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História Mundos Paralelos - Um Trem Nada Acolhedor


Escrita por: PJ_Redfield

Notas do Autor


Boooa tardeee, povooo \o/ \o/ \o/
Andei meio enrolada e não pude atualizar antes, peço desculpas...
Mas agora nossa Meghan retornou, mais assustada e maravilhada com esse "mundo" do que antes!
Espero que gostem!
Boa leitura...

Capítulo 2 - Um Trem Nada Acolhedor


Fanfic / Fanfiction Mundos Paralelos - Um Trem Nada Acolhedor

Eu não conseguia pensar e nem saber como agir... Isso não é real!

Nada disso pode estar acontecendo!

Fecho meus olhos e os pressiono, mas ao ouvir o gemido mais próximo abro os olhos e salto para trás vendo aquela coisa se aproximar.

Isso não é real, não, não pode ser!

-- Você não é real!

Eu falo exaltada, mas me arrependo amargamente quando escuto algo de atrás de mim e vejo mais um levantar, uma mulher vestida socialmente, mas suja de sangue e sem um pedaço do rosto me fazendo embrulhar o estômago.

Agora a cabine sem escapatória me deixa entre ambos os cadáveres e procuro câmeras de um reality show de terror ou meus amigos curtindo com a minha cara, mas só vejo escuro e sinto os mortos se aproximando. A um passo de mim, sinto que avançam e me jogo no chão desesperada considerando aquele o pior pesadelo que já tive, de longe o mais real e mais assustador.

Mas depois que escuto dois tiros ecoarem, vou mais próxima de um banco e me escondo assustada querendo acordar daquilo.

E parecendo que não me escondi ouço mais passos perto e me encolho mais, já sentindo a dor de uma mordida realista já que esse sonho soa como um filme de terror construído ao meu redor especialmente para mim.

Quando sinto uma mão em meu braço dou um salto, gritando e sentindo as lágrimas me invadirem.

-- Se acalme, está tudo bem... Você está ferida?

Uma voz doce e prestativa surge, mas não olho para pessoa, estou tremendo de medo e enjoada pelo cheiro de carne podre que eu sentia dos corpos que ainda sangravam.

Meu estômago embrulhou e desvio mais, sentindo as lágrimas do medo de eu não saber onde eu estava e como sair dali.

Mas não vou vomitar!

Não serei tão fraca assim!

Olhei novamente o corpo cheio de pus e sangue viscoso saindo e fecho os olhos pela vontade tremenda de colocar tudo para fora.

-- Eles te machucaram?

A voz novamente ressoa e mesmo sabendo que era um fruto da minha imaginação, eu levanto o olhar para pessoa e me esqueço de como se faz para respirar.

Arregalo os olhos e sinto minha boca se abrir...

Não brinca!

-- Você está bem?

Sua voz doce é exatamente como eu me lembrava... Seu olhar sincero é exatamente como eu lembrava... Seu sorriso meigo é exatamente como eu me lembrava...

Não, isso não pode ser real!

-- Acho que não está bem...

Ela sorriu amigavelmente para mim e continuei sem saber o que fazer e então me dá uma crise de tosse pela falta de respiração e ela coloca a mão em minhas costas, mas a olho assustada ao sentir perfeitamente sua mão em mim.

-- Me fala como você está...

Não pode ser!

-- V-Voc-cê-vo...?

Com um olhar estranho ela sorri novamente e discorda dizendo que não entendeu.

Isso NÃO PODE SER REAL!

A observo atentamente e vejo os fios perfeitos do seu cabelo, o olhar curioso em mim e a perfeição de cada traço de seu rosto.

Ela parece muito real!

Então estico a mão e me olhando estranho, consigo tocar no seu rosto e sinto que é real, dando um salto ao me afastar e ela ri.

-- Qual é o seu problema? Você bateu com a cabeça?

-- Rebecca! É você!

Eu ri descontroladamente do tamanho da minha felicidade em sonhar com a personagem do meu jogo favorito.

Que incrível, isso nunca aconteceu antes!

-- Minha Nossa, como você parece real!

Ela me olhou estranho e colocou a mão em minha testa, mas ri mais ainda ao sentir seu toque e a abracei.

-- Rebecca, é você! Isso é fantástico!

-- Como me conhece?

Eu a soltei e ela ainda me olhava com cara de quem sabia que fugi do hospício.

-- É você mesmo!

-- Nos conhecemos?

-- Sim!

-- De onde?

-- Daqui mesmo! E da Mansão! E nossa, como você é bonita!

