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História Meu pior desejo - Clace - Sete


Escrita por: sherdalx_lissa

Notas do Autor


Caras eu realmente n sei oq é, mas eu to odiando o resultado dessa fic, tipo, sla pra mim ela n ta boa

Eu sei q provavelmente está mas eu n to satisfeita
Ent ela demorar pra sair é basicamente isso

Mals 👺👺👺

Capítulo 7 - Sete


Fanfic / Fanfiction Meu pior desejo - Clace - Sete


Abri a porta da secretária e entrei. Fui diretamente para sala de Jia, mas fui parado por uma aluna, ela estava sentada na mesa da secretária.

-- Ei. Veio fazer o que?

-- Falar com a Jia. - Disse, e logo me arrependi. - Com a Jia, diretora. Diretora Jia.

A menina sorriu com sarcasmo, os olhos puxados ficaram ainda menores pela risada mal contida.

-- Minha mãe vai te atender. Só bata na porta.

Assenti, me odiando por fazer papael de idiota na frente de uma adolecente de 17 anos. E filha da diretora ainda por cim.

Bati na porta e entrei. Jia sorriu para mim, gesticulando. Fechei a porta e dei dois passos para frente.

-- Sente-se. Posso fazer algo?

-- Hã, pode sim. - Estendi a lista anteriormente dobrada no meu ombro. - Precisamos de toda a informação que temos sobre esse alunos.

A diretora mordeu o lábio, analisando os nomes, e depois nós olhou.

-- É crime eu fornecer as informações, não é?

-- Acho que não fornecer é obstrução da justiça. - Dei de ombros.

Ela pressionou a boca com força, formando uma linha branca e fina, então começou a digitar no computador. A impressora atrás dela começou a imprimir as fichas.

-- Sabe, é antiético mas... - Ela parecia hesitante.

-- Sim?

-- Eu sei quem fazia parte do círculo íntimo do Merlion. Sabe, as panelinhas, a escola é dividida por elas. Sempre via eles juntos.

-- Ah, então por favor. - Sorri. Parece que logo logo eu sairia daquele lugar patético e iria embora. Pra sempre. Mal podia esperar.

Jia pegou as folhas, depois fez uma marca com uma caneta vermelha em algumas, então me entregou.

Agradeci e sai da sala rapidamente. A filha da diretora me olhou com a sobrancelhas arqueadas, mas não disse nada.

Estava no que eu esperava ser o caminho de volta para a biblioteca, com as folhas guardadas na espécie de blazer azul escuro que eu usava. Acabei encontrando Clary, que parecia perturbada, e a morena que foi atrás dela mais cedo. A outra falava com a policial sem parar.

-- Ei. - Ela me parou. - A Izzy está...

-- Fala para ela sair com gente! - A morena bateu os longos cílios para mim. - É muito legal. Consigo identidades falsas para você! É o aniversário do Julian, todo mundo vai!

-- Eu nem o conheço. - Clary cruzou os braços. - E precisamos... estudar.

-- É uma festa, porque não vamos? - Abracei a policial pelo ombro, fingindo intimidade. - Clary nunca gostou de festas, mas sem problemas, nós vamos sim.

-- Isso! - A intitulada Izzy deu um pulinho. - Encontro vocês depois, é só me mandarem mensagem e eu alugo um carro pra vocês. Preciso ver o Si, marcamos de fazer a lição juntos.

Izzy saiu praticamente correndo dali. Quando me virei para a policial, parecia que ela ia me assassinar com as próprias mãos.

-- Você tá maluco?! Me dá um bom motivo para a gente ir nessa festa! Nós vamos precisar de identidade falsa-falsa porque na verdade não precisamos!

Tirei os papéis do blazer e lhe entreguei.

-- Jia marcou os amigos de Merlion com a caneta vermelha. Talvez eles estejam lá, já que Merlion parecia popular, e os populares vão em festas, mon chou. - Ergui o queixo. - Não precisa me agradecer.

Ela murmurou alguma coisa e dobrou os papéis.

-- No final das aulas a gente vai analisar aluno por aluno, e se você dormir, eu juro que eu vou bater em você. - Seus olhos arderam em raiva. - E depois para para a maldita festa. Você manda as mensagens, você dá um jeito. Eu não estou nem ai.

Apenas a acompanhei enquanto ela começou a andar pelo corredor.

