História Miss me, Park Chanyeol - Dominate me, Park Chanyeol.

Chanyeol levou super a sério sobre me levar no psicólogo. Eu estava bem, mas estava tendo aqueles pesadelos desde sempre após o ocorrido de dias atrás, o que não me deixava descansar de forma alguma, então achei melhor também ir a um profissional para ver se o que eu tinha era mesmo um trauma.

— Vamos, Baek. É a sua vez.

— Você vai entrar junto?

— Não. É melhor que você entre sozinho, assim você terá mais liberdade de falar sobre tudo.

— E eu posso confiar? Esse profissional não vai contar nada a Sehun, nem a ninguém?

— Não. Eu o conheço há muito tempo e essa pessoa é de minha confiança.

— Certo.

Fui sozinho até a sala e entrei em silêncio, até ver a cara conhecida por mim ali, em minha frente.

— Kyungsoo?

— Sim. Serei seu psicólogo por hoje.

— Deus... Isso não é errado? Tipo... Você me conhece, eu te conheço...

— Bem, Chanyeol me pediu e como nunca conversamos de verdade, eu decidi te ajudar. Se não der certo, eu tenho alguns nomes para te indicar, sem nenhum problema!

— Tudo bem... Se é assim...

— Sente-se e fique confortável, está bem? Quero que me conte o gatilho do porque revolveu vir até um profissional.

— Certo. Eu nunca precisei de nenhum tipo de apoio antes, mesmo tendo muitos e muitos problemas com meus pais, mas agora... Agora é completamente diferente. Eu tenho pesadelos, tenho visões estranhas, vivo com medo e agarrado ao meu namorado o tempo todo, pois caso contrário, acho que poderia morrer.

— Me explique melhor sobre tudo isso, Baek.

— Bom, tudo começou na noite em que Sehun abusou de mim. Ele me fez desmaiar e desde então, não há um momento sequer que eu feche os olhos e não veja as cenas daquele abuso. Eu tenho pesadelos constantes sobre ser estuprado por Sehun também. Acordo gritando e chorando todas as vezes.

— Você ainda sente os toques dele em você?

— O tempo todo.

— Você sente medo de tudo e todos, certo? Menos de seu namorado.

— Sim... Chanyeol é a única coisa que me mantém são, principalmente depois de ontem. Sehun entrou na casa de Chanyeol e se confessou.

— Me explique melhor.

— Tudo o que ele fez e faz com Chanyeol é por amá-lo. Ele me odeia porque Chanyeol escolheu a mim e não a ele e por isso confirmou que foi proposital que me machucasse e exigiu que terminássemos.

— Certo, então ele te transmite tudo isso de ruim, pois ele mesmo disse tudo isso?

— Sim.

— Se eu saísse dessa sala agora e te deixasse sozinho, com a porta destrancada e você não pudesse sair de jeito nenhum, o que aconteceria?

— Eu entraria em pânico.

— Bingo.

— Eu tenho síndrome do pânico?

— Não posso afirmar, mas os seus sintomas estão bem evidentes. Você está bem traumatizado com tudo e isso é completamente normal, está bem? Eu vou precisar te encaminhar para um psiquiatra e te recomendo a continuar com as sessões com um psicólogo.

— Eu realmente preciso ir a um psiquiatra?

— Não precisa ter medo, nem receio. É só mais uma garantia da sua saúde depois desse episódio.

— Tudo bem... Mas, Kyungsoo, eu também tenho receio de Chanyeol as vezes.

— Como assim?

— Ele... Ele tentou me tocar... Quer dizer, ele deu a entender que queria, mas assim que os beijos dele vieram para o meu pescoço eu travei todo e não deixei com que ele me tocasse.

— Isso é bem comum, Baek. O trauma é muito recente e você foi muito afetado, por isso é bem provável que não consiga ter relações sexuais por um tempo. Você e Chanyeol vão ter que ir devagar e ir se conhecendo novamente, até que você esteja pronto.

— Hm...

— Não se force a nada, está bem? Você pode ficar pior se forçar. Diga ao seu namorado que tenha paciência e que vá devagar com você para não te assustar ainda mais.

— Tudo bem.

— Sobre o seu medo de ficar sozinho, eu vou ter que te avaliar semanalmente e vou te dar tarefas, está bem?

— Tarefas?

— Sim. Coisas que você terá que enfrentar até que se sinta mais confortável para andar sozinho por ai.

— Ok.

