P.O. V de Ashley.
Eu acordei e vi que Lysandre já havia se levantado, eu caminhei até a cozinha e o vi. Ele sorriu para mim e veio me dar um abraço.
― Bom dia! Dormiu bem? ― ele me perguntou.
― Sim!
― Você quer comer algo?
― Não eu estou sem fome, poderíamos ir buscar minhas coisas agora?
― Oh sim ― ele disse um pouco surpreso ― achei que você ficaria mais relutante sobre morar aqui.
― Eu mudei de ideia, acho que vai me fazer bem morar aqui. E claro que irei ajudar a pagar tudo e...
No momento em que eu falava Lysandre e segurou meu queixo e me beijou, após o breve beijo ele sorriu e disse:
― Só seu beijo basta como pagamento.
Eu cai na gargalhada, percebi que Lysandre ficou completamente corado. Acho que ele fez aquilo para me fazer rir.
― F... Finalmente uma risada sua ― ele disse ainda ruborizado mas dando um sorriso ― você esteve muito pra baixo esses tempos, não sabia o que fazer para te ver rindo ou sorrindo novamente.
― Mas eu sempre sorrio.
― Mas não é um sorriso verdadeiro, você sorri para camuflar seus problemas e não porque está feliz. Eu sei distinguir quando você sorri porque está feliz ou não. ― ele falou aquilo de modo bem sério.
Então ele notou, o Lysandre me conhece melhor do que qualquer pessoa. Ele faz de tudo por mim, é por isso que eu amo ele é o que mais se importa comigo.
Depois disso decidimos ir até minha casa, eu fui de pijama de Rosa mesmo já que era a única coisa que me servia.
[...]
Logo nós chegamos até minha casa, Lysandre ficou boquiaberto quando a viu.
― É enorme, parece uma mansão! ― ele disse.
― Não exagere ― eu sorri para ele.
Eu apertei o interfone e minha mãe veio nos receber. Ao chegarmos na sala de estar nos sentamos no sofá, pois Lysandre primeiro teria de falar com ela sobre eu sair de casa.
― E então, o que querem? ― ela perguntou friamente como sempre.
― Eu gostaria de falar com a senhora sobre a Nana. Descobri que ela está passando por coisas horríveis nesta casa. Então eu gostaria de leva-la para morar em meu apartamento, ela estará melhor lá ― Lysandre não gaguejou nem uma vez e se manteve firme enquanto falava com minha mãe.
― Tudo bem leve-a! ― ela concordou sem nem mesmo hesitar ― Eu acho melhor assim, um problema a menos para mim. Continuarei colocando dinheiro em sua conta bancaria então nem precisa vir aqui buscar.
― Como a senhora pode falar assim? ― falou Lysandre completamente indignado ― Sua filha é perfeita, uma pessoa doce, inteligente, solidaria... Ela tem tantos pontos positivos que nem da para lembrar de todos, então como pode dizer que ela é um problema?
― Pegue as coisas dela e a leve, não é isso que você quer?
Lysandre iria discutir, mas porém eu o impedi negando com cabeça. Eu respirou fundo e depois suspirou e assim fomos até meu quarto, pegamos tudo o que podíamos, fiz duas malas de roupas era o suficiente. Depois nós decidimos ir embora e vi meu irmão chegando enquanto passávamos pelo porta e ele nos parou.
― Ei, ei o que é isso? ― disse meu irmão olhando a nossas malas.
― Nos de licença! ― disse Lysandre.
― Não, aonde você pensa que vai com essas malas Nanami? Morar com esse garoto? Vocês enlouqueceram nem ao menos são maiores de idade.
― O único louco aqui é você por agredir a Nana ― Lysandre começara a ficar bem irritado.
Eu e Lysandre passamos bruscamente por Hiro, porém ele me segurou e para minha surpresa não me segurou por muito tempo, quando me dei conta Lysandre havia agarrado o pescoço de Hiro e estava fazendo um expressão facial que me fez gelar.
