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História More than a Simple Conection - Músicas aos ouvidos de todos


Escrita por: MrsKah

Notas do Autor


Oi moreeees quase que esse capítulo não sai dhquwdhqwui desculpa, eu meio que to ocupada com as minhas aulas de teatro e logo mais vai estreiar a minha apresentação, por isso eu tava sem tempo de escrever, mas o que importa é que o capítulo está postado, certo?

Beijinhos! Boa leitura!

Capítulo 17 - Músicas aos ouvidos de todos


    Às vezes, você não precisa necessariamente saber o propósito de algo do qual está fazendo para que precise fazê-lo, muitas vezes o propósito principal se é perdido e substituído por um outro; normalmente pessoas se embebedam por vários e vários propósitos diferentes, alguns bebendo pela vontade de esquecer os próprios problemas para que consigam resolvê-los depois; outros bebendo porque gostariam de se divertir e por isso recorrem à ajuda alcoólica para que se divirtam mais que o normal; e, há pessoas muito específicas que bebem pelo único motivo de que o sabor é agradável e muito saboroso, uma dessas pessoas sendo: Ravena.

    Mesmo com muita hesitação e todos os seus preconceitos relacionados ao estado alcoólico em si, após experimentar o sabor tão único do vinho de Siracusa, Ravena esqueceu-se profundamente dos efeitos colaterais que uma bebida alcoólica poderia lhe trazer e, por isso, começou a beber despreocupadamente ao lado de Kori e Dick no porão; não sabia descrever exatamente o que sentia, mas devia confessar que não eram sensações ruins, percebeu que estava mais à vontade, na verdade, o que era algo bom, certo? Ainda regrava o que fazia e dizia na presença de ambos, mas era completamente diferente agora. Se sentia confortável, com o peso do medo de julgamento sendo completamente retirado das suas costas conforme continuavam interagindo juntos; percebeu também que iniciar e manter uma conversa  havia se tornado muito mais fácil, não sabia dizer especificamente o porquê, mas se tornava potencialmente mais falante, tendo coragem de fazer mais perguntas. Se soubesse que a bebida poderia lhe trazer coisas boas, não teria julgado tanto inicialmente.







 

    — E lá se foi a segunda garrafa de vinho… — Comentou Richard ao tentar re-encher o seu copo, mas caindo somente uma única gota solitária da garrafa vazia para dentro do outro recipiente também vazio.

 

    — Mas já?! — Koriand’r exclamou em surpresa, olhando rapidamente o próprio copo para verificar se precisaria de algum refil, suspirando aliviada por ainda estar meio cheio.

 

    — Ainda tem mais? — Indagou a garota de cabelos arroxeados, sentindo uma pequena ponta de tristeza com a possibilidade de não poder mais beber.

 

    — Temos, eu vou ir pegar. — O maior precisou se apoiar no barril ao seu lado para se levantar, caminhando até onde as caixas estavam amontoadas no porão; se aproximou de uma que estava aberta, pegando outra garrafa de vinho e voltando para perto das garotas. — Essas caixas ainda vão durar por bastante tempo. — Comentou positivo, se sentando novamente.

 

    — Mesmo com todo mundo?

 

    — Humph, todo mundo? — Riu, enquanto enchia seu próprio copo. — Somos os únicos bebendo vinho, e vamos continuar sendo, até que o rum acabe.

 

    — Se depender do amigo Jeremy, isso nunca vai acontecer. — A rosada falou entre risos, bebericando a sua bebida.

 

    — Pensei que eles não tinham muitos critérios em relação à bebidas, principalmente alcoólicas. — Ravena falou inocentemente.

 

    — O Gar fala que com o rum, ele consegue saber que está ficando bêbado de verdade. — Dick comentou com um sorriso pequeno e específico, como quem dizia em silêncio que era uma das frescuras dele.

 

    — O amigo Viktor disse que isso é bebida de gente fraca. — Kori falou com um revirar de olhos.

 

    — Então… vinho é mais fraco que rum? — A menor questionou curiosa, analisando bem a bebida no seu copo antes de tomar mais um gole.

