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História Minha profissão, meu coração - Quebrada


Escrita por: KushinaL

Notas do Autor


Oi gente...
:D
Cap novo!
A brincadeira acabou-se, viu?
Agora começa a parte difícil pra mim...
Vou pegar os "candidatos" e fazer uma triagem!
EU aviso quem ganhar no fim do mês(eu acho)
Vou demorar pra postar o próximo, sorry...
Mas é época de provas na facul.. AINDA!
Bom, sobre ESSE CAP:
ESSE É O MUITO ESPERADO!

Pq a Hina ficou assim?
Bom, lembrem-se da situ toda com o Naruto e com a Sakura, e add isso com o que acontece NESSE CAPÍTULO!
Lembrem-se, ela tb está assim por causa do NARUTO E DA SAKURA(vadia.. fiu*)
Bom, é isso...

Capítulo 9 - Quebrada


Era um dia lindo de primavera. As flores brancas do jardim estavam desabrochando e eu sentia seu perfume.

As sensações estavam me distraindo dos estudos... Anatomia era complicado, e eu só pensava em olhar o brilho das cores e sua fragrância.

Peguei o Sobotta e me deitei no balanço, fechei os olhos tentando achar coragem pra me concentrar na matéria. A prova final seria em uma semana.

Kurenai: Senhorita Hyuuga? Hiashi-sama lhe está chamando.

Bom, parece que o mundo não queria que eu estudasse... Levei meu caderno e livros para dentro de casa.

Quando entrei em seu escritório, senti algo girar no meu estômago. Uma sensação de perda e dor intensa, os olhos do meu pai eram como os de uma criança perdida. Ele, o meu esteio, tinha perdido a esperança.

Não tinha visto aquele olhar desde... Bem, há muitos anos atrás, quando não sabia o que “perda” significava...

Hiashi: Musume... Sente aqui um pouco com seu otousan. Tem algo que eu preciso dizer...

Só sentia medo e apreensão. Eu queria perguntar, mas algo bem fundo me dizia que deveria sair correndo dali.

Meu pai estava me olhando quase em total desespero. Ele precisava de mim como um dia eu precisei dele. Não poderia faltar.

Hinata: O que aconteceu?

Um suspiro enquanto colocava a cabeça entre as mãos. A visão do desespero, como um quadro expressionista, tão frágil...

Hiashi: Ele tem leucemia. – Um fio de voz, mas suficiente para fazer meu coração apertar.

Hinata: Quem?

Hiashi: Seu ojisan...

Um silêncio mortal tomou conta da sala, eu arfei e senti meus olhos se encherem de lágrimas...

Haviam poucas pessoas na família que eu amava de verdade... Kurenai, meu otousan, Neji-kun, Hanabi, Koh (quase um irmão pra mim) e meu ojisan...

Nesses anos em que fiquei aqui, Hizashi-sama e eu éramos tão unidos. Ele me ajudava a lidar com o gênio do meu otousan, me incentivou a cursar dois anos da faculdade de artes e a me conectar comigo mesma numa época sombria em que eu me achava um lixo. Lembro de todas as
vezes em que fiquei feliz por finalmente ter uma família completa.

E agora ele...

Ele estava morrendo?

Hiashi: Está tudo muito avançado... O médico disse que podemos tentar o transplante de medula óssea, mas disse que...

Comecei a chorar. Era tudo tão injusto! Logo quando eu tinha tudo que queria. A faculdade, o namorado...

Hinata: Neji! – Gritei com a minha voz rouca pelas lágrimas. – Ele já sabe disso?

Hiashi: Sim. Estávamos os dois com Hizashi quando ele disse...

Hinata: E-eu preciso ir! Preciso falar com o Neji-kun.

Meu pai fez menção de me segurar, mas ele sabia que eu precisava lidar com aquilo do meu jeito. Corri para o jardim.

Agora o dia lindo parecia rir da minha dor como se não importasse ao mundo meu sofrimento, o sofrimento dos que eu amo. Como se a vida do meu Ojisan fosse apenas outra centelha dispensável qualquer, e o dia continuaria lindo, e o mundo continuaria sem ele...

As lágrimas jorravam pelo meu rosto, e com alguma sorte eu cheguei ao meu destino sem tropeçar.

Subi as escadas direto para o quarto de porta branca. Abri com força, ouvindo o barulho da madeira na parede.

Neji estava sentado na cadeira marrom. O olhar fixo na parede, mas parecia que ele não via nada.

Quando corri para abraçá-lo, não senti seus braços me envolvendo, foi como se ele estivesse morto, frio...




Cinco meses depois:


Estava na casa do Neji, mais uma vez meu pai tinha me pedido para ver se ele estava bem, mais uma vez ele não estava em casa, mais uma vez liguei pro celular do Lee...