-- Ah... Obrigada...

Ela me olhava com olhar de desconfiança e me ajuda a levantar comigo ainda mais maravilhada ao sentir ela de verdade, vê-la em minha frente!

Imagina só a Rebecca parada na sua frente, ao seu alcance, é incrível!

-- Que sonho maravilhoso!

-- Você quase foi devorada por dois zumbis...

-- Nem tudo é tão perfeito, mas é você, Rebecca, é você mesma!

-- Ah... É. Eu. Digo, sou eu.

-- Você é genial! Linda!

-- Ah... Obrigada...

Olho ao redor agora admirando os detalhes do lugar e saio da cabine olhando tudo e amando cada detalhe que minha mente foi capaz de criar nesse sonho incrivelmente genial.

-- É perfeito! Eu não sabia que era capaz disso! É fabuloso...

-- Que bom que gostou...

Eu olhei para ela e notei que encara os cadáveres ao redor e me aproximei de um cutucando seu ombro e sorrindo ao senti-lo de verdade.

-- É de verdade!

-- Sim, é... É um corpo.

-- Sim, mas parece de verdade!

-- Mas ele é de verdade.

-- Sim, no meu sonho é sim!

Eu ri e ela se apoiou na lateral do trem me olhando curiosa e ouço passos se aproximarem por de trás dela e mais uma imagem conhecida surge e me encara curioso.

-- Quem é essa?

-- Billy!

Corri para ele e o abracei sentindo a tensão dele e quando me afasto, olha curioso para Rebecca que só sorri e levanta os ombros.

-- Vocês são incríveis! Parecem tão reais!

-- Quem é a doida?

-- Doida? Não sou doida!

Me afasto curtindo o lugar e a perfeição de cada pedaço, louca para explorar até onde meu sonho podia me levar.

Será que posso sair dessa cabine?

Ah, por favor, mãe, não me acorde agora!

Viro para eles novamente com minha boca doendo de tão sorridente que estava e vejo que eles cochichavam e me aproximo alegre.

-- Oi, meu nome é Meghan!

-- Quer dizer de onde nos conhece? – Billy me olha desconfiado.

-- Do Resident Evil Zero...

-- Do Ré-o-quê?

-- Um jogo, o melhor!

-- Jogo? Rebecca, melhor examinar ela...

Rebecca sorri parecendo não saber o que fazer, mas curtindo o momento da minha extrema felicidade. Então se afasta da lateral do trem e se aproxima de mim segurando em meus ombros.

-- Meghan, me escute...

-- Sim, fala, Rebecca!

-- Você estava viajando de trem e bateu a cabeça muito forte... Sinto muito te dizer, mas todos morreram e você parece a única sobrevivente.

-- Eu não estava viajando de trem!

-- Estava sim, mas não se lembra...

Ela parecia querer me convencer daquilo, mas sorri mais e discordei com a cabeça sabendo que ela devia ser a parte de mim que queria me fazer acordar.

-- Não Rebecca, eu nunca viajei de trem!

-- Era só o que nos faltava... Uma louca!

-- Ei!

-- Billy! – Rebecca o repreendeu.

-- É meu sonho e é incrível! Vocês parecem tão reais...

-- Ok, ok, entramos na sua loucura então... Se está sonhando, por que está sonhando justamente com nós dois?

-- Porque são personagens do meu jogo favorito!

-- Jogo?

-- Sim!

-- Certo... – Ele bufou – E que jogo seria esse?

-- O de zumbis em um trem em movimento! Pelo menos essa parte, sim!

-- Viu só, ela está ligada que tem zumbis aqui!

-- Ela bateu a cabeça... – Rebecca fala.

-- Mas sabe o que está rolando e parece feliz com isso!

-- Não estou feliz com os zumbis e sim com vocês! Parecem reais mesmo!

-- Dá para parar de dizer isso? – Billy fala bravo.

-- Por quê?

-- Por quê? Quer mesmo nos convencer de que estamos em um sonho de uma garota doida vivendo esse inferno porque ela já jogou isso no vídeo game? Quer vir aqui e nos convencer de que não somos nada além de dois bonecos bobos criados por alguém para sermos manipulados por garotos mimados sem ter mais o que fazer e nada disso é real?

-- Ah...

-- Então de onde você vem, isso tudo é apenas um jogo? Então por que não diz como se sai dessa merda?

-- Billy... – Rebecca fala.

-- O que é? A garota é doida, quer mesmo nos convencer de que não existimos e no mundo colorido dela fazemos parte de um jogo e só isso?

É, ele pirou...