-- Parece que não gosta de festas, mon chou.

-- Não gosto. Não gosto de você, e muito menos desse apelido ridículo.

-- Então não vai ser uma noite muito boa para você, certo?

Clary rosnou, e eu segurei a risada.

-- Estressada?

Clary me xingou baixo num palavrão bem feio. Isso me deu ainda mais vontade de rir.

༺༻


Jace se esticou na própria cama, com a ficha de algum aluno cobrindo o rosto.

-- Pelo menos não precisamos fazer lição de casa, ou provas.

-- Ia enlouquecer se precisasse. - Reclamei. - Tudo isso, você e estudo? Nem Jesus aguentaria.

-- Estudar?

-- Você. - Retruquei.

Ele riu e se levantou da cama.

-- Resolvi as coisas da festa que a gente vai. Não foi tão difícil. Era só mandar mensagens.

Dei de ombros.

Íamos chegar antes de todos e ficar de tocaia no carro, e ver todos que chegaram. Jace não gostou muito da idéia, mas não teve muita escolha. Então ficaríamos uma hora no máximo na tal festa, e depois voltaríamos para a tocaia.

Também me levantei e fui abrir o armário para colocar algo que não fosse o uniforme. O único motivo para ir naquela festa ridícula era definitivamente chegar até os amigos de Merlion. Verifiquei com Izzy se eles iriam, e ela disse que eles nunca perdiam uma festa.

Peguei uma calça legging preta, um suéter cinza escuro e fui me trocar no banheiro. Quando voltei, Jace terminava de deslizar a blusa grossa de lã por seu corpo. Desviei o olhar e evitei o quanto possível. Que merda, o desgraçado não ficava menos atraente de jeito nenhum?

Jace estava digitando algo no celular, então eu peguei um o casaco mais grosso que tinha ali no armário e vesti botas.

-- Temos que sair escondido de novo. O carro alugado tá ali na frente. Temos que ir.

Assenti. Peguei minhas coisas e coloquei nos bolsos, juntamente com Jace. Então saímos. Passamos pelos corredores rapidamente e sem barulho. Cada vez que ouvíamos um barulho eu tinha medo de ser pega, odiada isso. Tinha apenas dois seguranças na saída. E por sorte Jia estava saindo também. Ela nos viu, piscou e começou a conversar com os seguranças. Em menos de um minuto ambos a seguiam.

Eu e Jace corremos para fora, e encontramos um cara encostado num carro preto.

Jace e ele confirmaram quem eram, apertaram as mãos e o homem deu a chave para ele.

-- Tá na conta bancária da polícia de NY. - Disse ele depois que o homem saiu andando. Me deu até dó, pois estava bem frio.

-- Meu chefe vai adorar. - Revirei os olhos e estendi a mão. - A chave.

-- Eu vou dirigir! - Jace franziu o cenho.

-- Jace, você não vai dirigir. - Peguei a chave da sua mão.

O loiro parecia contrariado enquanto sentava no banco do passageiro. Ele ligou o celular em silêncio, colocando o endereço no GPS.

-- Acha que eu vou te sequestrar? Que vou te matar e te deixar num beco e fugir?

-- Por que não faria isso? - Dei partida, e comecei a seguir o que a mulher do google falava.

-- Porque eu não sou assassino. - Ele apertou os lábios. - Nem perto disso.

-- Você deveria estar preso.

-- Você já matou uma pessoa, Clarissa?

Engoli em seco, virando na rua que o GPS mandava. Não queria entrar no assunto.

-- Já? - Insistiu.

-- Não interessa. - Cerrei os dentes, apertando os dedos no volante.

-- Então já. - Ele não me deixou interrompê-lo. - Eu nunca fiz isso. Nunca machuquei ninguém eu só...

-- Quer dizer que nunca hackeou alguém que estava para morrer? Nunca conseguiu uma informação para um crime?! - Exclamei. Não ia ser chamada de assassina. Não. Jace não tinha o direito de apontar na minha cara e falar sobre coisas que não entendia.

Jace abriu a boca várias vezes, mas no fim não disse nada. Ambos ficamos em silêncio, indo até a boate que foi indicado. Daria para facilmente cortar o clima com uma faca,de tão pesado que estava.

Parei o carro praticamente na frente da entrada. Estava abrindo ainda.