— Sua primeira missão é ficar uma hora inteira longe de Chanyeol, não precisa estar sozinho, mas como você depende dele, precisamos treinar isso em você.

— Eu não vou conseguir.

— Não precisa fazer isso diretamente. Pode ir aos poucos, como ficar cinco minutos longe dele, depois dez, meia hora e assim vai. Como eu disse: não se force a nada. Faça coisas do cotidiano. Vá ao banheiro e demore mais, dê uma volta no quintal, passeie com o cachorro, qualquer coisa que te deixe longe dele.

— Eu vou tentar...

— Você já pediu uma ordem judicial para ele ficar longe de você?

— Ainda não...

— Pois faça. Você vai se sentir mais livre depois que ele tiver que ficar há 100 metros de você.

— Tudo bem. Eu farei isso.

— Apenas não se pressione por nada, ok? Sei que vai ser ruim no começo, mas depois da sua melhora, você vai ver como vai ser ótimo.

— Certo.

Eu estava muito sem graça com toda a situação, mas não pude deixar de ficar agradecido por Kyungsoo me ajudar. Eu saí de seu consultório mais leve e tranquilo. Conversamos por mais tempo depois que ele me deu a tarefa, então eu entendi mais profundamente tudo o que eu tinha que fazer. No fim ele apenas perguntou se eu queria continuar com ele como psicólogo e eu aceitei, já que nos demos bem e ele é de confiança.

— E então? Como foi, Baek?

— Foi bom. Vou voltar nele semana que vem.

— Isso é ótimo. Ele te aconselhou sobre seus sonhos?

— Sim. Sobre tudo, na verdade.

— Isso é bom. Logo você melhora.

— Sim. Eu vou melhorar logo.

— Podemos ir?

— Eu preciso marcar um psiquiatra antes.

— Sério?

— Sim.

— Acho melhor irmos em outro lugar. O daqui do hospital você não vai gostar.

— Por que?

— Porque você já o conhece.

— E quem é?

— Kim Junmyeon.

— Quem é esse?

— Lembra da sua primeira noite na boate?

— Sim.

— Então. O cara que tentou te comprar.

— Ah! Aquele dominador?

— Isso.

— É… É melhor que eu não me consulte com ele.

— Certo, vamos achar outro lugar então.

— Beleza. Deixaremos pra amanhã. Vamos almoçar e depois vamos à delegacia.

— Nós vamos?

— Sim, nós vamos. Medida restritiva, lembra?

— Ah sim.

— Quer conversar?

— Eu quero tentar uma coisa, mas quando chegarmos na sua casa.

— Tudo bem. Onde quer comer?

— Eu não tô com fome, pode escolher.

— Quer ir na delegacia primeiro então? Pra ver se dá fome?

— Pode ser.

— Você está estranho.

— Estou pensando na minha sessão com Kyungsoo.

— Certo. Não vou ficar preocupado com isso.

— Não precisa.

Sorri e coloquei minha mão esquerda em sua perna, como gesto de carinho. Ficamos em silêncio até chegarmos na delegacia e fizemos tudo como manda a lei e a ordem da cidade antes de irmos embora com a cópia do papel que diz que Sehun não pode ficar menos que 10 metros de mim, caso contrário ele é preso.

Comemos em um restaurante local, perto da delegacia mesmo e depois fomos pra casa dele, onde Vulcano nos recebeu com rabadas e pulos de felicidade.

Resolvi então ir pra fora da casa com Vulcano e brincar com ele um pouco antes de encarar meu dominador de uma vez por todas.

— Quer me dizer o que está acontecendo com você?

— Kyungsoo disse que eu preciso passar mais tempo sozinho pra conseguir minha liberdade de volta. Eu tô pensando em tudo o que ele me disse e em tudo o que eu estou fazendo pra melhorar minha condição.

— Tudo bem. Eu te entendo, com certeza. Seria bom você fazer algum exercício pra melhorar.

— Claro, eu vou ver o que consigo fazer.

— O que mais ele disse?

— Ele me deu dicas para antes de dormir e não ter pesadelos, vou tentar essa noite.

— Isso é ótimo.

— Sim, mas eu quero te pedir uma coisa. Eu preciso saber se o que Kyungsoo falou está certo ou se eu consigo me educar pra não pensar naquele babaca.

— Tudo bem… O que quer que eu faça?

— Me domine, Chanyeol.

— Baek…

— Por favor.

— Não posso. Eu vou piorar sua situação.

— Não vai, pode ter certeza que não.

— Baekhyun…

— Por favor, senhor. Eu estou implorando, senhor.

