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História Meu Segredo com um Youkai - Cap.XXXVII


Escrita por: Pifranco

Notas do Autor


HEY, JUUUUDEEEEE!!!!

Pessoas, não vou escrever muito aqui porque, né? Enfim, OLHEM ESSE FUCKING BANNER NOVO PARA A "MEU SEGREDO COM U YOUKAI", estou muito emocionada, sério!

Sem mais,
Boa leitura!!!

Capítulo 37 - Cap.XXXVII


Fanfic / Fanfiction Meu Segredo com um Youkai - Cap.XXXVII

 

            Kouga e Kagome chegaram ao condomínio onde Ayame morava, subiram sem problemas, visto que Camila já tinha ligado para o local para avisar ao porteiro, que mais pessoas iriam chegar. Entraram pela porta destrancada, o ambiente estava tenso e o local permanecia escuro. A primeira reação de Kagome, foi a de abrir as cortinas a fim de iluminar o ambiente sinistro, que estava tão carregado, que ela chegava a sentir o pelinhos dos braços ficarem eriçados ao passo que se locomovia pelo cômodo.

— Kouga, está sentindo isso?

— Essa energia… Maligna? Estou sim. — respondeu ele, olhando para todos os lados.

— Será que devemos chamar por eles? — Confusa, a jovem questionou ao marido, esperado qualquer orientação que viesse dele.

— Aqui parece estar vazio, apesar de emanar tanto poder… Acho que não há problemas quanto a isso.

— Tudo bem, então, lá vamos nós… — Kagome limpou a garganta, e respirou fundo. — SHIPPOOOOU! GINTAAA! HAGAKUUU! — ela fez uma careta e baixou o tom de voz, quase sussurrando. — Ayame?

Estamos aqui!

O casal ouvira o apelo abafado do grupo de amigos, que permaneciam fechados em um quarto, cuja porta não possuía maçaneta. Kouga arqueou uma sobrancelha, pois, era uma tarefa tão fácil que chegava a ser ridícula. Como que quatro youkais ficaram presos em uma sala, sendo que a força deles era imensa? O príncipe lobo logo descobriu o motivo, afinal, também não conseguiu mover o obstáculo que impedia a passagem, mesmo aplicando quase toda a sua força contra o objeto de madeira maciça.

— Que porcaria! — resmungou ele, irritado com sua falta de sucesso ao executar tão simples tarefa.

— O que foi?

— Essa maldita porta, que está emperrada…

            Ele ficou em silêncio. Kagome simplesmente empurrara a porta, e a mesma se abrira revelando um ambiente ainda mais escuro que o restante do apartamento, com um ranger perturbador em meio ao cheiro insuportável de pum.

— Graças a Kami! — Shippou correu para fora do quarto, puxando o ar com toda a força que seus pulmões conseguiram reunir naquele momento. — Pensei que fosse morrer!

— Oh, cruzes! Ginta, você sabe que não pode consumir alimentos que possuam leite! — o príncipe moreno falou severo, ajudando Hagaku a sair do cômodo escuro.

— Eu sei, mas estava nervoso e na pressa comi o vi na minha frente! — o lobo com cabelos em duas cores respondeu, aproveitando a deixa e procurando um banheiro pelo apartamento.

— Eu estou aqui! — a voz de Ayame se fez presente, e só então Kagome pôde ver com perfeição o lume avermelhado, que estava ao redor da porta do pequeno cômodo em que a ruiva estava presa.

            A cela da youkai era do tamanho aproximado a um banheiro, uma caixa de concreto no centro do quarto escuro, protegido por algum tipo de energia que enfraquecia aos youkais. Uma verdadeira armadilha… Pensou Kagome, se aproximando com cautela e levando a mão aos poucos até a passagem bloqueada. Conforme sua destra ficava cada vez mais perto da madeira da porta, a Miko sentia um estranho calor assolar sua palma, algo que a levou a se concentrar e se revestir de energia para se proteger. O quatro escuro ganhou coloração violácea, pois a sacerdotisa brilhava e a ponta dos dedos dela pareciam penetrar em uma camada líquida, como um portal feito somente para ela.