Continuei olhando e o silêncio estava péssimo. Nunca fui muito paciente, e nunca gostei de ficar de vigia, suspirei e o encarei.

-- Olha eu não quis te chamar de criminoso. Eu só tô meio...

-- Estressada?

-- É. Eu... - Comecei a falar, mas percebi o sorrisinho em seu rosto. - Idiota.

Ele riu.

-- Eu só não sou tão ruim. - Disse Jace. - Só isso.

Assenti. E comecei a olhar para a rua e a boate. Estava tudo pacato.

Fiquei satisfeita que Jace esqueceu o pequeno desentendimento sem sentido. Às vezes era bom que ele fosse bem humorado, nem conseguia imaginar se ele fosse tão cabeça quente quanto eu.

Mais silêncio. Mais do pertubador e constragedor silêncio.

-- Pode ligar o aquecedor? - Jace perguntou, esfregando uma mão de luva na outra.

Liguei, também sentindo o prazer do ar quentinho. Era congelante esperae ali no frio total e absoluto de Paris. Droga, poderíamos ter vindo em outra época do ano.

Então esperamos pelos amigos de Merlion.

༺༻


-- É policial há muito tempo? - Perguntei, tentando quebrar o gelo. Se fossemos esperar tanto, pelo menos jogaríamos um pouco de conversa fora.

Clary se virou para mim e ergueu uma sobrancelha.

-- Não precisamos conversar.

Revirei os olhos.

-- Qual é. Para de ser chata.

Clary bufou, se ajeitando no banco.

-- É hacker há muito tempo?

-- Desde os dezoito anos, mon chou. - Eu realmente não tinha problema nenhum em falar da minha vida, absolutamente nada a esconder, principalmente de uma policial que andava com a minha ficha para cima e para baixo.

-- Você não se arrepende? - Seu ar de superioridade me irritou.

-- Apenas de ser pego por alguém menos inteligente.

Nesse momento eu tinha certeza que Clary iria para cima de mim e me matar com as próprias mãos. Seu olhar de fúria apenas me deixou satisfeito, então ela era capaz de sentir algo que não fosse indiferença?

-- Escuta aqui, menos inteligente que você?! Eu fiz a porra de um curso, tranquei a merda de uma faculdade de medicina no qual eu passei em primeiro lugar. Eu sou a agente mais nova a estar prestes a virar sargento. Sou a melhor em absolutamente tudo que eu faço, e fui essencial para te capturar, então você precisa reavaliar quem é o mais inteligente, querido.

Eu sorri.

-- Por que trancou a faculdade de medicina?

Os lábios da ruiva se separaram, ela parecia perplexa. E com ainda mais raiva.

-- Você... você...

-- Te irritei para falar mais sobre você? Sim, e funcionou. Não foi difícil falar do básico, foi?

-- Eu odeio você. - Rugiu.

-- Eu também te odeio. Mas isso não significa que as coisas precisam ser chatas quando estamos juntos. - Me ajeitei no banco e mexi no cabelo. - Tipo, te irritar é muito legal, mas queria ter uma conversa normal para variar.

-- Falou quem não abria o bico até chegarmos aqui. O que aconteceu? Mudou de ideia? Adora fingir ser um adolecente de 17 anos?

-- Não. Mas eu procuro aproveitar tudo o que acontece na minha vida, eu indico fazer isso também. É bem mais relaxante e divertido. Curta o momento, mon chou, eles nunca vão se repetir.

Clary olhou para frente, afundando no banco.

-- Graças a Deus.

Ignorei o que ela disse e me foquei lá fora, ao que parece a balada tinha aberto e uma pequena fila estava se formando.

Clary deve ter notado o mesmo no exato momento que eu, pois um segundo depois estávamos saindo do carro e atravessando a rua.

Me encolhi no casaco, estava frio pra cacete. Comecei a sentir falta da América.

Eu e Clary ficamos atrás de umas cinco pessoas, ainda bem que a fila estava curta.

-- Vamos esperar os amigos do Merlion lá dentro? - Perguntei.

-- Sim. O carro até estava quente, mas lá dentro deve estar mais. - Saia fumaça da boca de Clary enquanto ela falava, de tanto frio.

Assenti, em plena concordância.

Não demorou dois minutos, e estávamos falando com o segurança.

-- Identidade. - Pediu em francês para Clary.

A policial se virou para mim.

