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História Meu Melhor Desejo (Kim Tae-hyung) Concluída. - Lembranças.


Escrita por: Lylynhaah

Notas do Autor


Oi, galerinha!
Estamos chegando ao final de "Meu Melhor Desejo". Como vocês acham que terminará a história de Alison e Tae? Tô curiosa para saber as teorias de vocês. Sintam-se a vontade para especular nos comentário.

Capítulo 22 - Lembranças.



                             Tae-hyung


Fui até a casa da Alison busca-la pessoalmente, achei que seria mais confortável para ela, se chegasse até minha casa, acompanhada por mim.

Durante o caminho, ela parecia bem descontraída, o que me deixou menos apreensivo. Era muito bom saber que ela estava a vontade em ir até lá.

Ao chegarmos, os olhos dela percorriam todo o lugar com curiosidade.

- Nossa, a sua casa é muito linda! - diz enquanto observa.

- Parece que seu gosto não mudou nada. - digo brincalhão enquanto pego sua mochila no banco traseiro do carro.

- Acho que seria inevitável não achar essa casa linda. - sorri enquanto caminha lentamente até a escada da entrada.

- Bom, acho que já sei qual o cômodo que você mais vai gostar. - sorrio.

- Acho que você deve saber mesmo. - me devolve um sorriso tímido.

Quando entramos, para ela, tudo é uma novidade. Seus olhos ainda curiosos, se atenta a cada detalhe. E todos os seus comentários são baseados nos mesmos detalhes da primeira vez que veio aqui.

Deixo sua mochila na entrada, pego sua mão, e a levo direto para o quarto em que ela esteve da primeira vez. Sei que foi a vista que ela mais gostou, então prefiro começar por lá.

Ao entramos, ela observa o ambiente, enquanto eu sigo até a varanda, abrindo a porta de vidro, para que ela possa ver a vista que tanto gostava. Eu não sabia que seu sorriso poderia ficar ainda mais bonito e estonteante, mas foi possível.

Ela aprecia a vista da natureza pela varanda, e eu aprecio a sua encostado na porta de vidro.

A brisa fresca tocar seus cabelos, e ela fecha os olhos curtindo a sensação. É tão bom vê-la assim, eu não poderia estar mais feliz em tê-la aqui comigo, de forma tão natural. Eu precisei ser paciente para chegar até aqui, mas valeu a pena cada dia.

Percebo seu sorriso se desfazer, e ela abrir os olhos, os fixando nos meus.

- Eu me lembro desse lugar. - afirma.

- Jura? - pergunto entusiasmado.

- Sim! - abre um sorriso tímido. - Me lembro de cada vez que senti o vento em meu rosto. - volta fechar os olhos. - Isso é maravilhoso, seria quase impossível não se lembrar.

Ela vem ao meu encontro, e me abraça. Eu envolvo meus braços nela, e coloco meu queixo em seu pescoço, inalando seu perfume inebriante.

De imediato, eu fico feliz por ela estar se lembrando de tudo o que já aconteceu em sua vida, e tudo entre nós antes do acidente. Mas logo me sinto inquieto, de todas essas lembranças retornarem de forma desordenada, e acabar estragando tudo o que eu tentei construir com ela depois que ela acordou naquele hospital.

Será que foi uma boa ideia, não ter contado para ela como as coisas realmente aconteceram?

Pra mim, era mais viável viver nesse receio dela acabar se lembrando de tudo, do que perde-la de uma vez por todas. Mesmo podendo estar com ela durante esse tempo, ainda corro o risco dela partir.

Posso estar me preciptado com tudo isso. Ela pode até se lembrar, mas agir de forma diferente agora. Ela pode me dar a chance de me explicar, ou me redimir pelas palavras daquela noite, nada realmente é uma certeza do fim. Pelo menos eu estou contando com isso.


Dei a ela a escolha de ficar naquele quarto, e descansar um pouco, mas ela preferiu conhecer um pouco mais a casa, e quando seguimos para o meu quarto, que era onde ficamos desde que oficializamos nosso relacionamento, vi suas bochechas corarem quando eu afirmei à sua pergunta se dormimos naquela cama. Eu precisei me concentrar em outra coisa, para não ficar excitado com sua timidez dentro daquele quarto.

Obviamente que eu queria que ela dormisse comigo, que eu pudesse passar a noite com ela em meus braços, e pudesse observar seu seu sono sempre tão sereno, mas eu não podia forçar esse tipo de situação com ela, então se ela se sentisse mais a vontade em ficar no outro quarto, a escolha seria dela.


