História Blood for Revenge (Reescrevendo) - Minha nova casa...

Algumas coisas na vida não tem preço,  mas muitas tem troco. 

Havia acordado sufocada, com o ar esgotado naquele ambiente claustrofóbico, recuperei os sentidos quando percebi que fui enterrada viva... minha vida realmente é magnifica. Nem pra morrer eu servi. —Desesperada, comecei nunca tentativa possivelmente falha de sair dali, arrebentando meus dedos enquanto cavava sem sequer saber se aquilo daria certo. Quando percebo que luz havia adentrado aquele pedaço de terra, e finalmente senti minha mão do lado de fora. —Suspirei vitoriosa, e tentei me mexer. Sentindo uma dor indescritível no meu quadril, gemi com a dor e continuei tentando, com aquela sensação agonizante em que me encontrava. Metade do meu corpo já estava para fora, agora só preciso sair. —Coloquei força nos braços e me joguei na terra próxima ao buraco em que me enfiaram.

Eu estava toda dolorida e ainda estava completamente nua. Ao que parecia eu estava em uma avenida, e creio que essa hora não deve estar movimentada. —Eu poderia ter continuado ali, sufocando até morrer, mas eu preciso viver, até me certificar que eles sofram tanto quanto eu.

Vou rastejando até chegar na avenida. E como pensei, não estava mesmo movimentada. Eu parecia uma maluca andando no meio da estrada completamente nua, mas assim que avistei uma cabana apressei meus passos, pois não queria passar pela mesma coisa de novo, eu tenho medo até do som das árvores. —Suspirei.

Após me certificar que não havia ninguém abro com dificuldade a porta da cabana que estava emperrada e entro, não tinha muita coisa, mas eu não me importava. Era temporário, eu só precisava descansar... —Olhei alguns panos no chão e um sofá rasgado e me cobri, deitando ali.

—Seja quem for, saia agora! —Ouvi uma voz rouca do lado de fora e era... era um homem. —Arregalei os olhos e levantei me escondendo atrás do sofá. E para a minha incrível sorte acabei pisando em falso, causando um barulho enorme naquela merda de piso antigo chamando a atenção do cara que entrou rapidamente na casa, cravando os olhos em mim.

Eu preciso fugir...

—Céus! O que aconteceu com você?  Te fizeram mal ? —Ele disse se agachando a minha frente, e a única coisa que eu fiz foi chorar.

Parece que é só isso que eu sei fazer...chorar.

Mas eu estava com medo, eu não quero que ele me machuque, mas eu não posso fazer nada. 

—Eu não irei te fazer mal eu juro! —Se afastou com as mãos pra cima se rendendo, e me olhou com uma expressão triste, mas não era dó, ele não estava sentindo dó de mim. E sinceramente, agradeci por isso, não aguentaria alguém me olhar com essa feição, seria humilhante e eu não saberia se iria resistir a tamanha vergonha. —Vou pegar algumas roupas pra você um pouco de comida e um curativo. Prazer...Ryan -Disse ele saindo.

Seja quem for ele eu não quero dar o braço a torcer não sei do que ele é capaz de fazer.

1 ano depois

Um ano se passou desde então, e eu ainda tenho cicatrizes daquela noite, pesadelos constantes e crises de pânico. Mas agradeço aos céus por não estar sozinha e poder contar com Ryan, que está sendo como um pai pra mim. Ele foi paciente e me ajudou em tudo que eu pedi, até mesmo quando descobriu o que eu pretendo fazer, ele não me julgou como pensei que faria, pelo contrário depois de uma semana que havia contado ele me trouxe diversas identidades falsas e pediu para que eu escolhesse uma das. E um nome havia me chamado atenção; Evelyn. Um nome de alguém com perseverança, que sabe o que quer, e faz de tudo para conseguir alcançar seus objetivos. Bom, era isso o que eu buscava, mas não acho que seja um objetivo comum e desejável. 

Enfim, hoje seria o dia em que voltaria para Sweet Amoris, e estava imensamente animada. 

—Obrigada Ryan, por tudo. —Sorri, o abraçando e acenei com a cabeça indo até a porta.

—Faça valer a pena meu esforço matando aqueles filhos da puta. —Disse.

(...)

Havia chegado naquele inferno, e ignorei todos os olhares direcionados a mim, alguns cochichavam e diziam que eu me assemelhava muito a Amy, irônico não? Porém, havia uma coisa muito importante a se fazer, encontrar Nathaniel. Segui até a porta em que imagino que o mesmo está e dei algumas batidinhas entrando em seguida.

—Licença... você é o representante, certo? —Sorri vendo o maior soltar as papeladas e se virar para mim.

—Sim sou eu mesmo, se não me engano é a aluna transferida, né? Prazer, meu nome é Nathaniel. —Disse ele esticando a mão e me cumprimentando. 

Não sei se vocês já sentiram nojo por alguém a ponto de não ficar um segundo no mesmo lugar que ela, mas isso era o que eu sentia e mais um pouco, era uma mistura de todos os sentimentos possíveis, cada vez que eu fitava sua expressão serena e sem culpa alguma eu imagina 100 formas de matar ele em diferentes posições, e fazer com que ele grite até que a voz dele se esvaía.

—Sim, prazer. —Sai dos meus devaneios, sendo o mais educada possível com o mesmo.

—Pode me entregar sua ficha? —Sorriu esticando as mãos para pegar a ficha que estava comigo.

—Claro. —Entreguei-a, e o mesmo franziu o cenho dando um sorriso o tanto cínico ao meu ver.

—Nome bonito, Evelyn. —Parece que vai ser da minha sala, vamos ser colegas de turma! Ótimo não? 

—Incrivelmente ótimo. —Passei a língua entre os lábios enquanto mordia o lábio inferior. —Até mais, Nath!

Agora, eu preciso encontrar minha ex-melhor amiga e por os papos em dia, não? Saí sorridente entre os corredores, e procurava sinais da morena, espero que não tenha mudado de escola, seria uma pena. Coloquei as mãos no bolso e bufei ao esbarrar com alguém que parecia estar muito apressado.

—Cuidado por onde anda novata. —Disse um cara com os cabelos extremamente vermelhos... sério que ele acha isso bonito? 

—Olha aq... 

—Oi gatinha. —Arrepiei ao sentir mãos gélidas sobre meu pescoço...espera... é quem eu estou pensando?

               Continua. ..