— Tudo bem. Tire suas roupas e fique de costas pra mim.

— Sim, senhor.

Obedeci como sempre fiz anteriormente e esperei pelos toques dele quando terminei de tirar as peças de meu corpo.

Não tardou para que eu sentisse as mãos de Chanyeol em minha cintura, acariciando minha pele arrepiada. Ele já havia encostado meu corpo contra o seu e eu podia sentir sua meia ereção. Suas mãos passeavam em mim e seus beijos me deixavam tenso e com tesão ao mesmo tempo.

Sua boca descia e subia em meu pescoço e suas mãos começaram a descer até meu membro sem sinais de vida. Quando o cirurgião me virou de frente para si e beijou meus lábios com vontade, senti uma onda elétrica em minha espinha e me agarrei a ela como minha última esperança para aquilo.

Eu estava com tesão e estava pronto para me entregar mais uma vez a Chanyeol, até que ele colocou a mão lá. Me senti sujo e relembrei toda a cena com Sehun.

— Baek?

— Desculpa.

O encarei por tempo suficiente para entender que ele não estava bravo, nem nada, apenas curioso com o que estava acontecendo comigo.

— Feche os olhos e tente aproveitar, eu não vou te tocar dessa forma de novo a não ser que você peça.

Afirmei, mas quando ele colocou a mãos em meu pescoço para dar continuidade aos beijos, eu comecei a entrar em pânico total. Eu não sabia o que estava acontecendo, muito menos como acontecia, mas eu estava prestes a começar a gritar.

— Ei, ei, está tudo bem! Calma, Baek, respira.

— Me desculpe. Desculpa, Chan, eu não consigo.

— Está tudo bem, Baek, não se preocupe. Eu não vou ficar bravo com você, foi apenas uma tentativa, lembra? Você não está pronto e está tudo bem com isso.

— Desculpa. Eu não queria estar assim.

— Você não tem culpa, pare com isso. Podemos tentar outro dia, não se incomode. Vamos no seu tempo, com calma, toques sutis… Eu posso esperar.

— Obrigado, Chan. Você é tão compreensivo.

— Não poderia ser diferente. Agora se vista e vá fazer pipoca enquanto eu coloco um filme pra gente assistir antes que você tenha que estudar.

— Claro.

— Chan.

— Sim, Baek?

— Posso te pedir uma coisa?

— O que quiser.

— Você pode me beijar? Tipo, de verdade mesmo? Daquele seu jeito que só você sabe.

— Com o maior prazer.

Tivemos uma sessão quente de beijos antes que eu me levantasse e me vestisse apenas com a camisa social e a cueca. Fiz a pipoca e fui para os braços do cirurgião para vermos um filme de ficção no Netflix.

— Chan…

— Sim?

— E se eu não conseguir mais transar?

— Você vai conseguir, é apenas uma questão de tempo.

— Tem certeza?

— Absoluta. Você é forte e vai vencer esse medo, tenho certeza. Se precisar, eu serei o seu passivo até que você consiga.

— Faria isso por mim?

— Eu faria muito mais por você, Baek. Agora vá estudar um pouco. Vou tomar banho e nos arrumar pra dormir.

— Está bem.

Não demorou pro celular dele começar a apitar sem parar quando ele entrou no banheiro. Eu, curioso que sou, abri a mensagem e fiquei chocado quando vi que era Sehun incomodando.

“VOCÊS FORAM LONGE DEMAIS NISSO, CHANYEOL! UMA MEDIDA RESTRITIVA?! BAEKHYUN É BEM GRANDINHO, NÃO É?! EU NÃO ENCOSTO NELE NEM PAGO MAIS! OLHA O PREJUÍZO QUE EU ESTOU TENDO!

OLHA, VOCÊ PASSOU DOS LIMITES FAZENDO ISSO, CHANYEOL! EU VOU ME VINGAR DISSO!

SE MINHA CARREIRA FOR ABALADA, EU JURO QUE EU ACABO COM VOCÊS!

CHANYEOL!

VOCÊ ESTÁ LENDO! EU ESTOU VENDO! RESPONDE, CARALHO!

EU VI QUE VOCÊ TROCOU A SENHA DO PORTÃO, SEU MERDA! VOCÊ ESTÁ INÚTIL APAIXONADO POR ESSE VERME!

EU JURO, JURO QUE SE ME ACONTECER ALGUMA COISA, EU ACABO COM VOCÊS!”

— O que você está vendo aí, Baek?!