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História Miracle - Toilet Paper


Escrita por: mille-san

Notas do Autor


Avisos:
1- A cada capítulo, haverá um personagem diferente na capa.
2- Dois capítulos a cada semana, ou un se a escola começar a me sugar.
3- Essa fanfic será um pouco grande.
4- O importante é a sua visualização, comentário e favoritos é o que menos importa, só espero que leia.
5- Sim, vai ter triângulo amoroso \o/
6- Desde já, agradeço!!!

Boa leitura!

Capítulo 1 - Toilet Paper


Fanfic / Fanfiction Miracle - Toilet Paper


Welcome to my silly life

Bem vindo a minha vida boba

 Mistreated, misplaced, missunderstood Miss know it

Mal tratada, deslocada, incompreendida, senhora sabichona

 please Don't you ever ever feel Like you're less than fucking perfect

Por favor, nunca, nunca se sinta menos do que perfeita pra caralho

                              - Fucking Perfect - Pink

***********************************

Meus dedos doem, porém não posso parar agora que finalmente estou quase conseguindo chegar até o fim sem errar nota alguma, então quando tudo termina fico parada refletindo. Em alguma parte da minha vida eu me perdi, não é mais interessante pensar em ser algo ou tentar fazer algo, eu só sigo bem devagar, sem nem mesmo desfrutar o que tenho, creio que a única coisa que ainda me mantém viva de verdade é o piano, minhas mãos e minha imaginação fértil para estórias ilusórias.

Tudo o que eu sempre quis foi mudar a vida das pessoas, tipo, erguer a menina que sofre bullying e motivar o menino que deixou de seguir seus sonhos, mas não dá, porque eu sou uma fraude constante, desde sempre. Descobrir isso fez eu me perder e não querer me encontrar.

Em um universo paralelo sou alguém que nunca fica triste e que se orgulha de saber dar abraços calorosos, mas mesmo que nesse mundo as coisas não sejam totalmente assim, algumas coisas me erguem, minha família, minhas melhores amigas, e claro, minha fé. Tudo bem, talvez isso seja uma frescura imensurável, mas é sempre assim que se começa uma boa história não é? Acho que isso me dá esperança.

Quando enfim deixo o piano vou me arrumar, se hoje não fosse aniversário da Claire (irmã mais nova da June, uma das minhas melhores amigas), eu iria dormir mesmo que ainda fosse 18:00. Visto qualquer coisa, pego o presente que comprei de última hora e saio de casa depois de dizer um boa noite aos meus pais.

...

Jogo minha bicicleta no jardim e aperto a campainha, assim que June abre a porta me assusto, simplesmente porque ela esta usando o short mais curto do universo ( não é tão curto) e porque sua maquiagem é externamente chamativa.

- Fanny, ela chegou. - June anuncia e Fanny aparece atrás dela. - Kylie, minha querida, você vai dirigir. - Ela me entrega a chave do carro da mãe dela. - A festa vai ser na casa da minha tia.

- Sério? Por que não me deu o endereço? Eu ia direto pra lá.

- Porque a Fanny e eu queríamos chegar juntas com você, agora vamos logo.

Assumo o volante e começo a dirigir enquanto June me guia, ouço uma batida ao longe, mas ignoro, a irmã dela tem 11 anos, não acho que Calvin Harris seria a playlist ideal, muito menos em um volume tão alto assim.

- Estaciona o carro aqui. - Ordena Fanny que até então estava calada.

- Por quê? - Pergunto, elas estão estranhas.

- Porque quero ir andando, por favor, é só um pedido.

Normalmente eu protestaria, mas não consigo fazer isso por dois motivos: 1) Fanny nunca perde por favor e 2) Eu havia acordado sem vontade de contrariar nada. Cada uma segurou um lado do meu braço depois que saímos do carro e começaram a me guiar, eu estou me arrastando, realmente gostaria de voltar para casa, meus livros de biologia esperam a futura médica da família para estudá-los.

- Kylie, apresento a você a melhor festa de todas. - June diz com um largo sorriso.

- Que mer... - Começo a falar, June me interrompe.