            Os ponteiros no relógio da parede congelaram, e o som de seu último anúncio de tempo foi um baque alto, os olhos da Miko fecharam lentamente, e ela respirou fundo antes de prosseguir, deixando seu corpo ser consumido pelo estranho portal que a levava para o cárcere de Ayame. A ruiva ficou de boca aberta, apenas olhando para a sacerdotisa atravessar a porta fechada sem dificuldades, ouvindo um chiar, como se algo quente se chocasse com gelo.

— O que você faz aqui? — perguntou a ruiva, sentada no chão frio com seus tornozelos e pulsos envoltos em grilhões.

— Ora, eu vim… Viemos ajudá-la. — resmungou ela, cruzando os braços perante a má recepção que teve de Ayame.

— Ah sim, claro! Os patetas inúteis e uma raposa imbecil… E para completar a minha desgraça: Você! — a ruiva trincou o maxilar, rangendo os dentes em desagrado.

— Kagome! — a voz de Kouga estava abafada, mas elas puderam ouvi-la com perfeição.

— Kouga… — Ayame sussurrou, sorrindo. — KOUGA, VOCÊ ESTÁ AQUI? — levantou ela, depressa, até ser contida pelas correntes que fizeram um som metálico ao serem forçadas.

— Ele perguntou por mim… — a Miko respondeu, se aproximando da passagem translúcida. — Estou aqui, meu amor.

— Você está bem? — questionou o príncipe, ambas as mãos espalmadas na porta de madeira.

— Sim, querido. Ayame e eu estamos aqui, e estamos bem.

— Diga por você, que não está presa a essas malditas gargalheiras! — a loba rosnou, repuxando os limitadores de seus movimentos.

— Shii! Cale a sua boca! Não consigo ouvi-lo com esse seu escândalo! — Irritada, Kagome acabou por ser grossa. Na realidade, ela estava morrendo de ciúmes por ter que deixar seu marido chegar perto de Ayame, sabendo que a loba ainda nutria sentimentos por ele.

            A ruiva rosnou, não era agradável estar acorrentada e ironicamente, saber que a única pessoa que poderia tirá-la dali era a sua rival. Inbo fez uma armadilha bem ardilosa, ele achava que Kagome jamais se prestaria a salvar a youkai, contudo, a Miko da Shikon no Tama era uma pessoa de alma bondosa e aura pura, apesar de sentir coisas bem humanas como o dito ciúme, ela não poderia negar ajuda a quem quer que precisasse, e nesse caso, era Ayame quem precisava dela. Parecia que estava escrito no karma da sacerdotisa, salvar suas antagonistas de forma piedosa, algo que lhe vinha como uma prova à sua lealdade no equilíbrio das forças do universo.

— Kouga, espere um pouco… — a Miko pediu, respirando fundo na intenção de recuperar a compostura. — Existe um tipo de energia, que bloqueia vocês e só permite a minha entrada mas eu não consigo pensar em nada… — levou as mãos à cabeça, suspirando.

— Temos todo o tempo do mundo, para a senhora Kagome ficar pensando… — Ayame ironizou, revirando os olhos com o silêncio vindo de sua rival. — Não percebe que esse calor e escuridão, são insuportáveis?

— Claro! — Kagome animou-se, dando um soquinho de motivação no ar. — Como não pensei nisso antes? Ayame, muito obrigada!

— Deve ser louca…

— Kouga, querido, me ouça! — a Miko se aproximou da passagem, alegre e ansiosa. — Abram todas as cortinas desse mausoléu!

— EI! Esse “mausoléu” é a minha casa! — protestou a ruiva, olhando feio para a jovem morena à sua frente.

— Todos tem problemas, Ayame. Eu entendo você… — suspirou ela, ignorando a ironia na loba. — Ouviu-me, querido?

— Sim, ouvi meu anjo… — mesmo abafado, elas podiam ouvi-lo com clareza.

