Fui para fora e respirei fundo sentindo um nó no estomago. Me apoiei em uma parede encostando a testa no material frio.
Estou com um frio anormal agora...
- ei... – falou Diego passando a mão pelas minhas costas . o olhei e comecei a chorar me olhou, me virei para ele. – eu vi... tudo. – falou. Concordei.
- eles não se importam com o que eu sinto... – falei chorando. – eu... não consigo mais conversar com eles, eu não consigo... respirar perto deles... – falei soluçando.
- eu também vi... – falou. Abriu os braços pra mim. Entrei entre eles. – ei, é a festa da sua mãe... não deixa eles acabarem com tudo... vai lá, ignora eles, e fica do lado da sua família, que é o que realmente importa... – sugeriu. Neguei.
- eu... só não vou sair daqui correndo...
- porque você não é fraca. Você não vai fugir de nada porque tem coragem suficiente para reagir e ignorar... – me atrapalhou. – seus pais pelo menos hoje, não devem ficar preocupados com a filha... – falouegando.
Sequei os olhos, e respirei fundo.
- saudável...? – perguntei sobre mim. Sorriu e fez uma careta.
- é... na medida do possível... parece que aplicou botox, mas ta valendo... – falou. Sorri e o abracei.
- obrigada... por ser meu amigo e diferente deles. – falei. Concordou e entrei de volta para a festa.
- Elisa... – falou Carlos aparecendo. O encarei.
- não fala comigo, eu quero você, e Fábio longe de mim... tenha o mínimo de consideração por mim... eu quero ficar longe de vocês... – falei. Ele me olhou e concordou. Saí andando.
Monica estava na festa e veio me perguntar o que eu fazia para estar com o rosto marcado, dei uma desculpa e fugi dela.
No fim da festa, fui com meus pais para casa e mostramos o estúdio que montamos para ela. Chorou e nos abraçou, os deixei sozinhos depois de um tempo e fui para o quarto.
Tirei as sandálias e o vestido. Entrei em outro banho e quando saí, pulei na cama.
De manhã, acordei com a cabeça explodindo. Me arrumei e fui para a escola, meus pais ainda não acordaram, e eu tenho certeza de que não irão acordar tão cedo...
Entrei na escola e Monica estava conversando com Fábio. Decidi que vou contar tudo o que aconteceu, quem sabe assim ela comece a ver motivos para que eu o deixe, já que pensa que eu sou fresca sobre isso. Mandei mensagem dizendo que precisava conversar. Na sala, ela veio até mim.
- o que queria conversar...? – perguntou.
- tenho que te contar isso... – falei.
- contar o que? – perguntou preocupada.
- no intervalo... – falei sentindo os olhos de Fábio e Carlos em nós.
- isso, me deixa curiosa mesmo... – falou. Sorri.
O intervalo chegou e a primeira coisa que ela fez, foi me levar para um canto na sala vazia.
- agora conta. – mandou.
- ok, mas preciso que guarde segredo... – falei. – e quero que saiba que não contei antes porque foi decepcionante já que fui traída, depois de chegar em tal ponto... – falei. Concordou.
- ta, ta bom... agora conta. – falou.
- bom... eu e Fábio dormimos juntos. – falei. Ficou com uma careta de tédio.
- Elisa, qual a novidade? Sempre dormiam juntos... – falou
- não está entendendo... dormimos juntos não no sentido de dormir. – falei.
- ta... jogaram baralho, truco... por que vem ao caso? – perguntou.
- caramba Monica! – falei irritada.
- que foi? – perguntou.
- terei que dizer com todas as letras... – reconheci. – eu não sou mais virgem... eu e Fábio transamos. – falei. Engasgou com o refrigerante que tomava.
- QUÊ ?- Perguntou incrédula.
- ta bem...? – perguntei a ajudando.
- estou ótima... mas o que disse? – perguntou.
- não me faça repetir, foi isso mesmo que entendeu. – falei.
- não acredito. – falou.
- verdade! E mesmo assim, depois disso, ele estava transando com Gabriela. – falei. O queixo dela caiu.
- ele fez isso com você... Nossa Elisa!– falou decepcionada.
- fez... por isso... terminei. – falei. Saiu andando pelo corredor. - ei, onde vai? – perguntei entrando na frente dela.
- eu vou dar na cara dele, e não me segura! – falou irritada.
- Não. Não vai fazer nada... por favor, guarda esse segredo. – pedi.
- Elisa... como conseguiu? Ele foi monstruoso...
- eu sei... por favor, pela nossa amizade, guarda esse segredo. – pedi. Concordou.
- ok... eu vou me acalmar. – falou.
- promete não contar a ninguém... – pedi.
- prometo... mas vou contar a Léo... – falou como condição.
- Leo é meu irmão... pode saber. – falei.
O sinal tocou e voltamos para a sala. Cheguei em casa e me arrumei para ir trabalhar, minha mãe estava dando aula para minhas primas no novo estúdio dela. Almoçamos e fui trabalhar. Cheguei e minha família estava na minha casa, saí do banho e tinha uma rosa vermelha na minha cama. Fui dormir.
De manhã fui para a escola. De lá fui direto para o trabalho. Cheguei e Diego me ligou.
- oi. – falou.
- oi, tudo bem? – perguntei.
- sim, e você? – perguntou.
- estou bem. – falei.
- não liguei ontem porque estava com muitos problemas... – falou se desculpando.
- já pedi para não se sentir obrigado a nada... – falei tirando o tênis e pulei na cama.
- não é obrigação alguma falar com você. – falou.
- também gosto de conversar com você. – falei.
- disponível domingo? – perguntou.
- claro. – falei.
- convite de resposta imediata... ta afim de uma feira de carro de luxo? – perguntou rápido.
- ta brincando? Claro que sim... – falei.
- vou comprar os ingressos. – avisou.
- que horas...? – perguntei.
- as duas. – falou.
- fechado... domingo as duas... – falei. Repetiu. Terminamos a nossa ligação como de costume... “boa noite, se cuida”
Fui dormir. Sem visitas durante a noite... ainda bem.
De manhã fui para a escola e Monica estava com Fabio. Fui para meu armário.
- quer ajuda? – perguntou Carlos.
- não, sempre fiz isso muito bem sozinha. – falei.
- viu a matéria que saiu sobre você? – perguntou.
- não, tenho coisas maiores para me preocupar. – falei.
- uma das mais jovens e já é uma das a mais bem pagas do mundo. – falou.
- beleza, depois ligo agradecendo. – falei seca.
- nem parece que eu já beijei essa garota á umas três noites atrás... – falou me mostrando a foto. Ignorei e saí andando. Entrei na sala.
No intervalo vi a reportagem... terceira mais bonita, e quinta como a mais bem paga do ramo no Brasil. Liguei para o repórter agradecendo pelas palavras. E subi para a sala quando o sinal tocou.
Em casa arrumei a casa, e dei banho em sword. Dei um mergulho, e quando estava saindo da piscina Carlos estava sentado em uma cadeira. Se levantou e veio na minha direção.
- o que está fazendo aqui? – perguntei.
- vim te ver... – falou.
- e perdeu a educação no caminho? Nunca pensou em tocar a campainha, ou pensou que eu não quero suas visitas. – falei.
- pois é...
- com licença...- falei.
- pra que? – perguntou.
- minha toalha... preciso dela. – falei.
- ta bom assim. – falou me olhando de cima á baixo.
- não, não está. – falei.
- para o que eu vim fazer, está... – falou e me agarrou colando os lábios nos meus enlaçando minha cintura.
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