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História Meu Professor - Um Romance Proibido - 7 - Sorvete, Conversa e Parque


Escrita por: ArielleHataki

Notas do Autor


Mais um pra vocês! Te vejo nas notas finais!

Capítulo 7 - 7 - Sorvete, Conversa e Parque


 

Ao ouvir aquela inconfundível senti no mesmo momento que minhas pernas não funcionavam mais. A gravidade começou a fazer o seu trabalho e eu ia de encontro ao chão, mas uma mão forte segurou rapidamente meu braço e me ergueu facilmente para junto de si. 

-Parece que te deixei atordoada, Srta... Me perdoe pela indelicadeza. - Disse e eu pude sentir seu álito refrescante e mentolado.

-Eu que tenho que me desculpar... Eu não costumo ser desajeitada assim... - Respondi e tirei um sorriso de canto de boca quase imperceptível.

Percebi que ainda estava colada nele e me afastei corada.

-Engraçado... Aquela moça que estava me servindo daquele modo no café por acaso está corada? - Disse colocando as mãos no bolso de sua calça jogger descolada (estilo que eu achei que ele não teria gosto). Viu que eu estava mais corada ainda por saber que estava corada e mudou de assunto - Mas por acaso a Srta. Bipolar gostaria de me acompanhar em um passeio pelo parque?

Finalmente senti meu rosto esfriar e pude olhá-lo em seus verdes olhos e assenti com a cabeça.

-Só vou avisar para uma amiga para que não me espere. - Peguei meu celular do bolso e digitei brevemente para Vi. Não pude deixar de notar seus olhos analizando cada movimento meu. - Vamos! Já avisei a ela! - Sorri para Jonatan.

Estendeu seu braço para que eu o segurasse como os homens de antigamente faziam. Muito cavalheiro. Me guiou por cerca de 50m até que parou ao lado de um HB20S Preto. Puxou uma chave do bolso, apertou o botão para destrancar e abriu gentilmente a porta para mim.

-Madame - Apontou para que eu entrasse. Estava sendo muito educado. De que época era esse homem?

Passou pela frente do carro sempre com a sua expressão indecifrável no rosto. Adentrou o carro parando por um instante e me encarando.

-Devo dizer o quanto está bonita hoje? 

-Obrigada, Jonatan... Você parece muito inspirado hoje! - Comentei tentando não corar novamente.

-Você me inspira, meu bem. Coloque o cinto que já bamos sair. - Virou-se para ligar o carro e eu agradeci ao meu bom Deus por ele não ver que quase perdi os sentidos. É sério, eu teria que me acostumar logo com essas coisas ou eu teria sérios problemas de saúde, pensei comigo mesma.

Seguimos a avenida até um parque que não ficava a mais de 3km de onde estávamos. Olhava encantada para o lago que refletia os fortes raios de sol desse sábado. Porém, a brisa que entrava no carro era fresca e suave.

Até parecia por alguns instantes que não estávamos na grande São Paulo.

Achei que estacionaria o carro na rua próximo ao parque, porém, virou em uma rua depois e entrou em um condomínio de casas grandes. Minha nossa, com o que ele trabalhava para manter aquele lugar? Sua casa era uma das últimas e era uma das mais bonitas. Com um design mais antigo, porém, bem conservada. Era uma cópia do dono.

Jonatan não havia dito muitas coisas durante o trajeto. Ao estacionar o carro, saiu e novamente abriu a porta para mim dizendo:

-Vamos deixar o carro aqui e ir andando até o parque. Mas antes vou deixar ali na sala o meu material de trabalho. - Disse pegando uma pasta no banco de trás que eu nem percebi que estava lá.

Estrou na casa e em instantes já estava de fora.

-Eu até te chamaria para entrar, mas a minha casa está uma zona... Preciso de um tempo urgente para organizá-la.

-Talvez eu pudesse ajudar - Soei com segundas intensões sem querer, mas consegui tirar um sorriso de Jonatan (o que ao meu ver era extremamente raro).

-Sim, podemos pensar nisso - Colocou a mão em minhas costas me guiando até a entrada do condomínio. Ao saírmos cumprimentamos o porteiro e ele me olhou avaliando-me ao fazer isso.