Lee: Oi, Hinata. Ele tá aqui comigo...

Hinata: Ainda bem... Eu já estava preocupada. De novo...

Lee: Ele está bêbado, você sabe né?

Hinata: Esperava... – Bufei baixo. – Que... QUE MERDA! EU CANSEI DISSO! Onde vocês estão?

Lee: Estamos naquele pub que a gente vem semp...

Hinata: To indo aí!

Quando cheguei ele estava jogado por cima da mesa, completamente bêbado como sempre...

Com a ajuda do Lee eu o levei para meu carro.

Neji: Mee deixaaaaa beber, Hinatinhaaaaa...

Hinata: Eu vou levar você pra casa e a gente vai ter uma conversa séria!

Quando chegamos carreguei até o banheiro com a ajuda do empregado, joguei dentro da banheira e deixei a água cair pra ver se tirava um pouco do álcool daquela cabeça.

Saí dali e fiquei andando em círculos pelo quarto...

Eu não sei o que nós éramos mais... Ele não me tratava do mesmo jeito, não era mais a pessoa meiga e carinhosa de sempre, exceto quando estava bêbado. Quando não estava embriagado, estava frio. Eu me sentia tão sozinha depois que o ojisan morreu, ele não me cconsolava e nem me deixava consolá-lo...

Ouvi um barulho de vômito e corri pro banheiro pra ajudar.

Neji: Sai daqui, Hinata! Não precisa ver esse tipo de... – Interrompido por um vômito.

Hinata: Você quer que eu veja isso acontecendo com você e não faça nada?

Ele me olhou com uma cara cansada, como se eu fosse uma criança. Aquilo doeu fundo.

Hinata: PORRA, NEJI, O QUE VOCÊ QUER DE MIM? EU TE AMO E VOCÊ ESTÁ SE AFUNDANDO NISSO QUE VOCÊ CHAMA DE VIDA! EU... – Comecei a chorar e me ajoelhei no chão. – Eu simplesmente não posso mais ver você se depreciando assim!

Chorava desconsoladamente, soluçava alto e molhava o chão do banheiro. Acho que se passou uma hora, e eu me acalmei.

Neji: Quero que você vá embora.

O silencio fora subitamente cortado pela voz fria. Eu olhei seu rosto, ele estava sério.

Neji: Vai embora, Hinata. Vai e não volta mais. Não me ligue, não venha ver se eu estou bem, não se preocupe mais comigo. Vá embora e não volte mais...

Senti como se algo tivesse sugando tudo dentro de mim, meus órgãos, meus sentimentos, minha vida...




Dois meses depois:


Hinata: UHUWL!

Passei voando pela linha de chegada. Cada dia estava ficando mais rápida!

Quando abri a porta, Kiba estava me olhando com uma cara de reprovação.

Kiba: Hinata! Você ficou completamente louca?

Hinata: Muito louca!

Abracei meu amigo forte, estava muito elétrica por causa da corrida.

Kiba: Não me venha com abraços! Você poderia ter morrido naquela curva! Por que jogou o carro em cima dele?

Hinata: Ele ia me ultrapassar, e eu tinha que ganhar!

Kiba: MAS VOCÊ TINHA O NITROX! Você ia ganhar de qualquer jeito!

Hinata: Mas eu não queria gastar...

Kiba: MENTIRA, HINA! Você tem que parar de fazer isso... Se arriscar assim não vai trazer seu tio ou o Neji de volta!

Ele tinha tocado na ferida...

Senti meus olhos encherem de lágrimas e pisquei as sentindo descendo pelo meu rosto. Logo braços quentes estavam me abraçando.

Kiba: Me desculpe. Eu sei que não deveria ter falado isso... Calma, Hina, calma...

Abracei ele e continuei chorando em seu ombro. Ele era meu melhor amigo já fazia três anos. Ele me conhecia melhor que minha irmã, e se importava comigo mais do que o N... Bem, que ‘ele’...

Kiba: Tudo vai ficar bem... Ele vai voltar a si e superar, e você também. Só não deve jogar tudo isso nas corridas... É perigoso... Não quero te perder por causa de uma imprudência tola ou raiva.

Eu não queria que ele me dissesse aquilo. Queria que ele me fizesse voltar no tempo, porque achar que tudo daria certo não tirava aquela dor. Eu quis ser má com ele.

Hinata: Você fala isso porque não é tão bom quanto eu, e isso te dá inveja.

Ele me soltou, agora EU tinha tocado num ponto fraco.

