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História Minha senpai - Ela é uma bruxa?


Escrita por: _Wisteria_

Notas do Autor


Hey, minha-san!
De repente me veio uma ideia de one, que depois virou uma short fic! Então, aqui estamos!
É um universo alternativo escolar, onde todos os personagens tem o gênero trocado! Yay! ahsuasuahsuahs
É uma história bem curtinha e o foco será apenas em Obamitsu, okay! (Sorry!) Entretanto, teremos a colaboração de outros personagens!!
Não será algo muito dramático ou profundo, é algo bem levinho e de boa.
Espero que gostem! ^---^

Capítulo 1 - Ela é uma bruxa?


O sinal do intervalo tocou. Alguns alunos saíram de suas salas e espalharam-se pelos corredores, enquanto outros permaneceram em suas carteiras, assim como Mitsuri Kanroji. Ele era um aluno do segundo ano, muito popular com as garotas, visto que sua altura e sua beleza chamavam muita atenção, porém ele era muito ruim em notar sutilezas e nem sequer sabia de sua fama entre elas. Talvez aquilo acontecesse porque seu foco  era todo voltado para apenas uma garota.

Naquele momento, ele observava do outro lado do corredor, na sala ao lado, uma garota baixinha, bem magra, de cabelos longos e escuros, com uma franja que cobria boa parte do rosto. Ela colocou fones de ouvidos, pegou uma lancheira em cima da mesa e saiu pela porta de sua sala. Obanai Iguro era uma garota estranha, que tinha a fama de ser uma fera raivosa com os garotos, que sem gentileza alguma a apelidaram de "bruxa". Ela falava muito pouco e sua única amiga, para a surpresa de muitos, era a famosa encrenqueira da escola, Sanemi Shinazugawa. Mesmo em meio a tantos comentários negativos sobre ela, Iguro era a única garota que conseguia deixar o coração do garoto inquieto.

Assim que ele a viu sair da sala, Kanroji não perdeu tempo. Ele pegou uma sacola bem grande, levantou-se da sua carteira e resolveu segui-la. Ele até acreditava que conseguiria passar despercebido pelo corredor, no entanto as garotas sempre gritavam e o agarravam pelo meio do caminho.

— Kanroji senpai, quer lanchar comigo?

— Não vou poder agora. Desculpe!

— Kanroji senpai, eu estou com dor aqui no ombro. Pode me dar uma massagem?

— É que… você deveria pedir para um massagista, na verdade!

— Kanroji senpai, eu estou bonita hoje?

— Ah! Bem, é… Não te vi ontem, então não tenho como comparar!

— Chega, chega! Deixem meu amigo em paz, suas atiradas, ou darei uma intercorrência para cada uma! — por sorte, um dos amigos de Kanroji era o presidente do conselho estudantil,  que sempre aparecia para salvá-lo quando ele ficava sufocado pelas garotas.

— Ah, Shinobu! Valeu, parceiro! — agradeceu.

— Que isso, cara! Está de boa! Seu brother sempre vai te ajudar! Apesar de que eu acho que você está perdendo a chance de pegar várias gatinhas... — o garoto de cabelos escuros e mexas roxas nas pontas deslizou as mãos pelas madeixas e piscou para as garotas, que se derreteram ao vê-lo e deram gritinhos.

— Ah, até parece que alguém se interessaria por mim…

— Você é tão lerdo, Kanroji… — Shinobu bateu a mão na testa.

De repente, eles ouviram um grito agudo no corredor. Quando eles olharam para frente, viram uma aluna jogada no chão, com a calcinha toda exposta. Haviam cadernos espalhados por todo corredor.

— Hahahaha. Que merda hein, Tomioka! Você gosta mesmo de lamber o chão… — debochou  uma garota platinada que passava no corredor e que logo colocou um pirulito na boca.

— Ah, não! Secretária Tomioka! — Shinobu se afastou de Kanroji e foi ajudá-la.