 

    — Depende do vinho… como também depende do rum. — Deu de ombros. — Eles dizem que rum é mais forte porque o gosto do álcool é mais aparente.

 

    — Oh, eu consigo compreender melhor agora… — Murmurou balançando a cabeça. — No final é só mais uma frescura. — Richard ia beber mais alguns goles quando escutou o comentário da menor, precisando afastar o copo da boca enquanto ria alto, concordando com a cabeça várias vezes.

 

    — É… hahahaha… no final é só mais uma frescura que eles inventaram. — Concordou, retomando o fôlego.







 

    A partir disso, o assunto tornou-se apontar todas as frescuras insignificantes que os piratas inventaram dentro do navio, no final, o prêmio de vencedor como pirata mais frescurento indo diretamente para: Garfield, tendo em disparada muito mais exigências e regras do que todos os outros da tripulação.

    Aos poucos, por causa da bebida o ambiente foi ficando mais quente; a cada gole, a empata sentia a bebida ir esquentando ainda mais o seu corpo, chegando ao ponto que sentisse calor e fosse necessário que tirasse o capuz, revelando seu rosto acinzentado com as bochechas coradas e quentes, demonstrando o quanto a bebida estava lhe afetando.







 

    — Own… a amiga Ravena está corada! — A semideusa comentou num tom alegre e, sem que tivesse qualquer controle das próprias ações, a abraçou com força.

 

    — E-Estou…? — Indagou um pouco preocupada, contudo pela primeira vez não a afastou do abraço, mesmo que também não o retribuísse. — Isso é normal? — Olhou para o príncipe.

 

    — É… você está. — Riu de leve. — Mas está tudo bem, é normal, sim. Principalmente porque você é muito pálida, então fica mais aparente. — Respondeu de uma forma calma para que ela não ficasse mais tão ansiosa com aquela situação.

 

    — Relaxa, amiga, você fica linda desse jeito!

 

    — Ah… está bem. Obrigada, Kori. — Esboçou um sorriso pequeno.

 

    — Eu estou tão feliz que você está aqui bebendo e conversando com a gente! Nunca conversamos consecutivamente por mais de uma hora!

 

    — Mais de uma hora? Já se passou tanto tempo? — Olhou na direção da escada, precisando se inclinar bem para que conseguisse ver o céu do lado de fora, se surpreendendo que já havia escurecido totalmente.

 

    — Viu como o tempo passa rápido quando nós estamos nos divertindo? — Comentou entusiasmada, enfim soltando a menor do abraço.

 

    — …. está bem, dessa vez eu irei admitir… beber é… legal.

 

    — E você se perguntando qual a graça. — Comentou o príncipe, sentindo necessidade de se espreguiçar antes de ficar em pé, já estava sentado há um tempo considerável.

 

    — Fico feliz que eu descobri da melhor forma. — Balançou a cabeça.

 

    — Sabem o que poderíamos fazer?! Cantar e dançar! — Levantou-se entusiasmada, já começando a dançar a bater os pés no chão mesmo sem nenhuma música sendo tocada ou cantada.

 

    — Você quer dançar agora, meu amor? — Questionou o noivo com um riso fraco, incerto se teria o devido equilíbrio.

 

    — Sim! Por que não chamamos os outros!? Tudo o que esse navio precisa agora é de música! — Falava radiante.

 

    — Ah… tudo bem, vai na frente. — Se deu por vencido, sabendo que não adiantaria recusar… sequer havia um motivo real para recusar.

 

    — Glorioso!! Vamos, amiga Ravena! Vamos fazer aqueles homens levantarem o astral do quimera! — Kori falava de forma empolgada e determinada, não esperando a resposta da menor para puxá-la consigo.