            Foram passados aproximadamente vinte minutos, e ainda não tinham conseguido abrir toda as janelas do apartamento, que era enorme e carregado de energia maligna. Estranha angústia tomou conta do coração de Kagome, que sentia que algo ruim estava para acontecer a qualquer momento. Quando as janelas foram abertas, parecia que fina neblina tomara conta do apartamento, aquela fumaça pesada e esbranquiçada que denunciava que certa magia negra havia sido purificada pela luz.

— Kouga, empurre essa porta! — Kagome pediu, se afastando brevemente da passagem.

            Foram alguns baques até que a madeira cedesse e viesse à baixo, uma cortina de poeira formara-se com o ocorrido, e de trás da mesma, um preocupado príncipe lobo surgia. Ayame fez a cara de apaixonada ais explicita que conseguiu, faltando apenas se dizer “umedecida” com a presença do ex namorado, contudo, ele nem ao menos olhou na direção dela enquanto não teve certeza de que Kagome estava bem e em segurança.

— Meu amor, você está bem?

— Sim, querido, estou. — a Miko garantia, tendo seu corpo examinado pelo marido, que a apalpava em diferentes lugares repetidas vezes.

— Ótimo!

— Kouga… Er… Poderia soltar a Ayame também? — Kagome não seria ela mesma, se negasse ajuda a alguém que precisasse.

— Hum… Tudo bem. — meio a contragosto, o moreno se dirigiu até a loba, que suspirou assim que ele puxou os grilhões que a prendia ali, fazendo força, porém, sem sucesso para libertá-la. — Kagome, me ajude aqui.

            O pedido levou Ayame a revirar os olhos e bufar irritada. Ela não queria que ninguém além de Kouga se aproximasse dela naquela hora, todavia, não haveria como se livrar de suas dolorosas algemas sem a intervenção de sua rival. A Miko se aproximou desconfiada, mas mesmo assim fez o que lhe foi pedido, levando as mãos espalmadas até as correntes. De ambas as palmas foi emitido calor, além de luz violácea, e o enorme peso que havia naquele metal parece ter sido evaporado como que por um milagre. Kagome purificou a energia maligna que estava presente ali, e agora o ferro comum era o que mantinha cativas as mãos da ruiva. Com um puxão firme, Kouga conseguira quebrar os elos libertando a youkai ruiva. Os pulsos estavam esfolados, vermelhos e muito inchados; sangue seco estava presente nas junções, despertando pena em Kagome, que sentiu-se mal por seu ciúme. Ayame estava sofrendo muito mais do que ela, nada mais justo do que relevar suas indiretas e malcriações.

— Ayame, existe uma chance de recomeçar a sua vida… — a Miko começou, tendo um par de olhos verdes arregalados para si. — Você gostaria de mudar seu passado?

— Do que está falando? — a ruiva desdenhou, mas no fundo uma esperança se acendeu em seu peito.

— Vamos reverter isso tudo, Ayame… — Kouga interferiu, o que aqueceu ainda mais a fé na jovem.

— Então existe uma chance? — os olhos da ruiva se encheram de lágrimas. — Uma chance de… Nunca…

            A youkai jogou-se nos braços de Kouga, onde chorou copiosamente. Kagome observou sua rival soluçar agarrada ao seu marido, que confuso e constrangido a olhava, tentando mostrar que não tinha culpa alguma naquele estranho contato. A Miko sorriu, confortando-o. Naquele momento, Ayame precisava intensamente daquele abraço.

 

 

 

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            Yuka dormira bem essa noite, despertou esticada bem no centro da cama, espaçosa como Sesshoumaru falara ela ser. Com os cabelos em um estado de caos, a japonesa mestiça ergueu-se do leito luxuoso, espreguiçando-se ao caminhar até o sanitário. Foram minutos de arrepios ao fazer seu xixi, pensando em como sentia-se bem naquela manhã. O banho rápido, seguido de escovação de dentes em tempo recorde foi a pedida do momento, e poucos minutos depois, a morena descia as escadas e caminhava meio perdida até encontrar o lugar onde faziam as refeições. Era um espaço amplo e bem iluminado, onde o local dividia o espaço com várias mesas medianas, redondas, e com toalhas brancas, assim como as capas das cadeiras. Distraída em servir-se por estar faminta, não reparou de imediato nos olhos dourados que a seguiam ao se locomover, enquanto escolhia se beberia café ou suco fresco.

