História Midnight Memories - Pesadelos

London – 2014 – Quinta–feira – 03h13min da
manhã
Acordei de madrugada, eu estava com o corpo
todo doido. Logo me veio à mente o que tinha
acontecido à noite. E eu que pensava que era
um pesadelo. Eu estava na cama coberta, deve
ter sido aquele velho desgraçado que pra tentar
aliviar a culpa dele, me cobriu com um lençol.
Exausta levantei da cama e fui tomar um banho.
Mal conseguia me banhar, as feridas que a
corda tinha feito em mim estavam ardendo de
mais. Nem sei se iria aguentar ir pra escola no
outro dia.
Quando terminei de tomar banho, vestir minha
roupa tomei um remédio pra dor, e fui dormi.
(...)
Acordei as 05h20min. E de jeito nenhum que eu
iria pra escola, meu corpo estava muito quente,
eu estava toda doida. Minha vó apareceu no
quarto. Eu me cobrir rápido, pra ela não ver ar
marcas no meu corpo.
- bom dia meu anjo! Você esta melhor? Nem
acreditei quando o Richard me contou!
- o que meu avô contou a senhora?
- o que aconteceu ontem com você
- O QUE? Ele contou?
- sim. Eu lamento muito, não sei como você foi
ser assaltada num condomínio desses. E ainda te
bateram e ninguém viu!
- assaltada? Mas... Já entendi
- entendeu o que?
- nada vó. É eu não estou com disposição
alguma pra ir a escola, e posso ficar em casa,
só hoje, eu juro.
- claro meu anjo, eu já liguei para a escola
dizendo o que ouve com você. E disse que você
só vai pra escola quando se sentir melhor e
essas marcas saírem do se corpo. Ai. Agradeço a
Deus pelo seu avô ter te achado na rua, porque
se não, nem sei como você viria pra casa depois
de ter apanhado tanto. Ainda bem que só te
bateram, não fizeram... Ai esquece.
- é me lembra de agradecer ao Richard, não sei
o que seria de mim sem ele.
- mas me deixe ver o que ele fez em você. – eu
fiquei no mesmo lugar – vamos Kássia, não
tenha vergonha, deixe-me ver - Levantei da
cama e tirei o lençol do corpo – meu Deus, o
que fizeram com você? Como o que te bateram?
- com uma corda fina.
- meu Deus. Descanse meu anjo. Eu vou trazer
seu café da manhã e um remédio pra você. –
ele saiu só quarto.
Deitei-me na cama e me cobri. Não era possível
que ele poderia ser tão cara de pau a ponto de
inventar uma historia dessa. Eu tinha pena da
minha vó, ele acreditava cegamente no Richard.
Ele não passava de um imundo. Eu queria poder
contar tudo pra minha vó, mas nos éramos
sustentadas por ele, se eu contasse era bem
capaz de ele expulsar eu e minha vó de casa, e
não tínhamos para onde ir. Eu queria que de
algum modo ele pagasse por tudo que ele estava
fazendo, que essa historia toda acabasse de uma
vez.
A porta do quarto se abriu, eu pensei que era a
minha vó.
Mas não era. Era o Richard.