-- Você falando assim até parece loucura mesmo! – Eu ri.

Rebecca sorriu para mim e mesmo com meu riso, Billy me encara estressado e eu paro desviando e olhando ao redor.

-- Ela não está bem!

Rebecca insiste e eu reviro os olhos, então Billy mais estressado me encara novamente.

-- De onde nos conhece?

-- Do jogo...

Ele me dá as costas e bufa alto me fazendo rir e a Rebecca me olha agora calma e presto atenção apenas nela.

-- Sabe algo de mim além do meu nome?

-- Trabalha nos S.T.A.R.S., na cidade de Raccoon City.

-- Algo mais?

-- Manja das coisas de cura, Rebecca!

-- Certo... – Ela sorri – Algo mais?

-- Que entra em um trem em busca de um procurado por assassinato e o encontra aqui nesse lugar cheio de zumbis e lesmas grandes... E no final acabam se ajudando para sair daqui!

-- São sanguessugas... – Billy resmunga.

-- É tudo igual.

-- É tão viciada nesse “jogo” e não sabe que são sanguessugas?

-- Eu sei, mas para mim é tudo nojento e tudo igual!

-- Tudo bem... Acho que devemos seguir! – Rebecca sorri.

-- E a louca?

-- Meu nome é Meghan!

-- Vem conosco.

-- O quê?

-- Isso! Espero que eu não acorde logo...

-- Garota, qual é o seu problema, hein? Se acha mesmo que está sonhando, por que fica tão feliz com um trem cheio de cadáveres ambulantes que podem te devorar?

-- Porque é igual ao jogo!

-- Ah, desisto...

Ele bufou novamente e eu sorri para os dois, mas apenas a Rebecca retribuiu meu gesto e me fez um sinal para acompanhá-la.

-- Vamos conosco?

-- Sim, sim, sim! Eu quero!

A segui animada a fazendo dar um sorriso, mas Billy me olhou completamente desconfiado e realmente concordei que minha história parecia maluca...

Mas ele são só frutos do meu sonho, não têm o que me amolar!

É só um sonho!

-- Precisamos checar o primeiro carro motor para ver quem está controlando o trem... Depois do cabeludo cantando lá fora, não sei mais em que pensar.

Com as palavras do Billy, tento me localizar na parte do jogo, mas Rebecca me interrompe nos pensamentos.

-- Vamos nos separar...

-- O trem acabou de começar a andar, por um acaso?

-- Sim.

Legal... Que parte é essa mesmo?

Ah, sei, eles decidiram se ajudar para sair desse lugar e a Rebecca ainda não confia muito no Billy.

Acho que é mais ou menos isso, só não consigo lembrar muito bem o que vem agora, fechei o sexto jogo ontem, e desse aqui não me lembro de cada passo.

-- Está certo...

-- Olha, tem alguma coisa aqui!

Ela vai até a janela e vê uma escada que leva para cima do trem...

Opa, essa parte eu me lembro!

-- Vem comigo, Meghan?

-- Aí por cima?

-- Sim...

-- Ah... Melhor não, sou muito estabanada... A probabilidade de eu cair é de tipo uns 99,9%.

Ela sorriu pelas minhas palavras e encarou o Billy agora perdendo o jeito doce e mesmo o tratando normal antes, tinha um olhar pleno de desconfiança.

Será que eu devia contar que ele é inocente?

-- Cuide dela...

-- Pode deixar, Rebecca.

Ele fez um sinal de concordância com a mão e ela saiu com cuidado pela janela e sumiu da nossa vista, mas notei o olhar dele em mim.

-- O que foi?

-- Você realmente não se lembra de nada?

-- O que eu me lembro, já contei...

-- Tudo bem, o “sonho”... Mas você não acha que se realmente estivesse dormindo, não sonharia com um lugar tão cheio de detalhes, cheiro de morte e “personagens” que falam demais?

-- É um sonho mais real, só isso...

Quando sinto a dor de um beliscão dele eu salto para o lado esfregando meu braço e o encarando feio.

-- Por que fez isso?

-- Viu só, não acordou!

-- E daí, dá para sentir dor em um sonho! Você é doido!

-- Certo, desisto...

Ele bufou e encarou a porta do outro lado e me fez um sinal para acompanhá-lo enquanto caminhava.

-- Fica atrás de mim, quero checar a área.

-- Tudo bem...

Com ele passando pela porta, fico ali admirando tudo ao redor, mas ao ver dois corpos se movendo nos assentos, ele agarra meu braço.

-- Vem!