A noite chegou rápido, havia poucas horas que ela havia chegado, mas pareciam ser apenas minutos.

Ela voltou para o seu quarto, tomou um banho, e eu a encontrei para o jantar.

- Com fome? - questiono quando a vejo sair pela outra do quarto.

- Sim! Parece que não como há dias. - responde sorridente.

- Então vamos lá.

Caminhamos juntos pelo corredor até às escadas. Ao chegarmos no primeiro andar, e seguirmos em direção a sala de jantar, ela para logo atrás do sofá, e encara a lareira acesa.

Ela parece pensativa.

- Tudo bem, Alison? - a encaro curioso.

- Essa sala me lembra alguma coisa, que ainda não sei o que é. - passa as mãos pelo encosto do sofá.

Sinto meu coração apertar.

Eu preciso contar logo tudo para ela. Talvez minha chance seja maior se eu fizer logo a coisa certa.

- Depois do jantar, podemos conversar sobre isso. Talvez te ajude a se lembrar de alguma coisa. - tento preparar o terreno.

- Tudo bem, não se preocupe. - ela me abraça.

Caramba, essas atitudes dela, só me fazem ficar ainda mais temeroso em abrir o jogo.

                             

                       Alison


Chegamos até a a sala de jantar, e me surpreendo com o tamanho daquela mesa.

- Quantas pessoas já jantaram aqui conosco? - pergunto ao me sentar na cadeira que ele puxou pra mim.

- Na verdade, sempre foi só eu e você. - ele segue para sentar na cadeira ao meu lado.
Quando ele senta, uma moça jovem entra na sala.

- Sr Kim! Sta Alison! - ela nos cumprimenta. - É muito bom vê-la bem, Sta! - se dirige a mim.

- Oh, obrigada...- ainda não me recordo dela.

- Penny, Sta! - sorri cordialmente.

- Me desculpe por isso, algumas lembranças ainda não voltaram.

- Não se preocupe, Sta. Eu já fui informada da sua situação, mas lhe asseguro que estarei disponível para o que precisar.

- Muito obrigada. - sorrio de volta.

- O jantar será servido.


Durante o jantar, o Tae-hyung não falou muito, parecia preocupado com alguma coisa. Percebia sua taça de vinho, esvaziar com certa rapidez.

- Está tudo bem com você? - o encaro preocupada.

- Sim! - ele pigarreia. - Tudo bem.

Depois que o jantar terminou, ele parecia ainda mais agoniado, e minha preocupação só aumentou.

Será que havia algo errado? Eu queria muito perguntar o que estava acontecendo, mas ainda me sinto invasiva em lhe perguntar certas coisas, não sei se é algo comigo, ou algo que não tenha relação alguma comigo, então preferi não me atrever a perguntar.

Eu senti uma leve dor de cabeça, então terminei logo o jantar e resolvi vir descansar. Ele perguntou se eu me sentia bem, se precisava de alguma, mas eu afirmei que precisava apenas descansar, e logo ele me acompanhou até o quarto, já que eu preferi ficar em um separado do dele. Acho que ainda preciso de um tempo para poder me adaptar a dividir um quarto com ele.

Tomei um banho, uma aspirina, e deitei. Não demorou muito para que eu pegasse no sono.


Eu estava em um sono inquieto, meu corpo se debatia na cama, e quando eu acordei, conclui que meu sonho, não era um sonho. Minha mente estava revivendo os momentos do acidente.

Meu peito estava apertado, eu chorava calada. Sentia minhas mãos suarem, e meu coração bater acelerado.

- Meu Deus, - as lágrimas percorriam meu rosto. - Que coisa horrível.

Me sentei na cama, e abracei minhas pernas, e permaneci assim, por algum tempo.

Me levantei, fui até o banheiro, lavei meu rosto, e ao encarar meu reflexo no espelho, me sentia como se estivesse sendo assombrada por essas lembranças ruins.

Parte da minha vida, eu queria muito retomar as lembranças, mas essa, eu não queria de jeito algum.

A sensação de medo que eu senti, e meu desespero em tentar tirar aquele cinto de segurança, enquanto aqueles faróis se aproximavam cada vez mais de mim, é assustadora demais.

Seco meu rosto, e a passos apressados, saio do quarto.

Me aproximo da porta do quarto do Tae-hyung, pego na maçaneta, e abro lentamente a porta, entrando no quarto.

Ele não está na cama, olho em volta, e não o vejo. Quando percebo a porta da varanda aberta, sigo até lá.

