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História Minha nova história. - Flor De Cerejeira


Escrita por: Gabriel_Toligado

Capítulo 6 - Flor De Cerejeira


-Kagamine-san? É um prazer conhece-lo. Eu serei responsável por cuidar das suas necessidades e desejos e do seu cronograma durante a viagem. Qualquer coisa que não o agradar pode falar comigo e comunicarei a gerência urgentemente, espero que possamos nos dar bem. –Falou a Gumi, vestindo um terno feminino e uma saia, os dois no mesmo tom verde escuro, salto alto, meia-calça, e estava com o cabelo preso num coque atrás e usando seus óculos que supostamente, eram apenas pra leitura.

Pisquei duas vezes. Depois olhei pra Rin. Ela estava sem reação que nem eu. Piscamos um de frente pro outro e então olhamos pra Gumi de novo. Apertei uma bochecha dela e a Rin fez o mesmo, enquanto ela começou a reclamar, pedindo pra pararmos.

***

Tínhamos acabado de chegar ao hotel onde começaria a “turnê”, não tenho certeza se posso chamar assim, de autógrafos pela rede de Bibliotecas. Sim, minha Onee-chan acabou vindo como minha acompanhante, porém um pouco disfarçada. E com isso quero dizer que ela estava usando um moletom para cobrir o cabelo e óculos escuros para cobrir o rosto. O motivo era que se tirassem alguma foto de nós juntos e meu pai visse, ele não saberia que era a Rin, e sim alguma garota “misteriosa”.

Mas ficamos sem reação quando vimos a Gumi. Pela história dela, ela tinha um informante que devia a ela e a esse informante devia uma pessoa que trabalhava para um dos responsáveis da turnê e que recomendou a Gumi para esse trabalho pra pagar a divida com o cara que tinha um divida com a Gumi, que pagou a sua divida com ela dessa forma.  É. Confuso.

Ela disse que ofereceu o mesmo para Miku, mas que ela não podia por que tinha que estudar mais para as provas restantes (ela estava a um triz de reprovar, enquanto a Gumi se garantia em fazer a segunda chamada).

***

No quarto do hotel tinha duas camas e um sofá. Não ficaríamos nele a noite, já que depois da sessão de fotos pegaríamos um trem para a próxima cidade, e lá sim iriamos dormir. O Hotel era apenas para reunir as pessoas envolvidas. Fiquei sabendo um pouco depois pela Meiko que mais uns quatro escritores iriam participar. Todos eles eram muito bons, e sinto que eles têm certa rivalidade comigo.

Mas eu não ligava. Não estava ali para competir, e sim para agradar meu público. E falando de público... Lembrei-me de um post no blog da Gumi. Foi uma espécie de pesquisa e chegaram à conclusão que, não levando em consideração a popularidade dos autores, mas sim vários outros fatores (como a popularidade em relação à quantidade de obras publicas, venda de livros e alguns outros técnicos de mais para que eu lembrasse), tinha-se um Top três engraçado.

Nele, eu já estava em primeiro lugar. Seguido pela “Unnamed Blonde”, e por fim outra autora, que assinava por “Sakura no Hana”, ou seja, Flor de Cerejeira. Eu tinha lido algumas de suas obras. Ela escrevia histórias de terror e suspense. Era algo incrível. Não gosto de lembrar isto, mas uma vez, lendo uma de suas obras, eu quase tive um ataque de pânico com o som de um gato que invadiu o condomínio e ficava miando e caminhando pelos parapeitos (tinha uma cena parecida no livro).

E agora que penso sobre isso, seria a primeira sessão de autógrafos dela. Pergunto-me se ela está nervosa... Claro que não. Seu jeito de escrever e a sua escolha de temas... Creio que não. Ela parece ser madura de mais para isso.

No momento seguinte, alguém bateu na porta. Gumi estranhou. Faltava ainda meia hora pra termos que sair dali, de acordo com o cronograma.

-Talvez eles tenham que mudar algo e estam vindo avisar pessoalmente. –Rin sugeriu, enquanto concordamos com a ideia com a cabeça e a “responsável por nosso cronograma” foi abrir a porta.

Porém, me levantei e fui com ela, não sei direito por que, foi só um extinto. Gumi abriu a porta e apareceu  bem na nossa frente uma fada. É a melhor forma que tenho para explicar.

Ela era pequena, acho que um pouco menor que a Rin. Sua pele era extremamente branca e parecia delicada. Vestia um vestido estampado, mas não reparei muito nisso no momento. Segurava, tampando uma parte do seu rosto, um exemplar de um livro meu, mas sem muito sucesso, de forma que consegui perceber os perfeitos e belos traços de sua face. Seu rosto todo parecia delicado e feito sobre extrema medida e cautela. Talvez não seja uma fada, mas sim um anjo, que deus moldou do barro com extrema cautela, mas se esqueceu das asas. Por fim, seu cabelo. Era grande, liso, extremamente bem penteado e passava um pouco da sua cintura, sendo da cor das cerejeiras.