Corremos até o outro vagão, mas com um zumbi bem em nossa frente foi inevitável ele gastar uma bala. Mas foi um tiro certeiro, bem no meio da testa fazendo o crânio explodir e miolos voarem.

Sinto o embrulho no meu estômago, mas desvio para não dar uma de fraca com o cheiro horrível saindo do corpo.

Passando sem olhar para trás, sigo o Billy tentando desviar do sangue escorrendo e entramos em uma sala pequena com um mapa na parede, um botão sinistro e...

Não acredito!

-- São ervas!

Corri até lá e peguei na erva verde de um vasinho próximo a janela e comecei a rir que nem uma retardada.

-- Você não bate bem da cabeça, não é?

-- É muita emoção!

-- Você é doida... As sanguessugas devem ter sugado sua sanidade.

-- Credo, nem fala, tenho trauma de coisa rastejante...

-- E veio parar em um trem cheio delas?

-- Não foi opção, se eu pudesse escolher, escolheria outro jogo...

-- Ok, “jogo”... Qual?

-- Tanto faz, mas um que tivesse o Chris...

Então paro e viro para ele com meu coração na mão.

-- Esqueci de perguntar para Rebecca como ele é! Droga, tomara que eu não acorde antes de vê-la outra vez...

Ele desviou parecendo desistir de mim e apertou o botão na parede fazendo uma escada descer.

Droga, tenho que perguntar a Rebecca sobre o Chris...

Ah, bem que eu podia ter um sonho desse com o Resident Evil 1, ou qualquer outro que ele apareça!

Meu coração ia saltar pela garganta!

-- Anda, subindo...

-- Você primeiro!

Ele revirou os olhos e subiu, então fui de atrás vendo um corredor largo e bem decorado, mas quando escutamos uma batida no teto, arregalo os olhos...

Acho que me lembro dessa parte!

Não, não pode ser aquele bichão bizarro!

-- Anda, vamos continuar.

Eu o acompanho até a outra porta andando apressada e o ultrapassando me lembrando que havia um corredor vazio, mas ele ri com meu jeito e fico com as costas na parede deixando ele checar tudo em silêncio.

Ele entrou na outra porta e pude ouvir o barulho dele mexendo nas coisas e olhei para o teto aflita com o que estava em cima do trem.

Esses são detalhes que podiam ser excluídos pela minha mente...

-- Agora sim!

Billy surge com uma escopeta nos braços e aponta para janela com um sorriso que eu ainda não tinha visto.

-- Que bom... Vai precisar.

-- Não fale como se soubesse o que vai acontecer!

-- Tudo bem...

Levanto os braços e ele segue para porta de volta, mas apenas observo e ele me encara entediado.

-- O que foi?

-- Nada, só... Vou esperar aqui um minuto.

-- Deixe de ser medrosa ou vai virar um zumbi também!

Ele me puxa pelo braço e me leva de volta aquela sala grande, mas quando caminhamos três passos a cena de que eu me lembrava acontece exatamente igual.

O lustre do teto se espatifa no chão seguida de uma coisa que atravessa o teto do trem para dentro e continua até rasgar um pedaço largo o suficiente para a coisa monstruosa passar e cair bem em nossa frente.

-- Sabia disso?

Billy me olha nervoso e levanto os ombros, mas ele novamente me puxa para porta por qual passamos. Porém, antes de chegar, a coisa se apressa e finca seu ferrão na porta estragando a maçaneta e nos viramos para o bicho.

Era um tipo de escorpião gigante que não parecia ter aparecido para brincar...

E como a ferroada de um pequeninho já é perigosa, imagina só a de um desse tamanho!

-- Se esconde!

Ele puxou a escopeta e começou a atirar...

Não tinha onde se esconder!

Fiquei de atrás dele torcendo para que o bicho caísse logo e notei como aquilo parecia real e me lembrei de que geralmente quando eu me assustava demais em um sonho eu acordava!

E não estou acordando!

Por que não estou acordando?

-- Se abaixa!

Com um empurrão do Billy, caio para trás quando o ferrão atravessa a parede a pouco de nos acertar.

Por que não acordo?

Espremi os olhos, mas ao sentir uma dor tremenda no meu ombro, eu grito e vejo que aquela coisa enfiou o ferrão em mim.

Com mais um tiro da escopeta do Billy, ele o chuta para longe e encosta a arma no cérebro da criatura fazendo seus miolos se espalharem pelo local com apenas mais um tiro.

Eu grito pela dor no meu ombro e ele corre na minha direção.

-- Ainda acha que é um sonho?

