendo de novo pareceu assustar ele. E me assustou também.

Afastei-o um pouco, pegando a caixa de lenços na gaveta e lhe dando em seguida, comecei a afagar suas costas.

— Mas… Tae. — Ele assoou o nariz. — Você não disse pra ninguém, né? Sobre eu ter desmaiado por causa do Chim e… aliás, como chegamos aqui? Não foi minha mãe que trouxe, né? — Piscou um par de vezes. — Você sabe… Ninguém pode descobrir sobre isso.

— Por quê? Não é apenas uma coincidência? — Ele me olhou.

— Sim, mas você conhece os meus pais. Eles vão levar isso pra um lado diferente, vão fazer um drama do caralho. — Eu disse, e era verdade. Já podia até ver minha mãe berrando de tanto chorar, falando que a culpa era toda dela. Queria evitar aquilo, pois nada demais havia acontecido. E meus pais, provavelmente, iriam enxergar o acontecimento como uma grande catástrofe. — Promete não contar pra ninguém? Isso fica só entre nós, Taehyung.

— Bem, eu…

Ambos olhamos para a minha porta que fora aberta por ela, que entrou daquele jeito bruto e confiante que apenas ela havia.

— Jeongguk. — Ela bateu a porta com o pé, guardando as mãos no bolso do seu casaco. — Pirralho…

Olhei para o Tae, que deu de ombros.

— Alguém precisava me ajudar a trazer você pra cá.

— Yein… — levantei, não sabia se a expressão dela era irritada, preocupada ou triste. Era uma mistura.

Yein, minha irmã mais velha, suspirou e me olhou.

— Pode se explicar, Jeongguk. — eu suspirei aliviado com a resposta dela. Minha irmã tinha o dom de sempre estar certa e ter pensamentos corretos, então, se ela dissesse que deveríamos contar para os nossos pais, eu provavelmente a escutaria e o faria sem contrariar.

Sentamos na cama e após eu dizer a ela tudo que havia dito para o Tae, ela ofegou aliviada e me deu uns tapinhas nas costas.

— Só sabe assustar, hein?

— Desculpa. — fiz um bico, resmungando com o beliscão que ela me deu no braço. — Não vai contar pra ninguém, não é?

— Depende. — semicerrou as pálpebras. — Você jura que não foi nada demais? Jura por tudo que é sagrado? — a noona me olhou nos olhos.

— Eu juro.

Não havia sido nada demais.

Só uma coincidência que havia caído em… Em um dia muito ruim.

— Jura que se isso virar algo a mais, você vem me contar? — confirmei com a cabeça. — Que susto, pirralho, quando Taehyung falou de ChimChim e você e… Aish!

A noona, diferente do Taehyung, não queria um abraço. Ela acertou um soco no meu braço que, ah, doeu muito, mas eu deixei. Yein era do tipo que se importava muito, de verdade, mas ela não sabia como demonstrar isso do jeito "certo". Ela também não gostava muito de demonstrações de afeto, sério, ela odeia abraços e beijinhos. Mas eu entendo que ela ama como qualquer outra pessoa, apenas não sabe como demonstrar isso.

— E como a gente saiu de lá? — levantei da cama, indo até minha gaveta. Iria pegar alguma roupa para tomar banho após acabarmos aquele assunto de vez. 

— Eu… — o Tae ia explicar, mas…

— Oi. — a porta fora aberta, e então, vi Hoseok entrar. — Acordou, então?

— Sim, está tudo bem agora. — sorri, ganhando um abraço apertado dele. Apertado demais. — Ai, Hobi hyung, chega. Eu quero conversar, então só senta em algum lugar.

Hoseok não sabia muito sobre o ChimChim ou qualquer coisa da minha infância, já que quando eu o conheci, aquilo tudo havia acabado. Mas ele parecia se importar e se preocupar comigo da mesma maneira que os outros.

— Beleza. — Hoseok se afastou e se jogou na minha cama. — E aí, Yein?

— Oi. — Yein o cumprimentou, enquanto o Tae se ajeitava ao lado do Hoseok para, enfim, conversarmos.

— Como saímos do colégio? Eu não me lembro. — perguntei, deixando de lado minhas roupas para me sentar na cama, ao lado deles.

— Você apagou no meio do corredor e eu tive que chamar um agente escolar para me ajudar a levar você para a enfermaria. — Taehyung suspirou, parecia frustrado. — Então eu e Hoseok ficamos lá na enfermaria até eu pedir para a sua irmã nos buscar. Você ficou sonolento e murmurando uns negócios sem sentido o caminho inteiro. Sorte que seus pais não tinham chegado na hora.

— Entendi. — deitei-me na cama. — Que loucura, aquele garoto é… Muito bonito. — eu iria dizer “ele é idêntico ao ChimChim”, mas aí, pensei bem.

Não era muito saudável ficar repetindo aquilo. Provavelmente criaria um clima estranho e eles ficariam preocupados.