Demorei pra perceber que atrás dela, um homem um pouco mais alto que eu, vestindo terno e gravata, com o cabelo roxo e preso num longo rabo de cavalo, até metade das suas costas, segurava nos ombros dela enquanto sorria gentilmente para ela. Ficamos assim por um tempo, até que ele falou, não para nós, mas para a “fada”.

-Vamos, fale com ele. -Ela corou de leve e virou o rosto bem para mim, falando numa voz muito baixa.

-K-Kagamine-san? –Fiquei sem reação e demorei alguns segundos e um tapa no braço, que Gumi deu em mim, para responder.

-Hã... Sim.  –Falei e ela estendeu o livro.

-S-Sou uma gran-grande fã sua. S-Sei que a s-sessão de autógrafos não começou, m-mas poderia d-dar-me um m-mesmo assim? –Falou enquanto corava mais ainda, tremendo de leve.

-Hãa... Claro. –Respondi franzindo a testa e sem entender direito o que estava acontecendo, pegando o livro e o abrindo, enquanto o homem me oferecia uma caneta. –Hã... Assino para quem? –Falei, voltando a olhar para ela e percebi  que apesar de vermelha, ela sorria.

-Flor de cerejeira. –Falou e fiz que sim, assinando e oferecendo pra ela. Depois que ela pegou, fiquei alguns segundos totalmente congelado, até que eu me toquei ao que ela estava se referindo.

-O QUE?! –Gritei, fazendo-a se assustar e se virar, se abraçando no homem, que logo a abraçou de volta e começou a lhe afagar a cabeça para acalma-la.

***

Kamui-san, o homem de terno, explicou tudo para nós, depois que o convidamos a entrar. Rin e Eu estávamos sentados numa cama, a Gumi na outra e Kamui Gakupo, e Megurine Luka, também conhecida como Flor de Cerejeira, sentavam no sofá.

Megurine Luka era mais velha que eu. Tinha vinte e um. Porém tinha sofrido bastante na mão do pai, que era alcoólatra. Ele foi preso quando matou a mãe dela, enquanto estava bêbado, e ela parou no orfanato. Ela desenvolveu um bloqueio dessas memórias e uma das consequências disso é ela se manter tão... Infantil.  Tão imatura. Por outro lado, os livros tem sido sua válvula de escape da sua mente.

Ela foi adotada por um casal de psiquiatras, quando o orfanato levou-a para fazer alguns testes, e foi com eles que ela começou a escrever e mostrar esse seu “dom”. Kamui era também um dos afiliados desse mesmo casal, e acabou se tornando o agente da Megurine-san.

Enquanto ele falava tudo isso, Gumi se mostrava totalmente afetada, Rin não demonstrava reação e eu rangia os dentes enquanto não mostrava emoção. Um detalhe engraçado? Gakupo falou tudo isso enquanto tapava os ouvidos da Luka com um dedo cada, e ela fazia uma expressão de curiosa, como se realmente aquilo bastasse pra ela não ouvir. Mais um bloqueio do cérebro talvez...?

Ele terminou, tirou os dedos dali e continuou.

-E Luka-san é uma grande fã sua, e por isso ela quis vir pegar um autógrafo com você logo, já que durante a tarde ela também vai trabalhar duro nisso, não é Luka? –Ele falou e começou a afagar o cabelo dela, que começou a fazer sim com a cabeça, com um olhar determinado, enquanto ao mesmo tempo parecia distraída com o carinho.

Sorri, fraco, e fiz sinal pra Luka vir até mim. Ela hesitou, olhou para o Gakupo e ele consentiu com a cabeça, e logo ela se levantou, andando até minha direção. Coloquei então de vagar, pra ela não se assustar, a mão na sua cabeça e aproximei um pouco meu rosto pra não ter que falar muito alto.

-Então você gosta do trabalho do Onii-san? –Falei e logo ela fez que sim com a cabeça. –E queria vir ver ele? –Ela fez de novo sim, mais animada. –Onii-san fica muito feliz com isso viu? Ele também é um grande fã seu, sabia? –Falei e ela fez que não com a cabeça, corando. Sorri mais. –Tem mais algo que o Onii-san possa fazer por você? Algo que queira? –Perguntei e ela hesitou. Depois se soltou de mim e foi correndo para o Gakupo e falou algo na orelha dele. Ele riu a abraçou e fez que sim com a cabeça, e então ela sorriu corada e voltou correndo pra mim, porém ficando hesitante no caminho e andando lentamente. –E então, tem mais algo?

-P-Podemos... F-Ficar com o Onii-san d-durante a turnê? –Ela perguntou, envergonhada e fiquei surpreso, mas não muito. Fiz de novo carinho na sua cabeça, olhei para o Gakupo pra confirmar se realmente estava tudo bem e ele acenou. Olhei de novo para Luka e falei sorrindo.

-Vai ser um prazer. –E o rosto animado que ela fez em seguir, quase me fez chorar. 



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