- Tae-hyung? - o chamo baixo.

- Alison? - o vejo sentado em uma poltrona na varanda. - Aconteceu alguma coisa? - se aproxima de mim a passos largos.

- Eu... Eu...- envolvo meus braços em seu pescoço, e o abraço forte.

- Alison, você está me assustando. O que houve? - ele me abraça de volta.

- Eu lembrei dos momentos do acidente. - digo com o rosto contra seu peito.

Ele passa a mão pelas minhas costas.

- Sinto muito, Alison! - beija o topo da minha cabeça. - Vai ficar tudo bem!

Continuamos ali, envoltos um no abraço do outro. Eu me sinto segura, protegida. Era tudo o que eu precisava.

 - Venha! - ele me solta do abraço, e pega a minha mão.

Ele me leva até a cama, eu me deito, e ele se deita comigo, me mantendo próxima a ele, e sem deixar de abraçar.

Deito com a cabeça em seu peito, e uma de suas mãos fica em volta da minha cintura, e a outra deixando leves carinhos no meu cabelo.

É tão bom estar com ele, senti-lo ao meu lado, que logo já me sinto melhor.

Como eu posso ter esquecido dele, ter esquecido de tudo o que ele me faz sentir.

- Sinto muito por ter esquecido de você.

- Não pensa nisso, Alison. - ele continua os carinhos em minha cabeça. - O que importa é que você está aqui, e está bem. Essa é a minha prioridade.

- Mas deve ter sido horrível pra você.

Ele se mexe em baixo de mim, e se levanta um pouco, ficando apoiado em um dos braços, e com o outro livre, corre sua mão até o meu rosto, deixando leves carinhos.

- Sim, foi horrível ficar sem você, e foi muito pior quando eu soube que você havia acordado, e encontrar você com o Nate. - fixa seu olhar no meu. - Mas nada disso, importa agora. - coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. - Eu fico mais feliz em saber que você está bem, e que sua recuperação está cada vez mais próxima.

Sorrio pra ele, e ele me devolve um sorriso terno, e cheio de carinho.

- Eu amo você, Alison! - sinto meu coração acelerar. - Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. - passa os dedos pela minha testa, e desce até minha bochecha. - Você foi o melhor encontro com o desconhecido, minha melhor loucura, meu melhor desejo, minha melhor paixão. - sorri orgulhoso. - E meu melhor, e único amor.

Sinto meus olhos arderem. Levo minha mão até seu rosto, e ele a pega deixando um rastro de beijos, da palma, até meu pulso.

Volto a colocar minha mão em seu rosto, e me aproximo para beijar seus lábios. Sua mão livre, vai até o meu pescoço, jogando meu cabelo para trás do ombro, e a fixando em minha nuca.

- Eu amo muito você, Alison, e nunca houve alguém que amasse tanto outro alguém, como eu amo você. - diz no fim do nosso beijo.

Suas palavras me causam uma sensação de felicidade, e faz meu corpo vibrar de alegria. É tão bom se sentir amada assim, que nem sei se isso tudo pertence mesmo a mim.

Volto a beijá-lo, e agora sou eu a colocar minha mão em sua nuca, o puxando para mais perto de mim.

Quando seu corpo está sobre o meu, ele apoia a mão na cama, e se afasta um pouco.

- Alison, não sei se podemos...- o interrompo, voltando a selar meus lábios nos seus.

Dessa vez, ele não protesta mais. Eu preciso senti-lo em cada parte do meu corpo.

Com ele entre a minhas pernas, eu me encaixo por completo nele. Ele retira seu braço que estava por baixo de mim, e leva até o meu rosto, aprofundando ainda mais sua língua em minha boca.

Quando ele pressiona sua pélvis contra a minha, uma espécie de eletricidade percorre o meu corpo, como se luzes pudessem ser acesas. Solto um arfar, e ele leva sua mão até a minha coxa, deslizando lentamente pela parte interna.

Passo minhas mãos por suas costas nua, e pressiono minhas pernas em sua cintura.

- Alison...você tem certeza disso? - pergunta ofegante, colando sua testa a minha.

- Eu quero você! - beijo sua bochecha, e vou seguindo até o seu pescoço.

Sua mão passa para o lado externo da minha coxa, e vai até a minha bunda, onde ele espalma a mão, e aperta suavemente.

Já sinto como se meu corpo queimasse a cada toque dele. A sensação é inebriante, e prazerosa. Como se a cada deslize de suas mãos, meu corpo descobrisse uma nova forma de acender.