- Calma, a gente pode explicar, não, minha irmã não faz aniversário hoje, essa festa aqui é do Kevin, mas se nós dissessemos que era algo assim você nunca viria, e nós tínhamos que reunir o trio.

- Eu vou voltar pra casa.

- Não. - Fanny aperta meu braço. - Você vai entrar, esse é nosso último ano, fomos ótimas alunas, nunca ligamos para nada disso, nem sequer sabemos se gostamos de festas, então você vem conosco, nem que eu tenha que te arrastar pelo cabelo.

Sim, ela realmente me arrastaria, meio que foi assim que a gente se conheceu, ela me arrastou até a quadra para jogar basquete.

- Tá, mas se eu não gostar vou ligar para minha mãe vim me buscar, okay?

As duas assentiram e entramos, foi automático, uma coisa pareceu girar na minha cabeça e eu passei a adorar o lugar, não pela música alta, não pela bebida, mas pelo fato de tudo parecer poético e errado. Olho para o lado e minhas amigas sumiram, caminho bem devagar olhando para as luzes piscando, penso nos clássicos que escuto e tudo se encaixa, seria maravilhoso se todos os ritmos se tornassem um só, procuro pela pessoa que está controlando o som e acho um menino, pelo jeito a festa realmente tem um DJ.

- Oi, eu posso fazer um pedido? - Pergunto.

- Claro, eu posso dar o número do meu telefone.

- Não, você tem a música Burn da Ellie Goulding? Você sabe, juntar músicas? Essa ficaria ótima com um clássico e...

- Não e não, mas sei o meu número de cor.

Olho indignada para o menino, reviro os olhos e viro-me para ir embora, minha decepção é realmente grande, mas ao fundo a música Burn começa a tocar, o mais interessante é o violino por baixo junto com o remix, então começo a dançar. Lembro de minha vida inteira, de pessoas da escola, de quem odeio e de quem amo, fico até tonta pelas coisas ruins que aparecem, decido ir ao banheiro, pego uma bebida no caminho e vejo minhas amigas no caminho, estavam se divertindo, June bebendo com duas garotas, Fanny agarrada a William, o mais estranho é que ela o odeia. De vez em quando você percebe que muitas coisas são falsas.

Assim que acho o banheiro sento no chão, estou com vontade de chorar, por não me encaixar, por não ser como todos aqui. Pego a caneta que ganhei do meu irmão antes de ele morrer e analiso as pedrinhas coladas nela, olho para o papel higienico e começo a escrever nele, pedaço por pedaço, a poesia flui como as notas de uma música sem sentido, você não tem ideia do quanto um banheiro pode fazer você pensar.

11 horas e alguns minutos depois...

Estou de castigo, acabei ligando para a minha mãe depois de espalhar todo o papel higiênico com minha letra pelo banheiro todo, o que agora me parece um ato meio estranho. Sei lá, creio que não pensei que meus pais nunca me imaginariam em lugar como aquele, talvez porque eles sejam tão religiosos e tal. De todo o jeito, ficar de castigo não é tão ruim, só é por estar proibida de tocar o piano.

Ainda não troquei palavra alguma com minhas amigas, mas pelas fotos no facebook, elas se divertiram bastante. A única vantagem de ter ido embora cedo é que provavelmente serei a única sem estar de ressaca, visto-me para a escola e sou obrigada a pedir carona para a minha mãe, visto que minha bicicleta ficou na casa de June.

....

O meu coração dispara assim que chego na escola, pois a primeira pessoa que vejo é Luke na entrada, ele está distribuindo o folheto com as candidatas para rainha do baile, ele estende a folha para mim e devo ter ficado olhando-o quem nem uma pateta, pois logo ele ri e balança a folha em frente ao meu rosto.

- Você não é obrigada a pegar. - Ele fala.

- Ah... Não, eu vou pegar.

Tá, eu sou um desastre ambulante, levanto a mão para pegar o folheto esquecendo do meu caderno de música em baixo do meu braço, ele cai juntamente com algumas partituras, Luke se abaixa para pegar.

- Então, o que é que você toca? - Ele pergunta parecendo realmente interessado.

- Piano. - Respondo pegando minhas coisas.

- Eu sei algumas coisas em relação ao instrumento, vai tocar no festival?