 

    Ravena não tinha esse desejo tão profundo pela dança, mas era como se de repente não fosse uma má ideia, também achava que estavam precisando de um pouco de música, eles sempre bebiam com música, achava um pouco injusto não ter algumas quando era logo a sua vez. Olhou curiosidade ao redor, Logan estava no leme, como sempre, parecia sério, guiando com a mão e em silêncio um dos rapazes que estava ajustando a vela, estava uma brisa suave, mas não era gelada; ele percebeu a sua presença, olhando diretamente na sua direção sem mudar a expressão, um olhar intenso. Incomodada, quebrou o contato visual, procurando por Viktor ou Jeremy, não sendo difícil vê-los ao longe, conversando ao limite do convés.







 

    — Viktor está ali. — Comentou para a semideusa.

 

    — Onde? — O procurou, não sendo muito difícil de achar. — Ah, achei. — Sorriu, logo olhando para a amiga. — Quer falar com eles?

 

    — … sim. — A sombra de um sorriso passou pelos seus lábios, tomando a iniciativa de andar na direção de ambos os piratas, sendo quem puxava Kori dessa vez.

 

    — Olha só quem estava demorando pra aparecer. — Viktor comentou ao notar a aproximação das garotas, Jeremy se virou para trás, sorrindo ao vê-las.

 

    — Olha, você ainda me deve uma história com muitos detalhes.

 

    — Eu? Eu contei uma história com tudo o que vocês precisavam saber. — A arroxeada respondeu ao estar ao seu lado e cruzou os braços.

 

    — Eu quero saber mais!

 

    — Acho que se a amiga Ravena beber mais dois copos de vinho, ela conta. — Dizia entre alguns risos com a intenção perversa.

 

    — Espera aí, você bebeu? — O maior olhou surpreso para a empata, só então reparando o seu rosto mais corado que o normal e o fato estranho de ela estar sem capuz agora.

 

    — Eu só experimentei. — Deu de ombros, indiferente. 

 

    — Experimentou três copos.

 

    — Eu queria ter certeza.

 

    — Certeza do quê? — Jeremy perguntou meio desconfiado se ela já estava bêbada.

 

    — Se eu iria gostar.

 

    — E gostou? — Viktor cruzou os braços, um riso de canto em seus lábios grossos.

 

    — Gostei. — Ele riu, riu alto o suficiente para chamar a atenção do resto da tripulação, achando engraçado que ela falava que gostava de alguma coisa de uma forma tão inexpressiva.

 

    — Podem dar os créditos à mim, eu que fiz ela gostar. — A semideusa falava de uma forma convencida, apontando para si mesma.

 

    — Obrigado, Kori. — Viktor ergueu seu gancho em agradecimento. — Achei que já era caso perdido.

 

    — Muito obrigado, filha de Eros, por ter feito mais uma pessoa entrar para a vida do alcoolismo. — O loiro falava de forma exagerada antes de rir.

 

    — Não há de quê. — Riu de todo o jeito teatral do menor. — Bom, meninos, nós temos uma missão para vocês. — Dizia com os seus olhos verdes radiantes.

 

    — Qual missão? Não deixar a Ravena ficar bêbada demais e passar mal?

 

    — Não, essa é minha. — Abraçou os ombros da empata por detrás das suas costas, apoiando o queixo no topo da sua cabeça. — Queremos música.

 

    — Hm…. o capitão não parece estar muito afim de música, sinto muito meninas. — Viktor falou mais desanimado.

 

    — Oh não… por favor amigo Vik, esse navio está muito quieto!

 

    — Olha, Kori, por mim a gente já estaria tocando música há muito tempo, mas o capitão já disse que não quer ver a gente de vadiagem hoje.

 

    — Tem certeza? — A bruxa se intrometeu no assunto, fazendo toda a atenção virar na sua direção, mas ignorou. — Você é o melhor amigo dele, Viktor, você consegue fazer ele mudar de ideia.

 

    — Sabe que eu não posso passar pelas ordens dele.

 

    — Eu estou falando para você ir convencer o seu melhor amigo, não o seu capitão. — Disse finalmente esboçando alguma expressão, arqueando uma sobrancelha e abrindo um sorriso de canto pequeno. O que o fez ficar minimamente surpreso, mas sorriu, concordando.

 

    — Está bem, eu vou ir falar com o Gar… me desejem sorte. — Se desencostou da parede, andando na direção do deque do leme.

