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História Mury-j - A Aldeia dos Loucos


Escrita por: Nyah_Cat

Notas do Autor


Ok, demorei, mas não foi tanto quanto da última vez. Prometo me organizar mais, ok? Aproveitem o cap

Capítulo 12 - A Aldeia dos Loucos


                A situação permitiu apenas os ruivos para guiar a pequenina. Carregando-a nas costas, enquanto discutiam algum assunto bobo. A ruiva, de tão irritada, estava confundível com seu próprio cabelo, enquanto tentava gritar em forma de sussurro para a criança em suas costas, enquanto ela apenas ria, retrucando com argumentos infantis com as bochechas levemente coradas, soltando algumas risadas.

                Gaara, vinha logo atrás, com a típica gota atrás da cabeça, encarando a criança e a ruiva. A mais velha deveria ser madura, certo? Tinha pelo menos 15 anos, mais velha que ele e seus amigos, por dois anos. Então, por que naquela situação, estava parecendo ser a babá de duas crianças de 7 anos?

                E afinal de contas, por que diabos estavam discutindo sobre o uso de armas ninjas para cozinhar?

                Apenas para constar, o assunto começou quando falavam sobre comida, do nada, a pirralha fala que usava onde ficava junto das crianças empobrecidas, armas ninjas deixadas pra trás pelos Nukkenins que conseguiam outras novas, como talheres, facas, para quando conseguiam comida.

                Ainda acrescentou o inconveniente comentário “Não acham isso uma utilidade muito maior do que para se matarem? ”.

                Do nada, as duas estavam discutindo, enquanto o ruivo se afastava de ambas, ora andando mais devagar, ora mais rápido.

                Céus, nunca havia pensado que poderia cogitar isso. Mas, queria que Yugito estivesse ali, com seu jeito explosivo e meio refinado, ia fazer  que todas ficassem num silêncio tenso, mas em silêncio. Ou até mesmo Sai, ia ao menos amenizar a situação com seus comentários irritantes e inconvenientes.

                Yugito fora à Konoha, novamente, levando o cadáver que encontraram, e um breve relatório, depois, voltaria e os acompanharia.

                Pensando bem, não a queria ali não. Seria uma discussão à três. Por que diabos tinha ficado numa equipe de mulheres escandalosas? E sim, mulheres, Sai era afeminado.

                A discussão das duas foi interrompida quando chegaram em uma aldeia esquecida. Embora, presa na discussão, a pequena Sherry sempre se interrompia ao falar algo, para indicar o caminho, ora apontando, ora gritando, para se sobrepor à voz da mais velha.

                Aldeia esquecida seria um pseudônimo, provavelmente, era um pequeno vilarejo pouquíssimo conhecido. As casas seguiam o mesmo padrão de construção.

                Entraram pelo portão, estava caindo aos pedaços. Sherry, estranhamente, se encolheu um pouco. Bom, não tão estranhamente assim, os homens dali, encaravam-nos, intensamente. Todos, robustos e enormes. Não era um olhar malicioso. Era um olhar sádico, como uma presa que enlouqueceu ao aprender a se defender.

                As mulheres e crianças, se esconderam em suas casas. Outra coisa estranha. As mulheres dali, não tinham essa aura ameaçadora, mas sim uma de precaução. Queriam poupar as crianças de uma visão horrenda?

                Continuaram andando, sendo encarados. Sherry, apertava a roupa da ruiva com força, fechando os olhos com força e tremendo.

                O que diabos estava acontecendo ali? A pequena que morava numa aldeia de Nukkenins, estava quase chorando naquele lugar. Isso estabeleceu um sentimento se hesitação, curiosidade, e pena, em ambos os ruivos.

                Karin, olhava a  pequena em suas costas. Num gesto meio que bondoso, a pegou em seus braços, a aconchegando como um bebê, ela não se mexeu, apenas se encolheu mais, agarrando um dos braços da ruiva, como um pedido mudo de proteção.

                Bom, é uma criança –   O ruivo observou, olhando a cena com curiosidade. –  Passou por várias coisas, mas continua sendo uma criança.

                – Está tudo bem, pirralha... – A ruiva murmurava, lhe acariciando o cabelo. Por que estava tão preocupada com o estado da pirralha, que lhe irritara tanto? – O que está acontecendo? – Perguntou mais para si mesma do que para a criança.