            É engraçado como nos sentimos observados, e os olhos castanhos encontraram um certo youkai sentado, bem discreto em um espaço mais reservado da área de alimentação. Foram raríssimas as vezes, que Yuka o viu sem um terno, excluindo a nudez, e ela apreciou o corpo esbelto e alto em uma camiseta polo, amarela bem claro, tomando um café preto e sem açúcar, enquanto recebia o olhar avaliativo sobre si. Ela desviou as vistas, voltando sua atenção aos alimentos, mas o rubor em sua face e o ligeiro odor de adrenalina foram percebidos pelos apurados sentidos do platinado. Ela enrolou um pouco em sua escolha, esperando que talvez, ele fosse embora, mas ele parecia muito tranquilo, pois ainda era cedo e ele não tinha outras coisas a fazer.

— Não faz sentido não sentar ali… — a morena disse para si mesma, indo tranquila em direção ao youkai, que apoiou as costas no encosto da cadeira, e a olhou de cima a baixo. — Posso sentar com você?

— Claro que pode. — ela o achou “estranhamente amável”, e isso a deixou constrangida.

            Por algum motivo, ele levantou e se afastou sem dar explicações. Vermelha, ela pensara que ele tivesse lhe feito um desaforo, tratou de começar a comer e quase engasgou ao vê-lo novamente ao seu lado, só que agora, com uma jarra de suco vermelho, além de um generoso pedaço de bolo e uma fatia de melão maduro.

— Eu achei que tivesse… Esqueça. — sorriu ela, encabulada demais com aquela situação, eles devem ter tomado café juntos somente umas cinco vezes na vida.

— Estava a esperando. — Tranquilo como sempre, serviu seu próprio copo com o suco, que pelo cheiro Yuka descobriu ser de melancia.

— Hum… — resmungara, concentrada em levar o pão recheado à sua boca, adorando o sabor a desmanchar em seu paladar.

            Ela comendo sem cerimônias, e ele elegante, fazendo seu desjejum sem exageros de forma despreocupada, era como se fosse um cidadão fitness em seu café da manhã, e ela, um refugiado faminto.

— Magro fazendo “magrice” … — Pensou alto, vendo-o comer o pedaço de melão.

— O quê? — ele franziu o cenho, sem entender aquela expressão.

— Você aí, todo cuidadoso com sua alimentação… Poderia comer um boi inteiro se quisesse, e fica esfregando seu auto controle na minha cara! — resmungou ela, com sua carinha enfarruscada em desagrado. — E eu que deveria estar em uma dieta, só sei comer besteiras! — generosa mordida em um croissant, enfatizou a informação.

            Um arquear de sobrancelhas, ele queria fazer alguma coisa, mas sentiu a necessidade de rir. Não uma risada gostosa, mas um riso anasalado que durou menos que seis segundos. Um milagre? Sem dúvidas! Depois disso, ele trocou os pratos, dando a ela fruta e ficando com os pães recheados em massa folheada.

— Eu devo ficar feliz com isso? — manifestou ela, sem saber o que fazer.

            Ele deu de ombros. Ela entendeu que aquilo era um “Faça como quiser”, mas no fundo, gostara do fato de ele ter tomado uma atitude, por mais simples que fosse. Aquele momento foi bom, mas logo a refeição findou e não haviam mais motivos para permanecerem sentados ali. Ela levantou-se primeiro, meio sem jeito, esperando que ele falasse alguma coisa, que ele não disse, apenas a olhava na mesma expectativa.

