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História Meu ursinho de pelúcia - Despedida


Escrita por: PequenaCoisinha

Capítulo 21 - Despedida


Sai da casa do Allan, fui andando até chegar na minha praça, minha porque eu sempre usava essa praça para pensar na vida. Aliás, essa praça também tem várias orquídeas - minhas flores preferidas - E também, sempre tinha pássaros nas árvores cantando, no mínimo eu diria que era um lugar extremamente belo e calmo. 

Sentei num dos bancos da praça, e sorri ao ver um garotinho de aparentemente 4 anos brincar com um aviãozinho de brinquedo, ele ria e gritava para a mãe (que estava um pouco longe) que queria ser piloto de avião quando crescesse. 

Aquele garotinho tinha tanto para viver ainda, e o mesmo já tinha seus sonhos. Era admirável como crianças são tão descomplicadas, eu acabei me lembrando de quando eu era pequena. Eu era tão sonhadora. 

Eu não sabia o que queria para o meu futuro, aliás eu só me importava em  aproveitar os benefícios de ser uma criança enquanto a fase adulta não chegava. Eu vivia com um caderninho, no mesmo eu escrevia algumas histórias e tinha o sonho de ser uma escritora de livros renomada. Eu era uma criança que tinha o sonho de sentir o amor e entender o mesmo, até porque eu amava poesias românticas, porém eu nunca havia sentido o tal sentimento tão problemático  e praticamente indescritível.

Vejo que, pelo menos essa parte  de sentir o amor, eu já havia conseguido sentir. E sinceramente? O amor em sí é algo bom. Eu amava o Allan, e realmente, não sei nem o porque da complicação. 

Sabe?  No fundo, eu só quero que o Allan seja feliz, mesmo que a felicidade dele não seja comigo. E o amor é isso, querer ver o sorriso da pessoa amada, por mais que o motivo deste sorriso seja você. 

Peguei meu celular e comecei a digitar, expressar meus sentimentos por meio de palavras. 

" Sabe? Amar dói  e pode doer às vezes, mas ele também é uma droga, viciante e boa. Não sei porque complicamos tanto, deveríamos desde o início ter ligado para os nossos sentimentos. Não sei o que será de nós, mas... Saiba que você me proporcionou os melhores momentos e as melhores lembranças, agradeço por ter te conhecido. "

Quando acabei de digitar, me surpreendi por parecer uma despedida, mas na realidade era só o começo. Enviei a mensagem para o Allan, e então me levantei do banco da praça, me sentindo aliviada. 

Fui para casa em passos lentos, queria aproveitar ao máximo o vento refrescante sobre o rosto, o calor do sol aquecendo e a sensação de alívio. 

Quando cheguei na minha casa, me surpreendi com algumas malas na frente da minha casa. Poderia muito bem pensar que meus pais iriam fazer uma viagem passageira, mas pela quantidade de malas e também que em meio à elas, estavam as minhas malas.

Meu coração se apertou. 

Toda  aquela tranquilidade foi embora em menos de segundos. Entrei na minha casa, minha respiração estava começando a ficar rápida. Ví minha mãe sorrindo, vindo até mim. 

- Filha, conseguimos as passagens e vamos viajar hoje mesmo - Minha mãe disse alegre - Você queria tanto voltar para o Brasil, fiz o máximo pra isso, já fiz as suas malas e até  liguei pro seu colégio, só falta você se despedir daqui.

- Ah que bom mãe - Sorri fraco, tentando esconder o desespero. Quando finalmente eu criei amigos, senti que tinha um lugar nesse mundo. Eu vou embora. 

Não queria estragar a felicidade da minha mãe, porém estava infeliz. Estava prestes a deixar meu país, mais uma vez, pensei que nunca sentiria isso novamente, mas, lá estava eu me mudando novamente. Agora, ainda conseguia ser pior que as outras vezes, afinal, eram quatro anos construindo uma vida ali, quatro anos chamando aquele lugar de meu

- Você está feliz amor? - Perguntou a minha mãe. 

- Estou sim - Assenti e virei meu corpo em direção a porta, sai novamente e resolvi me sentar pela última vez no banco que havia no jardim da minha casa. 