            Após alguns minutos, a criança respondeu-lhe:

            – Várias pessoas atacam esse tipo de aldeia. – Fungou, apertando mais um pouco a ruiva. – Por vários anos, as pessoas desse tipo de lugar sofreram com ataques de bandidos, ladrões e comerciantes ilegais... – Fungada. – Até mesmo comerciantes de escravos vinham aqui... – Fungou. –  Eles enlouqueceram para se proteger... Querem nos matar... Tenho certeza disso! – Falava um pouco rápido, como se soubesse que um soluço ia vir. – Se seu amigo chegou aqui naquele estado que vi... Deve estar preso, sendo torturado, ou... Sei lá! – Voltou a se calar, se encolhendo no colo da mais velha. Os ruivos se encararam apreensivos.

            A pirralha provavelmente viu o companheiro de Karin correr e entrar ali, nessa aldeia que se encontravam agora.

            Os rapazes lhe encarando, e se aproximando, os cercavam devagar.

            Em resposta a essa aproximação, Gaara se preparou, segurando uma Kunai. A ruiva apenas murmurava algumas palavras para acalmar a mais nova. Gaara era forte, podia protege-las. O nível de chakra das pessoas ali não era fraco, mas não se comparavam ao ruivo. Naquele momento, só tinha que impedir alguém de entrar em pânico.

            O primeiro ataque veio de um velho, que correu em direção à ruiva com uma faca de cozinha. Ela desviou, rapidamente, era uma ninja treinada pelo Sannin das cobras afinal, por mais que seu talento fosse ser uma ninja de observação e cura, podia se cuidar ao menos um pouco, mesmo tendo que carregar uma criança em seu colo. No caso, teria que usar as pernas para desviar.

            O mesmo velho, se virou, reforçando sua faca e reflexos com chakra. Foi mais rápido, e um pouco inesperado. Iria acertar a menina em seu colo, se não fosse por um escudo de areia que surgiu apenas a assustando e fazendo-a dar um pulo para trás, derrubando o velho.

            – Eu posso me virar! –  Retrucou, olhando o ruivo, por mais que um mínimo sorriso mostrasse um agradecimento.

            – Não nesse estado! – Ele gritou de volta. Antes que percebessem, ataques daqueles que antes lhes encaravam estavam vindo. E embora suas armas fossem muito fracas, usavam jutsus de reforço.

            Gaara os conseguia manter afastados sem dificuldades, evitava atacar, ainda mais, defesa era sua melhor área. Não estava se desgastando nem por um segundo, e ainda protegia as duas garotas quando estavam perto. Porém, estavam se afastando aos poucos, Karin, por só poder desviar, se locomovia rapidamente, evitando os ataques com maestria, mas isso só os fazia se afastar. Não parecia ser um problema, até perderem um ao outro de vista, com uma multidão de homens enlouquecidos servindo como barreira para se reagruparem.

            Embora ambos sentissem um ao outro, estavam a cerca de 1km de distância. Tinham de evitar matar. Afinal, não estavam agindo por si só naquele momento. Gaara sabia que não podia matar ali, estavam em uma fronteira com outra nação. Konoha, por si só, ficava perto das fronteiras, mas à algumas áreas de distância. Se matasse ali, onde povos da Nação do Fogo e a Nação do Raio se misturavam, podia causar um conflito um “pouco” grave, considerando que o Raikage é extremamente explosivo, pelo menor dos motivos.

            Por esse motivo, permaneceu apenas defendendo.

            A ruiva esquivou-se de um soco de um rapaz quase da mesma idade que a mesma, talvez um pouco mais velho. Ao receber uma rasteira, saltou, o mais alto que pôde. Alguém pulou atrás de si, e chegando a mesma altura rapidamente, lhe deu uma cotovelada nas costas, de modo que a fez soltar a pequena em seu colo com o impacto, tentou segurar novamente, mas a força da gravidade já tinha agido, e ela caiu antes, rolando na terra. Alguns dos atacantes mudaram o foco da ruiva para a criança que havia caído.

            Os olhos de Sherrry exalavam puro pânico ao ver-se cercada, e a ruiva que até agora cuidava de si, tentando chegar perto novamente, dessa vez com os braços e pernas, jogando todos os que a atacavam para longe, mas isso de certa forma demorava.

            Levantou-se desajeitadamente, mordendo o lábio inferior e correu, afastando-se mais de sua protetora, usando seu tamanho para conseguir passar entre os que ainda atacavam-na. Em seu rosto, parecia que só queria fugir e sair logo dali. Sentiu seu braço ser segurado com força, alguém aparentemente bem mais forte lhe agarrou, socando-a nas costas. Cuspiu com o impacto e caiu, ainda consciente. Aquele que lhe atacara segurou seu pescoço, apertando e impedindo que respirasse corretamente. Pôde ver a ruiva lhe gritando algo, mas não entendeu, o homem que lhe nocauteara, gritou algo para os outros.