E de qualquer forma, era verdade. O garoto tinha aquele tipo de beleza que nós costumamos não ver todos os dias; e quando vemos, a gente acaba se lembrando, sem nem menos perceber.

— Não foi ele o garoto que dormiu no banheiro uma vez? — Hoseok olhou para o Taehyung, que murmurou um “Ah!” como se lembrasse de algo.

— Ah! Sim, ele tinha cabelo rosa, não?

— Como assim “ele dormiu no banheiro”? — a noona franziu o cenho, visivelmente curiosa.

— Também quero saber. — eu estava bem interessado na história, tanto que até me sentei na cama mais uma vez para prestar atenção.

— Foi aquela aposta de quem ia ser o presidente do clube de dança. — Hoseok começou a fofoca/história.

— Tem presidente no clube de dança? — Yein mostrou uma careta, eu ia perguntar a mesma coisa. Hoseok confirmou com a cabeça.

— Tem sim. — fez uma pausa, continuando. — O presidente antigo do clube disse que se o “rosinha” dormisse no banheiro, ele daria uma chance a ele. Uma chance de batalhar, sabe, batalha de dança. Improviso.

— Oh! Foi no verão retrasado, eu lembro! — Tae se animou, sorrindo. — Mas… “rosinha”? Ele estava loiro na competição.

— É, mas antes ele pintava o cabelo de rosa. Só sei porque estávamos na mesma classe e ele era o único de cabelo colorido. E todo mundo gostava. A única pessoa que implicava era o presidente... Chato demais. — Hoseok suspirou. — Enfim. O garoto dormiu no banheiro para poder batalhar. E ele ganhou e virou o presidente. Foi a segunda pessoa do primeiro ano a vencer um dos presidentes, a única que tinha conseguido antes fora uma garota chamada Hyuna, e isso foi, tipo, há uns 15 anos, eu acho.

— Porra. — então, além de dançarino, ele era presidente? E era foda assim?!

— Ele é muito divertido, fiquei sabendo que depois dele começar a ser o líder do clube, o número de calouros interessados aumentou muito, tanto que até no sábado eles estão lá para praticar.

— Eles competiram em Pittsburg no último mês, não? — Taehyung perguntou e Hoseok confirmou com a cabeça.

— Caralho… — Yein murmurou e, caralho!

— Tá, mas e aí? Qual é o nome do tal presidente? — perguntei, vendo-lhe ficar pensativo por um tempo.

— Não lembro… — Hoseok murmurou, mas a feição pensativa permaneceu em seu rosto.

— O pessoal gritava "Mochi" quando ele dançava! — Taehyung disse, entusiasmado. — Eu lembro da fanchant, era assim “E-X-Y, the Dongsaeng, It’s s-e-x-y, sexy mochi!” Caramba! Foi tão legal, ele parecia um idol! Me pergunto como criaram aquela fanchant! Combinava com a maioria das músicas da batalha, foi tão divertido… — Taehyung parecia se perder nas memórias enquanto falava, aparentava ter sido realmente incrível.

— Mochi? Tipo, mochi? — semicerrei as pálpebras, incrédulo. — Tipo bolinho?

— Aham. — Tae sorriu. — Bolinho sexy. Ele é muito popular, é estranho você só ter o notado agora.

— Sim. Que estranho, é uma pena não sabermos o nome dele.

Hmmm, ficou interessado? — Yein perguntou, mexendo os ombros de forma engraçada. Eu sabia que ela ia me provocar.

— Não. Só curioso. — levantei novamente, iria pegar meu pijama e entrar no banho para, depois, dormir como uma pedra e tentar esquecer o dançarino, ChimChim, e… Toda aquela merda. — Eu vou tomar banho, vocês- — fui interrompido por um grito do Hoseok.

Yes! Lembrei! — ele se levantou num salto, jogando os braços para o alto.

— O quê? — nós três perguntamos juntos, vendo o sorriso do Jung alargar cada vez mais.

— O nome dele. Lembrei de tudo! — fez uma dancinha curta.

— Me conta. — olhei-o, ansioso.

— Preparado?

— Fala logo, Hoseok!

— O garoto nascido na Noruega, considerado o melhor dançarino do colégio Donghwa. Park Jimin da classe A-B.


Notas Finais


playlist: https://open.spotify.com/user/nickuchanx/playlist/389snLNVQweLDQVpI9cEDQ
COMO ASSIM NORUEGUÊS DE OLHO PUXADO?

Gente, a Yein irmã do Jeongguk é a Yein do Lovelyz. Eu acho ela muito parecida com o Jeon às vezes, os olhos, a boca, o nariz. Se quiserem ter uma noção de como ela é, aqui: https://www.google.com.br/search?rlz=1C5CHFA_enBR734BR739&biw=1280&bih=659&tbm=isch&sa=1&q=yein+lovelyz&oq=Yein+lov&gs_l=psy-ab.3.0.0j0i30k1l3.899.2004.0.2859.8.8.0.0.0.0.142.590.1j4.5.0....0...1.1.64.psy-ab..3.5.590.DmZlDMCPGls

Beijo e até logo!


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