Fui procurar nos bolsos quando me lembrei.

-- Eu não trouxe.

A ruiva cerrou os dentes e parecia prestes a me bater.

-- Você... o quê?!

-- Eu... acabei me esquecendo. Eu vi tudo que precisava mas...

-- O essencial você esqueceu?! - Clary estava praticamente gritando.

-- A culpa não foi minha! Você deixou tudo na minha mão!

-- Sim, porque eu pensei que você podia lidar com uma responsabilidade!

-- Com uma eu consigo! Mas era muita coisa, e eu esqueci.

-- Meu Deus eu vou...

Claramente o segurança e o resto da fila não estava entendendo nada do que dizíamos, já que estávamos discutindo em inglês. Mas o segurança nos parou.

-- Sans identité, ils n'entrent pas. Prochain.¹ - Disse ele e nos empurrou para fora da fila.

(¹= Sem identidade não entram. Próximos.)

-- Nous avons l'âge légal. Je le jure.² - Clary tentou.

(²= Nós somos maiores de idade. Eu juro.)

-- Droite.³ - Disse ele com sarcasmo.

(³= Certo.)

-- Les adolescents n'entrent pas! Maintenant, sors de ma vue.⁴ - A mulher de cabelo rosa explodiu atrás de nós. Sua voz fina era ainda mais insuportável falando francês.

(⁴= Adolecentes não entram! Agora saiam da minha frente.)

Clary corou ainda mais e me puxou para a calçada, andamos rapidamente até atrás do beco, ela xingava baixinho.

-- Puta merda! E agora?! - Ela bateu o pé e esfregou o rosto, as mãos com luvas.

Ali tinha uma janela pequena, aqueles vitrôs de banheiro, que davam diretamente para dentro da balada. E também aquelas portas de emergência, que assim que eu testei, provou que estava trancada por dentro.

-- Posso te ajudar a subir. - Disse para Clary apontando o vitrô largo de um dos banheiros. Um estava quebrado, sobrando apenas o metal. - E você destranca para mim. - Apontei a porta.

Clary olhou para o vitrô e engoliu em seco.

-- O único jeito?

-- Ou você pode mostrar os peitos para o segurança. - Dei de ombros.

Ela me mostrou o dedo do meio e eu lhe dei um sorriso sarcástico.

Flexionei os joelhos e coloquei uma mão em cima da outra.

-- Vai.

Clary apoiou o pé nas minhas mãos também cobertas com luvas, e as mãos no parapeito.

-- É praticamente impossível sem eu cair de cara no chão! - Avisou enquanto eu a impulsionava para cima.

-- Dá seu jeito. - Dei o empurrão final e ouvi um grito.

Bom, pelo menos ela tinha entrado.

Antes de eu contar um minuto, uma Clary descabelada abriu a porta de incêndio para mim.

-- Eu te odeio. Eu cai de bunda. De bunda!

-- Quer uma massagem? - Ofereci, com um sorriso malicioso.

Ela me socou no ombro, doeu bastante, e teria doído ainda mais se eu não tivesse com blusas grossas.

-- Ai! - Esfreguei o lugar. - Acho que eu mereci.

-- Acha? - Ela revirou os olhos e entrou, fui atrás dela.

Então a ruiva se virou para mim, alarmada.

-- Como conseguiu um carro se tem tecnicamente 17 anos?!

-- Izzy me passou o contato. - Olhei em volta. A balada estava começando a se encher.

-- Meu Deus, eu acho que acabei de cometer um crime. - Ela colocou as mãos na cabeça e esfregou as têmporas. - Meu chefe vai me matar.

-- Eu tenho vinte e quatro anos. - A lembrei.

-- Ah, certo. - Ela relaxou, e aquilo tudo foi tão cômico que eu comecei a rir.

Rir, mesmo. Eu gargalhei até ficar sem fôlego. Clary sorriu, e depois começou a rir junto comigo. Nós dois ficamos no canto, rindo sem parar de algo que nem realmente tinha graça.

-- Viu, se divertir em todo momento é muito mais legal que ficar tenso. - Disse quase sem ar.

Clary parou de rir, ainda com um sorriso nos lábios.

-- Talvez você tenha razão.

Então avistamos Isabelle e o grupinho, e graças a minha iniciativa, fomos falar com eles.


Notas Finais


A 👺


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