— Ai… — a garota de seios avantajados sentou e ajeitou sua saia.

— O que você está fazendo, secretária Tomioka? — perguntou Shinobu.

— Eu fui pegar os cadernos de contas que o senhor presidente pediu… — ela explicou.

— E precisava trazer todos de uma vez?! — Shinobu cruzou os braços e voltou sua atenção para Sanemi. — E a senhorita, hein?! Tenha mais pudores, Shinazugawa! Feche já os botões dessa camisa!

— Me obrigue, presidente! — disse Sanemi, que apertou os seios entre as mãos para deixar o decote ainda mais provocante e começou a correr.

— Volte já aqui, Shinazugawa! — gritou Shinobu, que correu atrás dela.

— Pre-presidente, me ajuda aqui! — disse Tomioka, nervosa. — Ai, como ele é difícil de perceber as coisas...

Kanroji foi até o chão, coletou todos os cadernos e os entregou nas mãos dela.

— Pronto, Tomioka. Agora você pode voltar ao seu trabalho! — ele disse  e deu um sorriso gentil.

— O-Obrigada, Kanroji! — disse Tomioka. Assim que ele se afastou, a garota acelerou o passo e sussurrou. — Onde o presidente foi? Ele tem sempre que estar ocupado?

Quando Kanroji conseguiu finalmente prosseguir no seu caminho, ele foi em direção às escadas que chegavam no terraço da escola. Enquanto ele subia, ele sentia certa ansiedade crescer em seu peito. Seria a primeira vez que ele falaria com ela depois do ocorrido do mês anterior e ele não sabia o que poderia acontecer. 

 

~~ Um mês atrás. ~~

 

A aula de educação física ocorria normalmente. As garotas treinavam vôlei, enquanto os rapazes jogavam basquete. Apenas uma garota não parecia empolgada em jogar. Iguro fazia o máximo possível para não ser percebida pela professora de educação física, já que ela odiava ter que usar aquela roupa que exibia seu corpo esguio. Enquanto isso, Kanroji jogava de maneira empolgada.O armador do time de basquete sempre foi muito bom com esportes e era muito competitivo, mesmo nos amistosos com os jogadores de sua equipe.

Em uma das jogadas, Kanroji disputou uma jogada com Aoi Kanzaki, o capitão do time de basquete da escola, e deu um super tapa na bola, o que a direcionou diretamente para Iguro.

— Cuidado! — Kanroji até gritou, porém era tarde demais. Iguro levou uma bolada no rosto e caiu de costas no chão.

Algumas pessoas caíram na gargalhada, enquanto outras ficaram horrorizadas. Kanroji foi até a garota, se abaixou e tentou ajudá-la.

— Des-desculpa! Não foi intencional! Eu estava disputando a bola e…

— Tanto faz… — a garota se sentou, sem levantar a cabeça.

— É sério! Eu não fiz por querer, eu…

— Tá… Me deixa!

Kanroji percebeu que uma lágrima desceu pela bochecha da garota e sem pensar bem, ele levou a mão até a franja dela e a tirou da frente do seu rosto. Ele parou de respirar por alguns instantes quando encarou pela primeira vez os olhos heterocromáticos da garota, cheios de lágrimas. Eram duas orbes de tom tão bonito, como ele nunca havia visto antes.

— Na-não toca em mim! — ela estapeou a mão dele.

— Eu-eu sinto muito! — Kanroji disse.

A garota se levantou, limpou a roupa e gritou:

— Fi-fica longe de mim!

Iguro correu o mais rápido que podia para fora do ginásio e as outras pessoas ficaram murmurando.

— Que garotinha esquisita!

— Que louca! Como ela pode gritar com o Kanroji?!

O garoto levou a mão até o peito e sentiu uma certa inquietude.

— Você está bem, Kanroji? Não liga para ela! Todo mundo sabe que ela é louca.

—  Eu estou bem, mas acho que ela se machucou…

— Ah, não liga para isso! Ela vai sobreviver! Na verdade, eu achei bem feito! Quem sabe assim ela deixa de ser tão chata! — disse Kanzaki.