Quando o conheci ele corria, mas a família dele teve alguns problemas financeiros e ele teve que vender o carro. Não poder competir feria seu orgulho, e eu sabia disso. Sabia que ele era bom, talvez tanto quanto eu, mas a impossibilidade de provar isso o deixava magoado.

Kiba: Você ter dinheiro para pagar um carrinho legal como esse não quer dizer que é melhor que eu...

Hinata: Como se você pudesse ganhar mesmo que tivesse...

Kiba: Me dá as chaves do seu carro.

Eu gelei. Aquilo tinha ido longe demais... Ele nunca tinha dirigido meu carro, ele tinha o manejo dele nas curvas e fazia muito tempo que ele não corria. Senti meu estômago girar.

Hinata: Kiba-kun, não. – Eu disse assustada. – Você nunca pegou nele, é perigoso!

Kiba: Me dá as chaves, eu vou entrar na próxima corrida!

Hinata: Não, Kiba! – Falei firme. – Desculpa se eu disse aquilo com você, eu só estava tentando te fazer sentir mal. Eu não estou bem, não precisa me perdoar, só não dirija de cabeça-quente! – Pedi.

Ele roubou as chaves da minha mão. O olhar dele era frio.

Kiba: Você não vê, não é? Eu te amo, merda! – Me olhou fixo nos olhos. – Eu faria qualquer coisa pra te provar que eu mereço você tanto quanto... ‘Ele’... Vou ganhar essa corrida e você vai perceber isso...

Aquilo me surpreendeu. Ele me amava? Não consegui me mover até que ele entrou no carro e deu a partida, então eu corri para a janela.

Hinata: Kiba, por favor, não faça isso. – Implorei. – Se você me ama, não faça isso!

Toda aquela situação, o aperto estranho na barriga como naquele dia no escritório, eu sabia que ia acontecer algo de novo.

Ele se virou e me roubou um beijo. Eu sabia agora que ele me amava. Ninguém dava um beijo daqueles sem amor...

Kiba: E quando eu ganhar, isso – e apontou para a tatuagem de três estrelas na minha nuca. – não vai importar mais...

Tentei segurá-lo, mas ele saiu à toda.

No começo da corrida ele se saiu bem, mas na curva ele perdeu o controle do carro. Na hora meu coração, já quase morto, falhou por alguns segundos. Vi meu carro capotar e Kiba ser jogado em várias direções dentro dele. Depois só o sangue no pára-brisa, descendo pelo vidro, vermelho, diferente de tudo que eu sentia agora, um vazio no lugar do coração...

Hinata: KIBAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...!

Minha visão escureceu...




Um mês depois:


Cheguei da faculdade e fui direto para a cozinha para minha rotina silenciosa.

Faculdade, almoço, quarto, faculdade, jantar, quarto.

Quando passei pela porta do escritório escutei uma discussão.

Hanabi: Não pode fazer isso com ela!

Hiashi: Hanabi, eu sei o que é melhor para a sua irmã!

Hanabi: Mas ela vai perder tudo que tem aqui!

Hiashi: Filha, você não percebe que ela já abriu mão? Só pensa na faculdade, o carro voltou há uma semana e nem o tocou, continua indo de carona comigo. Ela precisa voltar, isso está fazendo mal a ela!

Hanabi: Mas e os amigos dela? E a faculdade?

Hiashi: O maior amigo dela ela... Você sabe... E com os outros ela nem se importa mais... Eu já pedi a transferência e me ligaram hoje dizendo que foi aceita. E você pode estudar no seu antigo colégio...

Hanabi: Não ligo pra mim... Só não quero que piore pai...

Ouvi soluços agudos. Minha irmã estava chorando por minha causa... Que merda de irmã que eu era. Tudo em que eu tocava virava pó...

Hiashi: Será melhor pra ela mudar de ares... E também para Neji...

Hanabi: Ele também está péssimo, só não está pior que ela, agora que terminou o curso, não sei o que fará...

Hiashi: Eu o colocarei para trabalhar na empresa de Tóquio porque poderei supervisioná-lo. Koh ficará aqui cuidando...

Subi andando devagar para o meu quarto. Tanto fazia onde eu estava. Aquela cidade estava manchada de sangue, e cada dia que eu via os lugares que me trouxeram felicidade me dava angústia, dor e sofrimento...

Não amava Tóquio, ela também me trazia tristes lembranças, mas como eu disse: Tanto faz...

Notas Finais


Bom, gente, foi isso...
Esse foi o capítulo mais triste que eu já escrevi...
Espero que gostem(de um jeito não sadista)
Bom..,
A música foi: Smells like teen spirit - Nirvana, You and me - Lifehouse e Something Beautifull - needtobreath
Comentem, favoritem, divulguem, etc e talz!
Bom, foi isso!
Bjoz
Bai bai


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