Garfield suspirava de forma exausta, se levantando com dificuldade do piso de madeira do convés; olhou desnorteado ao seu redor, alguns pedaços de madeira espalhados pelo navio lhe faziam lembrar vividamente da tempestade violenta que passaram. Jeremy estava preso por entre as cordas enroladas ao redor do seu corpo, mas isso parecia não ser tão relevante quando o mesmo se encontrava desacordado, mesmo que pendurado de cabeça para baixo e com uma posição nada confortável; Flynn afastava a pilastra do corrimão de cima de seu corpo, arfando em alívio por conseguir respirar sem sentir o peso da peça de madeira. Vislumbrar aquela pilastra quebrada fez com que os olhos verdes do capitão olhassem diretamente para a escada, sentindo uma parcela de dor em seu peito por ter a confirmação que uma parte do seu navio estava quebrada, de novo. E de novo por culpa daquela bruxa maldita.
”Mesmo que fosse experiente e aquela não fosse a primeira tempestade que estava enfrentando, ainda era difícil manter o controle de tudo, principalmente porque não era qualquer tempestade, era tão intensa e mortífera quanto às do Triângulo das Bermudas. Tinha uma pequena esperança que conseguisse sair, mas não conseguia se manter concentrado quando no meio de toda a chuva pesada e o vento frio e cortante, havia um único ponto roxo sozinho na beirada do navio, disposto a cair na água. O que Ravena estava fazendo? Acabaria se matando se não se trancasse logo na cabine, por que ainda não havia se trancado na cabine?
— Ravena! — A chamou num tom alto. — Vá para dentro, agora! — Ordenou autoritariamente, sendo completamente ignorado, claro que seria ignorado, ela tinha que ser tão teimosa. Não podia sair da navegação agora, todos os outros homens estavam ocupados com as suas outras obrigações, não via Dick ou Kori, talvez estivessem no porão ajudando com os mantimentos. Questionava aos Deuses o que havia feito para merecer aquilo. — RAVENA, CARALHO, SAI LOGO DAÍ! — Ela continuava ignorando, estava surda?! Rosnou frustrado, sentindo de repente o leme começar a ficar mais pesado por causa da correnteza ficando mais forte.
— Capitão, precisamos ir para o norte! — Viktor falou com pressa ao sair de dentro da cabine. Olhou para a bússola, estavam indo para o leste, aquela maldita tempestade os puxando para o Sul, estava ficando sem alternativas. O problema era que não tinha tempo sequer para pensar, mesmo antes que pudesse abrir a boca para pedir que auxiliasse se segurança da garota, uma enorme onda se formou bem diante do navio, ela iria cair se não se segurasse.
— RAVENA! — Berrou, largando o timão, o que fez com que o mesmo girasse descontroladamente para a direita. Pulou de cima do deque, correndo às pressas até a arroxeada, pegou a sua cintura com violência, a colando em seu corpo para ter a garantia de que a manteria segura e usou o outro braço para agarrar o mastro. A água da onda invadiu violentamente o convés, fazendo com que escorregassem no chão e sendo necessário que usasse toda a sua força para que não escorregassem pelo piso e acabassem caindo. — Porra! — Resmungou com a dor no braço, sem querer soltando ao ter o impacto do casco do barco batendo com força na água ao cair do alto da onda, o usando para abraçar o corpo pequeno da moça que chegava a tremer, não sabia se era por causa do frio, o medo ou por qualquer outra coisa. — Você ficou surda, de repente?! Você podia ter caído! Nós dois podíamos ter caído! — Brigava, olhando-a com as sobrancelhas franzidas.
— Logan… — O chamou um pouco sem fôlego, sendo difícil de processar exatamente todos os eventos de uma vez, não deveria ter bebido, sabia que era uma péssima ideia em qualquer ocasião, por que nunca confiava em seus instintos?
— Garfield! — Viktor berrou de cima do deque do leme, o segurando para que o navio voltasse a ter algum controle. Apontou para a proa com o seu gancho. Uma outra onda.