            O mesmo homem, bateu o pé no chão, e de lá apareceu algo parecido com um túnel, jogou-a lá, e pode sentir que foi fechado assim que acabou de passar. Fora pega, aparentemente.

             Karin, de certa forma, sentiu-se assustada, com raiva. Não queria que a pegassem. Nessas poucas horas apegara-se a criança, talvez? Mentiu para si mesma que era só para buscar seu companheiro, não podia se apegar tão rápido à uma pirralha, certo? Certo.

            Forçou-se a se acalmar. Por mais que seu coração estivesse disparado, seus olhos arregalados, sua pele pálida e suando, e suas mãos apertando-se com força, tinha de manter a calma, se perdesse não ia conseguir resgatá-la, certo? Podendo usar as mãos agora, partiu para o modo “nocaute rápido”, usando a lateral da mão para acertar a nuca de quem se aproximasse, não iria mata-los, não causaria dor, então, não causaria conflito, certo? Talvez um pouco, mas não tão grave.

            Viu, ao longe, os que estavam perto do ruivo, caírem, dormindo. Todos os que o atacaram, começaram a cair, sem motivo aparente.

 

                        MOMENTO EXPLICAÇÃO: Gaara mesclou uma substância sonífer em sua areia em certo momento da luta, e fez com que sua areia injetasse em quem o atacasse.

 

            Logo, faltavam poucos homens ali, que foram caindo, de um em um. Em poucos minutos, estavam todos caídos. A aldeia, que antes parecia ameaçadora, estava cheia de pessoas caídas no chão, de qualquer jeito. E as casas, onde estariam as mulheres e crianças naquele momento, vazias.

Mas, viram-nas se esconderem, por que não estavam mais lá?!

            Alguém chegou ao portão do vilarejo.

            – Wow... –  Sussurrou a loira, com sua voz de gato, olhando ali. –  É, cheguei tarde demais para avisar das informações que recebi do Hokage, mas, fazer o que. –  Foi andando até os dois, que, no momento, estavam apenas parados, olhando o que fizeram. –  Estou de volta! – Olhando para os dois, seus olhos vagaram procurando a terceira pessoa. –  Cadê a criança?

 

 

 

 

            A partir do momento em que o túnel fechou, sua expressão mudou, de assustada para uma neutra. Por apenas um segundo, tinha um sorriso satisfeito no rosto, mas logo, voltara a expressão inicial. Caiu em um lugar molhado, e o chão duro.

            –  Itai! –  Massageou o traseiro, havia caído com tudo, e ainda por cima, sentada. Respirou fundo, olhando o lugar aparentemente deserto. As paredes e chão eram de metal. Muito bem-feitas para serem feitas manualmente, tinha alguém desse elemento ali, então? Que raro, se puder vê-lo usando tal elemento seria bem útil.

            Pôs as pequenas mãos sobre a camisa que usava. Estava sendo observada, não podia sair de seu papel. Apertou, aparentando nervosismo. Uma porta se abriu. Ela saltou para trás, assustada.

            Entrou uma mulher.

            Alta, cerca de 1,80; de cabelos negros, mas já ficando grisalhos, levemente cacheados, caindo-lhe por sobre os ombros; olhos castanhos, bem claros, quase um azul; o contorno de sua expressão parecia cansado, seus olhos caiam, e estavam levemente fechados, destacando algumas olheiras; seus lábios eram carnudos, e a boca pequena, da mesma cor de sua pele; sua pele tinha uma coloração morena, embora um pouco “lavada”, pálida; Sardas na lateral de seu rosto, e em áreas do pescoço; incrivelmente magra.

            Usava um vestido bege, colado, remendado com varias fitas, brancas, e que terminava um palmo acima de seus joelhos; na saia de seu vestido, havia algo parecido com a parte debaixo de um avental, que se estendia até sua canela.

            Seu olhar demonstrava várias coisas, inclusive loucura. Pena, preocupação, raiva, solidariedade...