― Eu vou falar uma só vez, se pensar em colocar as mãos na Nanami de novo eu te denuncio para a policia por agressão corporal ― ele soltou o pescoço de Hiro.
Meu irmão tossiu um pouco após Lysandre larga-lo, aquilo foi um pouco assustador o Lysandre geralmente é bem calmo, mas quando se trata de mim isso muda.
[...]
Quando chegamos ao apartamento de Lysandre nós nos deparamos com Leigh e Rosa sentados no sofá abraçados um ao outro. Rosa veio correndo me abraçar quando me viu.
― Nana eu fiquei tão preocupada! ― ela me abraçava fortemente.
― N... Não precisava se preocupar, me desculpe por ter te assustado ontem.
― Como não precisava me preocupar? ― ela começou a chorar ― Porque não me disse o que estava acontecendo?
Acho que Leigh deve ter contado a ela.
― Rosa era algo sem importância, e eu não queria incomodar ninguém com os meus problemas.
― Não é sem importância Nana, você estava sofrendo com isso poderíamos ter te ajudado somos seus amigos. ― Rosa falou ainda chorando.
― Me desculpe! ― Eu abracei mais forte e comecei a chorar também.
Eu e Rosa ficamos abraçadas por um tempo. Depois limpamos nossas lagrimas e sorrimos uma para a outra. Nós nos sentamos no sofá e Lysandre começou a falar com Leigh sobre eu morar no apartamento com eles. Leigh pareceu um pouco surpreso, mas ele não recusou e concordou com que eu ficasse.
[...]
O dia se passou e logo a noite chegou, Rosa passou o dia todo ajudando a organizar meus pertences no quarto de Lysandre e depois ela foi para sua casa junto com Leigh.
Eu estava debruçada na janela do quarto vendo a linda paisagem de prédios iluminados.
― Quer sair um pouco? ― Perguntou Lysandre.
― Acho que um ar fresco seria bom ― eu disse com um sorriso no rosto.
Eu sai da Janela e peguei um vestido preto que tinha alguns babados e uma sandália preta e fui me trocar no banheiro... Não demorou e eu logo me vesti, eu sai do banheiro e voltei ao quarto.
― Ficou linda! ― disse Lysandre com um sorriso no rosto.
― Obrigada! ― eu agradeci um pouco envergonha.
― Vamos indo? ― ele disse dando as mãos para mim.
Eu apenas assenti com a cabeça, e nós saímos de mãos dadas. Caminhamos por um tempo, a cidade estava linda toda enfeitada com pisca-piscas e coisas natalinas. Ao chegarmos à praça central eu fiquei impressionada com a dimensão da árvore de natal, ela era muito bonita devia ter mais de quatro metros de altura.
― Incrível! ― eu disse enquanto admirava a grande árvore de natal, fiquei um tempo admirando-a até que notei que Lysandre me observava com um sorriso no rosto ― O... O que foi?
― Seu jeito de ficar feliz com coisas simples me encanta.
― É que eu nunca tinha visto uma árvore dessas, nem mesmo em casa montávamos árvores de natal.
― Entendo... Nana ― ele se colocou na minha frente e se ajoelhou ― Sei que te pedi um tempo para pensar no assunto sobre ser minha namorada. Mas não aguento mais esperar, quero que você me diga ― ele pegou algo do bolso, era uma pequena caixinha vermelha de veludo. Ele abriu e dentro continha um anel dourado ― Você aceita namora comigo?
― Não... Não quero só namorar com você, eu quero me noivar e casar com você. Ou seja sim eu aceito ― eu dei um largo sorriso.
― Você quase me matou do coração quando disse não ― ele deu um suspiro aliviado, e depois voltou a sorri e colocou o anel em meu dedo.
Depois disso Lysandre se levantou e se inclinou, ele colocou as mãos em minha cintura e em seguida me beijou. Um beijo bem lento e delicado, e pausávamos um pouco para poder respirar e depois novamente voltamos a nos beijar. Mesmo que nós tenhamos nos beijado varias vezes, aquele foi o melhor beijo que nós já demos.
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