Olho para o meu braço e vejo o sangue escorrer e...

Isso não é um sonho!

Não pode ser!

Que droga é essa, então?

-- Vem, eu te ajudo... Precisamos da Rebecca.

Ele se abaixa e pega o rádio chamando pelo outro que estava com ela.

-- Rebecca, precisamos de você!

-- O que aconteceu?

-- Encontramos um bicho doido que machucou a Meghan...

-- O quê?

-- Ande logo!

-- Vou tentar voltar por dentro... Aguente firme, Meghan!

Ela desligou e o Billy me ajudou a ir até uma cadeira almofadada e fico ali pressionando o ombro e sentindo a dor queimando.

-- Vou tentar encontrar a Rebecca, pode esperar um pouco sozinha?

-- Posso...

Ele concorda e sai apressado e novamente olho para aquela coisa morta e de repente fico apavorada.

Olho para meu ombro e o sangue me faz sentir meus olhos marejados.

-- Isso não é um sonho...

Como vim parar aqui?

Vou morrer?

O que está acontecendo?

Isso não pode ser real...

Mas a dor queimando mais forte me faz gemer de dor e as lágrimas surgem enquanto não sei mais em que pensar.

O que aconteceu?

Como surgi nesse lugar?

Isso é um jogo!

Nada é real, não pode ser!

Com passos apressados, vejo a Rebecca se aproximar seguida do Billy e ambos fazem uma expressão ruim quando me veem naquele estado.

-- Você vai ficar bem...

Ela sorri para mim e sinto as lágrimas ao olhar para o Billy que parecia tenso ao me ver daquele jeito.

-- É, acho que tinha razão... Não é um sonho.

Ele sorriu e coçou a cabeça parecendo sem saber o que falar, mas voltou os olhos em mim.

-- Talvez seja... Mas o papo de vídeo game, não.

Eu sorri com as lágrimas escorrendo em meu rosto e me movi assustada quando a Rebecca estava mexendo no meu braço.

Ela tem que saber...

-- Pode confiar nele, ele não é culpado.

Ao levantar os olhos para mim vejo que o Billy me olha curioso.

-- Sei que está com medo e que Enrico disse para não confiar nele, mas apenas o enganaram, ele não teve culpa.

-- Como sabe? – Billy perguntou.

-- Do mesmo modo que sabia que apareceria essa coisa...

-- É verdade... Você não está com o cabeludo não, não é?

-- Não.

-- Certo...

-- Vocês vão conseguir, vão sair daqui...

Paro quando sinto uma leve pontada na cabeça como aquela que senti no banheiro da faculdade, mas quando para, eu continuo a falar.

-- Vão sair disso tudo e descobrir a verdade sobre a Umbrella...

-- Umbrella?

Novamente uma dor, só que agora um pouco mais forte e coloco a mão na cabeça sem entender. Mas minha teima continua.

-- Vai ficar livre, Billy... E a Rebecca vai encontrar a Mansão no final.

-- Que Mansão?

Agora uma dor tremenda invade minha cabeça e não consigo parar de gritar com as mãos nela.

-- Meghan, o que foi?

Rebecca pergunta preocupada e quando olho para ela, parece que continua a falar nervosa, mas minha visão embaça e pressiono os olhos apertando a cabeça e gritando sem parar.

Então para...

De repente a dor para.

Como antes, toda a dor desaparece do nada e me sinto aliviada por isso.

Mas quando levanto os olhos para dizer isso a Rebecca, dou de cara com um relógio antigo que fazia um barulho alto que ecoava no lugar todo.

Que droga é essa?

Ainda não é minha faculdade...

Será que eu morri e por isso apareci aqui?

Droga, quando alguma coisa vai se explicar?

Meio tonta levanto do chão e noto que meu braço não doía mais e ao olhar, vejo que meu ombro está em perfeita condição.

Viu só! Estou viva!

Mas quando levanto meus olhos, eles se arregalam com o lugar.

Era uma sala de jantar... Muito chique. Uma mesa imensa no centro com várias cadeiras e uma lareira ao fundo servia para aquecer o local que me arrepiou a espinha de qualquer forma.

Não pode ser...

Olho ao redor e meu sorriso volta ao saber onde eu estava.

Bem-vinda a Mansão Spencer!


Notas Finais


Mansão Spencer \o/ \o/ \o/
Quem será que ela encontra agora?
Será que finalmente vai dar de cara com seu personagem favorito "Chris Redfield"?
Espero que tenham gostado *--*
Até a próxima!
Bjooon :-)


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