— Com licença, bom dia… — um homem com feições espanholas começou a falar, em inglês, para que a maioria o entendesse. — Nossa piscina será aberta em meia hora, os garçons estarão à disposição. Fiquem à vontade.

            Foi a deixa!

— Bem… Tenho nada para fazer, acho que vou à piscina… — informou ela, olhando para o próprio dedo anelar, onde sua aliança ainda brilhava.

— Vou fazer algumas coisas, te encontro lá. — assentiu ele, ainda muito sério e a observando.

            Ela fez um positivo com a mão, e virou as costas para sair dali. As mulheres espanholas são muito bonitas, em sua maioria com a pele amorenada, seios fartos e quadris bem avantajados, faziam com que Yuka destoasse em muito delas, por esse motivo chamava a atenção por onde passava, ela era diferente e por isso, agitava a alguns dos homens desinformados que estavam hospedados naquele hotel. O youkai estreitou os olhos, tamborilando suas garras recém alongadas na mesa branca, respirando fundo e as recolhendo novamente, não queria perder o controle, não quando as coisas estavam indo bem.

            Depois de mais tranquilo, o youkai foi ao seu quarto para trocar de roupa, e em seguida desceu até a área da piscina, onde escolheu uma cadeira espaçosa abaixo de um guarda sol, colocando seus óculos e percebendo que o local ficava cheio de humanos com o passar dos minutos. Haviam mulheres de todos os tipos, loiras, morenas, até mesmo algumas ruivas e uma jovem negra, todas lindíssimas, era um ambiente bem diversificado em belezas. A representante oriental estava com um coque bem firme, onde seus cabelos estavam presos com uma presilha preta, a parte de cima do biquíni mostrava os seios médios, e a canga amarrada lateralmente escondia a parte inferior do traje de banho, bem como a indesejável saliência que era a barriguinha de Yuka. Ela imaginava que era feia, porque como mulher vaidosa que era, sentia estar terrivelmente repulsiva com os quilinhos a mais. Pobre garota… Nem cogitava que aquelas “sobrinhas” deixavam seu marido louco…

            A jovem não resistiu e riu. Sesshoumaru era tão branco que doía os olhos firmar as vistas na direção dele, parecia que brilhava ao ser beijado pelo sol, e nem suava.

— Se você ficar no sol, será que pega uma cor? — ela o questionou, sentando ao lado dele em uma das espreguiçadeiras vazias.

— Nunca tentei. — Despretensioso, tirou os óculos escuros destacando mais ainda sua palidez em contraste com os olhos dourados.

— Nem tente, vai nos cegar com sua brancura… — resmungo abafado, perfeitamente compreendido pelo youkai, que ergueu uma pestana.

— Você não está tão diferente…

— Pelo menos os olhos não sangram quando olham pra mim! — Cruzou os braços, erguendo-se decidida a se bronzear.

            A morena deitou-se de bruços na espaçosa espreguiçadeira, soltando o nó do biquíni e deixando as costas nuas ao se expor ao sol, e a canga foi deixada de lado, revelando as nádegas redondas envoltas na peça inferior da roupa de banho.

            Sesshoumaru ficou indignado, todas as mulheres faziam topless mas a sua não podia. Bem, era o que o pensamento arcaico e machista daquele youkai ditava, e ele precisou respirar fundo diversas vezes para não matar todos os homens que olhavam com cobiça para a bunda da sua esposa. Uma pequena veia saltou na testa dele, que estava para explodir a qualquer momento e levar tudo pelos ares.

— Por que está fazendo isso? — ele tentou não falar entredentes, mas fracassou miseravelmente.

— Ah… Eu adoro tomar sol! — respondeu ela, erguendo os pés e os deixando bem juntinhos, próximos aos glúteos.

— Mas você está nua, mulher… — agora ele tamborilava as garras na mesinha, os olhos vermelhos ocultos pelos óculos escuros.

— Relaxe… É tão gostoso. Por que não deita aqui comigo, e pega uma cor nesse couro de fantasma?