— Merda… — Resmungou, ainda estavam deitados no chão, não tinha tempo para se levantar e não tinha onde se segurar. Não acreditava que morreria por culpa de uma bruxa suicida.
— Argh… — Ravena grunhiu frustrada e com dor, ter o pulso queimado e agora a água salgada piorando tudo apenas lhe deixava mais desesperada, mas não poderia deixar de tentar. — Azarath Metrion Zinthos! — Disse alto, seu anseio em não ser levada pela onda sendo mais alto que a dor em seu pulso. Conseguiu segurar-se junto ao rapaz no mastro principal com a magia, como se o tivesse laçado para se manterem à bordo. Assustou-se quando seu corpo fora envolto pela magia negrusca, olhando desesperado para os lados, querendo ter certeza de que não estava louco e vendo coisas, antes de olhar para a menor, que estava usando todas as forças para ignorar as algemas. Sentiu a água se chocar com força contra seu corpo, todavia não foram arrastados junto com ela, o que lhe fez arfar aliviado quando passou. — Porra, eu consegui?! — Falou surpresa consigo mesma, a magia se recolhendo de volta para as suas mãos.
— Demos sorte, agora se tranca logo naquela porra daquela cabine! — Falava enquanto se levantava, a ajudando a fazer o mesmo.
— Não! Eu preciso parar isso!
— O quê?! Parar isso?! A tempestade?
— Óbvio, o que você acha que é?! Se me deixar usar os meus poderes… — Ele a interrompeu.
— Não! Você não vai usar! Agora vai logo para a minha cabine!
— O quê?! Você não viu o que eu acabei de fazer?!
— Vi, e olha o que isso fez com o seu pulso de novo! Sua mão ainda vai cair!
— Não vai cair se você me libertar dessa algemas desgraçadas!
— Eu não vou falar disso de novo, agora vai! — Bufou, a pegando pelo braço e a puxou com mais brutalidade na direção da cabine, abrindo a porta e a jogando ali dentro.
— Logan! Eu posso ajudar!
— Eu não preciso da sua ajuda. — Pegou a chave do lado de dentro da fechadura, batendo a porta com força antes que ela tivesse pressa para tentar sair e trancou.
— Logan! — Bateu na porta, tentando abrir. — LOGAN! LOGAN ME TIRA DAQUI AGORA! ME TIRA DAQUI SEU GRANDE FILHO DE UMA PUTA!"
O esverdeado soltou um longo suspiro, saindo de perto da cabine para voltar ao deque do leme, precisava se concentrar em sair daquela tempestade agora, lidaria com as exigências e todos os gritos irritantes daquela bruxa depois. Se saíssem vivos.”
Garfield passou as mãos pelos cabelos, seu corpo possuía vários hematomas doloridos, dos quais sequer lembrava-se onde haviam sido feitos, contudo, o que mais lhe deixava desorientado e com um péssimo humor, era a dor de cabeça terrível que sentia, chegando a fazer seu crânio pesar; olhou melhor pelas extremidades, estavam atracados numa ilha da qual não reconhecia, porém, era grande, vasta, uma vegetação densa se formava por toda a sua extensão, até as altas montanhas, pelo menos poderia consertar o navio; procurou por Viktor, não sendo difícil encontrá-lo, na escada do mastro principal, puxando o corpo pendurado de Jeremy para poder cortar as suas cordas, não conseguia escutar direito, assumiria que o maior estava zombando do seu Matelot, como sempre. Conseguiu ver o casal de noivos saindo de dentro do porão com baldes cheios de água salgada, a jogando para fora, Dick tinha a cabeça enfaixada, além de parecer estar com um péssimo humor. Procurava por mais tripulantes, seus homens focados em ajudar uns aos outros, mas não via Ravena. A única que não poderia sumir.
