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História Meu tormento... Meu sonho - Um futuro inexistente


Escrita por: Azumy_18

Capítulo 87 - Um futuro inexistente


Fanfic / Fanfiction Meu tormento... Meu sonho - Um futuro inexistente

[...] trocaram carinhos ate adormecerem. [...]

Logo pela manhã, a chuva ainda caía lenta e calma, o frio estava em todo o lugar, preenchendo o quarto, e fazendo Azumy se enrolar ainda mais no lençol. Sasuke havia acordado cedo, tomado banho e beliscou alguma coisa, deixou uma bandeja em cima do criado e sentou ao lado da ruiva, ficou olhando- a por um momento, ela estava deitada de lado e dormia profundamente, ele tirou uma pequena mecha do rosto dela e pôs atrás da orelha. Pousou uma das mãos sobre o braço dela e curvou- se dando um leve beijo na testa da mesma:
- Está na hora de acordar – Sussurrou.
- Hmm – Remexeu na cama.
- Levanta – Olhou para ela com um sorriso meigo.
- Hmm
- Vamos preguiçosa – Deu outro leve beijo na bochecha.
- Hmm
- Não quer levantar?
Ela balançou a cabeça negando:
- Há! Há! Há! Ainda está chovendo
Azumy puxou o lençol e enterrou no pescoço. Sasuke soltou uma risada nasal tão serena que serviu como um despertar para ela:
- Você precisa acordar
- Não quero
- Mas precisa
- Deixa eu dormir
- Eu deixaria, mas quero que venha dar uma volta comigo – Olhava para ela de forma carinhosa, sempre falando baixo em tom de melodia.
- Nessa chuva? É muito cedo
- Nem tanto – Beijou novamente a testa dela – Vem, levanta.
- Hmm – Resmungou.
- Há! Há! Há! Eu poderia passar a manhã toda olhando você toda enrolada nessa cama e resmungando
Ela abriu um dos olhos, e aquele tom verde estava brilhante:
- Ah! Olha só, ela já abriu um dos olhos, falta o outro
- Está bem já que me acordou – Abriu o outro olho e se ajeitou na cama, ficando de peito para cima.
Sasuke apenas a observava com um sorriso encantador:
- Está com fome?
- Estou sim, como sempre
- Verdade – Riu – Eu trouxe seu café – Apontou para bandeja em cima do criado.
- Você... – Olhou para o lado apoiando- se nos cotovelos – Você que fez? – Ficou sentada.  
- Não, sabe que não sou bom na cozinha, eu fui à cidade comprar
- Oh! Você acordou cedo pra isso? – Jogou a cabeça para o lado.
- É, mas eu acordo cedo todo dia, então só uni o útil ao agradável
- Que fofinho – Segurou o rosto dele entre as mãos e o puxou dando- lhe um selinho.
- Acho que tem tudo o que você gosta
- Deixa eu ver – Pegou a bandeja e pôs sobre a cama.
Sasuke olhava cada movimento que ela fazia:
- Bom ta faltando o açúcar
- Já vem adoçado
- Ah ta – Olhou para a bandeja – Mas ainda falta uma coisa.
- O que?
- Um cobertor eu to morrendo de frio
- Há! Há! Há! Há! Eu vou pegar – Sasuke se levantou e foi assim que Azumy notou que ele estava apenas vestido com uma calça moletom, e pés descalços, exibindo seu lindo físico. Nossa como ele estava sexy, ela parou de respirar por alguns segundos quando o viu daquele jeito. Ele voltou e entregou a ela o moletom e rapidamente o vestiu – O que foi? – Sasuke perguntou quando ela não parava de olha- lo.
- Sabia que você ta um gato vestido assim?!
- Eu estou?! – Olhou para baixo se autoanalisando.
- Demais, e como diria a Yume num momento como esse, você está muito gostoso
- Uau obrigado pela sinceridade – Riu descompassadamente.
- De nada – Riu junto.
- Agora trate de comer, antes que eu me arrependa de ter te acordado cedo para caminhar comigo e não para fazer outra coisa
- Hmmm! É uma resposta tentadora, a gente pode resolver isso – Mordeu a lateral de seu lábio.
- Azumy, Azumy – Advertiu – Não me provoca.
- Não to provocando, eu estou chamando e dando a solução de seu problema
- Há! Há! Há! Você não tem jeito mesmo, mas eu sinto muito, terei de recusar, mesmo sendo contra meus princípios masculinos eu vou ter que deixar para outra hora, e quero que tome seu café para podermos caminhar
- Hunf! Tudo bem, levei um fora de manhã cedo e antes do café – Pegou um pedaço do pão e comeu.