Estava com vontade chorar, mas... Eu já estava chorando, mas por dentro. Uma tristeza me invadia ao olhar para a minha casa, a casa dos meus vizinhos e simplesmente saber que não os veria mais. 

Começou a chover, fiz questão de sentir cada gota de chuva em mim. Ficaria resfriada, mas e quem se importa? Só me importava com o fato de não poder abraçar a Camila, o Vinícius, o Vítor e... De sentir pela última vez os lábios do Allan. 

Aliás, é Allan, a baixinha que tanto te atormentou vai embora - Sorri em meio meus pensamentos - E você, o poste de luz, vai continuar nesta rua, neste mesmo lugar. 

No final aquela mensagem que mandei para o mesmo, acabou sendo uma declaração de despedida. Ah se eu soubesse que hoje seria meu último dia aqui, Allan, eu teria me esforçado  pelo menos... Pra sentir ter o teu amor, nem que seja por segundos. 

Meus pais saíram de casa, nossa casa seria alugada ainda com os móveis  para outras pessoas. Pegamos as malas e entramos no carro, em direção ao aeroporto. Olhei de soslaio pela janela, vendo com certa dificuldade - Devido à chuva - a casa do Allan. 

Vou sentir falta disto.

Allan on

- Nossa Vinícius - Disse ao ouvir o mesmo elogiar e ao mesmo tempo reclamar da Camila - Vocês vão acabar ficando juntos, você só pensa nela. 

- E você só pensa na Alícia - Ele disse enquanto andávamos de volta para a minha casa - Você é tão idiota.

- Eu? - O olhei - Você vai dormir na minha casa, e ainda eu sou idiota? Pelo menos eu não fico irritando a garota que eu gosto pra chamar a atenção dela como você faz. 

- Sim, você é o idiota aqui, cara, pelo menos eu estou de certa forma tentando fazer com que a Camy goste de mim, porque ela é tão complexa que nem sei se sente sentimentos. Agora, olha pra você. A Alícia te ama e você fica aí, você nem demonstra para a mesma o que sente. 

- Eu tento - Olhei para baixo. 

- Se você continuar só na tentativa, vai acabar perdendo ela. Olha, a Alícia ama você. Porém, ela é uma garota linda, divertida, compreensível e principalmente ela não é só um rostinho bonito, ela é inteligente. 

- Onde quer chegar? 

- Que há diversos caras que sonham em ter alguém como ela, e você tem essa oportunidade e desperdiça. Você vai realmente precisar perder a mesma para dar valor? 

Aquilo mexeu comigo. Vinícius tinha razão, por mais que eu não queria admitir, ele estava certo. 

Continuamos o caminho em silêncio e a chuva estava calma, o que me causava tanta tranquilidade que pensei em correr, bater na casa da Alícia, puxar a mesma e a beijar. Fazer cócegas e ver o sorriso da mesma e então - Seguindo o conselho do Vinicius - Me declarar para ela. 

~*~

Já havíamos chegado em casa e eu estava sentado em frente a janela. Preocupado, muito preocupado aliás. Afinal já era noite e desde cedo eu não via a Alícia, quando cheguei do colégio fiz questão de ir na casa dela, pelo menos para contar sobre o meu dia. 

Porém, a mesma não estava e aparentemente a família não se encontrava presente - Pois mesmo tocando a campainha ninguém me atendeu. 

Olhei meu celular, rolei a tela do mesmo até achar algo importante. Até que foquei numa mensagem, era da Alícia, de algumas horas atrás. 

AlíciaSabe? Amar dói  e pode doer às vezes, mas ele também é uma droga, viciante e boa. Não sei porque complicamos tanto, deveríamos desde o início ter ligado para os nossos sentimentos. Não sei o que será de nós, mas... Saiba que você me proporcionou os melhores momentos e as melhores lembranças, agradeço por ter te conhecido. 

Ah Alícia, sempre tão doce e amável. É garota, você também é, e vai ser sempre, minha melhor lembrança. Porém aquela mensagem conseguiu me preocupar. Parecia uma despedida. 

Você vai realmente precisar perder a mesma para dar valor? 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Capítulo grande pra compensar a demora da postagem. Aliás, oi amores. ≧﹏≦
Gente, o que vocês acharam? Eu adoro comentários e no último capítulo, eu recebi muito apoio.
Obrigado por isso, amo vocês.


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