— Kanzaki, você conhece aquela garota?

— É a Obanai Iguro. Ela é da minha turma. 

— Ela está no terceiro ano?! — perguntou Kanroji.

— Isso! Você acertou a sua senpai bem na cara! Hahahaha. Bem, vamos voltar ao jogo! — disse Kanzaki.

Desde aquele episódio, Kanroji não conseguiu tirar aqueles olhos dos seus pensamentos. Eles eram tão bonitos e aquela garota tinha um rosto tão delicado, que o garoto sentiu-se muito atraído por ela. Além disso, ele pensava em se desculpar com sua senpai pela bolada, mas com o campeonato que disputou no mês passado, ele mal teve tempo de ficar na escola. Deste modo, agora que ele está desocupado, ele acredita que é o melhor momento para ver aqueles orbes de colorido exótico mais uma vez.

 

~~ Momento atual ~~

 

Kanroji finalmente alcançou o telhado da escola e assim como ele esperava, Iguro estava sentada, encostada em uma das paredes. Ela tinha os fones de ouvido e comia um sanduíche tranquilamente. O garoto ficou a observando por um tempo, enquanto apertava a lancheira contra o peito. 

"Eu tenho que falar com ela! Eu tenho que me desculpar!"

Mesmo receoso, ele criou coragem, respirou fundo e foi em direção à garota, em passos lentos. Assim que se aproximou, ele ia abrir a boca, porém a garota fechou os olhos e começou a cantar. Ele ficou congelado e apenas ouviu a bela voz que ela tinha, o que fez seu coração disparar dentro do peito. Ele se abaixou, para ouvi-la mais de perto, mas sua tranquilidade logo foi interrompida pelo grito dela. 

— Aaaaaaah! O-o que está fazendo aqui?!

— Des-desculpa! É que eu…

— Sa-sai daqui! — ela gritou. 

— É que, senpai, eu queria…

A garota pegou suas coisas, levantou e correu o mais rápido que podia. Kanroji ainda tentou falar com ela, porém não conseguiu.

— Ah, caramba! Que rápida! — ele coçou a cabeça e ficou sem reação. 

Kanroji resolveu ficar sentado por lá e enquanto mordia um dos seus vários sanduíches, ele suspirou e sussurrou:

— Senpai, será que você vai querer falar comigo um dia?

No restante do dia, o garoto ficou cabisbaixo e mal prestou atenção nas aulas. No horário da saída, ele ficou muito pensativo, pois achava que agora a sua senpai o odiava e na verdade, ele estava muito interessado nela.

— O que foi, Kanroji? Se sente mal? — perguntou Shinobu. 

— Ah, não é nada! Só estou cansado… 

— Tá bem! Te vejo amanhã! Ei, Tomioka! Me espera, gata! — Shinobu correu até a garota e jogou os cabelos para trás, enquanto a secretária deu uma risadinha envergonhada. Sanemi passou por eles e bateu propositalmente seu ombro com o do presidente.

Enquanto pegava o caminho de casa, Kanroji ouviu um garoto gritar.

— E aí, bruxinha? Vai mesmo me rejeitar de novo?!  — gritou outra voz.

Quando Kanroji chegou ao local, ele notou que um rapaz tinha uma garota pequena entre seus braços. Assim que ele se aproximou, ele notou que se tratava de Iguro.

—  Me deixa em paz! — ela gritou.

— Você me desrespeitou na frente de todo mundo! Você vai pagar! Você vai ser minha, querendo ou não! — o garoto loiro a segurou pelo punho.

Kanroji ficou surpreso e foi em direção a eles. 

— Ei, o que pensa que estão fazendo?! Deixa ela em paz! — gritou.

— Hã?! Você arranjou um namoradinho? Quem é esse trouxa?! — perguntou o loiro. 

— Você não deve tratar uma garota assim! Solta ela! Agora! — gritou Kanroji.