            Ele poderia ter se irado e ido embora, mas estava tão enciumado que acabou tirando a camiseta e se deitando ao lado dela, na mesma cadeira larga. A jovem ergueu o troco para olhá-lo, porém, ele a empurrou contra a toalha em que estava deitada, temendo que os seios dela aparecessem.

— Mas você vai ficar colado em mim, nesse calor? — Yuka questionou, suando ao sentir o braço do marido sobre sua cintura.

— Vou.

— Não vou conseguir me bronzear desse jeito!

            Meio a contragosto, o youkai se afastou um pouco, ficando de lado na espreguiçadeira branca. Depois de um tempo, ele se acalmou da ciumeira desmedida e ficou muito atento, observando a pele da jovem mudar de cor aos poucos. Graças aos seus apurados sentidos, Sesshoumaru notava com perfeição a tez amorenando lentamente quando tocada pelos raios luminosos, percebendo também, as gotículas de suor fugindo pelos poros. Depois de um tempo, Yuka voltou a amarrar as tirinhas do biquíni em suas costas e pescoço, virando em diferentes posições para se bronzear igualmente por todo o corpo. Já era tarde, próximo ao meio-dia quando ela finalmente resolvera sair dali. Ambos entraram no elevador, ela sorridente enquanto ajeitava seus cabelos ao mirar-se no espelho do ambiente.

            Chegando no andar de ambos, a jovem olhou para o marido, totalmente sem jeito.

— Er… Você quer entrar? — questionou ela, mexendo sem parar no cantinho de sua unha do dedo indicador.

— Não. — respondeu ele, de pronto, depois voltando atrás. — Não agora, prefiro tomar um banho antes.

— Tudo bem, vou fazer o mesmo. — o encarou, ansiosa.

— Já escolheu onde quer almoçar?

— Ah, aí está a surpresa, não programei nada disso — sorriu ela, achando graça da expressão estranha que ele tinha na face. — Eu pensava em sair e decidir quando visse algum lugar interessante.

— Hn. — fez ele, querendo repreendê-la pela falta de preocupação com a viagem, contudo, estava ali sem ter sido convidado, então resolveu deixar que as coisas acontecessem do jeito dela.

            Sem mais palavras, eles se separaram, cada qual em seu quarto. A morena banhava-se despretensiosa, deixando para lavar os cabelos mais tarde, ela os prendeu, e lavava sua pele com cuidado, pois mesmo tendo usado protetor solar, abusara do tempo em exposição ao sol. Já Sesshoumaru lavava os curtos e extremamente lisos fios prateados, que combinados com sua postura severa e expressão fechada, davam-no um ar de “quarentão”, algo que não incomodava, visto que ele tinha muitos séculos de existência. O que o tirava do sério, era a absurda vontade de transar. O pênis avantajado e ereto, apontava para o alto, mesmo com a água extremamente gelada em contato com aquela região sensível, cuja excitação o deixava com dor nos testículos. Louco para se masturbar, mas orgulhoso demais para fazê-lo, o youkai desatava a pensar em coisas angustiantes ou desagradáveis, mas a lembrança da sua mulher seminua e exposta ao sol invadia sua mente, e lá estava o falo teso a desobedecê-lo.

— Maldito tesão… — rendeu-se ele, usando a canhota para manipular a extensão do órgão inchado, espalmando a mão livre no vidro do box.

            Ele nem sabia ao certo por quanto tempo manteve-se ali, tocando seu corpo na intenção de obter prazer com certa urgência, mas já havia aumentado consideravelmente a velocidade dos estímulos e com a boca levemente aberta, respirava sofregamente. Os gemidos tomavam formar naquele ambiente, e logo o orgasmo chegaria, contudo, as malditas batidas à sua porta, o cortaram de chegar ao ápice.

— Inferno! — Rosnou irritado, respirando fundo, tentando se acalmar. — O que é?

— Sou eu, já faz um tempo que estou esperando… — Yuka gritara do corredor, as costas apoiadas contra a madeira branca.