 

    — Hmmm…. alguém aqui consegue ser persuasiva, quando quer. — Jeremy deu um toque no braço da menor.

 

    — Vocês não vão me deixar a noite inteira, não é?

 

    — Nem um pouco! Hahahahaha. — A rosada lhe abraçou.







 

    Garfield viu o imediato vir andando pelo convés, assistindo-o subir os poucos degraus com uma expressão de quem não queria nada, mas não era como se fosse um completo tapado e não fosse perceber suas intenções, ou as intenções de quem pediu para ele alguma coisa. Suspirou, balançando negativamente a cabeça e olhou para a frente, se concentrando nas estrelas pelo horizonte.







 

    — Não. — Falou frio.

 

    — Eu nem disse nada. — Respondeu na defensiva, colocando-se ao seu lado e, encostando-se na pilastra do corrimão, ao terminar de subir a escada.

 

    — Você não precisa dizer alguma coisa, te conheço o suficiente para saber que você quer algo e a resposta é: não. 

 

    — Eu posso pelo menos pedir, antes de você negar? — O esverdeado suspirou com pesar, apoiando o cotovelo no leme para poder apoiar a testa na própria mão, olhando na direção do maior. Vik o olhou incisivamente, não sabendo se ele havia concedido ou não.

 

    — Fala de uma vez, caralho.

 

    — Podemos tocar uma música?

 

    — Não.

 

    — Só uma música.

 

    — Não.

 

    — As meninas que estão pedindo.

 

    — … sim, eu percebi que a Kori quer música.

 

    — Eu disse meninas. Termina com “S”. — Garfield acabou bufando ao escutar a resposta do amigo, se perguntando por que de repente todos ao seu redor achavam que era analfabeto, ou no caso da bruxa, um completo acéfalo incapaz de alcançar qualquer nível da inteligência.

 

    — Porra, eu sei que termina com “S”, caralho. — Xingou, mostrando o dedo do meio. — O que você quis dizer com meninas? A Ravena também quer música?

 

    — Sim… por incrível que pareça.

 

    — A Ravena? Aquela que torce o nariz com cheiro de rum e se tranca na minha cabine?

 

    — Ela estava contando história com a gente lá embaixo. — Comentou com um riso enquanto dava de ombros. — Até as bruxas gostam de música, Gar, elas fazem rituais com músicas, afinal.

 

    — Hm… É verdade… Outro motivo para que eu diga: não. Não vão tocar música. — Se ergueu, ajeitando a postura novamente e voltou a olhar para o horizonte, acabando por encontrar um par de olhos lilás olhando na sua direção. 

 

    — Isso é sério? Você vai… — O pirata continuou falando, mas era como se tivesse ficado surdo por alguns segundos.

 

    Sempre era estranho manter esse contato, mas a cada vez era como se de repente todo o sentido das coisas mudasse e, a única da qual era capaz de compreender, eram aqueles olhos incríveis. Tão intensos, tão únicos, mesmo que mudasse radicalmente a própria aparência, ainda seria capaz de reconhecê-la com uma mera troca de olhares. Sabia que ela pensava a mesma coisa. Talvez quase a mesma coisa, mas tinha que ser algo parecido. Conseguiu analisar o seu olhar mais descontraído do que em todas as outras vezes, sendo capaz de ler o seu sentimento. Parecia um pouco atordoada, meio confusa, mas não de uma forma ruim. 

Não sabia se estava enlouquecendo, ou era a força daquele olhar que estava lhe fazendo delirar, mas era como se estivesse colado em seu rosto, conseguindo ver todos os mais mínimos detalhes da sua pele pálida e perfeita. Via suas bochechas levemente coradas, esboçando um sorriso pequeno conforme continuava a analisar o seu rosto.

 

    — Olha, se você se jogar desse deque, eu não vou colocar seu braço de volta no lugar de novo. — Viktor deu um toque no seu pé com a ponta da sua perna de pau, despertando o esverdeado do seu transe.

 

— Hm? Ah… não.

 

    — … ? Não, o quê?

 

    — Não vai ter música.