Se apressou em entrar na cabine, que estava uma verdadeira bagunça, chegou a verificar mais ao fundo, entretanto, ela não estava lá, não estava no navio; seu coração imediatamente disparou, o suor descendo frio na lateral da sua cabeça enquanto andava com pressa, disposto a verificar se estava no porão; nada. Ela não poderia fugir, caiu do barco no meio da tempestade? E se tivesse morrido afogada? Não, impossível, uma tempestade não poderia ter estragado tudo. Subiu as escadas com pressa, vasculhando o navio uma nova vez; tateou o próprio corpo, com pressa em pegar sua luneta e uma corda, se tivesse fugido por aquela ilha, iria vasculhar cada árvore, arbusto, caverna ou seja lá onde estivesse, a encontraria. Estava checando as algemas enquanto, se aproximou da escada para descer do navio, foi quando um pouco ao longe, antes mesmo que os objetos mágicos pudessem exercer sua função, viu a imagem pequena e desacordada da garota; suas pernas apenas se mexiam por causa das ondas fracas que viam e a mantinham molhada, tinha uma expressão tão calma e serena, sua pele era tão pálida que parecia morta. Poderia estar morta. E SE ela estivesse morta?! O capitão imediatamente gelou, sentindo seu cérebro ter um colapso forte antes de voltar a se mover para fazer alguma coisa; alcançou uma corda que estivesse pendurada para a ponta do mastro e se balançou para descer mais rápido; aterrissou no chão de uma maneira desajeitada, tropeçando algumas vezes para frente até que finalmente apenas caísse, porém, isso não foi o suficiente para que parasse de se mover, tentando se levantar com pressa para que conseguisse chegar ao corpo da arroxeada.
Ao estar diante de sua pequena figura frágil, prendeu o ar, se abaixando para conseguir checar o seu pulso. Nada. Segurou em seus braços, balançando seu corpo para que reanimasse, mas permanecia completamente imóvel.
— Ravena! Acorda, Ravena! — A balançou mais desesperadamente, arrumando seu corpo no chão antes unir as mãos na região do centro de seu tórax, massageando o local de uma forma precisa. — Caralho, Ravena, por favor, acorda. — Balbuciou em desespero, segurando seu rosto com cuidado para tampar o seu nariz e unir seus lábios, soprando ar para dentro da sua boca.
O problema foi quando subitamente sentiu um golpe arrebatador no rosto, precisando colocar a mão na areia para apoiar o corpo e não cair totalmente no chão; pressionou o próprio rosto com a mão livre, tentando ter certeza de que não estava ficando louco de vez e procurando de onde veio o seu agressor, vendo nada mais do que o punho pequeno da menor erguido na sua direção; olhou assustado para a sua imagem novamente, se deparando com os dois pares de olhos grandes e vermelhos no seu rosto. Engoliu em seco, conhecia aquela feição demoníaca e tinha medo todas as vezes! Não! Ravena não poderia lhe matar agora! Tinha tanto o que viver! Sequer estava perto dos trinta anos ainda!
— QUAL A PORRA DO SEU PROBLEMA?! — Brandiu furiosa, limpando a boca com força antes de se sentar na areia e o empurrar.
— Qual o SEU problema?! Eu achei que estava morta! O seu coração não bate?!
— Argh! Como eu queria estar, agora! Seu imbecil! — Ameaçou querer ir atrás dele para atacá-lo novamente, porém, o mesmo já havia sido mais rápido em se levantar e se afastar depressa.
— Por que eu estou sendo atacado, aqui?! Não deveria estar feliz que eu estaria disposto a salvar a sua vida?
— Me sinto enojada. — Rebateu num revirar de olhos, os fechando por breves segundos, até que o outro par apenas desaparecesse. Suspirou, se levantando com um pouco de dificuldade por causa da dormência de seu corpo.
— Mal agradecida… — Resmungou baixinho.
— Mal agradecida? Mal agradecida?! Ora, muito obrigada ó grande capitão Garfield Logan, por ter quase matado TODOS NÓS.
— EU quase matei todos vocês?!
— Vai me dizer que não se lembra?! — Franziu as sobrancelhas.