            – Oh, veio uma criança dessa vez... –  Murmurou lamentosa, chegando perto da pequena Sherry, que se afastou aos tropeços, caindo novamente, tentou se arrastar, e tremia. – Não se preocupe, eu não vou machucá-la. – A segurou com cuidado, olhando os machucados da aventura lá de cima. Passou a mão de leve em seu pescoço, fazendo que gemesse, sem parar de ter medo. – São tão brutos, isso vai deixar marca. Gomen’e, pequena, quase todos enlouqueceram para sobreviver. –  Começou a limpar seus machucados e a fazer curativos. Assim que a largou, após tratar os ferimentos, ela se levantou, curvou-se num modo rápido de dizer “obrigada”, mas, mesmo assim, após isso, só correu pra um dos cantos da sala, ficando lá, encarando a mulher com curiosidade e medo.

            A mulher gargalhou, um pouco irritada.

            – Ei, você! – Gritou para a poça d’agua que a pequena havia caído antes. Sherry fez uma cara como se aquela mulher fosse maluca. – Eu sei que você ta aí, apareça, Cabeça-de-tubarão! – Continuou gritando. – Antes que eu lhe eletrocute!

            “Uh, então seu elemento é o Raiton? ”, pensou, olhando-a.

            Da poça d’agua, surgiu uma cabeça, de cabelos meio platinados, que chega à um tom azulado, e curtos, com um corte igual atrás e uma franja na frente; seus olhos eram arroxeados, com a pupila um pouco fina; a sobrancelha na cor de seus cabelos; e um sorriso desafiador no rosto, mostrando alguns dentes pontudos em pressão contra seu lábio.

            – Yo! –  Falou, se dirigindo à criança, que em resposta abriu a boca, mas não conseguiu dizer uma palavra.

            –  Bom, tchauzinho pequenina. –  A mulher saiu, e a porta de metal se fechou num estrondo. Sherry ainda encarava a cabeça que saiu de uma poça d’agua.

            Pera...

            Ela caiu, sentada, naquela poça d’agua antes...

            O que significava que...

            Em resposta a esse pensamento, ela corou violentamente, gritando e tapando o rosto com os braços. O rapaz, apenas a encarava como se fosse maluca. Seu corpo inteiro materializou-se através da poça, e apenas ficou esperando a menina se acalmar. Ela estava quase chorando, afinal.

            Ela acalmou-se cerca de dez minutos depois, depois o encarou. Novamente corou e gritou.

            –  PERVERTIDO! –  Cobriu o rosto de novo. Sim, o cara materializou-se da água, mas sem sequer uma roupa, nem uma cueca. Ele estava completamente nu.

            –  PARA DE GRITAR, PIRRALHA! – Gritou de volta, já estava irritado. Seus músculos eram bem definidos, e ele parecia um tubarão.

            –  VOCÊ TAMBÉM TA GRITANDO! –  Gritou em resposta começando a chorar, alto, e soluçando.

            –  POR ISSO QUE NÃO GOSTO DE CRIANÇAS! –  Berrou, virando-se de costas, ignorando-a por completo. Mas ela não parou de chorar. Bufou com uma veia saltando da testa. –  Como caralhos você consegue ser mais escandalosa que a Karin? – Perguntou, indo até ela. Mas ao completar a frase, ela parou de chorar e lhe encarou.

            –  A Karin-nee-chan? AAAH! – Gritou de novo como se tudo tivesse se esclarecido. –  Então é você quem viemos procurar! –  Se levantou num pulo, e começou a andar de um lado pro outro. –  Do jeito que ela nos falou de você achei que fosse mais forte. Mas era só um pervertido que ainda não saiu daqui. – Murmurou, meio decepcionada. A Karin-nee-chan é muito mais forte que você.

            Foi a vez de Suigetsu ficar indignado.

            – Ei! Eu sou muito mais forte do que aquela ruiva idiota! –  Bufou, cruzando os braços. – E de onde diabos vocês se conhecem?

            Esse cara definitivamente não sabe que ser boca suja perto de crianças e um mal-exemplo.

            – Ela foi pra minha aldeia procurar você e quem lhes deu uma surra. Aí eu falei que vi você vindo pra cá, todo ferido. –  Resumiu a história. –  Você é o Suigetsu, ne? Vou te chamar de EroSui.

            – Então, como caralhos você não sabia que era eu quando me viu aqui?

            –  Perdi meus óculos lá encima. –  Riu, meio constrangida.

            –  Ah... Pera... EU NÃO SOU UM PERVERTIDO! –  Gritou, meio irritado.

            Só agora se tocou do que ela tinha dito. De como havia dito que o chamaria e todo o resto.

            Ela riu, infantil.

           



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