 

    — Você me ignorou por cinco minutos para voltar nesse assunto? Garfield, está bêbado?

 

    — Do que a gente estava falando?

 

    — De nada, você ficou olhando para a proa em silêncio, ficou parecendo um retardado.

 

    — … eu achei que tinha visto alguma coisa na água. — Suspirou. — Bom, já terminou?

 

    — Não, eu estou esperando você parar de ser capitão e ser o Gar, o meu melhor amigo. — Ele bufou, massageando o próprio rosto com ambas as mãos enquanto respirava profundamente, ele não terminaria com aquele assunto e já estava cansado.

 

    — Me serve uma garrafa de rum e daqui vinte minutos, você pode voltar e tentar me convencer. — Suspirou, se apoiando no timão.

 

    — Agora sim. — Sorriu.







 

    Era a quinta música quando Kori decidiu que pediria uma da qual estava com vontade de dançar; se mexia e remexia sem transpirar uma única gota com suor, já tendo dançado com Jeremy, Flynn e com Dick duas vezes. A empata sentia-se cansada apenas em assistir, principalmente porque não sabia dançar, então a fadiga de ficar se retorcendo sem ritmo enquanto todos cantavam seria maior, com certeza; o problema era que todas as músicas tinham uma melodia que contagiava e lhe dava vontade de dançar, mas apenas batia o pé no chão para aliviar a tensão; bebia outro copo de vinho, sendo servida por si própria e, vez ou outra compartilhando alguns goles com o príncipe, não querendo beber sozinha.

    Às vezes olhava para o deque de cima, Logan se mantinha controlando o timão, bebericando fez ou a outra a garrafa de rum e batucando os dedos na madeira conforme a música, de repente pensou que ele estava bonito. Não, ele não estava, ele era bonito, muito bonito, com certeza. A brisa do mar fazendo os seus cabelos verdes esvoaçarem para trás o deixava mais charmoso, talvez o único problema dele fosse abrir a boca, com certeza.







 

    — Vem, amiga Ravena! — Koriand’r falou entusiasmada, estendendo as mãos para incentivá-la a se desencostar do mastro principal.

 

    — Hm? — Tomou um leve susto ao notá-la se aproximar, estando distraída demais olhando para o capitão. — Vamos aonde?

 

    — Dançar!

 

    — E-Eu não sei dançar Kori.

 

    — E quem se importa? Vamos dançar juntas!

 

    — Eu me importo…. Não posso passar essa vergonha.

 

    — Você não vai passar vergonha, amiga, já viu o Cálico dançando?

 

    — Mesmo assim, é melhor eu só assistir você.

 

    — Ah não! — Falou mais autoritária e pegou a mão da menor, guiando o copo para a sua boca e fez questão de que ela bebesse todo o vinho que tinha no copo, acidentalmente escorrendo um filete da bebida pelo canto da sua boca. Arfou sem fôlego, dando algumas tossidas enquanto tentava processar a sua mente ficando mais bêbada tão depressa, segurando-se nos ombros da semideusa para ter certeza que não iria cair. — Agora você quer?

 

    — K-Koriand’r! Eu podia ter morrido afogada, sabia? — Tossiu mais algumas vezes.

 

    — Até parece, vamos, você vai mexer essas pernas e tudo vai ficar melhor em segundos.

 

    — Argh, se eu for dançar essa música você promete que não vai me enfiar vinho goela abaixo de novo? — Bufou, balançando a cabeça algumas vezes.

 

    — Sim

 

    — Ótimo. — Revirou os olhos.







 

    A empata retirou a própria capa, indo até a cabine do capitão para jogá-la sobre a cadeira na escrivaninha e saiu, fechando a porta logo em seguida. Aproximou-se da semideusa, incerta de como deveria se mexer. Contudo, mesmo que pudesse dançar melhor, a maior fazia passos mais simples e repetitivos, pegando na sua mão gelada para lhe forçar a se mexer para que dançassem juntas, teria que tentar, pelo menos. Tentou a imitar, sendo consequentemente mais lenta e menos suave, com movimentos sólidos e travados, mas estava dando o seu melhor; aos poucos a risada e a empolgação que ela emanava foi contagiando-lhe, começando a dançar mais descontraidamente, um sorriso enfeitando o seu rosto vermelho conforme achava que dançar se tornava uma ação mais divertida e interessante. Foi girada, fazendo com que a tontura da bebida lhe fizesse dar um passo torto e perder o equilíbrio, mas se manteve em pé e continuou dançando, chegando a rir.