— E quem vai me obrigar? Você?! Quero só ver! — o garoto fechou os punhos e se ajeitou para a briga.

— E-ei! Espera! Eu-eu odeio violência! Por que não conversamos como pessoas civilizadas? — Kanroji abriu as mãos e tentou manter distância do rapaz.

— Hahahaha. Pena que eu adoro quebrar a cara das pessoas! — o loiro avançou em direção ao garoto de cabelos rosado e jogou alguns socos no ar. Kanroji desviou de alguns, mas assim que notou o olhar assustado de Iguro, ele desconcentrou e tomou um soco no olho.

— Aaaaah! Meu olho! — Kanroji caiu sentado no chão e viu que o loiro foi em direção a Iguro e a segurou pelas bochechas.

— Agora é sua vez, belezinha! 

— Solta ela! — Kanroji levou a mão até o olho e tentou levantar, porém ficou estático ao ver aquela cena improvável.

Iguro havia se soltado do controle do loiro, torcido o braço dele e o derrubado no chão. Em seguida, sem piedade, ela deu um chute na virilha dele, o que fez o garoto urrar de dor.

— E não me perturba mais, seu idiota!

 Ela correu até Kanroji, o segurou pela mão e o puxou. 

— Vem! — ela gritou.

Sem entender muito o que estava acontecendo, o garoto de cabelos rosados seguiu a ordem de sua senpai e eles correram por um bom tempo, até que eles pararam em cima de uma ponte para tomar fôlego.

— Conseguimos nos livrar dele. — disse Iguro, que apoiava as mãos nos joelhos.

— Sim! Que bom… — Kanroji também tomava fôlego.

Iguro se aproximou dele, o puxou pela gola da camisa e o fez se abaixar até a altura do rosto dela.

— O que você pensa que estava fazendo?! Quem disse que eu precisava de você para me defender?! 

— É, é que… eu não queria que se machucasse!

— Eu não lembro de ter pedido um guarda costas! — ela olhou com atenção para o rosto dele. — Ah, não! Olha só o que aconteceu com seu olho! — ela disse e levou a mão devagar até o machucado dele.

— Aiaiaiai! 

—  Vamos por gelo! Vem! — disse a garota, que o segurou pelo punho.

— Não se preocupe! Não foi nada demais!  — disse Kanroji.

— Claro que foi! Anda! — ela determinou.

— Ta-tá!

Ele ficou muito animado, pois era a primeira vez que ele segurava a mão dela, tanto que até esqueceu do olho por alguns instantes. Após uma breve caminhada, eles chegaram até a casa de Iguro. Ela o levou até a sala, o fez sentar, pegou gelo no congelador, colocou numa bolsa e a posicionou no olho dele.

— Aiaiai!

— Calma! — ela disse.

 Enquanto ela segurava a compressa fria, Kanroji aproveitou para olhar para o rosto dela de perto. A franja atrapalhava um pouco, já que era longa e ficava na altura da ponta do nariz, porém ele pôde ver o tom dourado de um de seus olhos.

— É, senpai…

— O quê?

— Eu queria te pedir desculpas…

— Por quê?

— Pela bolada no jogo de basquete! — ele coçou a cabeça.

Ela tirou a bolsa de gelo do olho dele e deu uma leve apertada com o dedo.

— Aiai!

— Aquilo doeu muito, só para você saber! Agora estamos quites! — ela falou.

— Como você é malvada! — comentou Kanroji, que deu uma risadinha.

— Eu sou uma bruxa, não sou?! Bruxas são malvadas! — comentou a garota, que deu um sorrisinho.

Kanroji ficou um pouco constrangido e desviou o olhar, porém a encarou de novo e disse:

— Eu não acho que você seja uma bruxa, nem nada disso!

A garota pareceu desajeitada e falou em seguida:

— Você deve estar dizendo isso porque eu estou com a mão bem perto do seu olho, mas duvido que não fique rindo de mim com seus amigos populares da escola.