“Fraca. Impotente. Incapaz. É tudo o que eu sou. Eu sou uma completa inútil. É exatamente isso o que eu sou. Não só pra mim mesma quanto para os outros, claro que eu sou inútil. Sou uma prisioneira. Uma bruxa, um monstro. É claro que eu não vou ser uma opção. Sempre vou ser subestimada. Principalmente quando o meu obstáculo é justamente a PORRA de um filho da puta chamado Garfield Logan. O que eu preciso fazer para ser levada à sério?! É por que eu não sou a porra de um pirata sujo, porco e que vive em condições inaceitáveis e insalubres?! Ou eu precisaria me libertar sozinha dessas algemas e baní-lo para algum plano astral pela eternidade para ganhar um mínimo de respeito?! Ele fica velejando o dia e a noite inteira, olha as estrelas como um lunático, como não foi capaz de enxergar todos aqueles pares de olhos imensos no meio das nuvens?! Ele é um retardado, um acéfalo, o mais completo filho de uma puta, eu o odeio! Eu te odeio, eu te odeio, Garfield Logan, eu te odeio!
Passei as mãos pelos cabelos molhados, a água do mar salpicando uma nova vez no meu pulso doente, a dor era indescritível, mas a minha raiva era potencialmente muito maior para que eu reagisse, na verdade, meu pulso se queimava com tanta frequência que já era uma sensação comum, sempre curava, de qualquer jeito. Respirei fundo, queria chorar porque doía, mas sequer esse gosto eu vou dar para Trigon ou Logan, para nenhum deles. Tentei me levantar da cadeira, mas o navio não parava de balançar, eu não tinha equilíbrio nenhum para conseguir ficar parada e para variar, não tinha como começar a voar por culpa daquelas malditas daquelas algemas miseráveis!
Ficava escutando todos os passos acima da minha cabeça, era difícil escutar direito por causa do som alto de trovões e a chuva intensa, principalmente as ondas que vinham sem parar; o piso estava encharcado, junto com a maior parte dos móveis ali dentro, tudo estava um caos. Um completo caos. Eu vou sair dessa cabine, vou socar aquele nariz com o osso marcado e tão perfeitamente simétrico e vou obrigar ele a me libertar dessas algemas malditas, nem que eu o deixasse demente para que isso acontecesse. Tento usar a cadeira para arrastá-la e conseguir me equilibrar para voltar para perto da porta, olhando com atenção para a mesma. Estudei a porta com mais atenção, não parecia ser tão difícil de arrombar, talvez… Argh, se eu tivesse a minha magia eu já teria feito um feitiço para destrancar. Respirei fundo, tinha que tentar.
Chutei abaixo da maçaneta com toda a minha força, sendo possível ser escutado para o som forte do golpe na madeira, mas a mesma permaneceu intacta. Bufei, estava cansada, meu corpo querendo entrar em choque por causa do ferimento, não queria pensar na dor. Respiro profundamente, eu só preciso chutar essa porta forte o suficiente para que ela pelo menos quebre a tranca. Segurei nos braços da cadeira com força, usando toda a força que tinha para chutar o mesmo lugar; o som do impacto fora forte, mas eu consegui escutar o som da madeira trincando, me aproximando rápido para ter certeza, mas não conseguia ver nada, talvez tenha trincado por dentro. Porra, outro chute? Argh, Logan, eu vou fazer questão de tirar aquelas algemas e te torturar pelo resto da sua vida. Tiro meus cabelos da frente do rosto, era difícil enxergar direito, os prendo num rabo de cavalo feito de qualquer jeito; faço de novo, seguro-me na cadeira e com o resto da força que tinha, chutei a porta uma nova vez. A área da tranca adquiriu uma rachadura clara ao seu entorno após o estrondo do chute; me aproximo da maçaneta, tentando puxar a porta para que eu finalmente estivesse livre, mas ela movia somente alguns centímetros. Do que era feita aquela porta? A madeira mais forte do mundo?