 

    — Hm… Então você está se divertindo… — A voz medonha e assustadora de Trigon soou pelos céus infernais, assistindo tudo o que eles faziam naquele navio através do seu cálice de sangue, rindo sozinho com a ideia de estragar toda e qualquer felicidade que a primogênito sentia em muito tempo. — Por favor, me deixe fazer parte da trilha sonora… — Ele assobiou na direção do seu cálice, rodando o mesmo na própria mão para fazer o líquido se mexer, rindo maldoso.







 

    Subitamente um vento frio uivou alto, sendo forte para apagar todas as velas e lampiões espalhados pelo navio, o deixando escuro; a água ficou mais agitada, fazendo com que a embarcação balançasse com mais força para os lados, fazendo com que Ravena quase caísse no chão, sendo segurada pela amiga, que já não dançava mais; nuvens maciças e pesadas se formaram logo à frente, disparando raios e trovões na água, o que fez com que a música e a cantoria parasse completamente e apenas restasse os sons do mar ficando violento. Todos se entreolharam surpresos e confusos antes de direcionarem o olhar diretamente ao capitão, que estava igualmente confuso. O céu estava completamente limpo, sem uma única nuvenzinha para atrapalhar a noite estrelada, aquela tempestade surgiu completamente do nada. Respirou fundo, ficando sério novamente antes de adquirir um semblante mais determinado, trocando o tapa-olho de lado para enxergar entre toda a escuridão.







 

    — Desçam ao porão e se certifiquem de que nossos mantimentos estão bem amarrados e firmes! Preparem as velas! Quero elas prontas para suportarem essa tempestade, agora! Jeremy, quero que você me dê uma posição!

 

    — Sim, senhor, capitão! — Exclamou guardando a sua flauta e correu para pegar uma corda, a cortando para chegar ao topo do mastro com mais rapidez. Olhou ao redor, estava escuro demais para enxergar onde a tempestade seria menos intensa, bufou, teriam que conseguir a sorte. — ESTAMOS SEM POSIÇÃO! — Gritou alto de lá de cima.

 

    — Porra… — Bufou. — Viktor, preciso da rota mais rápida para ilha mais próxima! 







 

    Em segundos, tudo no quimera se tornou um caos, todos correndo de um lado para o outro, afobados em fazerem todos os preparativos para que a tempestade não os matasse; se tornava tudo pior a cada segundo, não tinham visibilidade, Garfield tentava guiar para o navio para o sudoeste, mas era como se o oceano quisesse levá-los para as suas profundezas, com ondas grandes e uma correnteza que não se podia ir contra. A bruxa, por sua vez, percebeu algo que ninguém mais poderia ter visto: os três pares de olhos por entre as nuvens escuras, arregalando os olhos um pouco incrédula e paralisando de medo. O livro. Aquele maldito livro. Aquele maldito cadeado que precisava do seu sangue. Seus lacres de magia para não ser encontrada não funcionavam mais. Agora ele poderia lhe rastrear. Aquela tempestade… Talvez se usasse magia, conseguiria pará-la, precisava tentar, nem que para isso destruísse aquelas malditas algemas.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Desculpem os erros gramaticais, às vezes passa mesmo com revisão.

Nesse capítulo tivemos muita coisa né dwiquhbduqiwh
A Ravena descobrindo o mundo alcoólico e rindo PELA PRIMEIRA VEZ desde o início da fic!

Não esqueçam de comentar (sei que é chato mendigar, também não gosto), por favor, me digam a opinião de vocês, mesmo que seja de poucas palavras, amo interagir com vocês e saber o que vocês pensam! S2


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