Kanroji ficou surpreso, pois aquela garota tão silenciosa podia ser bem falante e ácida quando queria. Ele a achou ainda mais interessante.

— Eu não sou esse tipo de pessoa! — ela apertou a bolsa contra o olho dele. — Aiai!

— Sei…

— E quem era aquele garoto?

— Ah! Só um cara do karatê que eu dei um fora semana passada! E como eu ganhei dele no exame da faixa, ele ficou ainda mais bravo! — ela deu uma risadinha, o que fez Kanroji a encarar.

— Hã?! Você faz karatê?!

— Sim, ué…

— Uau! Isso é incrível!

— Ah, não é nada demais...

Iguro afastou a bolsa de gelo do olho dele.

— Hum… Sinto muito, mas isso vai ficar péssimo amanhã! No entanto, você pode continuar a colocar gelo em casa! E novamente, mesmo que eu não tenha pedido para que me fizesse um favor de qualquer modo, obrigada por ter tentado me proteger. Você foi muito gentil. — ela agradeceu.

— Ah, que isso! Era o mínimo que eu poderia fazer pela garota que eu g...! Caham... — ele coçou a cabeça e notou que ela arregalou os olhos um pouco. — Bem, é melhor eu ir embora.

— Tudo bem...

— Pois, é… Então, valeu pelo gelo, Iguro senpai!

— De nada! — ela disse.

Kanroji estava quase saindo da casa dela, quando ele se virou e disse:

— Iguro senpai, não sei se já te disseram isso, mas sua voz é muito fofa! Você deveria ser cantora! Faria muito sucesso! — ele disse e sorriu.

A garota ficou com o rosto vermelho e olhou para baixo.

— Va-valeu, eu acho… — ela subiu um pouco o rosto, viu o sorriso radiante do garoto e ficou desconcertada.

Enquanto ia para casa, Kanroji estava estranhamente feliz, pois aquela tinha sido a primeira vez que tinha conseguido conversar com sua senpai e ela era ainda mais fofa do que ele imaginava, apesar de tentar esconder essa fofura das outras pessoas.

No dia seguinte, ele chegou na escola usando óculos escuro. As garotas da escola acharam aquilo incrível, pois ele havia ficado ainda mais atraente do que os outros dias, enquanto ele se sentia constrangido por ter tomado um soco na cara na primeira luta de sua vida. O presidente do conselho se aproximou dele e pigarreou.

— Caham. O senhor sabe que é estritamente proibido o uso de acessórios na escola?

— É que… eu estou com um probleminha aqui, Shinobu… — ele abaixou um pouco os óculos e mostrou o roxo no olho.

— Aaaah! Cara, o que foi que aconteceu? Não me diga que virou um delinquente?! 

— O quê? Não é isso, é que eu fui proteger uma garota e…

— Haaam?! Você brigou por uma garota?! O que te deu?! Ela deve ser uma garota e tanto para você fazer algo assim! Vai, me diz! Quem é ela! — o presidente ficou empolgado.

— Hum, assim, eu vou te contar isso depois, tá? O sinal já vai bater! 

O garoto saiu rapidamente do corredor e foi até a sala. Ele sentou na cadeira dos fundos como de costume e conseguiu se manter de óculos, com a desculpa de que os olhos estavam inflamados. Durante o intervalo, ele preferiu ficar na sala para não chamar ainda mais atenção e deitou sua cabeça na carteira. Ele estava quietinho, até que subitamente ouviu vários burburinhos ao redor.

— O que essa doida está fazendo aqui?

— Ela tem amigos?

— Nossa! Ela parece mesmo uma bruxa!

Assim que Kanroji ergueu a cabeça, Iguro estava parada na sua frente.

— Sen-senpai?!

Ela estava olhando para o chão, bem envergonhada. Iguro levantou a cabeça, jogou uma bola de papel na cara de Kanroji e saiu correndo o mais rápido possível. Ele ficou surpreso e enquanto ele segurava a bolinha de papel, ele ouviu os comentários das garotas ao redor.