Ele passa o nariz pelo meu pescoço, e meu corpo todo arrepia, mas quando sua mão sobe da minha bunda, e passa para o meu quadril, sinto meu corpo tensionar. E ele percebe.

- Nós não temos que fazer isso. - indaga encarando meus olhos.

- Não, tá tudo bem. - pego sua mão, e coloco na minha cintura.

                    

                    Tae-hyung


Eu sinto a necessidade do corpo da Alison sob o meu, mas ainda fico receoso de machuca-la. Eu sei que já fazem semanas desde a sua cirurgia, mas não consigo deixar de me preocupar com ela. O bem estar dela é mais importante do que qualquer desejo que eu tenha.

Mas ela parece entender muito melhor do seu corpo do que eu, e se mostra tão necessitada quanto eu, o que dificulta bastante o meu raciocínio lógico.

Apesar de nossos corpos arderem com tamanho desejo, minhas ações de luxúria, foram substituídos por leves carícias, e carinhos constantes, e pela primeira vez na vida, eu fiz amor, e com alguém que realmente significa muito pra mim.

Minha ideia de "fazer amor", não se comparava com isso. Pra mim, isso não passava de uma bobagem que os homens falavam apenas para poderem transar. Mas fazer amor, é algo mais intenso que um sexo ardente, ou desejos exorbitantes. É algo que trancede as sensações do corpo, que envolve um sentimento imponente, e satisfaz também a alma. E com a Alison, eu aprendi isso.


Pela manhã, eu acordei com um sentimento de felicidade, que não conseguia guardar apenas no peito. Eu queria isso para o resto da minha vida, e não duvidava de o quanto isso seria suficiente para todos os dias da minha vida.

Enquanto ela ainda dormia, me levantei, tomei um banho, coloquei uma roupa casual, e sem me importar com o café da manhã,  sai de casa em busca de tornar essa felicidade em meu cotidiano.

Eu estava decidido, ao voltar para casa, contaria para a Alison o que houve no dia do acidente, procuraria deixar tudo às claras com ela, e se fosse preciso, imploraria por seu perdão, mas não a perderia da minha vida, nunca mais.

Quando Namjoon me disse há algum tempo, sobre me arrastar aos pés dela, eu achei que isso era algo inadmissível, era inacreditável que alguém realmente fazia esse tipo de coisa somente por ter sentimentos por outra pessoa. Mas eu estava enganado. Agora sei exatamente como esse tipo de sentimento nos torna vulneráveis a certas ações, só para não perder alguém que se ama. E eu estou nessa perspectiva agora. E mesmo que minhas ações a tenha colocado na situação em que se encontra hoje, eu farei o que for possível para me redimir, e tentar mante-la ao meu lado. 

Fui até uma loja na região central da cidade, e na volta para casa, resolvi passar em uma floricultura, e escolhi um lindo buquê de rosas vermelhas, para complementar o primeiro passo para meus futuros dias de felicidade. Eu me sinto nervoso, e a ansiedade, fazem minhas mãos tremerem.


Chego em casa, e logo na entrada, encontro Penny.

- A Alison já acordou? - pergunto ao perceber seu olhar preocupado.

- Sim, Sr! Tomou o café da manhã, e depois e um tempo, subiu para o quarto chorando. - sua voz é receosa.

- Chorando? - agora sou eu que fico preocupado. - O que houve? Ela tá bem? Sentiu alguma coisa? - começo a andar em direção as escadas.

- Eu não sei, Sr. - ela me segue. - Disse apenas que queria ficar sozinha.

- Obrigado, Penny! - subo as escadas correndo.

Ao chegar na porta do quarto, dou duas batidas leves, e abro a porta.

- Alison?! Você está bem? - entro no quarto.

Ao se virar para mim, vejo seus olhos vermelhos. Me aproximo rápido, e me sento a sua frente na cama.

- O que houve? Porque está chorando? - pego suas mãos, mas ela as recua.

- Você mentiu pra mim! - sua voz é embargada.

- O que? Como assim? - pergunto intrigado.

- Eu lembrei do que houve na noite do acidente.

Sinto um calafrio subir pela minha espinha. Parece que eu não fui tão rápido quanto queria. As lembranças chegaram primeiro que eu. 




Notas Finais


Eita, e agora, o que será do teteco? 🤭
Com será que ele vai sair dessa, sem perder a Alison de vez? Acham que ela perdoa numa boa, ou rompe de vez com ele? Me contem, quero muito saber. 🤗
No demais, até o próximo capítulo, galerinha. Se cuidem! Beijos. 😘😘


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