Só mais um, eu só precisava dar só mais um chute e graças a Azar, aquela merda daquela porta iria abrir, ou eu realmente desisto de vez e deixo tudo nas mãos do homem mais inútil de todos. Chutei, a tranca se desprendendo do resto da madeira e a porta se espancando por causa do vendo forte. Há! Eu sabia que eu ia conseguir! Vai se foder, Logan! Respiro fundo, saindo de vez daquela maldita cabine. Mas era melhor estar lá dentro, estava pior do que se era possível escutar de lá de dentro. Kori, Dick, Flynn e Erasto tiravam a água de dentro do porão às pressas, se esbarrando vez ou outra e se atrapalhando; Jeremy cuidava de relatar o posicionamento pela parte de cima, sempre se balançando pelas velas para olhar os diferentes ângulos por todos os mastros; Cálico, Matias e Tristan alternavam suas tarefas de acordo com as ordens de Logan, enquanto Viktor se mantinha concentrado na navegação do navio.
Os raios eram visíveis pelos céus, os trovões altos e ensurdecedores, e aquele rosto… aquela feição que só eu estava conseguindo ver. Trigon. Conseguia escutar sua risada morbidamente sarcástica apenas pelo seu olhar. Decidida, me viro na direção do deque de cima, subindo as escadas com pressa, empurrando o corpo alto e magrelo daquela coisa verde com raiva.
— Ravena?! Como você…?! — Logan se debruçou no parapeito do deque, pude ver a sua movimentação confusa e impressionada, se virando para mim um pouco inacreditado. — Você arrombou a porta?!
— Nós vamos morrer e você está preocupado com a porra da porta?!
— Nós não vamos morrer! Eu sei lidar com a situação! — O navio se bateu contra uma onda forte, o chão tremeu potencialmente, me fazendo perder o equilíbrio e cair para trás, tendo sorte do parapeito me segurar, pois eu tenho certeza que se ele não estivesse ali, teria caído na água e morrido afogada só porque não sei nadar.
— Eu estou vendo! — Me impulsionei para longe da beirada, me aproximando dele de novo. — Agora me escuta e me deixa parar com isso!
— Você não vai usar seus poderes!
— Que inferno, Logan! Não precisa ser permanentemente, só em situações de emergência!
— NÃO! Por quê você não esquece isso?!
— Por que você NÃO entende?! — Um raio luminoso atingiu a água há alguns metros, fazendo com que de repente um redemoinho começasse a se formar e fosse gradativamente aumentando, aponto naquela direção, olhando para o esverdeado com as sobrancelhas franzidas. — Está vendo?! Isso não é uma tempestade normal. Logan! — Ele olhou na direção do redemoinho, olhando para os outros rapazes, seus olhos estavam inquietos, parecia estar pensando, talvez eu tenha conseguido? Ele vai me deixar usar os meus poderes?
— O que me garante que você não vai fugir e deixar todos nós morrermos do mesmo jeito? — Ele cruzou os braços. Que irritante! Ele ainda falava disso? O redemoinho ficou maior, as ondas e o vento nos empurrando direto para ele, esse seria meu fim? Adiei a destruição do mundo por anos e no final eu vou morrer engolida por uma tempestade.
— Isso é serio?! — Agarrei o seu rosto com as duas mãos, o obrigando a olhar para o céu, onde ficava os pares de olhos de Trigon muito bem visíveis, talvez ele visse, ele tinha que conseguir ver. Consegui notar o medo dominando os seus olhos, ao mesmo tempo que parecia mais ansioso e nervoso, olhava para todos os lados, parecia pensar.
— …. Você pode usar. — O olhei um pouco surpresa, não sendo difícil ver as correntes e as algemas brilhando antes de desaparecerem. Conseguia sentir a intensidade da magia correndo pelas minhas veias, o meu pulso se regenerando quase instantaneamente. Por Azar, a sabedoria universal havia tocado naquele imbecil! Agora eu só precisava de um feitiço."
— Mas você não parou a tempestade. — Respondeu cruzando os braço.
— Mas eu abri um portal que teletransportasse todos nós.
— No meio do ar, foi uma queda enorme, lembra?!
— Ora, como não lembrar de uma queda de mais de trinta metros de altura quando os meus poderes de repente pararam de funcionar?!
— Ao que eu saiba, você só usaria em emergências, lembra?
— ARGH! Eu ODEIO você! — Bufou, seus olhos brilhando num vermelho forte e intenso antes de apenas andar de volta para o navio, esbarrando com força no braço do esverdeado. Deveria ter matado a todos e morrido junto.
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