- Eu não disse não, mas sim que vamos resolver isso outra hora. Acha mesmo que deixaria essa oportunidade passar assim?! – Sorriu sedutoramente. Esticou- se e deu um selinho rápido na ruiva e ficou de pé – Enquanto você come, eu vou me vestir.
- Gosto de você assim – Comeu outro pedaço de pão.
- E vai gostar quando eu andar na rua desse jeito e outras meninas me olharem? – Abriu os braços olhando- a.
- Calça, camisa, jaqueta e tênis – Respondeu.
- Há! Há! Há! Você que manda – Seguiu ate o guarda roupa – Prometo ficar assim quando estivermos a sós.
- Eu vou cobrar
- Certo
Enquanto ele escolhia a roupa, ela tomava aquele delicioso e bem preparado café, e tendo a melhor visão de todas, Sasuke se trocando e agindo como um adolescente.
A manhã continuava fria e calada, mas acompanhada dos sons dos pássaros e das folhas balançando. Sasuke e Azumy andavam de mãos dadas pelas ruas da cidade enquanto aos poucos os moradores surgiam abrindo seus comércios, jogando a poeira de casa para a rua, pais levando seus filhos cedo para a escola. Andaram mais um pouco e sentaram um banco da praça e ficaram observando o movimento apressado e lento das pessoas. A atenção de Sasuke foi desviada ate um casal de jovens empurrando um carrinho de bebê. Eles se sentaram em um dos bancos pouco mais a frente, e a mãe pegou o neném no colo e ficou brincando com sua mãozinha, enquanto o pai fazia careta tentando arrancar alguns sorrisos da criança, e com grande esforço conseguiu. O moreno olhava fixamente aquela cena, e sem perceber fazia carinho na mão de Azumy; a mesma achou estranha a situação, e o olhar atento de Sasuke, buscou o motivo e assim que viu suspirou triste. O moreno abaixou a cabeça e depois olhou para a ruiva:
- Azumy você pensa em ter filhos?
- Filhos? – Ficou surpresa com a pergunta – Eu não sei, talvez. Filho é um grande, e uma enorme responsabilidade, tem que pensar bastante antes de decidir coloca- lo no mundo.
- Você tem razão, tem que vir em uma família bem estruturada e pronta para receber uma criança
- Exatamente
- Mas você queria ter?
- Acho que sim, seria bom um bebê para cuidar, amar e ser retribuída por esse amor seria a última peça para completar minha vida
- E um filho meu? Você queria ter? Se eu fosse o pai, o que acharia?
Azumy engoliu em seco, e não sabia o que responder. Será que realmente queria? Poderia ter um filho dele mesmo nas condições? Conseguiria aguentar? . Estava certa, não conseguiria gerar um filho dele em tal situação, mas sabia que no fundo sempre desejou isso, gerar uma criança do homem que ama:
- Eu adoraria – Sorriu ao responder piscando diversas vezes.
- De verdade?
- Claro
- Eu também adoraria que você me desse um filho – Segurou o rosto dela – Podemos começar a trabalhar nisso.
- Ah! Eu acho que ainda é muito cedo
- Por quê?
- Bom é um pouco obvio, estamos num grupo de renegados, estamos sempre nos mudando, indo de um lugar para outro, nunca tendo uma casa fixa, não temos uma vida tranquila e muito menos estabilizada, acha mesmo que seria uma boa ideia ter uma criança nessas condições?
- É você tem razão, eu estou me precipitando – Suspiro – Mas eu prometo que nós vamos mudar tudo isso, iremos encontrar um lugar bom para morar, assim como uma casa, vamos ter uma ótima vida, você vai ver – Ele falava com tanta certeza e alegria, que em vez de ficar feliz também, sentiu seu coração ficar pequeno, teve vontade de chorar e dizer toda a verdade a ele, que nunca poderiam ficar juntos, nem construir uma família, o segredo que ela esconde os impediria. Azumy estava destruída. Ela teve que forçar um sorriso para disfarçar sua magoa.
- É vamos sim – Suspirou. Sasuke a abraçou, e a mesma correspondeu apertando- o.
- Vamos ter um futuro
- Ah – Suspirou derrotada se esforçando para não deixar o choro surgir – Sasuke...
- O que?
- Eu... Eu preciso te contar uma coisa – Engoliu em seco, criando coragem para contar tudo.
- Contar o que?


 

Continua...



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