            Ele pensou um pouco. O dilema era: abrir a porta, ou simplesmente deixar que ela entrasse, visto que ele não trancara a mesma.

— Pode entrar, não está trancada… — erguendo sutilmente o tom de voz, Sesshoumaru informara. Seu pênis parecia estar chateado, pois, a flacidez se anunciara.

— Certo, vou ligar a televisão. — a morena estava no quarto, sem perceber que a porta do banheiro estava aberta. Com tranquilidade ligara o aparelho em uma novela em espanhol.

            O perfume mesclado ao cheiro da jovem ressuscitaram ao Sesshy Junior, que agora proclamava de forma física sua felicidade com a presença da jovem.

— Que situação… — resmungara ele, voltando a manipular o próprio sexo.

            Ele conseguia ouvir a respiração da jovem, bem como as batidas do seu coração. Poderia imaginar como ele estaria vestida, ou se os cabelos estavam soltos, qual cor de batom havia escolhido para estar com ele. Tão perto e tão longe… Ela o pertencia há pouco tempo atrás, e agora, estava em uma viagem louca, onde ele lhe impusera sua presença, dormindo em um quarto distante. Mas ela estava ali agora, distraída assistindo a TV e inocentemente sendo combustível para a perversão do por enquanto marido, que soltava o ar pelo nariz, expelindo grande quantidade de sêmen ao gozar pensando nela.

            Sesshoumaru se sentiu humilhado. Aquela pequena fraqueza seria segredo, ela jamais saberia que estava sendo homenageada naquele box, durante um banho que já estava sendo longo demais. Envolto apenas pela toalha bordô, o youkai chegara ao quarto da suíte abrindo a porta de um pequeno closet, livrando-se da peça que ocultava sua nudez sem o menor pejo.

— Meu Kami! — Yuka virou o rosto, cobrindo os olhos com as mãos. Seu coração batia descompassado, e ela se sentia enrubescida. — Por que ficar pelado na minha frente, seu louco?

— Não há nada aqui que você não tenha visto, até memorizar… — indiferente, lhe deu a resposta, enquanto ainda despido escolhia o que viria a vestir.

            Entre os dedos redondinhos, a jovem o espiava, claro, ela jamais daria a ele o gostinho de saber que ainda era muito apreciado por ela. A morena esquecera de um detalhezinho crucial: Sesshoumaru era youkai, nunca que ela conseguiria enganá-lo apenas com sua aparência pudica. O desejo dela era perceptível, apesar de ela tentar mantê-lo latente, contudo, as batidas de seu coração traidor, o cheiro dos seus fluidos e sua temperatura corpórea a denunciaram em seu estado de mulher excitada, e agora descoberta em sua farsa do “Não fique nu na minha frente”.

— Já decidiu o que vamos comer? — questionou ele, vestindo lentamente uma cueca branca.

— Comer? — piscou ela, confusa e envergonhada por não estar nem mesmo em condições de conversar. — AH, sim… Claro! Comer… Então — pigarreou. — Vamos experimentar a culinária típica, afinal, a Espanha é muito valorizada pela gastronomia.

— Acha que aguenta? — virou-se de frente, propositalmente, acomodando melhor o imenso volume dentro da roupa íntima.

— Do que está falando??? — rubra, a jovem explodiu, erguendo-se da poltrona e apontando o indicador para o youkai branco.

— Da pimenta, oras… De que mais seria? — fingiu inocência, terminando de vestir-se. — Dizem que comida espanhola é bem… Picante. — aplicou perfume e desodorante, colocando um relógio em seu pulso e ajeitando a gola da camiseta polo em seguida.

— Hunf! — pisando duro, Yuka saiu da suíte.

            O Inu-youkai sorriu minimamente, planejando eventuais momentos de sedução, porém, ele nem imaginava o que sua querida humana tinha em mente.

 

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Notas Finais


Peço perdão se passara muitos erros!

Mil beijinhos, mil abracinhos e espero atualizar bem rapidinho!!!

Muito Obrigada!!!


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