- Não, além de ser desastrada, sou bem tímida.

- Você esta conversando normalmente comigo, não parece ser tímida.

Respiro fundo, ele tem razão, por que eu estava me sentindo tão bem? Eu nem sequer gaguejo.

- Luke, você não está fazendo seu trabalho direito, você também ainda vai entregar os jornais da semana para mim, prometeu me ajudar lembra? - Melanie surge atrás de mim. - Anda logo com isso.

- Eu já vou. - Pego o folheto de vez.

- A gente se esbarra por aí. - Ele fala e continua seu trabalho.

Quem é Melanie? É a garota mais inteligente de toda a escola, mais ela não usa sua inteligência apenas para tirar notas altas, ela usa para ser maldosa com todos que aparentem querer roubar seu lugar como escritora oficial do jornal e como "quase" namorada do Luke, o garoto que sempre me fez suspirar, menos hoje, por quê? Logo no dia em que consigo trocar frases curtas com ele, não acontece nada de especial.

Quando enfim acho Fanny e June, as duas sorriem e me abraçam.

- Kylie, você desapareceu, onde foi? - June questiona.

- Liguei para a minha mãe, agora estou de castigo por ter ido para lá, mas não estou com raiva por isso.

- Você tem que aprender a sair da linha, fazer algo por si mesma. - Fanny dá um soquinho fraco em meu ombro. - Botar pra quebrar, sabe?

- Talvez um dia.

Caminhamos até a sala e durante o percurso só consegui perceber que o dia não chegaria nunca.

O teste surpresa realmente me pega de surpresa, pelo menos eu não sou tão ruim em História, faço o que posso e entrego, abro minha mochila quando estou sentada no corredor e penso nas palavras de Fanny " fazer algo por si mesma ", quando eu havia seguido esse raciocínio coisas ruins aconteceram, prefiro não me arriscar. Pego a carta que eu escrevi a duas semanas atrás, o que aconteceria se eu a entregasse? Não, eu não tenho essa coragem, e não tenho nada que possa me fazer tê-la.

...

Eu nunca leio o jornal da escola, só para ver o placar dos jogos de basquete, mas minhas amigas adoram, principalmente a parte de fofocas, onde se fala tudo sobre todos de forma anônima, é como um jogo, eles dão as informações e você advinha sobre quem é, June que até então lia em voz alta, para de ler e automaticamente Fanny e eu a encaramos.

- O que foi? O que tá escrito aí? - Ela puxa o jornal para si e depois de um tempo continua a falar. - Nossa, que... Maluco, quem será o doido deprecivo que fez isso?

- Não achei exatamente isso, só é uma exposição de sentimentos, achei até criativo.

- Do que vocês estão falando? - Decido expor meu interesse.

Fanny me entrega o jornal e começo a ler:

Escritor(a) do Banheiro

É isso aí, quando se está inspirado qualquer lugar serve, e o alvo foi um papel higiênico, não entenderam? Aí vem a explicação mais detalhada.

Nessa quarta, Kevin Manson resolveu dar uma festa, que foi ótima, muitas coisas interessantes ocorreram no local, a mais interessante foi o papel higiênico do banheiro, como assim? Quando Hannah Newman decidiu usar o banheiro deparou-se com escritas no objeto espalhado por todo o banheiro e minutos depois saiu chorando do local, nossa equipe super interessada resolveu checar, e fizemos uma incrível descoberta.

Alguém visivelmente perturbado ou visivelmente talentoso resolveu fazer poemas insanos e colocá-los no papel higiênico, poemas esses que impactaram a muitos, quem será esse que com suas palavras comoveu a todos? Estamos curiosos, logo abaixo veja as fotos, faremos cópias se quiser fale conosco.

Dessa vez foi um clic que ocorreu em meu cérebro, era a minha letra, eram as minhas frases, eu era a menina maluca, respiro fundo pela segunda vez no dia e leio e releio vendo as fotos, meu Deus, que tipo de gente lê o que está escrito em um papel higiênico? Pior, que tipo de gente escreve tanto em um papel higiênico?


Notas Finais


Aí está, espero que gostem e se identifiquem com a Kylie, fiquem curiosos com o segredo dela ksksks


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