Quando estávamos a caminho da rua, sua mão esbarrou na minha e logo a segurou. Um misto de calor e frio percorreu meu corpo. Sua mão era macia, quente e robusta. Segurava minha mão com firmeza, porém, sem me machucar. Me sentia em segurança perto dele.

-Bom, me fale mais sobre você, Amanda. Me parece uma pessoa muito interessante. Já adianto que sei da sua possível bipolaridade... - Riu.

Envergonhada começei:

-Olha, não tenho muito pra falar. Cheguei a pouco tempo aqui em São Paulo. Não faz nem uma semana. Sou bastante reservada, apesar de que nos ultimos dias eu não sei o que tem acontecido comigo que estou me soltando mais... - Minha voz vai abaixando conforme termino a frase. - Eu morava no Rio com meu tio, mas não era um bom ambiente para mim e assim que pude vim para cá...

- Como assim não era um bom ambiente para você? - Se aproximou mais de mim interessado.

-Bom, quando eu tinha doze anos, meus pais morreram em um acidente no trabalho e eu fiquei sem ninguém. Porém, a assistente social me disse que havia encontrado um tio meu que eu nunca tinha ouvido falar. Ele era irmã da minha mãe, mas ela nunca mencionou ele e depois eu vim saber o porquê... No início ele até tentava ser bom, mas ele bebia e usava drogas e então minha vida virou um inferno... - Parei e não falei mais.

-Sinto muito, Amanda. Isso é horrível  - Soltou minha mão e passou pelos meus ombros - Sente-se bem em me contar? Não quero que fique desconfortável.

-Não tem problema. É uma coisa que já passou e que eu nunca mais vou precisar lidar... - Respiro fundo e tento me animar um pouco. Não queria meu encontro com o deus grego estragado pela minha melancolia - E você, me fale mais sobre você, Jonatan? - Ao falar seu nome olho para cima e encontro os seus olhos.

-Primeiramente, eu adoro quando você fala meu nome desse jeito... E de resto, sem querer me gabar, mas só falando mesmo, eu sou dono da Editora Moderna. Adoro literatura... É uma paixão pra mim. Tenho trabalhado duro com meus irmãos nos últimos anos após o falecimento do meu pai para manter a Editora sempre no topo. - Falou com orgulho e pude perceber que não estava falando nada para me inferiorizar, porém, me senti mal.

-Olha, Jonatan - Falei me desvencilhando de seu braço. A esse ponto já estávamos quase chegando ao parque, mas minha empolgação diminuiu drásticamente - Eu não sei se isso vai dar certo... Sabe, eu sou nova na cidade, não tenho literalmente nada. Eu gosto de você e eu adoro o fato de você gostar de literatura porque eu também amo, mas eu não quero parecer interesseira nem nada. E eu nem sei onde eu podia estar com a cabeça por imaginar que um homem tão lindo e gentil como você pudesse querer algo com alguém como eu. E antes mesmo que eu acabe me magoando ou acabe até magoando você, eu acho justo parar o que nem começou e o que eu acho que nem vai começar por aqui...

Tomei um fôlego enorme depois de proferir tantas palavras. 

- Por acaso está de TPM, Amanda? - Jonatan riu, caçoando de mim após ver meu nervosismo.

-Você não ouviu nenhuma palavra do que eu disse? - Perguntei atônita.

-Ouvi muita besteira de uma vez só, mas sobre você gostar de literatura eu já presumia pelos bilhetes que trocamos... Quais são seus autores preferidos?

Voltou a passar seu braço por meus ombros. Atravessamos a rua e já estávamos entrando pelos portões do parque quando paramos perto de uma barraquinha de sorvete. Sem me perguntar nada, Jonatan foi lá e voltou com dois sorvetes, me entregando um.

-E então, quais seus autores preferidos, meu bem? - Uma de suas mãos em minhas costas me guiaram novamente para a caminhada por entre as árvores a caminho do lago.

 


Notas Finais


Amanda e os seus surtos. Será que é TPM mesmo? Porque não é possível!!


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