— Ah! Que louca! Ela veio aqui só fazer isso?!

— Hahahaha. A bruxa atacou de novo!

— Como ela ousa machucar o Kanroji?!

"O que aconteceu aqui?! Por que ela fez isso, afinal?! " — pensou Kanroji, que enfim resolveu desenrolar a bola de papel e viu que havia algo escrito.

"Me encontra no terraço"

O garoto ficou surpreso com o recado, porém decidiu fazer assim como pedia aquele papel. 

Kanroji ainda olhou o papel por um tempo, até que ele decidiu pegar sua sacola de lanches, levantar da carteira e sair da sala. Ele passou rapidamente pelo corredor e foi até a área do terraço. Quando ele chegou por lá, Iguro estava em pé, admirando a vista de cima.

— Iguro senpai! — ele gritou e acenou.

A garota virou devagar e tentou ao máximo evitar contato visual com ele. Ela se aproximou com as mãos para trás e murmurou:

— Você… está… b…

— Iguro senpai, eu não entendi o que você disse. Pode falar mais alto?

— É-é que… — ela levantou a cabeça e olhou na direção dele. — eu só… queria saber se… você está… bem… — ela levou uma mexa do cabelo para trás da orelha.

Kanroji tirou o óculos e mostrou o roxo para ela.

— Ah! Ficou horrível! — ela disse.

— Está tão ruim assim?!

— Péssimo! Es-está doendo muito? 

— Ah! Nem tanto! Está tranquilo!

Ela levou uma das mãos até a saia e a apertou entre os dedos, enquanto a outra continuou para trás.

— Me-me desculpa! Foi por minha causa que você se machucou…

— Ah! Relaxa! 

— Mas também a culpa foi sua e ninguém mandou você se meter nos meus assuntos! — ela gritou e sua franja saiu um pouco do rosto, o que permitiu que ele visse o vermelho das bochechas dela. Kanroji começou a rir, o que a deixou desconcertada.

— O-o que foi?

— Senpai, é que… — ele continuou a rir, porém de forma mais contida. — você fica muito fofa quando está nervosa!

— O-o quê?! E-e-eu na-não fico fofa nada! — ela disse e jogou uma sacola de papel craft nele. — Pe-pega isso e vai embora!

— E o que é isso?! — ele perguntou.

— Uma compensação! Por ter me ajudado! Tchau! — ela se afastou, foi até um dos cantos, sentou, colocou os fones de ouvido e abriu sua lancheira.

Quando Kanroji abriu a sacola, seus olhos brilharam.

— Um cupcake?! Para mim?! — Como ela havia jogado na cara dele, a sobremesa ficou um pouco destruída, porém ele se sentiu muito feliz por receber um presente dela. Ele sentou ao lado dela e disse:

— Senpai! Obrigado, tá?! — ele abriu um largo sorriso, o que fez Iguro levantar a cabeça e o admirar por alguns instantes.

— De nada… Já pode ir, tá?

— Mas, por quê?

— Porque eu quero ficar sozinha… — ela disse.

— Ah, mas eu quero ficar aqui também! E olha: — ele abriu a sacola — eu tenho muita comida! Eu posso dividir com você!

— Ca-caramba! Você come tudo isso? 

— Sim! Eu estou em fase de crescimento! — ele deu uma risadinha. — Então, quer me ajudar a comer?

— Hum… Tá-tá! Pode ser! — ela concordou.

Os dois não conversaram muito, porém ficaram lanchando lado a lado no intervalo. Quando eles desceram, Kanroji acenou para ela e a ela retribuiu. Quando ele entrou na sala, todos estavam espantados com a cena.

— O que foi? — naquele dia, o garoto foi para casa sem entender o que estava acontecendo.


Notas Finais


Mina-san, a postagem dessa não vai demorar como as outras, ok? ^^
Até porque ele é pequenina! xD
Até o próximo! Bjim!


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